Natsu carregava a bela moça com cuidado. Dava passos lentos, preocupado com o delicado dedo machucado da garota. Parou de andar, repentinamente e se encostou na parede do corredor. Lucy deixou de se apoiar no garoto.

— O que foi, Natsu? — Disse preocupada com o rapaz. — Não está se sentindo bem? — Ele balançou a cabeça, negativamente.

O avermelhado sentou-se no chão e esbouçou uma expressão agonizada, seu rosto começou a ficar um pouco vermelho.

— Natsu! — Berrou Lucy, se ajoelhando ao lado do rapaz, que demonstrava falta de ar. — O que você tem, Natsu? Tente dizer alguma coisa, não me deixe aqui desesperada.

Nenhuma palavra... Lucy olhou para os lados desesperada, em busca de ajuda. Natsu começou a tossir, deixando a garota ainda mais nervosa. A loira, se levanta, e tenta, inutilmente, gritar por ajuda.

— LOKE! LOKE! — Se esforçou, em vão.

Natsu a puxou para perto de sí, fazendo a garota corar novamente. Como é envergonhada essa garota...

Ele a abraçou, tossindo sem parar.

— Não... Quero a ajuda... Daquele idiota. — Disse entre várias pausas para respirar. — Apenas... Me leve para... A enfermaria

Lucy apoiou o corpo do garoto em seu ombro, e saiu caminhando em direção a enfermaria. Natsu, estava ofegante, com uma respiração forte. Realmente, ele era mais pesado do que parecia, pois Lucy estava do mesmo modo.

Sem nenhum aviso, o avermelhado, apoia a cabeça no ombro na loira. Ela podia sentir sua respiração em seu ouvido, o que seria ótimo, se aquele garoto não tivesse quebrado seu dedo algumas horas antes.

— Lucy... — Disse o garoto, quebrando o silêncio que prevalecia. — Me desculpe, pelo dedo quebrado.

Lucy sorriu.

— Eu não sei se devo te perdoar ou ficar ainda mais brava. — Disse, entre suaves gargalhadas. — Primeiro quebra meu dedo, e agora está me obrigando a carregar seu peso em minha sensível coluna. O que você acha? Fico ainda mais brava, ou te desculpo?

O avermelhado sorriu, sem jeito. Seu sorriso contagiou Lucy, que parecia encantada com a expressão do rapaz. O garoto era lindo, isso ela não poderia negar, mas, o jeito como ele olhou para Lucy, foi diferente, especial. Fez o coração da garota congelar e suas pernas ficarem bambas. 

— Ai, minha garganta. — Disse o garoto, começando a tossir desesperadamente. A loira, entra em pânico, e sem saber o que fazer, começa a dar leves tapas nas costas do rapaz.

Uma pequena bola grudenta saí da boca do rapaz, rolando no carpete azulado dos corredores do colégio. Era um chiclete, mastigado e completamente babado.

Lucy ficou em silêncio por alguns segundos, e então, encarou o rapaz com um olhar nada simpático.

— Não venha me dizer, que este tempo todo, você só tinha engolido um chiclete. UM PEQUENO CHICLETE! — Berrou a garota, fazendo Natsu rir da situação.

Ele se sentou no chão, quase não se aguentando de tanto rir. Seu sorriso, novamente contaminou a loira, que se jogou no chão e começou a rir com ele. Apoiou a cabeça no ombro do rapaz, rindo como nunca. Quando se acalmou, percebeu que o rapaz estava a observando, com um olhar... diferente.