Virtua.Net escrita por Maya


Capítulo 7
Pesadelos na Véspera


Notas iniciais do capítulo

Minna, tive que mudar o capítulo pois o capítulo das fichas foi deletado pelo staff, ou seja, perdi as fichas e não pude fazer o que planejava :/
Ou seja, quem puder mande as fichas novamente ou eu faço um remake sem ser de fichas (já está na minha mente).
Podem dar suas opiniões sobre tentar deixar essa ou fazer um remake nos reviews! Bom capítulo!



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- Papai?

De alguma forma, lá estava ela novamente. Com 7 anos, no jardim de casa e chamando pelo pai, como de costume na época. Sem resposta. Adentrou a casa e procurou pelos cômodos até achar seu progenitor em sua sala.

- Querida... Eu estou muito ocupado agora. Brinque com a mamãe.

- Mas você disse que poderia brincar hoje...

- Eu sei o que eu disse, mas não pude achar um tempo livre. Sinto muito filha.

Num piscar de olhos, ela já estava maior. Olhou para seu corpo e viu como tinha crescido em um segundo. 7 anos se passaram rapidamente. Ainda estava parada na porta da sala do pai, quando o mesmo se virou para ela com um sorriso.

- Filha, pode me ajudar?

- Como?

Mais um pisque e ela já estava dentro do jogo. Ouviu seu pai dizer alguns códigos e vários monstros surgirem ao seu redor. Apareceu apenas uma espada simples em sua mão e os montros partiram para o ataque, todos de uma só vez. Não conseguiu atacar e muito menos se defender, acabando por receber vários tipos de combos. Gritou de dor mas seu pai pouco se importou com os ferimentos da jovem.

Fazia parte de seus experimentos.

Novamente, estava em um lugar diferente, que não reconhecia. Percebeu que não tinha nenhum arranhão no corpo e que havia... Algo a sua frente.Era enorme, formado por infinitas ondas elétricas, seus únicos membros eram os grandes braços, os olhos brancos monstruosos fixando o nada. Mas, por algum motivo, ele não assustava a garota. 

- Quem é você?

- Isso depende de você, Keiko - sua voz também era monstruosa, mas ainda não dava medo nela.

Como assim?

- Você acabou de me criar, então ainda não tenho um nome.

- Então... Você é como meu mascote?

- Não sou um bicho, sua idiota! Sou sua Hissatsu. Não acredito que alguém como você conseguiu despertar tal poder.

- Pelo visto, é bem forte, né?

- O mais forte que você pode encontrar. Mas com você como mestra, seria mais fácil acreditar que sou fraco.

Keiko riu com o comentário. Uma risada divertida e debochada ao mesmo tempo.

- Não me subestime. Você está em boas mãos... Volx.

- Volx? Você vai me dar esse nome ridículo?

- Sim! E sua frase invocativa será... Raijin no Chikara!

Ai... Tá legal, tá legal. Fazer o quê... Minha mestra poderia ser alguém como a Akira...

Akira? Você conhece ela?

- Eu conheço todos que você conhece, sei tudo o que você sabe e entendo tudo o que você pensa e sente.

- Então... O que eu estou sentindo agora?

"Volx" virou-se para ela  e a encarou por um tempo, até responder:

- Felicidade por me conhecer e uma pontada de dor pelo que seu pai fez.

A garota logo desfez seu sorriso e abaixou a cabeça.

- A-acertou... - Levantou a cabeça e um meio sorriso surgiu em seu rosto. - Entendi. Você é como uma parte do meu coração! Uma parte monstruosa, bruta e muito poderosa! - Após essa conclusão, estendeu a mão e abriu um grande sorriso. - Volte.

- "Voltar"...?

- Volte para o meu coração e vamos ficar cada vez mais fortes juntos! Te invocarei sempre que for realmente necessário, mas você terá que colaborar.

O gigante continuou a encarando até mandar um de seus fios elétricos para sua mão. A jovem se espantou um pouco, mas logo entendeu o que estava acontecendo. Logo, todas suas ondas elétricas ficaram em torno de seu corpo e a forçaram a fechar os olhos. Quando os abriu novamente, estava sozinha naquela área, mas ainda pôde ouvir as últimas palavras de Volx:

- É bom que fique forte mesmo.

Outro pisque e novamente estava em um lugar diferente. Agora estava deitada em sua cama com vários ferimentos. A sua frente, Icaro a olhava com um olhar preocupado.

- Keiko, eu juro que não deixarei que seu pai faça isso outra vez! Nem com você você nem com ninguém!

A imagem de seu melhor amigo foi oculta pela imagem de seu pai com um olhar sádico que mais a assustava...

Keiko finalmente acordou daquele pesadelo. Se levantou da cama num impulso, suando frio. Notou que já era de noite e haviam tirado seu colete e dobrado suas mangas, revelando ataduras. Olhou em volta e certificou-se que aquele era um quarto de hotel, e que não estava sozinha.

- Tudo bem, Keiko? 

- J-Jack... - Forçou um sorriso e respondeu: - Estou bem, sim! 

Porém, não conseguiu forçá-lo por muito tempo e logo uma expressão triste estampou sua face. O inglês suspirou e sentou-se ao seu lado.

- Não precisa estar feliz o tempo inteiro, sabe... Pode dizer quando está triste. Somos todos seus amigos.

Agora tinha um sorriso sincero, mas ainda tremia devido ao pesadelo. Algumas lágrimas começaram a escorrer em seu rosto, o que deixou o ruivo preocupado. Tratou de secá-las logo e virou-se novamente para Jack.

- O que aconteceu?

- Ah.... Você e o Mast colidiram seus Golpes Especiais e, quando parecia que ia dar empate, você desmaiou. Resolvemos trazê-la para cá, as garotas tiraram seu colete e dobraram suas mangas, eu a deitei na cama e começamos a observá-la, revesando de hora em hora. O Mast também ajudou.

- Pode dizer, eu sei que você quer saber o porquê de eu estar com os braços atados, assim como o tronco.

- Eu estava meio sem graça de perguntar...

- Bem... São ferimentos do ano passado, mas ainda não saíram... Eu uso essas ataduras desde aquela época para esconder eles. E o colete é para impedir que as cicatrizes abram caso eu caia, ou algo assim - era visível que ela estava bem sem graça contando aquilo. - Mas a personalidade é verdadeira!

- Eu sei! E sinto muito pelos ferimentos, mas não vou forçá-la a contar como os ganhou. Quando quiser desabafar, estaremos ao seu lado - deu uma piscadela e um sorriso. 

- Obrigada Jack... Posso ficar um pouco sozinha? Acho que é o melhor agora.

- Tudo bem. Eu e o John estamos no quarto ao lado, e as outras meninas estão no da frente. Boa noite!

- Boa noite...

Ouviu a porta bater e esperou alguns segundos para liberar as lágrimas. Deitou-se e apertou o travesseiro, como se quisesse um pouco de força. De repente, seu celular tocou. Reconheceu o número e o atendeu.

Keiko-chan! Como vai?

M-mais ou menos, Ícaro-kun...

O que aconteceu?

Aquele sonho...

Que droga... Enfim, só te liguei mesmo para dizer que já cheguei na ilha.

- Sério?! Estamos no Brasil, mas não vai demorar para chegarmos aí!

Estarei esperando. Durma bem!

Você também!

Na Island 2.0...

Ícaro desligou o celular com uma expressão enjoada. Seu time estava em um hotel da ilha, sendo que dividia o quarto com Yukio e Luke. Os dois se entreolharam e Yukio se pronunciou:

- Tem certeza de que quer fazer isso?

- Absoluta, meu caro - respondeu o ruivo, com um sorriso sádico no rosto. - Ela terá que pagar.

- Você é o cara mais falso e sinistro que eu conheço - confessou Luke. - Mas ainda podemos nos focar na vitória, certo?

- Certo. Eu tenho meu próprio objetivo, mas a vitória também é importante.

- Ok, mas eu dito as regras aqui. Sou o líder, certo? - Disse o garoto da Nova Zelândia.

- Não vá se achando. Eu formei a equipe e você foi o último a entrar. Mas, como você é o mais forte...

- O quê?! Ele não é o mais forte! - Protestou Luke.

- Tanto faz! - Exclamou o japonês. - Estamos próximos do torneio, e logo poderei pôr meu plano em prática...


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