Pov. Terceira Pessoa:

Damon corria até a porta, barrando a saída de Isabella.

-Não! Não vá Bella! – Ele pedia com os olhos marejados. A expressão no rosto dela era de dor intensa. – Eu te amo Bella, fique. Fique comigo, me dê outra chance! Me de outra chance.

A expressão de dor dela sumiu virando frieza.

-Você me afastou, me fez sofrer, me magoou. Por que? Por que você fez isso Damon? – A visão mudou, Bella estava aos prantos ajoelhada no meio de uma floresta, suas mãos estavam em sua cabeça, os dedos enterrados no cabelo. – POR QUE? POR QUE DAMON? POR QUE ME AFASTOU ASSIM!? – soluços altos soaram. Damon inutilmente correu para perto dela, mas o quanto mais se aproximava, mais ela chorava. Quando finalmente chegou perto dela, seus olhos chocolates vidraram e ela caiu para trás, as mãos pendendo para os lados, os cabelos totalmente bagunçados e esparramados pelo chão da floresta. Damon se ajoelha ao seu lado, toma sua mão entre as dele e com pavor, nota que a temperatura está baixa de mais para ela estar viva.

Damon soltou um grito alto, e sentiu-se bater em algo, percebeu que estava de olhos fechados e abriu-os rapidamente, só para ver o chão de madeira de seu quarto. Percebeu que era outro sonho, aqueles que ele vinha tendo a um mês, nos sonhos ele tentava impedir Bella, mas ela sempre acabava morta. Olhou em volta e seu olhar parou na porta. A mesma foi aberta com tudo e Stefan olhou para Damon aflito e preocupado. Ele suspirou aliviado ao ver que seu irmão estava bem, mas a preocupação ainda estava presente nos olhos do Salvatore mais novo.

Damon percebeu que grossas gotas d’ agua caiam de seus olhos e paravam no chão de madeira. Stefan se aproximou de Damon e o ajudou a levantar, sentando-o na cama. Damon enterrou o rosto nas mãos, apoiando os cotovelos nos joelhos. Stefan cansado de ver seu irmão sofrer, resolveu dar um basta na situação.

-Chega Damon! Chega! Eu não aguento mais! – Stefan explodiu – Corra atrás dela! Pare de ficar ai dando uma de Emo! – Stefan disse, Damon olhou para ele como se ele fosse o louco mais certo do mundo.

-Que horas são? – Damon perguntou, sua voz quebrando duas vezes pelo pouco uso.

-6:00 da tarde. – Stefan disse. Damon teria de pensar em alguma coisa para surpreender Bella. Uma ideia estourou em sua mente e ele se levantou em um pulo.

-SAI DO MEU QUARTO! – Ele gritou para Stefan que riu.

-Voltou do mundo Emo, foi? – Stefan zoou se levantando. Damon o empurrou porta a fora batendo a mesma. Ele correu para o banheiro de seu quarto e tomou um banho correndo. Se secou e enrolou a toalha em torno de sua cintura. Examinou-se no espelho e percebeu que precisava urgente mente de pelo menos, 6 bolsas de sangue.

Damon saiu do seu quarto e andou rápido pelo quarto foi até o guarda roupa e tirou uma calça, secou as pernas e colocou a boxer, a calça Jeans e ajeitou os cabelos. Olhou em volta atrás de uma camisa branca e viu-a em cima de uma cadeira no outro lado do quarto, correu a passos humanos mas não contava com uma coisa:

Pés molhados.

Damon escorregou e caiu de bunda no chão a cinco passos da cadeira. Bufou audivelmente e se levantou, passando as mãos na bunda buscando algum consolo para a pobre bundinha dolorida. Andou cuidadosamente até a cadeira e colocou a camisa. Andou até o guarda roupa e pegou um par de meias, e sua famosa jaqueta de couro.

Vestiu-se rapidamente, pegou a carteira e o celular e correu porta a fora batendo a mesa, desceu as escadas como um foguete e passou pela sala e viu Elena sentada no sofá ao lado do Stefan. Damon abriu o congelador e tirou seis bolsas de sangue, pegou três copos, abriu as bolsas e derramou elas nos copos. Depois, pegou o primeiro copo e virou-o, tomando tudo. Assim fez com os outros copos.

Passou correndo em meia velocidade pela sala.

-OI CUNHADINHA, IRMÃOZINHO! – Ele gritou antes de bater a porta. Pode ouvir Elena rindo em êxtase. Ela sentia falta da sua melhor amiga.

Damon pegou seu carro e saiu em disparada, dirigiu como um louco pelas ruas de Mystic Falls, levou três buzinadas e finalmente, chegou no seu destino.

A floricultura.

Entrou apressado e se dirigiu ao balcão. Nem ligou para a atendente loira que tentava a todo custo mostrar o seu decote.

-Em que pos...

-Olha, eu quero todas as flores daqui, quero todos os ursinhos de pelúcia da vitrine e quero 30 lanternas. – Ele mal deixou a mulher falar e disparou tudo. A mulher parecia muito chocada. Damon bufou e apertou os olhos, achando muito chato ter que usar a hipnose.

-Desculpe rapaz, ela é estagiaria e Não deveria estar atendendo no balcão! – Uma senhora de mais ou menos 44 anos saiu de trás de uma prateleira e ralhou com a loira. – Ande garota! Vá regar as plantas! – a loira saiu com cara ofendida e a mulher se virou e sorriu para Damon que deu um sorrisinho para ela. – Desculpe, estamos passando dificuldades aqui na loja e... Enfim,  o que vai quere jovem? – Ela sorriu.

-Quero todos os arranjos que a senhora conseguir pegar na loja agora e todos os ursinhos a vitrine... E 30 lanternas com bateria por favor. – A mulher arregalou os olhos.

-Cl-claro! – Gaguejou, ainda chocada. Ela rapidamente chamou os seus outros três funcionários e pediu para um deles ir na lojinha de um real e pedir mais alguns rapazes.

No total eram 7 homens – 8 com Damon – Colocando arranjos lindos dentro de uma mini van, e entupindo o carro de Damon de bichinhos de pelúcia grandes. Logo os homens da lojinha de um real estavam na van, junto com os funcionários da floricultura. Damon dirigindo na frente e a van o seguindo. Chegaram na frente de uma casinha de dois andares branca, com uma cerca de madeira alta que mais parecia um portão também branco com uma arvore linda que fornecia uma sombra e um balanço de dois lugares de madeira e ferro também brancos. Damon abriu o portão/cerca e pediu para que os homens colocassem metade dos arranjos na porta da casa e espalhassem os outros pelo jardim. Ele pegou os ursinhos e espalhou-os pelo jardim.

O tigre listrado em baixo da arvore, os três coelhos perto das flores que estavam plantadas, os quatro cachorros perto da porta, os gatos a alguns metros dos cachorros, o panda em cima do galho mais baixo da arvore, a raposa perto do portão.

Damon foi até seu carro para verificar se havia mais algum bichinho e se surpreendeu.

Havia um boneco de "pelúcia" de cabelos negros, pele branca, olhos azuis vestido com uma camiseta branca, jaqueta de couro, calça jeans e botinhas. Tinha uma boneca com os cabelos cumpridos castanhos avermelhados, branca, com os olhos cor de chocolate. Ela usava uma camiseta de mangas longas azul escuro, calça jeans clara, tênis All Star. Havia também, um coração vermelho.

Ambos os bonecos sorriam e nas mãos tinham duas bolinhas de vélcro (N/A: Assim que escreve?). Para grudar uma na outra.

Ainda meio assustado, Damon pegou os bonecos e o coração. Andou até o balanço e colocou os bonecos ali, virou as cabecinhas deles para que ficassem se olhando e grudou as mãozinhas. Colocou no pé do balanço o coração. Ele contemplou um pouco a imagem e olhou para o céu, estava começando a escurecer. Ele sabia que Bella não estava em casa, e logo chegaria do seu curso de Pedagogia. Arrumou as lanternas em seus lugares e suspirou. Tem que dar certo! Pensou.

Ele agradeceu os garotos e eles foram embora na van. Rapidamente Damon foi até seu carro e dirigiu até o outro quarteirão. Escondeu o cara e voltou para a casa de Bella. Ele olhou pelo chão e achou um giz. Rapidamente deixou uma mensagem para Bella e se escondeu.

Bella vinha de carro para casa, ela estava exausta e triste. Dobrou a esquina de sua casa e estacionou, desligando os faróis. Saiu do carro e pegou a sua mochila. Bateu a porta e trancou o carro. Com muita surpresa percebeu que o portão estava aberta. O abriu cautelosamente e arfou, deixando a mochila cair.

Quando Bella abriu o portão, as lanternas se acenderam, mostrando os arranjos de flores, os ursinhos... O balanço.

Lágrimas invadiram seus olhos, ela andou lentamente até o balanço e pegou o coração. Olhou a cena e sorriu. Lembrava que havia estado com Damon naquela mesma posição, daquele mesmo jeito e o mais estranho... Com aquela mesma roupa.

Ela se afastou, o coração martelando no peito e se virou para a porta. Ela arregalou os olhos. Na porta, escrito em giz branco, havia a coisa que ela mais queria saber. Ela apertou mais o coração em suas mãos, e olhou mais uma vez as lindas flores ao redor antes de ler mais uma vez a mensagem.

Posso ter demorado um mês, mas não vou deixar-lhe escapar entre meus dedos. Irei lutar, futura senhora Salvatore.

-- Damon.

Ela riu, em êxtase. Damon que ainda estava escondido sorriu. Ele iria fazer tudo a moda antiga.

Leva-la para sair, corteja-la e no fim, fazer uma coisa que deveria ter feito a muito tempo.

Mas, agora eu pergunto a VOCÊS, o que ele deveria ter feito?

Façam suas apostas.

Damon, não deixou a maré o levar... Mas será tarde de mais?