Learn To Fly With Your Feet escrita por Laura


Capítulo 21
Decidida


Notas iniciais do capítulo

OI oi gente, nada muito a declarar!
beijos
boa leitura



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E a ratinha bufou e pisou firme

- Não pode ser!!

- Não só pode como é! Ela é incrível e me faz muito feliz!

As vozes se uniram em um coro de awn!

De repente o lindo vira a Camis e lasca um beijo de cinema mesmo, ultimo capitulo de novela. Como quiser! Lindos!

Depois de todo o processo de sair do ônibus , pegar o pau de arara, chegar em Jijoca e descobrir que a cidade é feita por 3 ruas, resolvemos jantar.

O vilarejo era até gostosinho, sentamos em um restaurante italiano e comemos os mais diversos tipos de pizza. Agora a turma estava boa e animada. Antes tava boa mas não muito animada, porque a Camis ficava com cara feia porque o lindo não estava com ela, mas todos os problemas resolvidos e felicidade estalando nos nossos rostos.

Quando já beirava as duas da manhã, voltamos para o nosso quarto do hotel. Eu e Camis no quarto juntas e Matt e Vinni em outro. Chegando na recepção para pegarmos as chaves, a recepcionista nos oferece um passeio de buggy pelas dunas e acaba na lagoa azul. Topamos imediatamente e seguimos para os quartos.

No dia seguinte, o café foi reforçado, aquele café de hotel maravilhoso! Mochilas prontas e vamos ver cavalos marinhos. Sim, eles estavam inclusos em uma das paradas.

Pegamos o Buggy na rua principal do vilarejo e fomos. O sol brilhando e o vento soprando, parecendo cena de filme. Descemos na primeira parada que era a do cavalo marinho, depois passamos no meio de um manguezal, passeio nas dunas e por fim e confesso que a melhor parte, a lagoa azul, com redes dentro da lagoa e mesas e cadeiras para comer um peixe feito na hora.

É O PARAISO!

Ali naquela lagoa azul eu não pedia mais nada do mundo. Minha melhor amiga feliz com o namorado dela. Meu melhor amigo, gay, que eu havia tentado beijar na noite passada tirando um sarro com o garçom. E eu com a paisagem. Mas eu precisava decidir as coisas na minha cabeça. De um lado eu tenho um menino doce que eu conhecia desde pequena e que tem sido um amor comigo. E que tem uma bunda maravilhosa e do outro eu tenho um que parece ser um traste e que infelizmente me prende cada dia mais. Não uma prisão ruim, se é que isso existe. Mas ele me encantava. Tinha seus momentos de cavalheiro também. E a mãe dele era um amor e tinha me dado muito suporte nesses últimos tempos. Mas será que eu conseguiria viver com toda a meiguice do Diego, e quanto tempo eu manteria os meus princípios perto dele? E em relação ao Guilherme, será que eu conseguiria viver em meio a tanto paparazzi? Em meio a tantas mentiras ou supostas mentiras?

Depois de fazer uma lista de prós e contras eu havia chegado a uma decisão. E daria um fim e um começo a duas histórias respectivamente assim que eu chegasse em casa.

Com o final da tarde chegando o fim do nosso passeio também. Saímos da lagoa, nos secamos pegamos o Buggy de volta para o vilarejo. Depois de um pouco de chuva na volta eu finalmente estava nos meus aposentos. Eu tenho um certo problema que depois que fico pensando na vida fico meio depressiva. Agora que meus problemas estavam resolvidos a única coisa que eu queria aquela noite era deitar e dormir. Comer também. Afinal, quem não gosta de comer? A Camis ia sair com o Vinicius e o Matt, sabe se lá o que ele ia aprontar. Disse que ia sair. Para onde? O vilarejo possui 3 ruas! SOS! Pedi a comida do hotel mesmo, deitei na minha cama após um bom e demorado banho e liguei a TV. A noite comigo mesma prometia. Isso era até alguém bater na porta.

- Quem é? – gritei da cama mesmo.

- É O MATT!!!!

- Entraaaa. – adoro conversas a berros.

Ele entrou no quarto de moletom e com uma cara de cachorro que peidou na igreja.

- Que que foi, Matt?

- Não tem nada para fazer aqui.

Eu não aguentei. A voz de desânimo era tanto que cai na risada.

- Calma lindinho. É só mais um dia.

- Eu sei, mas e amanhã? A gente vai fazer o que?

- A gente arruma alguma coisa. Calma.

- Tá bom. Tem espaço ai? – ele perguntou sorrindo.

Eu sorri para ele de volta.

- Claro. Não estou tão gorda a ponto de ocupar uma cama de casal inteira ainda.

- Ótimo. – ele respondeu já entrando na cama.

Os nossos professores haviam ficado em outro hotel. Graças a uma não coincidência do destino, nós não ficamos no mesmo hotel que eles. E eles não se importaram. Nunca tiveram problemas com a nossa turma e por algum motivo que não me orgulho, depois que eu comecei a dançar com a Ana comecei a ter tratamento de beneficio lá na escola. Mas que seja. Problema deles.

Com o Matt deitado ao meu lado, eu me aconcheguei ao lado dele e ele passou os braços em volta de mim.

- Ali – ele começou.

- Você já sentiu como se tudo o que você tivesse acreditado até hoje, tudo o que você construiu, formou, fez sua reputação em cima não valesse mais?

- Qual seu interesse nessa conversa? – perguntei bem confusa.

- É que eu acho que não sou mais gay.

Meus olhos se arregalaram e eu não consegui esboçar nem um movimento

- C... co... como é? – gaguejei descaradamente.

- É. Eu acho que não sou gay. Que nunca fui. Eu nunca beijei nenhum menino. Eu só não me sentia atraído por nenhuma menina, principalmente depois que a gente ficou. E eu acho que entendi porque.

Com muito medo eu joguei.

- Por que?

- Porque acho que estava apaixonado por você.

Eu travei, congelei, parei no tempo. Depois de alguns instantes consegui olhar para ele.

- Você tem certeza?

- Não.

- Que bom. –respondi rapidamente.

- Bom porque? – ele me olhou confuso.

- Porque isso pode acontecer. Quando você passa certo tempo com uma pessoa, você começa a gostar dela e suas vontades e reais desejos talvez se misturam.

Ele só murmurou um hum em resposta.

- Isso muda alguma coisa entre a gente? – ele me perguntou.

Eu o olhei de baixo e bem nos olhos dele. – Isso depende de você.

Ele se inclinou, encaixou suas mãos no meu rosto e me beijou. Era um beijo delicado, ele explorava cada canto da minha boca, nossas línguas pareciam dançar em perfeita sincronia, mas não tinha fogos de artifício. E ai paramos e ficamos nos olhando.

- Nada para você? – perguntamos juntos e começamos a rir da situação.

- Gay, definitivamente gay. – ele disse.

Eu não aguentava, e ria mesmo. Ele me abraçou forte.

- Desculpa – ele pediu.

- Pelo que?

- Por esse momento constrangedor.

- Er... relaxa. Feliz em ajudar. Mas você sabe que isso não significa que você é gay certo?

- Sei. To confuso. Só isso.

- Calma. Tudo se ajeita. Tudo tem seu tempo.

-É. To tranquilo.

Continuamos ali abraçado até que o sono chegou.
 


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Notas finais do capítulo

E entao?? Tive alguns reviews a mais no ultimo capitulo depois do desabafo... continuem sas lindas!! E tenho uma noticia. A historia está chegando ao seu fim! Acho que mais alguns 5 a 8 capitulos e acabaaa! bjs!!



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