Learn To Fly With Your Feet escrita por Laura


Capítulo 20
Oficializando


Notas iniciais do capítulo

Oi oi gente!
Desculpa não postar segunda, é que estou organizando um evento de carnaval e as aulas começaram então tempo é uma coisa que não está rolando.
mas chega de falar!
boa leitura!



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Fiquei conversando com Matt, acabei contando toda minha história com o Guilherme e com o Diego para ele. Ele dava a opinião dele em tudo. Me arrancava risadas. E por fim me deu razão de me afastar dos dois. Mas entendia que meu último encontro com o Guilherme mudava um pouco o rumo da conversa, e das minhas decisões.

- Homem é tudo sardinha da mesma lata mesmo.

Fiquei tentando entender aquele comentário do Matt e comecei a rir da cara dele.

- Como que é?

- É, eu já fui homem Ali, e a gente nunca liga para o sentimento das mulheres. De verdade. Custamos a nos apaixonar. Evitamos ao máximo. E quando terminamos, não ficamos pensando mais nas meninas, como vocês ficam. A lógica é simples. Não podemos ter vocês, não temos que pensar em vocês. Mas isso não significa que queremos que vocês cedam aos nossos encantos. Porque gostamos de mulheres que são difíceis de se ter. Tudo o que vem fácil, vai fácil. Lógico que temos lembranças. Mas não são constantes. Não é toda vez que ouvimos uma música, ou vemos um romance. São alguns momentos.

Ouvir aquilo me fez bem e mal. Mal por ter sido idiota e ficar pensando em vários caras por dias e bem por saber que dessa vez estava me saindo melhor do que esperava. Dando um, ou melhor, dois pés na bunda, quer dizer, nas bundas. Tanto do Guilherme quanto a do Diego.

Terminamos nosso café e seguimos para a praia. Embora minha vontade fosse de correr e saber como minha amiga estava, sabia que tinha que me controlar, pois ela não se abriria para mim, não agora.

Na praia o sol brilhava de uma maneira incrível. Sentamos perto da barraca da Dona Nega de novo. Eu e Matt dessa vez. Eu já estava ficando com um tom na pele porque apesar de sempre morar na praia eu não tinha aquele bronze, pelo contrário, eu era muito branquela. Ainda sou. Mas ok... voltando...

Quando o final da tarde se aproximou resolvemos ir embora. Cheguei no meu andar e me despedi do Matt, enquanto caminhava até meu quarto, ficava imaginando se Camis estaria lá e como estaria.

Abri a porta do quarto lentamente e encontrei Camis deitada em sua cama assistindo televisão.

- Oie. – disse em um fio de voz.

- Oi pequena. – respondi. – Como você tá?

- Estou me sentindo a pulga da mosca da merda da vaca.

Apenas a olhei com carinha de dó. Cheguei até a cama dela e me deitei ao seu lado.

- Anem, você tá grudenta de praia. Vai tomar banho e depois vem me amassar.

Rimos um pouco do bom humor que minha dançarina predileta ainda tinha.

- Tá bom!! Chatonilda.

Entrei para o banho e finalmente tomei o banho de banheira demorado que tanto queria. A água quente quase me fez dormir. Sai do banheiro e me vesti. Camis tinha pegado no sono. Me deitei ao seu lado do mesmo jeito, ela acordou e sorriu para mim.

- Obrigada. – ela parecia ter reunido forças para falar aquilo.

- Pelo que?

- Por ter me dado espaço.

Apenas fiz um cafuné nela e sorri. Não precisava dizer nada, eu sabia que ela não precisava ouvir nada. A cena foi bem clara e minha amiga era cabeça dura e não queria desculpas. Assim que ela pegou no sono fui para a minha cama. Apaguei.
Estava super animada. No dia seguinte iríamos para uma cidade aqui perto chamada Jijoca de Jeriquaquara e depois Canoa Quebrada. Teríamos que pegar o pau de arara, mas nada de terror nesse. Era só um caminhãozinho. Nada de ditadura e um monte de trabalhadores que passam com menos de um salário mínimo.

Acordamos com batidas na porta. Me arrastei até a mesma e abri.

- Diga Matt.

- Boraaaaaaaa, estão atrasadas. O ônibus até o lugar do pau de arara sai em meia hora.

- QUE? – Camis levantou em um pulo.

Começamos a correr pelo quarto arrumando as coisas. Fizemos uma higiene bem porca e rápida e saímos correndo do quarto com Matt seguindo e rindo do nosso desespero.

Chegamos no saguão do hotel e tava todo mundo entrando no ônibus que nos levaria até o pau de arara. Colocamos nossas malas e entramos no ônibus, o fofo do Matt tinha reservado nossos lugares com um café da manhã, que no caso era um toddynho e um saquinho de pão de queijo. Acho que o que vale é a intenção.


Eu e Camis sentamos uma do lado da outra e o Matt sentou atrás. De repente o lindo que tinha ficado feio chega e para ao lado do nosso banco.

- Ali, posso falar com a Camis?

Olhei para ela que me respondeu com um balançar de cabeça indicando que sim.

- Claro. – me levantei e sentei com o Matt. Ele se sentou do lado dela e começaram a conversar.

Fiquei conversando com o Matt, apesar de estar morrendo de curiosidade para saber o que conversavam, ainda mais que a Camis não era de contar as coisas com detalhes. Como uma boa libriana eu amo detalhes. Eles fazem a diferença.

De repente lá do fundo começo a ouvir gritos, que com toda a certeza desse mundo só poderia vir de uma pessoa. A ratinha.

- VINICIUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUS! ALGUÉM VIU ELE? VINIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIICIUS!!!

De repente ele se levanta e grita de volta.

- TO AQUI LARA, NÃO IRRITA.

Ela veio correndo lá do fundo. - Fazendo o que com essa ai? – perguntou em tom desprezo.

- Não fala essa daí, porque ela não é qualquer uma e também é a minha namorada.

Não resisti e levantei gritando. A tal da Lara ficou me olhando. E eu pondo toda raiva da minha vida acumulada gritei apontando na cara dela: “In your face!”

O ônibus caiu na risada menos ela.

- Como é que é? Namorada? Mas logo agora que eu terminei para a gente ficar.

Entre um espirro falso Matt anuncia:

- vadia.

Quem estava perto ouviu e rimos da sinceridade de Matt.

- É ISSO AI! E TA NA HORA DE TODO MUNDO SABER! – ele falou para a ratinha e seguiu com o discurso.- PESSOAL! EU QUERO DIZER OFICIALMENTE QUE ESTOU NAMORANDO A CAMIS! E ELA É INCRÍVEL! 


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Notas finais do capítulo

E então, cara to muito triste de verdade... não escrevo por reviews, mas é uma merda pensar que galera lê, curte e não comenta.
pronto. falei



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