Não consigo entender, como ninguém aqui em Forks ou em qualquer parte do mundo não os tenham reconhecido. Eu sei que eles tem capacidade sobre-humana de serem discretos, mas como? Eu não consigo entender, e como Meyer, como ela ficou sabendo sobre eles, aquele sonho que ela diz ter tido que os criou, como ela os criou se eles existem? Sentia minha cabeça fritar, e nem precisava da água quente do chuveiro para isso. Eu não fazia idéia, só tinha uma solução para essas respostas, Stephanie Meyer.

Fechei o Lap top depois de pegar o endereço de uma das sedes da editora em Seatle. Eu tinha que dar um jeito de falar com ela, os Cullens podiam estar em perigo, quer dizer já estavam, com um lobisomem a solta, ia ser questão de tempo até ter mais os Vultoris atrás deles também. E, eu também tinha que perguntar, se ela conhecia o Larium, eu precisava saber mais sobre ele, afinal, mesmo chato e idiota, ele é um Cullen, quero saber porque ela não escreveu sobre ele. Deitei na cama, o sono parece que me bateu forte, como se eu tivesse levado uma pancada.

Tudo ficou negro e logo clareou, eu estava na Escola de Forks, carregando meus livros porque minha mochila havia molhado por causa da chuva do dia anterior.

- Bom dia Maddy! - falou Andrew aparecendo na minha frente e pegando meus livros.

- Andrew! Que susto! - percebi ele me olhar duvidoso. - o que foi?

- Você parecia preocupada...

- Não é nada, só aquela coisa, você sabe...

Ele me abraçou forte, deixando meus livros caírem no chão. Mesmo gelado, era muito aconchegante, o cheiro que ele tinha, o jeito que ele me segurava protetoramente, era tudo tão mágico. Por impulso fechei meus olhos por um instante. Quando abri, percebi que Andrew não estava ali, e sim algo grande, peludo e muito quente, e já não me abraçava e sim sufocava.

- Socorro...- minha voz saiu fraca, quase desaparecendo.

Era muito difícil de respirar, tentei me debater, mas aquela coisa só me apertava mais e mais, meu grito de dor não saiu quando ouvi meus ossos se quebrando, a dor era horrível. Meus olhos pesaram, não sentia mais o ar, nem a dor, nem meu corpo. Eu havia morrido? Tudo ficou negro novamente, e todas as cenas que vivi com Andrew passaram em minha cabeça. Bem que dizem que na hora da morte você vê sua vida passar. Pelo menos meus pais não precisariam mais brigar por minha guarda, nem minha irmã se preocupar se eu chego tarde, ou os Cullens, eles não precisariam dizer que iriam cuidar de tudo, e o Larium, ele ia ficar aliviado...

- Maddy! - pude ouvir uma voz aveludada entrar na minha cabeça. - Maddy! - depois da segunda vez que ouvi meu nome pude reconhecer aquela voz, era Andrew.

- Andrew...- abri os olhos vendo-o em meu quarto. - Andrew...- o abracei. - fiquei com tanto medo, achei que nunca ia te ver de novo!

- Hã?! - ele se afastou bruscamente.

- Andr...Larium?! - o que o Larium está fazendo aqui? Olhei a volta, eu já não estava mais sonhando. Ele se encostou na parede agoniado. - O que você está fazendo aqui? - exigi, me levantando indo até ele.

- O que vo...- ele se afastou, fugindo de mim.

Porque ele estava em meu quarto? O que ele queria? Ouvi passos na frente da porta, olhei para ele que parecia desorientado. Não pensei muito, puxei meu cobertor e joguei em cima dele. Não sei como consegui ser mais rápida que um vampiro, mas fui, pulei em cima dele por cima da coberta, senti ele bater com tudo no chão amortecendo minha queda.

- Garo...

- Shhhh, minha irmã! - sussurrei.

A porta se abriu, a Mi apareceu toda descabelada com olhos inchados e bocejando. Me levantei em um pulo, indo até ela, para que ela não visse o grande volume do cobertor no chão.

- Maddy! Da pra fazer menos barulho, tô tentando dormir!

- Desculpa! Pesadelo...hehe- empurrei-a fechando a porta e me encostando nela. - Uffa...- suspirei aliviada ouvindo os passos se afastarem. - Larium, agora me explica, o que está...Larium?

Percebi que o cobertor não se mexia, será que ele estava morto? O que eu tô pensando, é claro que ele está morto, mas, será que... Puxei cautelosamente o cobertor, vendo o olhar insano dele, me arrepiei, provavelmente ele estava furioso comigo, segurou meu pulso com força.

- Ai...- me encolhi, agora era meu fim, se antes eu já tinha visto ele bravo, agora ele estava a ponto de me matar, e eu não havia feito nada, o que ele queria? Que minha irmã descobrisse que ele estava alí? Aquilo começou a me irritar, porque ele sempre tinha que agir assim? Estava me machucando. - Larium me solta! - exigi, tentando me soltar dele sem fazer muito barulho.

Ele me puxou com força para perto dele, como se eu fosse uma pluma, não conseguia me debater. Senti ele afastar meu cabelo do meu pescoço e respirou fundo. O que ele estava fazendo? Ele, é vegetariano, ele é um Cullen, ele vai me matar? O pânico começou a tomar conta.

- Larium o que...? - minha voz saiu trêmula.

Ele aproximou-se lentamente do meu pescoço, respirando fundo, parecendo saborear o cheiro, eu não tinha forças para gritar, isso estava me assustando de mais, ia ser como no sonho, eu ia morrer. Senti os lábios gelados tocarem minha pele, meu corpo se arrepiou por completo, era meu fim, iria doer? Ele iria beber todo meu sangue? Ele deve ter sentido eu me arrepiar, pois se afastou e me olhou nos olhos, não sei definir ao certo como ele me olhava, minhas lágrimas já haviam tomado conta dos meus olhos embaçando minha visão, eu estava apavorada. Quando senti ele se movimentar, fechei os olhos involuntariamente, definitivamente, era meu fim.