POV Grover

Ouvi um som. Sussurros de conversas. Passos. A respiração de alguém que estava próximo de mim.

Abro os olhos. O que vejo não era bem o que eu esperava. Eu estava em uma barraca, Com o teto alto e nenhuma parede. Quatro pés de metal a sustentavam, com o auxílio de cabos de aço.

Olhando para os lados, vejo o Percy e o Nico. Atrás de mim há uma cortina fina, onde dá para ver que é onde as meninas estão. Aparentemente, não fui o único que desmaiou. Sento na cama, e sou abatido por uma vertigem. Ignoro-a, e desço da cama.

Vou andando devagar, cambaleando como um bêbado. Quando finalmente consigo sair, vejo que estou em um acampamento cheio de trailers. Ao longe, posso ver uma área iluminada por luzes e com várias máquinas de gelo seco. O som da música eletrónica chega até mim, alto. Não sei como consegui ficar apagado com todo esse barulho. Então eu percebo que a "enfermaria" onde estávamos devia ser encantada para não sermos incomodados. Sigo em direção a um círculo, formado por centauros e pelos dois lobos alados.

" Obrigada pela ajuda, Michel. Vocês provavelmente salvaram a nossa vida hoje." eu ouvi a Diva falando na minha mente

– Não foi nada. Além do mais, ficamos preocupados quando vocês não apareceram no acampamento. Quando fomos procurá-los, não imaginamos que estariam todos desmaiados no chão porque lutaram com um basilisco. - Respondeu um centauro, provavelmente Michel.- Pena que seus amigos estejam perdendo a festa. Ela tá bombando.

" Tenho certeza de que numa situação normal eles gostariam de participar, mas estão muito cansados. Gastamos quase toda nossa energia na luta. serpentes de setenta metros de comprimento não são fáceis de matar, afinal. Felizmente, eu tive uma ideia."

– E qual é? - perguntam os centauros, curiosos

" Quando tudo isso acabar, podemos fazer uma festa de arromba cheia de poneis de festa, deuses, semideuses, e, enfim, qualquer um que quiser vir. Que tal?"

– Cara, festa de arromba? Demais. - diz um centauro

– É, vamos botar pra quebrar - falou outro

– Será que os ciclopes fariam uma caixa de som gigante se pedirmos?

– Cara, se vai pedir, pede logo um monte!

– E não se esqueça do gelo seco!

Eu trago os Redbull!

– Redbull não! - gritam os outros centauros

– Porque não?

– Redhorse é o melhor!- berra um centauro

– É isso aí

– verdade!

" Gente, eu disse que a festa é quanto tudo isso acabar, não agora."

– Ahhh...- os centauros protestam em coro

" Depois a gente fala, beleza? Agora eu teho que ver se mais alguém além do Grover acordou." Dizendo isso, a loba sai,enquanto D. continua conversando com os outros centauros.

Ela vem em minha direção.

– Ahn, me desculpe por... - eu começo, mas ela me interrompe

" Não tem de que se desculpar. Venha comigo." Diz tranquila

Confuso, Grover a segue. A Diva anda até a barraca onde os outros estavam. Quando chega, ela se vira e me encara.

" Faltam ainda pelo menos seis horas para o nascer do sol. Sugiro que durma um pouco. amanhã teremos um dia cheio."

Com isso, ela se vira novamente de frente para a barraca. Com a ponta do focinho, ela enconta em um das estacas.

Subitamente, a barraca começa a se transformar. Segundos depois, uma barraca enorme e luxuosa se encontra em seu lugar.

Duas portas marcam a frente. A loba indica com a cabeça a porta direita.

" Essa é a porta dos garotos. Boa noite. Chamarei vocês para o café da manhã."- diz, se retirando logo depois.

Grover entra, hesitante. Mas fica boquiaberto com o que vê. A barraca é ainda maior por dentro. Quase do tamanho de um apartamento. Ele se encontrava em uma sala, que do outro lado tinha três portas, cada uma levando à um quarto. Por impulso, Grover entrou no quarto que tinha uma porta verde.

Está bem, não era um quarto. Era uma suíte com cama king-size. Adorei.

Pulei em cima da cama e fiquei olhando o teto. O que será que iria acontecer amanhã quando chegássemos em Caldwell? Isso era um mistério. Mas fazer o que, a vida é assim, pensou Grover, caindo no sono.