MUSICA DO CAPÍTULO : Aqui - Ana Carolina

BELLA

- Jacob me tira desse caso AGORA!

- Não posso, ele quer você, prometeu grandes investimentos caso a cirurgia fosse um sucesso. – ele estava sentado sem dar atenção a mim.

- NÃO POSSO TRABALHAR COM EDWARD.

- Você vai precisar se controlar. – ele disse sério.

- Vou agarrar ele no meio do centro cirúrgico, já fugi tudo que podia Jacob.

- ISABELLA! – Ele se levantou num pulo.

- Jacob vou para Atlanta, tenho uma proposta ótima de trabalho e fica ainda mais longe de Mike.

- Sua advogada, sua casa e TUDO QUE VOCÊ  construiu nesse dois meses estão aqui, VAI SAIR POR CAUSA DELE!

- Não posso... eu não consigo mais.

- São seus hormônios. Vá para casa, descanse e depois vamos conversar sim? Não precisa voltar hoje,esteja pronta para a cirurgia. Se concentre na paciente.

- Que vai render uma boa reforma no hospital e alguns outros investimentos não é Jacob?

- Isabella sua pesquisa... vai render para sua pesquisa.

- PARA O INFERNO COM ISSO TAMBÉM!

E bufando da sala, passei na minha sala, peguei minha bolsa e fui para o estacionamento. Merda! Estava sem carro.  Fui andando até que um carro buzinou e eu olhei assustada.

- Vem, eu te levo.

Era ele, eu precisava ficar distante dele. Meu Deus como era difícil, fiz a cara mais séria possível e olhei nos olhos verdes. Que olhos lindos.

- Dr. Cullen, eu estou me virando bem sem meu carro obrigada.

- Larga de ser teimosa, entra e vamos para casa.

- Não vou para casa.

- Te levo onde tiver que ir vamos! – eu continuei caminhando – Vou pegar você a força se não vier por pura teimosia.

- NÃO POSSO NÃO ENTENDEU! NÃO POSSO! – E eu fiquei tonta, tinha sido complicado o dia inteiro... eu ia cair, então me abaixei. Edward saiu correndo e me segurou.

- Vem, vamos para casa.

Droga de pressão baixa, o cheiro dele me deixou mais fraca ainda, agora todo meu corpo queria se render a ele. Ótimo! Ele colocou no carro com muito cuidado e foi para o seu lado.

- Comeu alguma coisa hoje?

- Sim... – ainda estava muito tonta.

- Descreva.

- Hum... acho que um suco de manga... – o alarme apitou. Hora das vitaminas.

- O que é isso?

- Alarme – disse desligando o celular.

- Lembrando...

- Nada que diz respeito ao senhor Dr. Cullen.

-  Para onde estamos indo?

- Saint John’s, esquina coma Maroll.

- Conheço. – e ele acelerou. Relaxei um pocuo, a tonteira estava passando. Conseguia sentir minha cabeça melhor.

- Chegamos. Consegue ir sozinha?

Pensei que não, mas ele deveria se afastar.

- Não precisa.

- Ainda está pálida, pode cair. Vou junto.

E me vi num estacionamento, ainda tinha que verificar minha pressão. Estava um pouco ruim mesmo. Ele me ajudou a chegar no elevador, apertei o andar de Renata e fomos em silencio. Ele não parecia curioso, mexeu no celular enquanto subíamos e parecia distraído. A porcaria do alarme tocou de novo e eu precisei desligar o celular. Achei logo a porta de Renata.

- Bella! Não espera por você aqui, marquei outro dia e você não apareceu. – Renata era uma morena linda, alta e uma advogada super competente. – Entrem, minha secretária foi almoçar. – ela olhou para Edward.

- Esse é o Dr. Cullen, ele me deu carona.

- Você está bem?

- Passei um pouco mal, mas acho que já estou melhor. Tem um pouco de água, preciso tomar um remédio.  

 Edward ainda pareceu alheio a conversa, sentou num sofá e ficou digitando algo no celular, sem abrir muito a bolsa peguei as vitaminas e tomei com a água que Renata me deu.

- Bella tenho boas notícias.

- Ele já assinou?

- Não, mas conseguimos uma audiência para mês que vem.

Fiquei triste, isso não era bom.

- Renata ele vai descobrir.. isso não é bom.

- Bella ainda temos tempo antes dele perceber. – ela olhou para minha barriga e eu olhei Edward ainda distraído.

- O importante é que a medida de distancia foi aceita pelo Juiz e que pelo último relatório que a Dr. Jane mandou já podemos conseguir seus bens de volta.

- Isso nunca me importou, que ele fique com tudo!

- Ele só vai ficar com o dinheiro dele! Pare de falar besteiras!

- Ele só queria dinheiro, eu posso dar tudo pela minha liberdade.

- Ele quer muito mais e você sabe disso!

- Preciso ir... – a tonteira estava voltando, falar de Mike sempre me deixava mal.

- Te ligo, não falte a nenhuma consulta e me mande os relatórios assim que der. Jane as vezes atrasa e eu não posso dar brecha.

- Tudo bem.

E sem dizer uma única palavra ele me levou para casa. Sem ser convidado entrou e sentou no meu sofá.

- Edward, o que você quer?

- Você.

Virei os olhos, quando ele iria entender que não era para ficarmos juntos. Que eu não podia.

- Me responda uma coisa. – ele falou com um tom curioso.

- O quê?

- Por que precisa esconder dele que está grávida?

Aquilo fez meu coração acelerar... que Edward estava me dizendo?

- Bella por que seu ex-marido não pode saber que está grávida?

- Quem te contou?

- Você. – ele disse confiante.

- Eu não te disse nada Edward!

- Quando vim aqui aquele dia vi vômito no seu quarto, você quase não comeu e fazia cara de vômito quando via certas comidas, depois ouvi uma conversa sua com o Jacob... algo sobre hormônios- ele me ouviu dizendo que eu gostava dele, puta merda – E no refeitório eu vi Leah oferecer algo e você fazer cara de enjôo de novo. Depois na boate quando dançávamos a barriga, eu senti. Fora dizer que agora suas roupas estão mais largas, usa blusas mais largas... tem muitos indícios.

- Desde quando você me observa?

- Desde que te vi no hospital, fico atento a cada passo seu. É algo inevitável.

- Gostou de mim de primeira? – eu estava assustada.

- Muito antes de nos conhecermos, eu sempre admirei suas pesquisas. Quando a vi no hospital, sem aliança... resolvi arriscar.

- Mike não vai me deixar em paz, tenho um processo longo pela frente, uma gravidez e um histórico não muito bom.

- Dr. Jane, essa parte ficou confusa. Ela é psiquiatra, a quanto tempo faz tratamento?

Merda!

- Não quero falar disso.

- Tudo bem, quando quiser me conta. Agora com quem está fazendo o pré-natal?

- Ainda... não comecei.

- Tomou vitaminas por conta própria? – ele me disse sério.

- Edward você não tem nada haver com isso! Sai da minha casa!

- Não vou, você gosta de mim e eu de você... vamos encarar os fatos... isso vai dar certo.

- NÃO VAI !ELE VAI VOLTAR E VAI ME TIRAR MEU FILHO NÃO ENTENDEU?

-Ele não vai fazer nada disso e se acalme. – sua confiança era algo irritante.

- Você não sabe nada de mim... da minha vida... Ele... – as lágrimas querendo descer.

E então Edward me beijou. Queria resistir, mas não consegui, me entreguei como uma forma desesperada de aliviar tudo que estava guardando dentro de mim... eu amava ele e eu nem sabia como. Precisa dele como o ar. Os hormônios... o corpo.. foda-se. QUERIA ELE!

Foi um beijo intenso, cheio de carícias e de gemidos. Mas ele se afastou e me olhou dentro os meus olhos e eu me rendi.

- Precisamos conversar Isabella.

- Não sou mulher para você.

- Não quero saber disso.

- Não podemos ficar juntos.

- Não posso mais ficar longe de você, não consigo. – ele disse quase sussurrando no meu ouvido.

- Sou casada.

- Você foi casada.

- Eu te amo. – falei... deixei meus sentimentos dominarem minha boca.

- Eu te amo mais.

E nos beijamos devagar, havia desejo, mas reinava o amor, a necessidade de fazer carinho e de  estar perto. O mais perto possível.