Dupla de Três escrita por MrsDaddario
Notas iniciais do capítulo
Ontem eu li um comentário no twitter, então achei válido lembrar: os personagens Emma e Tom não tem absolutamente NADA a ver com os atores Emma Watson e Tom Felton. NADA MESMO. Eu nem sequer gosto de Harry Potter, ou shippo eles. O nome Emma é por causa da Emma Stone, que eu amo, e do Tom Fletcher, que eu botei só porque gosto do nome. Não que eu também shippe esses dois. Enfim, vão ler.
– Dormiu bem, Dustin? – pergunto, sarcástica, me espreguiçando.
Durante a madrugada, eu acordei pelo menos três vezes, e em todas elas Dustin estava se remexendo incansavelmente em sua cama.
– Vai pastar, Emma – diz ele, passando a mão no cabelo.
– O que aconteceu? – pergunta Tom, grogue. – Dormi feito uma pedra.
– Seu gêmeo deve ter tido pesadelos – respondo, quase rindo. – Alguém não está acostumado com as ameaças de fora do Acampamento Meio-Sangue.
Sou atingida por um travesseiro vindo da cama de Dustin.
– Fica quieta, senhorita expert no mundo mortal – ele resmunga. – Desculpa se há menos de um mês eu vivia inocentemente fora do acampamento.
– Inocente você ainda é – brinco.
– Cala a boca, Holt – diz Dustin. Tom está morrendo de rir. – Eu queria ter mais um travesseiro.
– Vamos embora daqui – diz Tom, parando de rir.
– Acho que vou tomar um banho – implico. – E deixar vocês dois sozinhos por vários longos minutos...
– Por Zeus, Emma! – diz Dustin, brincando. – Tomara que você se afogue no chuveiro.
– É brincadeira – digo. – Vamos embora. Você dirige agora, Dustin.
– Só se vocês quiserem morrer – ele avisa. – Eu estou quase dormindo.
Eu começo a gargalhar de novo.
– Você dirige, irmãozinho – Dustin diz para Tom, irônico.
– "Irmãozinho"? – repito. – Você é mais velho, Dustin?
– Oito minutos mais velho – Tom desdenha.
– Oito minutos e meio, Thomas – Dustin corrige.
– "Thomas"? – repito de novo. – Di immortales! Seu nome é Thomas!
– Di o que? – pergunta Dustin. – E você achou o que, que o nome dele fosse Tom? Isso é nome de gato.
– Então você seria o Jerry? – pergunto.
– Pelo amor dos deuses, vocês deliram – Tom ri. – Vamos embora, Jerry.
Nós nos ajeitamos, pegamos nossas coisas e saímos do quarto. Pagamos a outra metade da diária na recepção e vamos direto para o carro. Felizmente, ele ainda está lá.
Dustin já entra no carro se jogando no banco traseiro e deitando. Eu programo o GPS e nós seguimos estrada para Columbus, Ohio. Ainda faltam 8 horas de viagem até lá.
Na quinta vez consecutiva que Dustin pergunta "já chegamos", eu perco a paciência.
– Dustin, se você não calar a boca, eu vou abrir essa porta e te jogar lá fora, com o carro a 120 km/h.
– E eu vou ajudá-la a fazer parecer um acidente – diz Tom, impaciente.
– Vocês preferem que eu durma?
– Sim! – respondo.
– Você que, dá as ordens, senhorita Holt – diz ele, fechando os olhos.
– Muito obrigado, senhorita Holt – Tom brinca, depois de alguns segundos de silêncio.
– Eu ouvi isso – diz Dustin.
– Cala a boca, Dustin – Tom responde.
O gêmeo mais tagarela finalmente dorme, e eu fico acordada durante as mais de quatro horas de viagem.
– Eu já falei sobre o quanto eu odeio longas viagens de carro? – pergunto.
– Já – Tom responde, entediado. – Aproximadamente uma vez a cada 5 quilômetros, você repete.
– É pra enfatizar – digo.
De repente, vejo algo que me faz dar um berro.
– Para o carro, Tom! – grito.
Ele freia e, se não fosse o cinto de segurança, eu teria esmagado minha cara no vidro do carro com o impacto. Já Dustin fica sem saída: dormindo, ele rola no banco e cai no chão do carro.
– Ai! – grita ele. – Escuta aqui, isso não é um jeito legal de ser acordado.
– O que houve, Emma? – pergunta Tom, mas rapidamente ele percebe. – O que é aquilo..? Ah! Droga.
Eu tiro o cinto, trêmula por causa do susto, e saio do carro.
– Vem, Dustin – diz Tom. – Vamos esticar as pernas. Estamos sem saída mesmo.
Estico o corpo e estalo vários ossos enquanto observo a paisagem a alguns metros do carro. Um tronco de árvore não muito grosso porém extremamente comprido bloqueando a passagem nas duas pistas da interestadual.
Dustin se espreguiça e diz:
– Oh-oh. O que vamos fazer agora?
Os dois olham para mim cheios de expectativa. Minha resposta é decepcionante:
– Não faço ideia – digo. – Se pudéssemos...
De repente, vejo algo que me faz ficar sem fala. Eu estou de frente para o tronco, e Tom está de frente para mim, ou seja, vejo atrás dele...
– "Se pudéssemos"... – Tom repete, franzindo as sombrancelhas e olhando para mim. – Como vamos sair daqui?
– Não vamos – é tudo que consigo dizer, e aponto para trás dele.
Ele se vira e vê o mesmo que eu. Quatro criaturas bípedes se aproximando. A princípio, parecem humanos, mas conforme eles se aproximam mais, vejo que obviamente não são. Claro, que meio-sangue teria a sorte de encontrar quatro humanos no meio da interestadual?
E, quando elas se aproximam mais ainda, é possível ver os olhos. Os quatro olhos. No total.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
O capítulo de hoje é dedicado à minha linda amiga Anna (@anna_lysing) que está fazendo 18 aninhos hoje, e eu nem sei como agradecê-la porque desde que comecei a escrever fanfics ela lê todas e me motiva a continuar escrevendo. Muito obrigada, Anna, por tudo! ♥