Dupla de Três escrita por MrsDaddario


Capítulo 12
Mais e mais estrada


Notas iniciais do capítulo

Ontem eu li um comentário no twitter, então achei válido lembrar: os personagens Emma e Tom não tem absolutamente NADA a ver com os atores Emma Watson e Tom Felton. NADA MESMO. Eu nem sequer gosto de Harry Potter, ou shippo eles. O nome Emma é por causa da Emma Stone, que eu amo, e do Tom Fletcher, que eu botei só porque gosto do nome. Não que eu também shippe esses dois. Enfim, vão ler.



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– Dormiu bem, Dustin? – pergunto, sarcástica, me espreguiçando.

Durante a madrugada, eu acordei pelo menos três vezes, e em todas elas Dustin estava se remexendo incansavelmente em sua cama.

– Vai pastar, Emma – diz ele, passando a mão no cabelo.

– O que aconteceu? – pergunta Tom, grogue. – Dormi feito uma pedra.

– Seu gêmeo deve ter tido pesadelos – respondo, quase rindo. – Alguém não está acostumado com as ameaças de fora do Acampamento Meio-Sangue.

Sou atingida por um travesseiro vindo da cama de Dustin.

– Fica quieta, senhorita expert no mundo mortal – ele resmunga. – Desculpa se há menos de um mês eu vivia inocentemente fora do acampamento.

– Inocente você ainda é – brinco.

– Cala a boca, Holt – diz Dustin. Tom está morrendo de rir. – Eu queria ter mais um travesseiro.

– Vamos embora daqui – diz Tom, parando de rir.

– Acho que vou tomar um banho – implico. – E deixar vocês dois sozinhos por vários longos minutos...

– Por Zeus, Emma! – diz Dustin, brincando. – Tomara que você se afogue no chuveiro.

– É brincadeira – digo. – Vamos embora. Você dirige agora, Dustin.

– Só se vocês quiserem morrer – ele avisa. – Eu estou quase dormindo.

Eu começo a gargalhar de novo.

– Você dirige, irmãozinho – Dustin diz para Tom, irônico.

– "Irmãozinho"? – repito. – Você é mais velho, Dustin?

– Oito minutos mais velho – Tom desdenha.

– Oito minutos e meio, Thomas – Dustin corrige.

– "Thomas"? – repito de novo. – Di immortales! Seu nome é Thomas!

– Di o que? – pergunta Dustin. – E você achou o que, que o nome dele fosse Tom? Isso é nome de gato.

– Então você seria o Jerry? – pergunto.

– Pelo amor dos deuses, vocês deliram – Tom ri. – Vamos embora, Jerry.

Nós nos ajeitamos, pegamos nossas coisas e saímos do quarto. Pagamos a outra metade da diária na recepção e vamos direto para o carro. Felizmente, ele ainda está lá.

Dustin já entra no carro se jogando no banco traseiro e deitando. Eu programo o GPS e nós seguimos estrada para Columbus, Ohio. Ainda faltam 8 horas de viagem até lá.

Na quinta vez consecutiva que Dustin pergunta "já chegamos", eu perco a paciência.

– Dustin, se você não calar a boca, eu vou abrir essa porta e te jogar lá fora, com o carro a 120 km/h.

– E eu vou ajudá-la a fazer parecer um acidente – diz Tom, impaciente.

– Vocês preferem que eu durma?

– Sim! – respondo.

– Você que, dá as ordens, senhorita Holt – diz ele, fechando os olhos.

– Muito obrigado, senhorita Holt – Tom brinca, depois de alguns segundos de silêncio.

– Eu ouvi isso – diz Dustin.

– Cala a boca, Dustin – Tom responde.

O gêmeo mais tagarela finalmente dorme, e eu fico acordada durante as mais de quatro horas de viagem.

– Eu já falei sobre o quanto eu odeio longas viagens de carro? – pergunto.

– Já – Tom responde, entediado. – Aproximadamente uma vez a cada 5 quilômetros, você repete.

– É pra enfatizar – digo.

De repente, vejo algo que me faz dar um berro.

– Para o carro, Tom! – grito.

Ele freia e, se não fosse o cinto de segurança, eu teria esmagado minha cara no vidro do carro com o impacto. Já Dustin fica sem saída: dormindo, ele rola no banco e cai no chão do carro.

– Ai! – grita ele. – Escuta aqui, isso não é um jeito legal de ser acordado.

– O que houve, Emma? – pergunta Tom, mas rapidamente ele percebe. – O que é aquilo..? Ah! Droga.

Eu tiro o cinto, trêmula por causa do susto, e saio do carro.

– Vem, Dustin – diz Tom. – Vamos esticar as pernas. Estamos sem saída mesmo.

Estico o corpo e estalo vários ossos enquanto observo a paisagem a alguns metros do carro. Um tronco de árvore não muito grosso porém extremamente comprido bloqueando a passagem nas duas pistas da interestadual.

Dustin se espreguiça e diz:

– Oh-oh. O que vamos fazer agora?

Os dois olham para mim cheios de expectativa. Minha resposta é decepcionante:

– Não faço ideia – digo. – Se pudéssemos...

De repente, vejo algo que me faz ficar sem fala. Eu estou de frente para o tronco, e Tom está de frente para mim, ou seja, vejo atrás dele...

– "Se pudéssemos"... – Tom repete, franzindo as sombrancelhas e olhando para mim. – Como vamos sair daqui?

– Não vamos – é tudo que consigo dizer, e aponto para trás dele.

Ele se vira e vê o mesmo que eu. Quatro criaturas bípedes se aproximando. A princípio, parecem humanos, mas conforme eles se aproximam mais, vejo que obviamente não são. Claro, que meio-sangue teria a sorte de encontrar quatro humanos no meio da interestadual?

E, quando elas se aproximam mais ainda, é possível ver os olhos. Os quatro olhos. No total.


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Notas finais do capítulo

O capítulo de hoje é dedicado à minha linda amiga Anna (@anna_lysing) que está fazendo 18 aninhos hoje, e eu nem sei como agradecê-la porque desde que comecei a escrever fanfics ela lê todas e me motiva a continuar escrevendo. Muito obrigada, Anna, por tudo! ♥