The Friend Of My Brother. escrita por Céu Azul


Capítulo 8
-Farinha para palhaços.


Notas iniciais do capítulo

Então, é, eu não morri. Nem fui sugada para um buraco negro ou algo parecido. Desapareci por um bom tempo daqui, e peço desculpa por isso. Mas agora, acho, que voltei.
Não sei se sequer ainda existe alguém aqui para ler a fic, mas acho que vou voltar a posta-la. Então se ainda tiver alguém vivo que se acuse.
Não sei se ainda tenho jeito para escrever, mas tentei. Desculpem qualquer erro.

Boa leitura.



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Capitulo 7

–Farinha para palhaços.

–Vamos lá ver o quanto maricas eu sou.- Daniel sussurrou enquanto olhava para mim, demasiado perto. Pisquei os olhos a procura de um foco, mas os meus esforços foram completamente em vão visto que no momento em que Daniel me beijou, eu não hesitei.

Tinha esquecido onde tinha deixado a minha pose de durona e naquele momento os seus lábios pareciam mais cativantes do que qualquer outro pensamento que eu poderia ter.

As suas mãos foram até a minha cintura e ele puxou-me para mais perto de si. Deixou três selinhos na minha boca e desceu os seus beijos até ao meu pescoço me deixando arrepiada.

Depois desceu o seu trilho de beijos até os meus ombros e beijou com mais intensidade. Arregalei os olhos quando vi que ele me tinha deixado uma enorme mancha vermelha perto da minha clavícula,

Iria ser um desafio conseguir esconder aquilo.

–E como eu explico isso para meus pais? Ou melhor, para meu irmão!?- Perguntei em tom divertido e Daniel sorriu para mim e depositou um beijo nos meus lábios, fazendo-me sorrir entre o beijo e logo de seguida puxar-lhe o lábio inferior com os dentes.

De seguida depositou mais um beijo meu pescoço e continuou a descer, até começar a puxar o lençol a medida que precisava de espaço para deixar mais beijos pelo meu corpo.

Quando chegou ao final da barriga parou e tirou todo o lençol de cima de mim. Os seus beijos recomeçaram dos meus pés até a minha cocha, deixando um fervor a cada beijo.

Puxei-o pela camisola e selei os nossos lábios novamente para logo inverter as nossas posições, ficando sentada sobre a sua barriga. Sorri-lhe quando os nossos olhos cruzaram-se e ele sorriu-me de volta. E foi aí que eu acordei.

Mas que porcaria é que eu estou a fazer!?

Saí de cima dele rapidamente e corri até a porta, mas para minha grande vergonha, estava trancada. Bufei frustrada e virei-me para Daniel que agora tinha um sorriso sapeca nos lábios e encontrava-se sentado na cama.

–Porque raio trancaste a porta? – Perguntei sem paciência e desconfortável, por saber que estava apenas de roupa interior. A situação era embaraçosa e eu só queria fugir dele.

–Só pela precaução. – Sorriu de forma divertida como se soubesse alguma coisa muito impressionante. - Já imaginaste se o teu irmão chegasse e abrisse a porta de repente!? Nunca se sabe o que poderíamos estar a fazer.

–Destranca-a. – Ordenei.

Sentia-me a corar. A sua última frase refrescou-me a memória e levou-me para segundos atrás. Ia fazer uma grande merda, uma gigante e enorme merda.

Daniel levantou-se da cama e caminhou até mim. Parou mesmo a minha frente, demasiado próximo. Olhou para mim de forma tão intensa que pensei que fosse desmaiar. Pisquei os olhos para tentar concentrar-me. Depois simplesmente virou-se para a porta, tirou a chave do bolso e destrancou-a.

Voltou a olhar para mim, ainda mais próximo.

–Estás livre. – Sussurrou-me ao ouvido, depositou-me um beijo leve nos lábios e foi se deitar na cama.

Eu parecia uma parva.

Não reagi. Fiquei parada a piscar os olhos em busca de sanidade. Parecia uma verdadeira idiota, e só acordei do meu transe quando ouvi uma risada contida de Daniel. Ele estava a divertir-se as minhas custas.

Lancei-lhe um olhar ameaçador e saí disparada do quarto, batendo com a porta.

Antes de chegar ao quarto, Daniel gritou: - E só para te dizer que não recuso a ideia de me arrancares o material à dentada. Na verdade, seria um prazer. Literalmente. -E logo a seguir riu-se.

Pensei em voltar para trás e dar-lhe uma valente estalada, mas sabia que não era boa ideia. Por isso apenas gritei: - Vai-te foder. – E esperei que ele não respondesse que precisava de mim para o fazer.

Graças à Deus ele não disse mais nada e eu suspirei de alívio ou algo parecido, e caminhei para o meu quarto.

A primeira coisa que fiz foi vestir o pijama, não queria mais incidentes. A segunda foi ligar para o telemóvel da Melissa. E ao quinto toque ela atendeu.

ONDE É QUE TU ESTAS SUA CABRA DA MERDA!?

Estou na praia, com o teu irmão. Pensei que vocês viessem cá ter.- Ela disse calma e serenamente.

TU SAIS DA DISCOTECA SEM ME AVISAR, COM O MEU IRMÃO. DEIXAS-ME PREOCUPADA E AINDA POR CIMA NA COMPANHIA DO IDIOTA DO DANIEL E QUANDO TE LIGO FALAS-ME COM ESSA CALMA!? SABES O QUANTO PROCUREI POR TI? – Indaguei furiosa.

Andaste a minha procura? Mas o Daniel não te disse onde estávamos? Dissemos-lhe para virem ter connosco, se vocês quisessem. – Oh. Eu vou matar aquele estupor-irritante-estúpido-tarado-idiota-conquistador-de-meia-tigela, mas mais tarde.

Agora queria saber se Melissa ainda tinha sanidade mental e se o meu irmão não tinha cavado a sua sepultura.

Vocês foram fazer o quê a praia? – Perguntei, desta vez mais calma, ou talvez nem por isso.

Não me estava sentir bem na discoteca. Acho que o jantar caiu-me mal.

O meu irmão?

Está a falar com uma rapariga qualquer. – Disse, e pude sentir alguma… não sei distinguir entre raiva ou tristeza, na sua voz.

O meu irmão às vezes é tão idiota. Não que queira que eles tenham alguma coisa, porque a serio, eu não quero. Ter o meu irmão a namorar com a minha melhor amiga era só a coisa mais estranha de sempre. Mas não gosto que ele lhe faça isto.

Queres que te vá buscar?

–Sim, por favor.

– Pov Daniel –

Depois de aquilo tudo tive que tomar uns três banhos frios e mesmo assim não pareceu suficiente. Mas por alguma razão, senti-me, um pouco e só um pouco, aliviado de que tenhamos parado ali.

Talvez me fosse arrepender mais tarde e odeio arrependimentos. No entanto se Catherine não tivesse parado ali, eu estaria disposto a correr o risco.

Quando saí do meu terceiro banho ouvi Catherine chegar com Melissa a rir por alguma coisa que parecia demasiado engraçada para ser algo de bom. Cinco minutos depois, Mark entrou no meu quarto com cara de quem queria matar o mundo e não podia.

–O que se passou? – Perguntei, apesar de já ter constatado que Melissa e Catherine entravam naquela história.

–Nunca queiras ter uma irmã mais nova.- Disse simplesmente e amandou-se para a minha cama.- Ah, quase me esquecia. A Tatiana gostou muito de ti, disse para te dar o número dela.

–Hmm. – Murmurei lembrando-me da rapariga loira que tinha conhecido hoje na Lux. – Um pouco oferecida de mais, mas bonita.

–E gostosa! – Mark acrescentou e rimos.

–Então, o que há entre ti a Melissa? – Perguntei e Mark olhou-me surpreendido. – Nota-se a distância.

– Não sei bem dizer. É só a melhor amiga da minha irmã que parece ter uma panca qualquer por mim, a uns oito meses ou assim. Mas é muito inocente. – Disse e eu abanei a cabeça, em confirmação. – Não a consigo levar a sério.

–Mas é bonita. – Disse.

–E gostosa! – Mark acrescentou e rimos.

–Talvez devesses dá-lhe uma oportunidade. - Disse e Mark riu.

–Não estas a falar a seria, estás!? - Ele disse e levantou-se da cama, tirando os ténis.

–Na verdade estava. Não custa nada.

–Na verdade, custa, muito. Imaginas o quanto a minha irmã é protetora em relação a Melissa!? E Cath consegue ser bem agressiva quando quer.

–Eu bem sei…

–Han? - Mark indagou, confuso.

–Ela parecia agressiva, sabes, ao almoço contigo e isso. – Tentei disfarçar e Mark esqueceu o assunto depressa.

–Enfim, chega de falar de raparigas. O que queres fazer amanhã? – Mark perguntou.

–Podíamos ir surfar, quero ver se ainda tenho jeito.- Disse lembrando-me dos tempos em que eu e Mark surfávamos juntos.

–Sim, mas não pode ser aqui. Já não se apanha ondas em cascais, o mar está sempre calmo.

–Vamos para outra praia então.- Disse.

–Tenho fome.

–Somos dois.

Fomos até a cozinha em busca de algo para comer e ao entrar lá não vejo nada mais, nada menos do que Catherine, numa posição, hmm, comprometedora, com uns calções quase demasiado curtos para serem chamados de calções e uma camisola larga que tapava quase os seus quase boxers, cheia de farinha na cara e Melissa a sua frente, no mesmo estado e com roupa parecida.

–Mas que porcaria é que vocês estão aqui para aqui a fazer!? – Mark perguntou.

A resposta que ele obteve foi um monte de farinha na cara, atirado por Catherine.

Começamos a rir, exceto Mark que parecia não ter achado piada.

–Daniel, tu achas piada a isto? – Mark perguntou, parecendo indignado.- É neste tipo de momentos que conto contigo para me defender, e não para te juntares ao inimigo.

–Peço desculpa. – Parei de rir e fingi arrependimento, e antes mesmo que pudesse falar mais alguma coisa também levei com farinha na cara.

–Vocês são os dois uns maricas. – Catherine falou e depois sorriu sinicamente para mim. Por alguma razão senti que isto tinha alguma coisa a ver com o que aconteceu.

– E depois já têm caras de palhaços, só estamos a ajudar na maquilhagem. – Melissa acrescentou e Mark fulminou-a com o olhar.

– É guerra que vocês querem é guerra que vão ter. – Mark declarou e logo a seguir roubei o saco de farinha que Catherine tinha mão e atirei-lhe um pouco, espalhou-se sobre a sua perna.

–Oh, vocês estão tão feitos. - As duas disseram num coro assustador e o que se passou a seguir foi como uma guerra mundial, só que apenas entre dois países, e as armas eram farinha.

O melhor de tudo é que no fim ninguém estava morto. Havia apenas bom humor, risos e o melhor de tudo: Eu e Catherine parecíamos estar a darmo-nos muito bem.

Talvez até bem demais.


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Notas finais do capítulo

Vos vejo nos reviews, talvez !?



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