Dupla de Três escrita por MrsDaddario
Notas iniciais do capítulo
Aproveitem que o capítulo de hoje é grande (:
Nós ficamos em torno de duas horas viajando, até que começa a escurecer. Dustin finalmente acorda.
– Bom dia! – diz ele, se espreguiçando. – O que eu perdi?
– Mato – responde Tom.
– Ótimo – diz Dustin. – Onde estamos?
Tom checa o GPS e informa que estamos em Springfield.
– Espera. Springfield não é a cidade dos Simpsons? Por quanto tempo eu dormi?
Eu e Tom começamos a rir.
– Tem várias cidades chamadas Springfield nos Estados Unidos – explico. – Inclusive uma em New York.
– Ah. Ainda nem saímos do estado! – Dustin resmunga.
– Sossega, cara – diz Tom. – A viagem é longa.
– Não devemos parar para dormir? Tantas Springfields nos Estados Unidos, não é possível que essa não tenha um hotel de estrada – diz Dustin.
– Boa ideia – Tom concorda.
Eu pego o GPS e procuro pelo hotel mais próximo. Nós continuamos por mais alguns quilômetros até chegar na placa chamativa do hotel, e Tom entra com o carro no "estacionamento".
Tom bota a mão na maçaneta para abrir a porta do carro, mas eu sou mais rápida e seguro a mão dele.
– O que houve? – pergunta ele.
– Você não pode simplesmente sair do carro – explico pacientemente. – É o mundo mortal, pode haver monstros em qualquer lugar, e eles sentem cheiro de semideuses.
– Então faremos o que? – pergunta Dustin. – Entrar no hotel com o carro?
– Entrar armados – digo, pegando uma faca na mochila e colocando na bainha, além de minha fiel companheira Chalinitis, que está sempre pendurada no colar. – Peguem suas espadas. E prestem atenção em todos os funcionários do hotel, senão a Névoa nos engana. Se notarem qualquer coisa etranha em alguém e acharem que pode ser um monstro, avisem e nós sairemos na hora.
– Não vamos nos separar, né? – pergunta Dustin. – Por favor.
– Não, calma – diz Tom. – Vamos ficar juntos. É só precaução.
Nós entramos no hotel grudados uns nos outros e vamos para a recepção. Há quatro funcionários no balcão, e um deles vem logo nos atender.
O hotel é bem arrumadinho. Não é dos melhores, mas é o suficiente para três semideuses não-exigentes passarem a noite. Desde que não tenha aranhas, por favor.
– Boa noite. Como posso ajudar? – diz o funcionário.
– Nós queremos um quarto para passar a noite – digo.
O funcionário olha para nós três, um de cada vez, como que analisando a situação.
– Quartos separados ou um só para os três? – ele pergunta.
– Um só, pelo amor dos deuses – Dustin deixa escapar.
Eu dou um chute bem dado no tornozelo dele que o faz calar a boca.
– Ok – diz o funcionário, mexendo no computador a sua frente, e então pergunta, olhando para mim: – Uma cama de casal e uma de solteiro? Ou três de solteiro?
Eu fico vermelha-quase-roxa de vergonha instantaneamente; Tom não consegue segurar a risada. Eu calo a boca de Tom com um chute no tornozelo dele também.
– Três camas separadas – digo.
O funcionário nos dá a chave do quarto depois que pagamos metade da diária; a outra metade será paga quando sairmos. Nós subimos um andar, entramos no quarto, trancamos a porta e jogamos as mochilas nas camas.
– Vocês dois precisam de mais treinamento de como agir no mundo mortal – digo, e olho para Dustin. – "Pelo amor dos deuses", Dustin?
– Foi mal – ele se desculpa. – Ah, Emma, suas bochechas ainda estão vermelhas.
Eu viro de costas para os dois, constrangida, e enfio minha mochila embaixo da cama. Tom e Dustin fazem o mesmo.
Eu checo a janela do quarto. Não é tão alto assim, de modo que, se por algum motivo precisarmos sair, dá pra pular ou sei lá. Tirando meu pequeno trauma com cair de altura.
Eu fecho a janela e depois vou ao banheiro. Fecho a janelinha do boxe e o registro geral de água do chuveiro. Confesso: culpa de um filme de terror em que a garota foi amarrada e deixada embaixo do chuveiro até a banheira encher e ela morrer afogada. Quando saio tranquilamente do boxe, dou de cara com um dos gêmeos parado na porta do banheiro. Eu quase dou um pulo.
– Que susto, Dustin! – exclamo.
– Dustin está no quarto – diz ele, rindo. Tudo bem, eu já estou acostumada. – Você está tentando nos matar asfixiados aqui dentro?
– Eu sou uma menina precavida – digo.
– Até demais. Quando terminar a fiscalização do quarto, Dustin encontrou coca-cola.
Eu volto para o quarto e nós fazemos um pequeno lanche com coca-cola e biscoitos que Tom comprou na lojinha do hotel, apesar dos pedidos de não nos separarmos em momento algum.
– Nós deixamos algo no carro? – pergunta Tom, quando eu estou jogando as latas no lixo.
– Sim, as barracas – respondo. – Nós vamos sair daqui amanhã assim que acordarmos.
– Pra que tanta pressa? – pergunta Tom, tirando os tênis e se jogando na sua cama.
– Porque tem uma menina sendo atacada por monstros que precisa de ajuda – digo. – A oito horas daqui, em Columbus.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
O capítulo de hoje foi dedicado à minha amiga Andrea (@AndreeaBrandao) que salvou minha sanidade durante um momento de desespero quando tentaram hackear meu twitter (@MrsDaddario) de manhã.
.......deixem reviews :) :) :)