Learn To Fly With Your Feet escrita por Laura
Notas iniciais do capítulo
Oi oi gente, eu estou com muitos capitulos prontos e estou realmente afim de postar dois capitulos por semana, mas sem review nao vai rolar... Entãããão... comentem :) Acho que somos quase todos escritores e sabemos o quanto apreciamos um comentário! bjs
- Olha Vinicius, eu não sei se é uma boa ideia.
- Como assim??
- As pessoas já estão desconfiando e você realmente acha que vamos dar certo? É evidentemente você sente alguma coisa pela Ana Luiza, e ela por você. Então assim, eu acho melhor a gente terminar tudo por aqui.
- Mas...
- Sem mas Vinicius, é melhor terminar agora que tá cedo e não estamos completamente envolvidos. E ninguém sabe também, então não temos que dar satisfações.
- É isso mesmo que você quer?
- Com toda certeza da minha vida.
- Tá bom. Você vai se arrepender.
Ui, senti um tom de ameaça na voz do menino. Mas minha amiga pareceu inabalada.
- Não vou não. Não tenho motivos para isso. Você por outro lado, tem todos.
- Veremos.
Ele se afastou.
- "Que a sorte esteja sempre a seu favor." – Camis disse em um tom zombeteiro.
Eu, Matt e Camis não resistimos e caímos na risada.
- Baixou o jogos vorazes aqui! – Matt soltou o comentário que rodava a mente de todos.
Com a passagem do sol finalmente livre, ficamos ali deitadas tomando o sol e sentindo a brisa do mar. Eu adoro praia, além de ser uma maravilha, tem as guloseimas de praia que são água de coco, milho cozido, pastel. O pastel dessa praia, da barraca da tia Nega era o melhor pastel que eu havia comido na vida.
Conforme o dia foi findando resolvemos ir embora. Ia rolar uma resenha hoje a noite e praia dava moleza, então eu precisava dormir. Chegamos no hotel e eu cai na cama. Camis fez a mesma coisa.
Acordei e corri para o banho. Me arrumei, todo aquele esquema. Maquiagem, cabelo, vestido, salto e bora arrasar. A balada prometia. E como estava me sentindo carente e o climinha com o Matt estava rolando, era hoje que ele não me escapava. Nossa, como sou biscate. Não. Eu apenas precisava de um escape de toda a bagunça amorosa que me esperava em casa. Posso ser oportunista então vai. Não, nada a ver. Os meninos fazem isso o tempo todo. Ficam sem sentimentos.O visual femme fatale estava pronto. Camis desenvolveu uma cólica fora da realidade e não podia ir.
Desci com Matt para o lobby do hotel. Pegamos um táxi e seguimos para a balada. Identidades nas mãos e vamos curtir a noite com o gatinho.
A música animada, as luzes e a bebida foi me contagiando. Eu estava bêbada, não nego. A cada minuto que passava as músicas ficavam mais envolventes e o Matt mais atrativo. Fui dançando até chegar perto dele. Ele estava dançando com um grupo de meninos, todos muito animados. Quando me viu chegando se virou para mim e sorriu.
Coloquei os braços em volta do pescoço dele e fomos dançando. Ele colocou a mão na minha cintura. Fomos dançando conforme a música ia rolando. Nos aproximando cada vez mais. Até que nos beijamos. De repente o Matt me empurra.
- Que que você tá fazendo Ali??
- Até onde eu sei, estou te beijando.
- Não, mas... não.
- Não? Mas eu senti o clima.
Ele pegou minha mão e me puxou para fora da balada.
- Ali, eu tenho que te falar uma coisa.
- Fala. – disse, já esperando o maior fora da minha vida. O primeiro e se Deus quiser o último.
- Olha, você é linda, tem um corpo maravilhoso, é uma menina delicada, engraçada, educada e tudo de bom, mas...
Ele se aproximou do meu ouvido e cochichou.
- Eu sou gay.
Paralisei, congelei naquele exato momento.
- O que?? Desde quando??
- Já tem um tempo. Eu desconfiava antes da gente ficar, mas depois que a gente ficou, tentei ficar com mais algumas meninas mas não sentia atração.
- Então, não foi eu que te transformei em viado?
Ele soltou a maior gargalhada e eu permanecia séria sem entender nada.
- Lógico que não. Na verdade, de todas as meninas que eu já fiquei você é a única que teria capacidade de me transformar em, bem... hetero.
- Sério?
- Com certeza.
- Eu acho que bebi demais. Preciso voltar para o hotel.
- Eu te levo, vamos.
Ele me colocou no táxi e entrou, deu as direções e nós voltamos. Cheguei no hotel e subi direto para o meu quarto trocando só um selinho com o Matt, vai entender.
Entrei para o quarto e vi dois corpos na cama de Camis, fui me aproximando e vi a proprietária da cama e seu ex dormindo abraçados.
Pera ai!!! Ou eu to muito bêbada ou eu estou realmente vendo o Vinicius deitado com a Camis?? Melhor eu deitar.
Não tive condições de tirar a maquiagem. Me joguei na cama e ali apaguei.
Acordei com uma baita dor de cabeça. Ao abrir os olhos com muita dificuldade enxerguei Camis sentada na minha cama me olhando.
- Ai assombração!!! – me assustei com aquilo parado me olhando.
- Shiiiiu, fala baixo. – ela disse sussurrando.
- Que que foi? – sussurrei de volta.
- O Vinicius tá dormindo na minha cama! Como?
- Eu sei lá. Eu sai e quando voltei vocês estavam dormindo juntos.
- E você não fez nada?
- Eu pensei que você sabia.
Nossa um diálogo em sussurros é um saco.
- Ai meu Deus, que que será que eu fiz? – Ela caiu para trás na minha cama.
- Eu que bebo e você que fica com amnésia.
Ela ficou deitada por um tempo e eu me sentei na cama. Olhei para a cama do lado. Olhei para minha amiga e realmente senti pena. Mas espera... como que o Vinicius entrou aqui?
Olhei em volta do quarto e nada fora do normal. De repente ele começou a se mexer e acordou.
- Droga!
Camis levantou do seu momento de morta e o olhou.
- Droga? É o melhor que você pode falar? – perguntei sem aguentar.
- Bom dia.
Camis apenas encarava. Ele se levantou e foi indo embora. As duas ficaram com as mesmas interrogações que estavam na cabeça de Matt ontem.
- Ele... foi embora? – minha amiga perguntava ainda em choque.
- Aham. – apenas balancei a cabeça permitindo apenas esse som sair da minha boca.
A história estava muito, mas muito mal contada. Como que ele entrou no quarto? Por que a Camis não lembra de nada? Por que ele falou droga quando acordou e saiu sem dar satisfação?
Ficamos nos olhando querendo entender o que acabara de acontecer. Por fim resolvemos continuar com a vida. Fizemos nossa higiene e descemos para o café.
Matt nos esperava em uma mesa. Quando olhei para ele, as memórias da última noite invadiram a minha mente. É, se me lembro bem, Matt havia me confessado ser gay, após eu tentar beijá-lo. É, isso mesmo.
- Bom dia minhas lindas. – ele disse com um sorriso no rosto.
- Bom dia – respondi com o mesmo sorriso no rosto.
Ele me deu um beijo na bochecha.
- Bom dia. – Camis respondeu com um mau humor evidente na voz.
Pegou seu prato e foi se servir.
- O que aconteceu com ela?
- Não sabemos direito, a única coisa que sabemos é que o Vinicius dormiu lá no quarto com ela e não sabemos como, porquê ou nada do tipo.
- Como dizia a novela da bela Tieta, “MISTÉÉÉÉRIO”
Rimos da citação e da perfeita imitação da voz que Matt fizera. Nossa risada foi interrompida por um prato caindo no chão. Olhamos para trás e quem tinha derrubado o prato era Camis. Levantamos e fomos correndo até ela... que estava com o olhar congelado. Segui o olhar da minha irmã de alma e entendi o porque do prato quebrado. A ratinha estava aos beijos com o Vinicius. Embora parecia ser meio forçado para ele. Camis saiu correndo do restaurante. Eu fui para correr atrás quando Matt me segurou.
- Dê um tempo para ela. Você conhece a Camis, ela não vai te falar nada agora e vai te tratar mal ainda, e vai só piorar as coisas.
- É... – infelizmente tive que concordar.
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Tudo dito nas notas iniciais :D
Se o link da roupa da Alice linda femme fatale não abriu, aqui está: http://www.polyvore.com/roupa_alice_balada_fortaleza/set?id=69740153