Scorpius Malfoy

— NÃO! NÃO AÍ! COLOCA ESSAS CAIXAS AO LADO DO VASO! ISSO! — Scorpius gritava em meio aquele caos em que um dia fora a sua casa. Seus pais resolveram deixá-lo no comando, aceitando a festa, porém deram espaço para os jovens, claro, com algumas regras simples.

— Ei, Malfoy, onde coloco isso? — Carter indicou os salgadinhos que foram encomendados para a festa.

— Coloca na banca da cozinha — Scorpius respondeu antes de voltar a dar ordens, até escutar o barulho de algo se quebrar.

Oh não. Aquele era o vaso favorito de sua mãe.

— FOI MAL, MALFOY — Carter gritou da cozinha, ele havia derrubado o vaso da mesa enquanto carregava as caixas para a cozinha.

Ótimo, mais uma coisa para ele se lembrar: colocar tudo aquilo que quebre em algum lugar seguro e quanto ao vaso, bem, ele não sabia da existência dele.

Seus celular vibrou dentro do bolso da calça jeans que usava, ele tirou o aparelho visualizando uma mensagem que recebera da mãe.

"Não esqueça! Liberamos a festa, mas eu quero minha casa inteira quando eu retornar, Malfoy!

— Com amor, mamãe.

PS. Está se lembrando que o seu primo chega, hoje, certo?"

Droga. Ele havia esquecido por completo que o primo chegaria da Bulgária hoje, na verdade, ele nem ao menos sabia como era o primo, afinal, já fazia tempo que ele apenas se lembrava de um garoto franzino, de cabelos escuros e os olhos de um verde escuro que tinham um brilho estranho, que por oras, o assustava.

Se ele não estivesse enganado, o primo viria de trem, chegaria no final da tarde, o que daria tempo para Scorpius terminar de organizar a festa, se arrumar e buscar o primo e voltar para casa.

[...]

O sol já começava a se pôr quando Scorpius resolveu descer para a garagem, a fim de pegar o carro e partir rumo a Estação King’n’Cross, uma das mais famosas de toda Londres.

O movimento nas ruas não estavam grandes, o que o ajudou bastante ao movimentar-se por lá, até que por fim, estava encostando o carro em uma vaga, próximo a porta que dava para as plataformas 9 e 10, na qual o trem do primo iria chegar.

Ele entrou ali suspirando pesado ao ver várias pessoas ali, mas ele apenas não sabia ao certo o que fazer, ou para onde ir.

— Senhor, o Expresso que vem da Bulgária já chegou? — Scorpius perguntou para um guarda local que estava ali.

— É o que está chegando agora — ele indicou a Maria Fumaça que vinha aproximando-se.

— Certo, obrigada — Scorpius sorriu em agradecimento e ficou encostado na parede composta por tijolos vermelhos que se encontrava entre as paredes 9 e 10, um sorriso brincou em seus lábios quando lembrou-se de sua infância, quando inocentemente imaginava que aquela parede era uma espécie de passagem para um mundo mágico, cheios de bruxos, gigantes, fantasmas...

O loiro balançou a cabeça de modo que pudesse afastar tais pensamentos e voltasse a se concentrar no que estava fazendo, buscando o primo que por sinal, ainda não tinha visto.

Várias pessoas desembarcaram quando o trem parou, mulheres com crianças de colo, homens bem vestidos, entretanto, nenhum adolescente dava sinal, Scorpius já estava desistindo de ficar esperando ali, sua paciência já estava acabando, e provavelmente os convidados já estavam chegando e o dono da festa nem ao menos se encontrava no local.

— Scorpius? — Scorpius ergueu a cabeça a fim de ver o dono da voz falando.

Os cabelos pretos haviam crescido um pouco mais, porém, a palidez e os olhos verdes eram os mesmos, além de que agora, o garoto estava alguns centímetros mais alto que Scorpius (e mais forte também).

Scorpius deu o seu melhor sorriso.

— Matthew, há quanto tempo? — Scorpius fora puxado para um abraço assim que o primo depositou a mala no chão.

— Creio que muito — ele respondeu o libertando do abraço.

— Temos uma festa para ir...

— Festa? Nós? — ele perguntava com uma sobrancelha arqueada, o que um tanto que intimidava Scorpius, mas ele não iria demonstrar. — Eu mal acabei de chegar, Malfoy.

— Mas nós temos uma festa organizada por mim, Black — Scorpius falou pegando uma das malas do primo e dirigindo-se ao carro.

Assim que colocou as malas no bagageiro do carro, entrou rapidamente em seu lado, esperou apenas alguns segundos até que o barulho da porta do outro lado fosse fechada também.

Scorpius ligou a rádio do carro enquanto partia para a sua casa.

[...]

A música já estava relativamente alta, tanto é que era impossível ouvir os barulhos que todos os adolescentes faziam naquela casa, Scorpius desarrumou todos os móveis para que houvesse mais espaço (e garantir que nenhum outro vaso –ou algum outro objeto- fosse quebrado).

Boa parte dos que estavam ali já estava bêbados, alguém devia ter “contrabandeado” bebidas para a festa, não Scorpius não estivesse gostando daquilo, até porque a garrafa de cerveja que tinha em mãos falava isso.

Enquanto caminhava pela festa reconhecia alguns rostos, algumas garotas...

— Ei, Scorp, que tal irmos para um lugar mais reservado? — uma garota parou Scorpius no meio da pista de dança que fora improvisada na sala.

— Agora não — Scorpius falou.

Ele já havia perdido a conta de quantas garotas já tinham lhe perguntando isso e devia admitir, aquilo já estava lhe tirando do sério, ele deu mais um gole em sua garrafa, até perceber que a mesma já estava vazia.

— Droga — murmurou indo em direção ao frigobar que havia sido instalado na sala. — ME DÁ MAIS UMA! — Scorpius gritou a fim de ser ouvido, enquanto sentava em um dos bancos.

O garoto rapidamente atendeu o seu pedido, com um grande sorriso.

— EU TAMBÉM VOU QUERER UMA! — Scorpius virou o rosto ao ouvir uma voz feminina que lhe era familiar.

Bridget sorriu para ele.

— POSSO? — indicou o banco vazio ao lado de Scorpius.

Scorpius assentiu enquanto tomava um gole da garrafa, a garota o imitou, ficaram assim por um bom tempo, até que ela resolvera começar uma conversa com Scorpius, ele não sabia ao certo o que era, talvez era apenas o álcool mas ambos já estavam muito “felizes”, rindo de tudo e de todos, uma vez ou outra viam uma pessoa que conheciam tentando ficar com outra, mas eles sempre começavam a rir.

— EI, SCORP! OLHA LÁ A LYS COM O POTTER! — a indicou um canto mais afastado em que ambos estavam se beijando.

— PARECEM DOIS IDIOTAS BOBÕES! — Scorpius respondeu rindo.

Ele já tinha perdido a conta de quantas garrafas já havia tomado, mas aquilo não importava. Então a música fora mudada.

Bridget ergueu as mãos para o alto e gritou.

— DANÇA COMIGO! EU ADORO ESSA MÚSICA! — Brigdet mal esperou a resposta e já o arrastava para a pista de dança colando o seu corpo e se remexendo ao som da música que tocava no momento, Scorpius apenas a acompanhava enquanto tentava não cair.

Rose Weasley

“A festa do Scorpius é hoje, por incrível que pareça eu sinto uma vontade de ir lá, mas apenas por curiosidade, saber quem tanto vai estar por lá. Eu sei, isso deve ter sido estranho, mas é assim que eu estou me sentindo no momento.

Confusa.

Principalmente depois do que aconteceu ontem.

Acho que é melhor eu continuar estudando, é melhor para mim”

Rose baixou a caneta enquanto colocava o livro de química aberto na cama e começava a mergulhar no meio daquelas fórmulas, sim, eram muitas, mas ela deveria aprender TODAS.

Ele escutou o barulho das pedrinhas tocando a sua janela, e já sabia quem era. Abriu um sorriso ao vê-lo do outro lado rabiscando algo. Ao seu ponto de vista, Lorcan estava muito bem arrumado.

“Vai para a festa hoje?” — ele mostrou a placa para Rose.

Rose abriu o seu caderno e escreveu a resposta.

“Não, vou ficar estudando” — ela sorriu de lado.

“Te admiro por isso” — ela riu envergonhada colocando uma mecha cacheada para trás. — “Mas continuo achando que você deveria ir”.

Ele ergueu uma mão para ela, acenando, Rose fez o mesmo.

Assim que ele saiu, Rose baixou a cabeça para os livros, mas não conseguia se concentrar, pois sempre que tentava, a palavra “festa” surgia em sua mente, e aquilo já estava a deixando maluca!

Ótimo, era isso então. Ela iria, ao menos que fosse para ficar apenas alguns minutos e voltar.

Rose fora para o seu guarda-roupa a fim de procurar alguma roupa, mas ela não sabia ao certo o que usar, ou como as pessoas se vestiam naquele tipo de festa, afinal, ela nunca havia ido em alguma, acabou optando por uma vestido vermelho simples que tinha, deixou que os cabelos caíssem em cachos por suas costas e usou uma sapatilha.

Ela descia as escadas lentamente, naquele dia, ela estava só em casa, Hugo havia ido para a casa de seus tios, o que a causava medo já que Lily também estaria lá.

[...]

Rose havia pegado um táxi para chegar até a casa de Scorpius, o que seria até estranho ainda haver algum naquela hora da noite.

Ao descer na casa de Scorpius percebeu o quanto aquela estava diferente, cheia de carros do lado de fora, pessoas se beijando como se não houvesse amanhã, mas Rose continuou caminhando por ali como se nada daquilo realmente estivesse acontecendo, às vezes alguém lhe mandava um cumprimento, e o mais estranho, a chamando por seu nome, Rose respondia com um sorriso, sem ao menos saber quem era a pessoa, exceto que já a tinha visto na escola, provavelmente, na ala dos populares.

Aquilo a fez sentir-se bem, ao que parece, finalmente a sua popularidade estava se demonstrando.

Ela entrou na casa e fora na direção em a pista de dança, não ela não iria dançar, mas estava com sede, e ao menos nos filmes, os “bares” ficavam próximo a pista, bem como ali.

Quando a ruiva aproximou-se do balcão ela pediu uma coca-cola, pela cara que o garoto que servia fez, não era muito usual de aquilo acontecer em plena uma festa, mas ele a entregou mesmo assim.

Enquanto bebia, fora quando ela se virou para encarar todos os que estavam ali, pelo visto, Albus havia se dado bem com a irmã do Lorcan, Lysander, e por mais estranho que fosse, Jane não estava com ela, o que era uma raridade de isso acontecer.

Ela continuou a percorrer a pista, focalizando Lorcan do outro com um olhar triste e Jane ao seu lado, falando alguma coisa, ela queria ir lá, saber o que estava acontecendo, mas sua mente a impediu.

“Ela é inteligente, linda, eu acho que ela é sim minha amiga”, a voz dele ecoava em sua mente. “Ela está nas líderes de torcida”.

Era ela. Jane Lewis. Como Rose nunca havia percebido os sorrisos bobos no rosto do amigo quando ele tentava olhar discretamente para ela?

Rose riu baixinho (apesar de que ninguém a iria escutar), o mais estranho era que aquilo não a incomodava mais, quer dizer, só um pouquinho, mas isso não fazia muita diferença, pois Lorcan não seria seu, a não ser se ela fosse uma bruxa e pudesse fazer uma porção do amor, uma espécie de... que tal: amortentia? Até que parecia um bom nome para uma porção do amor, só restaria saber se ela realmente criava o amor, ou apenas fazia a pessoa achar que estava apaixonada.

Espera. Mas porque Lorcan estava triste? (Definitivamente não era devido a música lenta e romântica que estava tocando) Rose o via olhando para frente e depois abaixava a cabeça, mas ela não conseguia ver direito, as pessoas estavam na sua frente, ela moveu-se a fim de observar o que era.

Oh, não.

A lata de coca-cola escorregou de suas mãos, enquanto sentia um aperto bem no local onde encontrava-se o seu coração. Era algo involuntário, mas lágrimas queriam se formar em seus olhos, mas ela não permitia, apesar de sua visão já estar bastante turva.

Não, ele não a viu, estava muito ocupado a beijando.

Scorpius e Bridget.

Como ele poderia fazer aquilo com ela? Tudo bem que eles não eram mais amigos, mas ele sabia que Bridget não gostava dela, de modo algum, e agora, ali estava ele a beijando.

Era engraçado, o seu coração estava batendo mais devagar e ela se sentia em pedaços enquanto o via ali, dançando com ela, e de vez em quando a beijando.

Rose virou as costas e saiu dali, às vezes se esbarrando com alguém, mas ela não se importava, ela só queria ficar sentada, sozinha em algum lugar, tentando se acalmar.

Ela fora em direção aos fundos da casa, aonde havia um balanço e sentou-se lá, longe daquilo tudo (não tão longe quanto queria), mas ela estava ali, e fora só naquele momento que percebeu que várias lágrimas já escapavam por seus olhos.

— Tudo bem, com você? — uma voz masculina e estranha perguntou ao seu lado fazendo Rose se sobressaltar.

— Acho que dá para perceber que não — Rose falou ríspida após se recuperar do susto.

Ele era um garoto que ela nunca tinha visto antes, cabelos pretos, olhos verdes escuros, quem olhasse de longe poderia até confundi-lo com Albus.

— Desculpe-me pelo susto — ele ergueu uma mão para Rose. — Matthew Black, sou primo do Scorpius.

Scorpius. Por que tudo sempre queria a fazer pensar nele?

— Rose...

— Weasley — ele completou sorrindo. — Já ouvi falar muito de você.

Rose o encarou de modo estranho, limpando o vestígio das lágrimas.

— Na verdade, você não está muito diferente das fotos, exceto que está mais bonita — Rose corou com o comentário do garoto.

Matthew Black... Ela achava que já havia escutado esse nome em algum lugar.

— Obrigada — sussurrou.

— De nada — ele sussurrou como resposta próximo ao seu ouvido a fazendo ficar arrepiada. — Mas se não for muita intromissão minha, porque estava chorando, Rose?

— Confusão — Rose resumiu tudo.

— Deixe-me adivinhar, tem haver com o meu primo — Matthew falou.

— O quê? Não, não! — Rose se apressou em negar.

Matthew gargalhou.

— Por favor, Rose, isso é bastante óbvio até mesmo para mim que acabei de chegar — Matthew falou. — Você gosta dele.

Rose o encarou como se fosse louco e riu, era engraçado aquilo tudo. Não, ela não gostava do Scorpius, quer dizer, Malfoy.

— Você está louco, não é? — ela perguntou entre os risos.

— Não, mas eu queria te fazer sorrir — Matthew falou fazendo Rose corar novamente. — Garotas não devem chorar — Rose sentiu que ele queria completar a frase com algo a mais, mas não fez.

— Obrigada.

Ele deu de ombros.

— A melhor festa de todas, não é? — Matthew falou, o sarcasmo também estava presente em sua voz.

— Com certeza — Rose respondeu no mesmo tom. — Mas porque não está gostando? Achei que os Black’s gostassem de festas, sabe?

— Ah, não, nem todos, só alguns, como o meu tio Sirius, que morreu há tempos.

— Sinto muito — Sirius também era o padrinho do tio Harry, Rose lembrou-se.

— Tudo bem, nem ao menos cheguei a conhecê-lo.

— Tio Harry uma vez me disse que ele era um cara bacana, engraçado — Rose falou sem ao menos perceber o olhar de admiração que o garoto lhe mandava. — Mas quanto tempo irá ficar por aqui?

— Intercâmbio, provavelmente, até o final do ano letivo — ele respondeu.

— Acho que estaremos em algumas aulas juntos.

— Isso é bom, porque ao menos terei alguém para conversar durante os tempos livres, já que Scorpius está me ignorando.

— Não se preocupe, você não é o único — Rose baixou os olhos.

— Isso quer dizer que ele não é mais seu amigo?

— Acho que não — Rose foi sincera.

Eles ficaram em silêncio por mais alguns segundos, até que uma outra música lenta substituíra a agitada que tocava anteriormente.

Matthew ergueu-se do balanço.

— Dá-me a honra, senhorita? — ele fez um gesto de cavalheirismo.

Rose riu. Não havia ninguém ali que os observasse, o que a deixava um tanto mais confortável.

— Só vou falando, se pisar nos seus pés durante a dança, sinto muito.

Ele apenas riu enquanto colocava uma mão na cintura da garota e a direita segurava a mão dela.

Juntos dançaram essas e outras músicas, Rose até gostou de tê-lo como companhia, ele a fazia esquecer de certo loiro (tudo bem que nem tanto).

Matthew se ofereceu para levá-la para casa, mas Rose negou, ela disse que Lorcan poderia a levar, então Matthew a ajudou a procurar pelo garoto.

Lorcan estava no mesmo lugar, mas agora, Jane já não estava com ele.

— Rose? — pareceu surpreso ao vê-la ali.

— Pode me dar uma carona? — ela perguntou próximo ao ouvido do garoto, que assentiu.

— Matthew Black — Rose apenas viu quando Matt estendeu a mão para que Lorcan a apertasse.

— Lorcan Scamander — ele falou. — Vamos, Rose?

Rose assentiu.

— Foi um prazer, Matthew — Lorcan falou.

— Igualmente, Lorcan — Matthew respondeu.

— Obrigada — Rose falou antes de acenar para ele.

Enquanto caminhavam, Rose se perguntava o que estava acontecendo dentro da cabeça de Lorcan.

— Rose...

— Sim?

— Você... er... você viu? — Lorcan não precisou especificar o que era, Rose assentiu minimante, sentindo aquela tristeza a abater novamente. — Ela terminou comigo, novamente — ele murmurou a última parte.

— Achei que era isso que você queria, Lorcan — Rose falou.

— Era, mas só que ela não precisava beijar um outro cara logo antes de terminar — Lorcan chutou uma pedrinha para longe deles.

— Olhe pelo lado positivo — Lorcan ergueu uma sombracelha para ela —, você está livre, o que significa, que você tem que investir na Jane.

Rose entrou rapidamente dentro do carro após ver a cara de espanto que o garoto fez.

— Como...

— Não falo! — ela disse.

— Ótimo — ele ligou o carro e partiu.

Não demorou para que eles chegassem em casa, como eram vizinhos, cada um subiu a sua própria escadaria, mas não antes de chegarem a porta e gritarem.

— Melhor festa de todas — com um grande sarcasmo.

Rose revirou os olhos, enquanto Lorcan abaixou a cabeça, sim, a garota Weasley estava realmente abalada por isso, mas ela havia aprendido muito tempo antes que uma má coisa, nunca deverá ser a última coisa que nos aconteceria, pois não existem vidas, em que não há nenhuma decepção.