Lucy estava cansada, com um dedo em situação precária e um grande remorso, por ter sido tão ignorante com alguém que tentou te ajudar.

— "Eu tenho que deixar de ser ignorante, mas... É a única forma de defesa que consigo encontrar." — Mergulhou em seus pensamentos.

Juvia entra no quarto, com um grande sorriso no rosto. Seus cabelos escorridos estavam presos para trás, com uma pequena pregadeira azul. A azulada fitou Lucy por alguns segundos, afinal, ela estava em uma situação péssima. Seu dedo enfaixado, repousava em um travesseiro rosa, enquanto Lucy estava deitada em sua cama.

— Er... Lucy? — Disse, bondosa. — Está tudo bem?

Lucy levantou, encarou a menina por alguns segundos e colocou seu dedo bem em frente ao rosto da azulada, que esbouçou uma expressão surpresa no rosto.

— Parece que estou bem? Parece? — Gritou. — Vocês estão felizes na educação física, e eu aqui, abandonada.

Ela pareceu mais drámatica do que pretendia.

— Lucy, querida. Se quer ir para a quadra, basta ir. — Disse Juvia, abusada.

A loira encheu seu rosto de raiva. Saiu do quarto, marchando. Procurava pela quadra sem parar, mas não a encontrava em lugar algum. Avistou alguns garotos com uniforme da educação física e os seguiu, encontrando a quadra.

Todos estavam fazendo um alongamento, para que pudessem começar o jogo.

— LEVY-CHAN! ERZA-CHAN! — Gritou indo em direção as garotas, que se encontravam ao lado de Natsu, Gray e Loke. — Eu preciso de vocês, suas ingratas.

Erza e Levy a encararam, perplexas. Lucy estava se sentindo tão íntima delas em tão pouco tempo.

— Eu estou em uma situação precária... — Choramingou, abraçando Levy. — Não posso nem comer direito. Vou acabar magrela e assim, nenhum homem vai me notar, vou acabar virando uma titia e...

— Lucy, se controle, amiga! — Gritou Levy, preocupada com a amiga, porém incomodada. — Você só quebrou um dedo, entende? Apenas um dedo.

Lucy se jogou em Gray e Loke, que a seguraram rápidamente, fez uma expressão cansada e com uma voz fina disse:

— Eu preciso que me levem para a enfermaria novamente, não me sinto nada bem. — Dramatizou. — Meu dedo dói, minha cabeça está latejando e estou com dor de garganta.

Loke revirou os olhos, rindo da loira.

— Vamos, querida. — Pegou Lucy no colo, fazendo a garota corar. — Vou te levar até lá.

Ele saiu andando com a garota no colo, enquanto as meninas faziam comentários maliciosos sobre a cena. Ele tinha passos suaves, praticamente flutuava. Lucy repousou a cabeça sobre o ombro do rapaz.

Natsu andou brutamente até lá, segurando o braço de Loke com força. O loiro se virou para Natsu, com um olhar nada simpático.

— Desculpe, Loke. — Disse puxando Lucy e a segurando. — Mas, quem fez a burrada deve concertar, não acha?

— Desculpe, Natsu. — Pegou Lucy novamente. — Mas, acho que a Lucy prefere ir comigo, não acha?

Lucy saiu do colo de Loke, desajeitada e incomodada. Encarou os meninos por algum tempo.

— Desculpe garotos. Mas, eu não sou um objeto, não acham? — Se apoiou em Natsu. — E Loke, perdão mas... Desta vez eu vou com Natsu, preciso falar com ele.

Natsu sorriu, vitorioso, carregando a menina até a enfermaria.