Meu Marido É ... Meu Professor escrita por Danih T


Capítulo 6
Capítulo 6 - Pesadelo e reconhecimento


Notas iniciais do capítulo

To tããão feliz !!! Ganhei leitores novos e adorei as opniões para corrigir a minha escrita . Mas o que me deixou tão indignada foi que tenho quase 30 leitores e nenhum dele comenta quase . Esse cap é grande , então por favor comentem ou senão vou demorar um século para postar . Bjinhos



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Estava sentada em cima da cama pensativa , já havia tomado banho e aguardava Connor sair do chuveiro . Desde que chegamos , fiquei refletindo o que acontecera a quase uma hora átras .

Eu usava um pijama " decente " , que cobria o corpo inteiro . Connor detesta ele , quase sempre me xinga de louca e paranóica . Mal sabe ele que faço isso para implicar e também não iria sair desfilando pela casa com uma camisola curtissímo e transparente que eu tenho . E o pior é que uso esse pijama até no calor .

Segurava um livro , não sei quantas vezes já o havia lido , se chama " Anjos e Demônios " . Adoro sentir repetidas vezes , a mesma emoção de suspense e mistério guardado nele . Nunca me canso .

Não fazia idéia de quanto tempo fiquei encarando a capa do livro . Até que ouvi a porta do banheiro sendo aberta , com a visão periférica , vi vapor sair do mesmo . Quando olhei , presenciei uma cena divina ! . Connor estava só de samba canção preta e sem camisa !!! . Quase babei ao ver seu abdômen definido . Isso é que é Ex-militar ! .

Enquanto eu o olhava , ele enxugava seus cabelos negros , deixando-os bagunçados e lhe dando um ar super sexy ... merda ! . Pense em outra coisa Samantha ... tipo , macarrão ! É ... macarrão . Meu Deus , espero não estar babando .

– Eu sei que sou gostoso Laurence , mas não precisa ficar tão admirada e babando desse jeito ! - desviei o olhar para meu livro , estava totalmente envergonhada e sem reação . Sentia um misto de sentimentos , sentia vergonha , surpresa e raiva . Primeiro : vergonha por ele ter reparado que eu estava secando-o . Segundo : surpresa , pois ele havia se lembrado do meu sobrenome e finalmente Terceiro : raiva por ... hãm ... GRRR , já nasci para ter raiva dele , não precisa de explicação ! . Ele não parava de rir , o que me deixava mais pelando de vergonha . - Eu sei que você gostou , causo essa impressão nas mulheres , pode continuar olhando ... se quiser ! .

Mordi o lábio inferior toda vermelha , quase cortando-o .

– Há há , muito engraçado ! . - falei sarcástica , revirando os olhos . E para desfarçar , o quanto fiquei sem graça , fingi ler a sinópse do livro .

O ouvi pigarrear , mas como sou muito orgulhosa , resolvi simplesmente o ignorar .

– Eh Samantha ... quase nos entregou hoje ! . - meu sangue ferveu e o olhei extremamente intrigada .

– Mas a culpa não foi minha e sim a sua ! - gritei nervosa , enquanto ele vestia uma camisa branca sem estampa , e pegando uma calça jeans de dentro do enorme ármario . E ele só deu de ombros .

Cruzei os braços , ainda zangada . Continuei a segurar meu livro vermelho . A verdade era que eu estava meio triste , mas nã por causa dele e sim por outro motivo em mente .

Fiquei fitando o vázio , quase sem expressão facial . Senti um par de olhos sobre mim . Em seguida , ouço a porta do quarto sendo fechada atras de Connor . É claro que fiquei sozinha no comôdo , e até que foi bom para mim . Pelo menos , teria paz por uns dez minutos .

Deitei-me de lado , ficando abraçada com o livro em si . E novamente , meu olhar foi ficando vago . Aos poucos , senti minhas pálpebras ficarem pesadas , até que meus olhos se fecharam e me afoguei em meio ao pesadelo .

Era um lugar estranho e misterioso . Sabia que teria algo a ver com minha familia , sempre tem . Eu estava usando o mesmo pijama listrado e meus cabelos estavam soltos ao vento , chicoteando meu rosto .

O clima era frio e gelado . O céu estava nublado , com cara de que a qualquer momento iria chover fortemente . Eu sentia calafrios na espinha , tanto por causa do medo quanto por causa do frio mesmo . Em questão de minutos , comecei a bater os dentes e tremendo . Havia neblina por todo o lado , era tão densa que toda as coisas que estavam ao meu alcance sumiram em segundos , incluindo meus pés descalços .

Reparei que pedras se preenchiam dentre os dedos dos pés , cortando e arranhando-os . Sentia-me muito incômoda . Sentia medo sem saber por onde ir ou que rumo tomar .

Do nada , avistei um rosto que era bastante familiar . Instantâneamente , meus olhos se arregalaram e tentei contêr o soluço que estava por vir .

– Mathew - sussurrei triste para mim mesma.

O menino estava sujo de lama e cortes profundos na pele . Parecia desorientado , confuso , mas não durará tanto tempo . Logo , olhou para a minha direita , sem emitir mais nenhuma emoção e expressão . Ficou imóvel , aparentando uma estátua o que me apavorou demais .

Sem pensar duas vezes , acompanhei seu olhar , direncionando-o para meu lado direito . Levei um grande susto ao encontrar minha mãe á uns dois metros de distância não tão diferente quanto meu irmão .

Seu cabelo estava toso sujo , encharcado de lama , gravetos e folhas mortas saiam deles . Também continua embaraços que só podia ser desfeitos ao serem cortados . Seu vestido que antes era incrivelmente florido e cheio de vida , agora estava rasgado , amarrotado , manchado de sangue e barro . Foi um choque ao vê-la desse jeito . Pelo o que me lembrava , ela sempre estava muito bem arrumada , linda , perfumada e limpa . Mas agora , está irreconhecível .

Meus olhos marejaram . E principalmente ao encontrar meu pai da mesma distancia afastado de mim . Só que do lado esquerdo .Ele comparando com os dois , estava mais diferente . Continha sangue na cabeça e na blusa . E sua bermuda estava empoeirado .

Deixei escapar um soluço sem querer e voltei a olhar o garotinho indiferente . Eu estava cercada .

– Me desculpem . - foi a única coisa que escapou de meus lábios.

Os três levantaram a cabeça ao mesmo tempo , fitando algo átras de mim .

Tive medo de espiar , fiquei imóvel e tremendo . Seus olhos imediatamente , ficaram pretos preenchendo todo o globo ocular . Aquilo me amedrontou , para não gritar , coloquei uma das mãos na boca , abafando um grito .

A minha família ,começou a se aproximar cada vez mais sombrios e assustadores . Tentei me afastar andando de costa , mas meu pai que antes era muito próximo e nos davamos muito bem , agarrou meu braço , quase o quebrando . Em um ato repentino , deixei um berro alto sair de em plenos pulmões .

Suas auras começaram a ficar pretas e acada vez mais tentavam me pegar . Não sabia se era para me matar , mas a miha tentativa de fugir não iria em vão .

Lutei com todas as minhas forças para tentar escapar das mãos daqueles monstros . Mas algo os afastou por uns três segundos . Novamente , olharam para algo atras de mim .

Acompanhei seus olhares e arregalei os olhos ao ver Connor . Ele era totalmente o oposto daqueles demônios . Possuía uma aura dourada e azul claro . Contendo a mesma aparencia de sempre , só que usando tudo branco . Seu globo ocular era inteiramente dourada e brilhosa .

Ele estendeu sua mão até mim . Fiquei-o encarando assustada , tentando raciocinar o que estava oferecendo-me .

– Confie em mim . - sua voz parecia um efeito sonoro , aparentava ter umas dez pessoas falando junto , incluindo sua voz . Com confiança , entendi a mão até a sua .

E o pesadelo havia realmente terminado bem . Senti alguém me chacoalhando brutalmente .

– SAMANTHA ACORDE ! - ouvi uma voz familiar gritando - SAMANTHA ! .

Acordei em um pulo , por causa do susto e acabei lhe dando um soco forte no rosto de Connor . Só que foi sem querer , mas pela sua expressão , pareceu que nem sentiu . Eu estava toda suada e ofegante . Queria nem pensar no terrível pesadelo .

Focalizei minha visão turva no homem agredido e surpreso.

– O que houve ? - perguntei esfregando os olhos , me ajeitando no encosto da cama .

– E você ainda pergunta ? Sua retardada ! . Eu saí para comprar pizza , porque eu vi que estava na cara de que não iria cozinhar para mim . E quando eu volto , ouço gritos vindo daqui ! . - ele parecia indignado e revoltado . Não parava de gritar comigo e o estranho é que parecia bastante preocupado . - Até tinha passado pela minha cabeça que um maníaco havia entrado , e te estrupado .

Aquilo tudo soou muito estranho pro meu gosto , ainda mais vindo dele .Ele segurava duas caixas de pizza . Ao sentir o cheiro , meu estômago roncou .

– Foi mal . - as cenas do pesadelo rondavam na minha mente .

– E o estranho é que você ficou chamando pelo meu nome ... sinistro . - tinha dado uma pausa antes de dizer " sinistro " e em seguida me olhou estranho . - Você sonhou comigo ? .

Fiquei quieta , não querendo encará-lo por timidez , mesmo ele sabendo que era verdade e esperando respostas . Peguei uma das caixas de sua mão e abri .

Pizza de mussarela , meu favorito . Tudo já estava fatiado , pronto para ser comido . Apanhei o primeiro pedaço, dando uma pequena mordida . Connor aos poucos foi se recompondo , mas ainda hesitante e aguardando respostas . Ficamos por um bom tempo em silêncio , o que me agradou .

– O que você sonhou ? - perguntou novamente para cortar o meu barato .

Instantâneamente, parei de comer , ficando um pouco inquieta . Encontrei seu olhar , reparei que a cor deles eram muito bonitos , eram tão ... azuis .

– Não foi bem um sonho , estava mais para pesadelo . - comecei a explicação - Era um lugar horrível ... estava cheio de neblina , quase não pude enxergar . Até que ... que ... meu irmão mais novo aparece bem na minha frente .

– O tal de Mathew ? - deu outra mordida no pedaço da fatia , parecia estar prestando bastante atenção .

– Como você sabe o nome dele ? - perguntei curiosa .

– Esqueci de mencionar que você ditou o nome dele enquanto gritava ? - perguntou e neguei - Então , continua .

– Em seguida , apareceram os meus pais , só que nos meus lados opostos , separados . Estavam muito sujos e com sangue ... e...- reuni coragem - do nada tentaram me pegar , do jeito que foi , pensei até que queriam me matar . Pareciam demônios . - dei uma parada o olhando firmemente - Aí ... você apareceu atras de mim .

Arqueou as sombrancelhas , provavelmente já pensando em babaquices .

– Eu era um demônio também ? - tentou contêr um riso futuro .

– Não ... ao contrário . Você era um anjo . - permaneci séria , aquilo para mim não era brincadeira .

Levou a mão até a boca , abafando um riso . Desviou o olhar para a pizza , tudo o que não seja eu , continuando a abafar os risos . Revirei os olhos , ele sempre tem de ser tão estúpido ?! .

– Ok ... - não aguentou de ter dito e no final começou a gargalhar um tanto alto demais . Capaz de acordar a vizinhança inteira .

Para não falar besteira , enfiei quase uma fatia inteira dentro da boca . É claro que fiquei super nervosa com Connor , aquele ... sabotador ! . Ele tentava falar , só que não conseguia por falta de ar ... incopetente .

– Acabou ? - perguntei entediada .

– Já . - riu mais um pouco e deixou cessar as malditas risadas . Lá vem besteira para ser ouvida . - Você tem que parar de ler esse livro . Está te deixando lunática .

Me entristeci de vez ao lembrar que amanhã seria o aniversário do meu irmão . Decidi ficar de cabeça baixa , pois não queria encara-lo do jeito que estou e muito menos ser tiração de sarro por duas semanas .

– Você sente muitas saudades não é ? - pela primeira vez ele pareceu estar arrependido pelo que havia dito .

Levantei a cabeça com os olhos marejando , só que não choraria em sua presença . Então , para não deixar muito óbvio o que sentia , fingi tossir e assenti com a cabeça .

Para desfarçar a frustração , peguei mais um pedaço de pizza , dando um mordida pequena . Queria afastar tudo da mente .

– Então ... - o olhei tentando parecer feliz , puxando sua atenção . - Fale sobre a sua família , nunca o vi comentar .

Dei outra mordida na comida , analisando sua expressão , que rápidamente ele desviou nada contente .

– Eles não são interessantes . - foi duro consigo mesmo - Quase nem falo com eles .

– Porque ? - perguntei interessada no assunto .

– Meu pai morreu quando eu tinha apenas quinze anos , éramos próximos ... - suspirou pesadamente como se tudo fosse extressante demais ou pelo menos o que havia passado na infância . - E não me dava muito bem com minha madrasta e sua filha mimada que vivia dando o em cima de mim .

Ergui o cenho surpresa e esperei com que continuasse .

– Então um dia fiz as malas e fui embora deixando toda a fortuna pra ela . - enrubeceu .

– Você era rico ? - perguntei normal ou tentando parecer .

– Não rico e sim milhonário , tenho a minha herança , só que ainda não irei utilizar . - pegou outro pedaço de pizza .

Refleti , tentando entender o porque de um herdeiro milhonário , estaria sendo professor .

– Connor , porq... - não fui capaz de terminar a fala quando ouço uma explosão vindo do lado de fora .

– Fica aqui! - ordenou sacando uma arma da sua mochila e indo em direção a porta de saída .


CONTINUA ...


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Notas finais do capítulo

Se não for incomodo , adoraria recomendações , Bjinhos..