Learning How To Breath escrita por Saáh


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Hello...
Yeah pessoal, mais um capítulo e esse saiu um pouquinho maior o/
Desculpem se houver algum erro.. Sem tempo pra revisar.
Espero que gostem :)



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–Christian quer ir até a cachoeira - falei a Olivia enquanto acabava de picar alguns legumes.

Percebi que ela parou o que estava fazendo e me encarou.

–E você vai?

–Não sei. O que você acha?

Mais alguns passos e agora suas mãos seguravam as minhas fazendo com que eu olhasse para ela.

–Alice, não sei se isso é uma boa ideia pelo Luke mas.. acho que você deveria ir.

–Mesmo? - perguntei indecisa e Olivia sorriu.

–Sim. A amizade de vocês era muito bonita, não deve ser desperdiçada pelo que Luke acha. E posso jurar que vejo algo mais nisso tudo.

–Como assim?

Ela sorriu e soltou minhas mãos se afastando.

–Olivia, o que você quis.. - comecei a dizer mas fui interrompida

–Alice?

–Sim?! - respondi a um dos capangas que estava na porta me encarando entediado.

–Luke está lhe chamando na sala dele.

Olivia me encarou parecendo preocupada e senti receio do que ele queria. Caminhei lentamente pelos corredores e parei a alguns metros da porta quando percebi que Luke parecia estar discutindo com alguém. Aproximando mais um pouco, consegui reconhecer a outra voz e o que eles diziam.


– Você não vai.

– Não é você quem vai me impedir e Alice vai junto porque eu estou pedindo pai. Só vim avisar antes e acho que não temos mais que ficar falando nada.

– Lógico que temos. Já disse, Alice trabalha para mim primeiramente. Não vou deixar que ela vá.

– Mas eu quero, qual o problema com isso?

–Já lhe expliquei Christian e você sabe que odeio repetir. Alice é uma empregada, nada mais que isso. Não faz bem a sua imagem ficar andando junto com ela.

– E você sabe que eu não me importo nenhum pouco com isso. Que se exploda a imagem. Ela é minha amiga sim e você que aceite isso.

– Christian, não ouse continuar me desafiando..


O tom da voz de Luke fez com eu estremecesse e decidi que era hora de interromper a conversa. Dei algumas batidas um pouco mais fortes na porta para que eles escutassem e logo ouvi a voz de Luke irritado dizendo para que entrasse. Olhando para a cena, percebi que tinha feito bem em interromper. Luke estava muito próximo de Christian com os punhos fechados enquanto ele o olhava de modo desafiador. Os dois se afastaram um pouco quando entrei e fechei a porta novamente.

–Pediu que me chamasse?

–Sim. Quero conversar com você a sós a respeito de algo que Christian me pediu - Luke disse me lançando um olhar significativo. Aquilo não era nada bom.

Insconcientemente, me encolhi um pouco com suas palavras, algo que não passou despercebido por Christian.

– Não acho que tenha que conversar a sós com ela. Já decidimos tudo. Alice vem comigo e não será você que vai impedir.

–Não decidimos nada Christian e você sabe muito bem disso.

–Oh qual é, qual o problema com uma simples ida até a cachoeira, hein? Não é como se ela fosse fazer tanta falta para você aqui.

–Fará sim, você não tem noção do quanto de serviço que existe aqui. Você, como meu filho, deveria ter mais consciência do poder que temos em mãos. Se todos os empregados souberem disso, aonde estará a minha autoridade?! Você não pensa nisso?! - Luke falou exaltado.

Em todo o tempo, deixei meus olhos focados no chão. Sabia que aquela provavelmente era uma conversa particular que não deveria estar acompanhando. Mais algumas palavras quase gritadas e Luke deu seu decreto final dizendo que eu não iria.

Christian não falou mais nada e puxou levemente meu braço para que saísse junto com ele da sala, ignorando os protestos de Luke de que ainda queria conversar a sós comigo. Andamos em silêncio pelo corredor até chegar perto da entrada e, por um momento, quando não havia ninguém por perto, ele se aproximou e sussurrou no meu ouvido "Me encontre atrás do galpão de mantimentos."

Eu iria questionar mas ele se foi antes disso. Sabia que não era certo e que teria sérios problemas por desobedecer ordens, mas ao mesmo tempo, meu lado irracional queria isso, queria estar livre junto com Christian mesmo que por alguns instantes.

Sem avisar Olivia ou Sofia sobre onde iria, segui em direção ao galpão apertando com as mãos as beiradas do vestido. Estava nervosa e ao mesmo tempo que minha mente dizia que era melhor voltar, meus pés continuavam caminhando para o local tão conhecido. A muito tempo, aquele era nosso local secreto, aonde ficávamos quando fugíamos de alguma bronca ou simplesmente queríamos brincar sem ninguém nos observando ou interrompendo.

É claro que um pouco depois que Christian foi embora, descobriram que a elevação próxima na parede na verdade era uma passagem para um túnel que construímos. Ele escondia muito bem e não pude ir mais ali depois de tudo o que aconteceu.

Suspirei e cheguei a parte indicada, vendo agora o pequeno jardim construído pelas ordens de Katy, onde ficavam várias flores de diversos aromas e alguns bancos de madeira esculpida. Às vezes ia até ali a noite tentando fugir dos pesadelos que me assombravam. O cheiro das rosas e damas da noite me acalmava, sempre.

Antes mesmo que parasse de andar, escutei quando o som de patas de cavalo se aproximando se fez presente. Olhei para o lado identificando a alguns metros de distância a sombra de uma árvore com Christian em seu cavalo ao lado. Corri ao seu encontro e sem dizer nada ele me estendeu a mão ajudando a subir também no cavalo. Não era um gesto necessário, já que tinha bastante experiência com isso, mas achei gentil de sua parte.

Logo ele nos conduzia para longe da casa, adentrando ainda mais na floresta que nos cercava. Por um momento fechei os olhos sentindo a sensação do vento em meu rosto enquanto segurava na cintura de Christian. O vento era um pouco gelado, mas o calor de seu corpo estava me aquecendo enquanto a mesma sensação de liberdade me tomava. Quando abri os olhos novamente, percebi que ele tinha um sorriso no canto dos lábios, algo que me fez ter certeza que ali, naquele momento, eu esqueceria todos os problemas existentes naquela casa ou os possíveis castigos de Luke pelo que estávamos fazendo. Ele não podia me impedir de fazer nada, nunca pode e não seria agora que esperaria pacientemente até que ele decidisse aceitar o fato de que Christian e eu éramos amigos antes e continuaríamos sendo.

Percebi que ele mudou o rumo e murmurou algo sobre a cachoeira ser agora um lugar muito óbvio. Conforme o caminho ia se tornando um pouco mais amplo e sem árvores, fui reconhecendo para onde íamos. Mais um lugar de velhas lembranças.

Estivemos ali somente uma única vez, quando Christian aprendeu a montar em um cavalo e decidiu que queria me mostrar como era. Nenhum dos adultos aprovou isso, e nós, como sendo as crianças levadas de sempre, não demos ouvidos a eles. Saímos escondidos logo pela manhã e fizemos uma longa caminhada até encontrar aquele espaço. Parecia uma éspecie de templo abandonado, e extremamente antigo, talvez fonte de alguns rituais mas que não parecia mais ter uso.

Aos nossos olhos, era um local incrível e imenso, onde pudemos praticar bastante e sofrer várias quedas também. Quando voltamos para casa todos já estavam desesperados a nossa procura e ficaram ainda menos contentes pelos machucados e a pequena luxação em meu braço. Ouvimos um sermão bem longo de nossos pais e fomos proibidos de encontrar um ao outro durante uma semana. Nada que impedisse que aprontassémos novamente depois.

Agora, olhando as velhas ruínas pelo olhar de alguém que não era mais tão pequena assim, não parecia ser tão grande, mas ainda impedia que qualquer pessoa que passasse por ali nos visse. Não parecia que mais alguém tivesse ido ali, já que as folhas no chão estavam intactas sem marcas de terem sido pisadas, assim como era possível ver a natureza tomando conta das pedras com folhagens, teias de aranha, e outros insetos que transformaram o local em moradia.

–Olha só, a velha pedra ainda está aqui. - Christian disse apontando algo que ele estava retirando as folhas que escondiam.

–Meu braço com certeza se lembra dela. - disse enquanto eu mesma tinha a recordação do tombo que levei.

–Sim, e meus ouvidos ainda lembram muito bem do que tive que escutar por isso - ele falou fazendo uma careta e logo em seguida um sorriso.

Andamos pelo espaço analisando os detalhes e vi quando ele amarrou o cavalo em uma das poucas árvores que tinham por ali. Estava distraída analisando os desenhos desconexos criados pela rachadura em uma pedra quando Christian fez um leve som com a garganta chamando minha atenção.

Olhei para trás e lá estava estendida uma toalha velha com várias frutas por cima e algumas comidas.

– Achei que você provavelmente estaria com fome, já que não almoçamos.

E ele tinha razão, eu estava mesmo. - Obrigada. - falei enquanto me aproximava e sentava em uma das beiradas do pano. - Por acaso você não pegou essas coisas do almoço que Olivia estava fazendo neh?!

Christian riu - Não. Encontrar você perto do galpão de mantimentos teve suas vantagens.

Sorri também e peguei um dos pães dando uma pequena mordida na ponta. Sentia seus olhos sobre mim mas ao mesmo tempo tentava não o encarar, o que não tive muito sucesso depois de algum tempo. Porém quando olhei para seu rosto, a expressão que encontrei não era a que esperava.

– O que é isso ?! - ele perguntou e percebi que ele encarava a mão aonde segurava o pedaço de pão.

– O que? - falei confusa mas quando sua mão áspera puxou a minha fazendo com que soltasse o pão sobre a toalha, não precisei olhar mais para saber sobre o que ele perguntava.

Não consegui formular uma resposta enquanto ele segurava meus dedos parecendo olhar detalhadamente as marcas formadas em suas pontas, uma leve deformação mais visível pelas unhas que agora não cresciam mais corretamente.

– O que aconteceu?! - Ele franziu a testa e tentei puxar minha mão de volta mas ele segurou mais firme enquanto me olhava.

–Eu.... - não conseguia responder. As imagens daquela noite voltaram em minha mente. Foi ali que tudo se iniciara. O sangue, a dor, o frio, todas as lágrimas e o sofrimento acumulados junto com o sentimento de solidão inexplicável enquanto começava a perceber que nunca mais veria meu pai novamente. E o sorriso ... aquele sorriso doentio de Luke com tudo o que havia feito e ainda viria a fazer.

Puxei minhas mãos bruscamente dessa vez e Christian se afastou permitindo que eu levantasse. Meus pensamentos estavam embaralhados, confusos com tanta dor, tanto sofrimento. Já fazia algum tempo que não pensava sobre alguns fatos e percebi que o passado me assombrava mais do que imaginava, mas não queria parecer fraca perto dele e principalmente, não queria ter essas lembranças agora, não queria reviver todo o mal que havia acontecido ou pensar no que ainda poderia ocorrer.

Comecei a caminhar sem rumo em meio a turbulência de pensamentos que me cercavam até que senti quando cai de joelhos no chão com as mãos sobre a cabeça. Tinha a leve consciência dos braços de Christian me envolvendo enquanto implorava para que parassem com todas essas lembranças . Quando percebi, meus dedos estavam agarrando firme sua camisa enquanto várias lágrimas escorriam pelo meu rosto em um choro contido a muito tempo. Não sei ao certo quanto tempo passamos ali, abraçados um ao outro enquanto ele me acalmava até que eu conseguisse me manter de pé com meus próprios pés.

Depois disso até comi mais algumas coisas por insistência de Christian, mas ele não tentou iniciar nenhuma conversa e agradeci por isso. Podia perceber que agora, mais do que antes, seus olhos me analisavam enquanto ele parecia tentar entender o que nem eu mesma compreendia.

Quando não havia mais nada que me distraísse ou impedisse um diálogo, continuamos em silêncio até que Christian deitou sobre a pequena toalha onde antes estava a comida. Alguns minutos a mais e deitei ao seu lado, mantendo alguns centímetros de distância.

O céu estava com uma coloração um pouco diferente e percebi que provavelmente começaria a escurecer em poucos minutos. Antes que pudesse pensar mais sobre isso, fiquei tensa por sentir a mão de Christian sobre a minha e segurei o impulso automático de puxá-las de volta. Ele entrelaçou nossos dedos e com leves movimentos começou a acariciar minha mão. Aos poucos senti meus músculos relaxando e aceitando o contato com a pele dele.

– Sabe - ele começou e o som de sua voz depois de tanto tempo em silêncio pareceu soar até reconfortador, como se tivesse sentido falta de escutá-lo - várias vezes eu ia escondido até o telhado do meu dormitório e deitava sobre ele só para conseguir observar o céu.

– Como era por lá, onde você ficou durante todo esse tempo?! - perguntei meio relutante.

– Não era ruim. Era enorme o espaço e com atividades que me ocupavam em tempo integral. Aprendíamos sobre todo tipo de coisa. Até mesmo fomos treinados e preparados para ir a alguma batalha, caso um dia precisem - ele bufou parecendo achar ridícula a ideia - Fora isso fiz muitas amizades, todas com meninos, claro, já que era só uma escola masculina. Andava grande parte do tempo também com o meu irmão.

– Seu irmão? - perguntei surpresa.

–Sim, o Ryan. Lembra dele?

–Lembro.

Ryan era o irmão mais velho de Christian, alguém com que tive pouco contato. Enquanto Christian tinha os mesmos olhos claros de Katy, Ryan era quase uma cópia de Luke com os olhos e cabelos escuros, e eram mais idênticos ainda no comportamento. Ryan quando criança praticamente doutrinava Luke e sempre o via junto com o pai em conversas que nunca tive interesse em tentar entender. Ele e Christian quase nunca conversavam e por isso passava tanto tempo junto com ele, enquanto Ryan acompanhava o pai em reuniões ou se escondia dentro do quarto. Só havia ficado sabendo que ele não estava na propriedade um pouco antes de levarem Christian, mas não imaginava que os dois estivessem no mesmo lugar.

Christian mudou um pouco o rumo da conversa e começou a contar todos os lugares que visitou e tudo o que ficou fazendo durante todos esses anos. A cada nova história eu ficava maravilhada com o que ele pode fazer e via a grande diferença do rumo de nossas vidas. Quando dei por mim, já estava tudo escuro a nossa volta enquanto as estrelas brilhavam no céu e a lua cheia iluminava o espaço aonde estávamos.

– Acho que já falei demais sobre mim - Christian disse em um tom de quem pedia desculpas.

–Não, eu realmente gostei de saber sobre tudo isso e aposto que você ainda tem mais coisas para contar.

– Até tenho, mas agora estou extremamente curioso para saber o que você ficou fazendo durante todos esses anos.

Olhei para o lado e engoli seco quando vi seus olhos bem próximos dos meus brilhando na escuridão da noite enquanto permanecia o sorriso em seus lábios.

–Acho que deveríamos voltar. -falei enquanto sentava sobre a toalha e ele segurou mais forte minha mão.

– Por que?

– Seu pai. Ele prova..

Christian bufou - Por favor Alice, não diga isso. Não acho que tenha nada demais chegarmos um pouco mais tarde. Já estamos encrencados mesmo, que mal há em ficarmos mais um pouco por aqui?!

– É que...

– Vamos - ele falou empurrando meus ombros levemente para que eu deitasse novamente. - agora me conte o que você ficou fazendo.

Passaram-se alguns segundos de silêncio antes que eu conseguisse formular uma resposta que acabou saindo não tão adequada assim. - Nada de muito interessante. Você fez muito mais coisas.

– Tudo é interessante Alice. Você continuou todo esse tempo aqui na propriedade?

–Sim. Depois que.. você foi embora, seu pai exigiu que eu trabalhasse também. Ai fiquei por aqui mesmo, na maior parte do tempo junto com a Olivia e a Sofia.

– Mas e o seu pai?

– Ele... ele faleceu.

Só percebi que apertava forte a mão de Christian quando senti seus dedos a acariciando novamente.

–Desculpe, eu não sabia. Sinto muito. O que aconteceu?

Inconscientemente apertei mais forte ainda a mão dele sem conseguir fazer com que meus músculos relaxassem. As lágrimas me tomaram novamente e não consegui responder a essa pergunta. Como diria que a causa de tanta dor era justamente o pai dele? A relação dos dois poderia não ser das melhores, mas enquanto contava sua história, Christian deixou claro a falta que sentiu dos pais, de poder vê-los e conversar com eles diretamente. Eu era egoísta demais. Preferia sofrer sozinha ao vê-lo se sentindo da mesma forma.

– Tudo bem, se você não quiser falar não tem problema. - ele disse passando um dos dedos para secar as lágrimas enquanto minha própria mão tentava fazer isso.

–Desculpe, acho que estou meio sentimental hoje. Você se importa se eu lhe contasse outro dia sobre isso ou tudo o que aconteceu nesse tempo?!

– Não, tudo bem. Mas eu ainda quero saber hein! - Ele falou em um tom brincalhão.

– Ok, vou tentar lembrar disso. - falei sorrindo também.

Christian se aproximou e deu um beijo em minha testa, envolvendo seus braços em volta do meu corpo e fazendo com que eu ficasse deitada sobre seu peito. Fiquei parada escutando seu coração bater enquanto sentia seus dedos acariciando meus cabelos, até que meus olhos começaram a pesar e acabei adormecendo.



O som do canto dos passáros me despertou e levei um susto quando percebi que o sol já estava alto, indicando que a muito tempo já havia amanhecido. Talvez já fosse até próximo a hora do almoço. Sentei bruscamente e acabei acordando Christian com meus movimentos. Ele também parecia surpreso por já ser dia enquanto eu tentava processar o fato de que passei a noite em seus braços.

–É, agora acho que realmente estamos encrencados.

– Você acha? - murmurei desviando o olhar e sentindo minhas bochechas corarem enquanto ele me olhava. - Vamos!

Christian levantou rapidamente e o ajudei a juntar todas as coisas. Não conversamos muito no caminho de volta, os dois apreensivos sobre o fato de termos passado a noite fora. Isso era uma coisa que nunca havíamos feito antes, e com tudo que vinha acontecendo ultimamente, com certeza traria muitos problemas.

Quando chegamos a propriedade, pedi a Christian que entrássemos pelas portas do fundo, mas antes mesmo que descessemos do cavalo, três capangas de Luke nos encontraram e pediram que os acompanhassémos pois Luke nos aguardava. Suas expressões já deixavam claro de que essas ordens deveriam ser cumpridas sem nenhum protesto.

Eles nos encaminharam até as portas da frente e a todo momento meus sentidos gritavam que isso era um mal sinal. Christian andava próximo de mim e de tempos em tempos via ele dando uma leve olhada em minha direção, como se quisesse se certificar de que eu estava ali, ou se estava tudo bem.

Escutamos o som de vozes vindo da sala e caminhamos lentamente para lá. Podia perceber que Luke estava ali, assim como Katy que pelo jeito havia voltado antes da viagem. Christian caminhou na frente e paralisou ao passar pela porta. Fiquei alguns passos atrás mas conseguia ver as pessoas que antes conversavam no cômodo. Havia um casal e uma garota que tinha certeza que não conhecia.

– Ora Christian, estávamos esperando mesmo você chegar. Sua noiva está aqui para lhe ver.

Voltei meu olhar para a garota sentada no sofá percebendo que agora ela também me encarava.



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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo anuncio o vencedor do "concurso", que já está tendo seu nome incluido na história... além da tragédia claro, que acontecerá com o Luke e será acrescentado alguns capítulos beem mais para frente.
Comecei a pensar em várias coisas para fic que acho que vocês vão gostar *---* Eu pelo menos vou amar escrever u.u