Bonnie Em New York escrita por BonnieFemme


Capítulo 9
A Caminho para Florença


Notas iniciais do capítulo

oi gente... please não me matem, se me matarem como vou escrever capítulos novo?
eu sei que demorei, mas me perdoem... farei o possível para postar toda semana.
escrevi POV Damon, pq algumas meninas me pediramisso... espero que gostem, do cap novo flores.
beijos
p.s: alguns podem achar estranha as característica de Caroline, mas lembrem-se ela tem as características do livro e não da serie, por tanto ela é ruiva.



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POV Damon

Um mês passou voando, e amanhã meus avós completaram 50 anos de casados. Eu estou completamente feliz por eles, aqueles dois são tudo na vida de Stefan e na minha, se não fosse por eles não sei o que seria da gente, visto que não podia contar com a ajuda e nem o amparo de meus “tios”.

Admiro muito o Sr. e a Sra. Salvatore, comemorar as bodas de ouro não é para qualquer um. É muito raro está casado durante longos 50 anos com uma mesmas pessoa, não que eu ache que se deve ficar trocando de esposas frequentemente, apenas que eu acho que deve ser bem monótono ficar durante todo esse tempo com uma mesma pessoa. Se você multiplicar 50 vezes 365 dias, teremos 18.250 dias acordando com a mesma pessoa, beijando a mesma pessoa, a fodendo a mesma pessoa (teoricamente)... eu acho que isso não é para mim, mas eu admiro quem tem essa persistência. E acho muito bonito também. O Nonno disse que que foi amor a primeira vista, mas devido a orgulhos e maus entendidos eles demoraram quase 5 anos sem ficar juntos, mas depois que finalmente se entenderam eles não se desgrudaram mais.

– Damon? – Stefan apareceu à minha porta tirando-me dos meus devaneios.

– Diz maninho. – Respondi sem tirar minha atenção da minha mala que estava arrumando.

– O Nonno está ao telefono, quer falar com ele? – Virei-me e percebi que Stefan estava segurando o telefone na orelha e ao mesmo tempo tampando o fone.

– Com certeza. – Não precisava perguntar outra vez, eu adorava meus avós. Sempre tinha tempo para eles.

– Só para avisar, já estou indo para casa. Tenho que terminar de prepara minhas coisas. – Stefan disse depois de me entregar o telefone.

– Eu disse que deveria ter arrumado isso cedo Stefan. – O repreendi.

– Olha quem fala. Pelo que estou vendo você também não terminou.

– Cala a boca e vai embora. – Falei irritado, pois não tinha reposta para isso. Antes de deixar o meu quarto, escutei ele rindo por isso.

– Ciao nonno. Come stail – olá vovô. Como está você?.

Ciao regazzo… I’amore quando parla italiano. Dimostra che non dimentica le proprie radici. – olá garoto... adoro quando fala italiano. Isso mostra que não esqueceu suas raízes.

Non nonno, mai dimenticare che sono italiano – Não vovô, nunca esquecerei que sou italiano

Bello sentire quel regazzo. – muito bom ouvir isso rapaz.

Nonno feliz aniversário. Estou muito feliz pelo o senhor e pela nonna.

– Obrigado meu rapaz. Eu sim estou muito feliz por está completando mais um ano com o amor da minha vida. – Eu não estava vendo, mas pela entonação da voz do meu avô dava para sentir que estava sorrindo.

– Imagino que esteja sim.

– Não, infelizmente você não tem ideia, mas é o meu sonho e o da sua avó que um dia você saiba o que estamos sentindo. – Ai, estava demorando ele tocar nesse assunto. Todas as vezes que eu falava com um deles, sempre falavam a mesma ladainha de sempre, de que eu iria encontrar alguém para a vida toda, que eu iria ser feliz com uma mulher que me amasse tanto quanto eu a amasse. Mas esse é o problema, eu não amo ninguém, pelo menos nenhuma mulher. Eu não quero me amarrar em alguém, quero aproveitar a vida. Mas parece que eles não entendem isso.

– Vovô, já conversamos sobre isso. – Suspirei.

– Eu sei, eu sei, mas, é como dizem, a esperança é a ultima que morre. E minha esperança é que você encontra alguém que seja digna de você. Não com essas mulheres que eu sei que você sai, mas sim uma mulher especial, que esteja com você nos momentos que mais você precise. Tenho esperança de me dar netinhos lindos. – Revirei os olhos com o sonho do nonno.

– Vovô, olha, eu só queria te dar os parabéns mesmo, ok. Estou arrumando minhas malas para a viajem. – Como eu disse, adoro meu avô, mas quando ele começava a falar essas coisa, eu tinha vontade de desligar.

– Desculpe Damon, sei que não gosta de que eu toque nesse assunto.

– Tudo bem vovô. Vejo o senhor e a nonna daqui a algumas horas.

– Vejo você também. Io ti amo regazzo. –eu te amo garoto

– Anche. – Também. – Com isso encerramos a ligação e continuei arrumando a mala.

[...]

Algumas horas depois eu me encontrava na minha Ferrari preta em frente ao apartamento de Stefan. Alguns minutos depois meu irmão etra no carro e partimos rumo ao aeroporto.

Já estávamos chegando ao estacionamento do aeroporto. – As meninas, sabe dizer se já chegaram? – Perguntei indiferente, mas estava louco para saber se Elena já tinha chegado.

– Sim, Elena me ligou dizendo que já haviam chegado. – Antes de sairmos do carro, Stefan se virou para mim e falou. – Damon, pelo amor de Deus, não seja rude e nem mal educado com elas.

– Que é isso Stefan, até parece que sou um homem das cavernas. – Bufei.

– As vezes, quero dizer quase sempre, você é arrogante. – Eu mereço isso. Dou carona a esse imbecil e é assim que ele me retribui. Ele tem sorte de ser meu único irmão, porque se não fosse eu já o teria esfolado.

Quando entramos no hall do aeroporto pude visualizar um pequeno grupo de meninas conversando alegremente... uma morena muito bonita, uma ruiva, e uma loira espetacular, esta eu pude reconhecer de longe. Elena. A morena não era estranha também, mas não me lembro dela. Pude perceber que havia uma figura que não se encontrava com o grupo, uma pequena ruivinha que eu tinha a felicidade de atormenta-la.

– Bom dia. – Stefan falou cumprimentando as garotas.

– Bom dia. – A morena e a outra ruiva responderam.

– Stefan, que bom vê-lo! – Elena respondeu alegremente abraçando-o. Detalhe, me ignorando completamente.

– Oi Leninha. É bom ver você também. – Falei tentando chamar a atenção da loira. Que logo se soltou do meu irmão e veio falar comigo.

– Desculpa Damon. É bom ver você também. – Falou me abraçando. – Não sei se conhece, mas essa é Meredith e Caroline, umas de minhas melhores amigas. – Elena me apresentou a morena e a loira que se encontrava ao lado dela.

– Prazer Meredith. Nós já nos vimos antes? – Perguntei curioso.

– Sim. – Ela começou a rir com alguma piada interna. – Na Cielo, a boate. Você escoltou a Bonnie para mim. – Ah, agora sei por que a risada.

– Claro, e onde sua amiga se encontra? – Perguntei despreocupado.

– Foi comprar algo para comer. – Respondeu.

– Não entendo a Bonnie. – Falou Caroline. – ela comeu antes de sair de casa e já está com fome.

– Uma coisa que nunca vou entender é para onde vai tanta comida. – Falou Elena.

Estávamos conversados sobre o mistério de para onde vai a comida que Bonnie come quando ouvimos um senhor repreendendo alguém muito próximo a nós. Quando virei pude notar Bonnie toda corada recebendo bronca de um senhor.

– Oi Bonnie. –Vendo o constrangimento da ruivinha Stefan, como o bom samaritano que é, foi socorre-la, com se já não tivéssemos notado o mico que ela pagou.

– Oi Stefan. Tudo bem sim. E com você? – Ela respondeu de bom grado.

– Tudo ótimo. Esta animada com a viagem? – Ele quis saber.

– Muito na verdade. – Bonnie sorriu para ele, não pude deixar de notar em como aqueles dois se dão bem. E percebi como Bonnie ficou uma gracinha toda vermelha... oi? “gracinha”? De onde tirei isso? – Oi Damon. – Bonnie olhou para mim notando a minha presença. Parece que não sou muito notável pelos outros, visto que ela é segunda pessoa que me ignorou.

– Oi McCullough. – Falei rouco dando um sorriso a ela. Sei o potencial dos meu sorrisos e também sei com isso mexe com ela, pelo pouco que a conheço pude perceber isso.

– Me chame de Bonnie, por favor. Não gosto muito quando me chamam pelo sobrenome, me faz lembrar os meus professores. – Que maravilha, descobri mais uma coisa para implicar com ela.

– Sinto muito, mas não McCullough. – Ela revirou os olhos e se virou para participar da conversa de Stefan e das outras duas me deixando de lado.

Já disse que detesto que me ignorem? Não? Pois agora sabem, eu simplesmente odeio quem me ignora, e para implicar resolvi me aproximar e sussurrei no ouvido da ruivinha.

– Estou doido para te ver dançar de novo. – Percebi os pelos da nuca dela se arrepiando e logo ela pulou de susto, imagino, quando me ouviu. Preciso dizer o quanto ela ficou vermelha? O susto, ao que parece, chamou a atenção das meninas e do meu irmão.

– O que foi Bonnie? – Caroline perguntou.

– Nada. Tomei um susto com um inseto que passou por mim. Desculpe. – Inseto? Me chamou de inseto? Ah Bonnie você vai ver.

– Tudo bem. – Sorriu para mim e voltou a conversar com os outros.

– Agora eu sou um inseto é? – Sussurrei em seu ouvido deixando-a arrepiada.

– O que você quer? O que pretende com esse comentário? – Ela falou emburrada.

– Pretendo dizer exatamente o que eu disse. Que adoraria te ver dançando de novo para mim. Ou não se lembra de como nos conhecemos?

– Na ultima vez que nos vimos você deixou bem claro que não queria me ver tão cedo. Por que esta dizendo isso agora? – Cruzou os braços emburrada.

– Não disse exatamente isso. Esta distorcendo os fatos. Além do mais naquele dia estava estressado, não pude controlar minha raiva.

– Pois da próxima vez aprenda a controlar. – Falou áspera. Suas tentativas eram hilárias.

Passageiros do voo 156EJK com destino Florença – Itália, com escala em Lisboa, dirijam-se ao portão de embarque. – a vozinha falou;

– Acho que é a gente. – Caroline falou animada.

– Damon, e os caras? – Stefan perguntou fazendo com que o irmão se afastasse um pouco de mim. Suspirei aliviada e a mesmo tempo sentindo falta do calor que o corpo dele me transmitia.

– Eles irão amanhã, pelo que entendi Klaus tem uma reunião hoje e Elijah tinha algo par afazer que não me interesse em saber.

– Ok. É melhor irmos então. – Stefan falou se dirigindo ao portão.

Quando entrei no avião estava torcendo para que eu fosse junto com Elena, mas para o meu azar vi que ela iria com meu “querido” irmão. Olhei para a minha passagem e logo para o meu acento e percebi que estaria bem no meio entre uma senhora de 200 anos e um homem com uma criança berrando. Ai eu mereço. Não me entendam mal, eu até gosto de crianças, mas quem é o sano que gosta delas berrando no seu ouvido? Eu não, pelo menos. Eu bem que poderia parar uma passagem de primeira classe, mas Stefan disse que isso seria mal educado de minha parte se eu fosse e todos eles fosse na classe econômica. Lembrando que eu não faço isso pensando no que ele pensa de mim, mas sim no que meus avós pensaram de mim quando esse fofoqueiro for me dedurar a eles. Sendo assim tive que vir na econômica.

Olhei para traz e vi que a uma cadeira atrás da minha encontrava-se Bonnie ao lado de uma mulher que percebi ser a mãe da criança, visto que esta chamou aquela de mamãe. A ruivinha se levantou e foi conversar com alguém, nesse meio tempo tive um incrível ideia.

– Com licença, onde está a mãe do bebê? – Perguntei ao homem. Ele sorriu para mim e respondeu.

– Esta ali atrás. – Olhei para traz e perguntei.

– A senhora gostaria de trocar de lugar comigo e ficar com seu marido e seu filho? – sorri para ela.

– Eu gostaria sim, muito obrigada. – Ela sorriu para mim e trocamos de lugar. Bonnie iria ter uma enorme surpresa quando chegasse aqui.

– O que está fazendo aqui? – Bonnie perguntou assim que me viu.

– Isso é forma de me receber? – fingi que estava ofendido.

– Esse não é o seu lugar. –A ruivinha se sentou, pois a aeromoça veio reclamar.

– Não, mas agora é. Perguntei se a mãe da criança que estava ao meu lado não queria tocar de lugar comigo. E olha que maravilha, ela disse sim. – Sorri para ela.

– Humm. Ok. – Bonnie falou. Resolvi me calar depois que o piloto começou a falar pelo auto falante, aquelas bobagens de sempre. Olhei para o lado da ruiva e percebi que a mesma estava tensa. Pelo visto Bonnie tem medo de voar.

Quando o avião começou a levantar voo Bonnie fechou os olhos com bastante força e segurou segurei nos braços do acento, como se sua vida dependesse disto. Logo me compadeci com isso, lembro-me a primeira vez que voei. Estávamos Stefan e eu saindo de Denham Springs- uma cidadezinha do estado de Louisiana, onde vivíamos meus tios, Stefan e eu depois que meus pais morreram – em direção a Florença. Eu estava morrendo de medo do avião cair e morrer, mas eu não podia demonstrar medo, pois tinha que parecer valente para meu irmão que estava chorando por medo do avião cair. Mas de lá para cá eu já havia viajado tanto de avião que nem me importava mais, já era uma coisa quase rotineira. Por isso resolvi acalmar a ruiva que estava ao meu lado.

– Medo de voar? – Perguntei sorrindo para ela. Acho que pelo medo, ele não conseguiu verbalizar uma única frase, apenas afirmou com a cabeça.– Não precisa. Sabia que as chances de um acidente de avião são bem menores que um de automóvel?

– Sim, mas pelo menos eu posso sair viva de um acidente de carro. Já de avião... – Bonnie não terminou de concluir a afirmação, pois nesta hora o avião se chacoalhou. Achei que fosse impossível ela aperta os braços dos acentos mais fortes, mas acho que estava enganado.

Os dedos dela estavam tão brancos pela força aplicada que percebi que quando ela soltasse iria sentir dor na região, então resolvi massageá-los. – Não achem estranho esse tipo de comportamento vindo de mim, não sou um troglodita como muitos devem achar, fui educado por meus avós que me ensinaram a me comportar como um cavalheiro e ser gentil com os outros. Não me entendam mal eu até que gosto da companhia da ruivinha, ela é durona, mesmo sendo bem delicada fazendo com que um sentimento de proteção começasse a surgir, e tem esse jeito meigo dela, comparo ela com se fosse uma irmã mais nova, assim como Stefan. Onde posso implicar com eles, mas ao mesmo tempo gosto de protege-los. – Comecei a massageá-los percebendo o quanto a pele dela era macia e alva. Olhei para ela e vi que ainda se encontrava com os olhos fechados e suas bochechas estavam corando.

Essas bochechas estão rosadas como o pêssego, será que se eu morde-la terá o mesmo gosto delicioso e doce como o da fruta? – Pensei hipnotizado por ela. me aproximei um pouco dela para ver se ela pelo menos tinha o cheiro delicioso da fruta, mas logo me parei percebendo a loucura que estava fazendo. – Que é isso Damon, que diabos está fazendo? Ela nem faz o seu tipo. Concentre-se na Elena. É ela quem você quer, ela sim faz o seu tipo. Nada de jeitos delicados, ela é uma mulher decidida. – balancei a cabeça tentando clarear as ideias.

– Contra isso eu não posso argumentar, mas confie em mim. O avião não vai cair. – Eu falava calmo tentando não me hipnotizar de novo, não sei quem desfrutava mais da massagem, se era ela ou eu.

– E como você pode saber disso? – Finalmente Bonnie abriu os olhos.

– Acho que intuição. – Falei tentando soar divertido, piscando para ela.

– Pensei que quem só tivesse intuição eram as mulheres. – Sorri para ele.

– Vai ver fui mulher em outra vida. – Disse minha teoria e com isso começamos a gargalhar. Percebi que ela tem uma linda risada.

Fomos interrompidos por uma aeromoça que perguntou se queríamos beber alguma coisa. A aeromoça era muito gostosa, morena de olhos verdes e possuis um decote do tamanho do mundo. – Eu já disse, eu não sou um troglodita, mas me entendam, eu sou um homem, ou seja, não tinha como não ficar olhando para aqueles seios fartos.- Acho que isso de alguma forma irritou Bonnie, pois a mesma saiu bufando quebrando o clima de paquera entre a aeromoça e eu. Depois de alguns minutos levantei-me e fui atrás da ruiva, que se encontrava no banheiro.

Assim que cheguei a porta, bati-a.

– Tem gente. – Bonnie falou alto.

– Bonnie abre a porta. – Falei autoritário.

– O que você quer? – ela respondeu através da porta.

– Quero falar com você. Abre a porta. – Dessa vez falei mais baixo, pois uma aeromoça mais velha me repreendeu com os olhos. Por algum motivo eu tinha que explicar para Bonnie que aquilo com a aeromoça mais nova não era serio.

– É claro que não. Não vou deixar você entrar no banheiro que estou ocupando no momento.

– Deixa de besteira e abre a porra dessa porta. – Falei já irritado. Estava começando a chamar a atenção.

– Vou abri, mas não por que esta mandando e sim porque não quero receber reclamação de nenhuma “amiguinha” sua. – Eu realmente estava certo, ela ficou irritada. Parecia até que estava com ciúmes. Entrei no pequeno cubículo e tranquei aporta. Fiquei apenas olhando para ela, notando em como ela ficava encantadora quando estava com raiva. – Não vai falar nada? – Perguntou.

– O que quis dizer com “receber reclamação de nenhuma amiguinha minha”? – Estreitei os olhos.

– Deixa, pra lá. O que você quer? –Bonnie perguntou desconfortável.

– O que você tem? – Queria saber se isso era ciúmes mesmo.

– Como assim? – Bonnie perguntou, mas notei que era só fingimento.

– Você saiu da poltrona bufando de raiva. O que houve?

– Você notou? – Levantou as sobrancelhas.

– E por que não notaria? – Eu estava ficando irritado.

– Sei lá. Talvez por que estava quase engolindo a aeromoça com os olhos. – Sorri de lado.

– Então está é com ciúmes? – Falei me aproximando. Eu sei que eu disse que Bonnie era como uma irmã para mim, mas lembre-se eu disse “é como uma” e não “é minha irmã” e convenhamos, ela é muito bonita, mas acho que ela não sabe ainda.

– De onde tirou isso? –Bonnie falou depois de já esta encostada na pequena pia.

– Não sei McCullough, diga-me você. – Eu levantei a mão afastou seus cabelos do pescoço deixando-o exposto. Eu não aguentava mais, tinha que saber se ela tinha cheiro de pêssegos, então enterrei meu nariz em seu pescoço e contatei realmente que ela tinha sim esse cheiro divino. Sempre adorei pêssegos. Então agora tinha que ver se ela também tinha o gosto. Bonnie arfava com meu gesto.

– Damon, não. – A ruiva sussurrou, mas seu movimento dizia o contrario. Elas enlaçaram a minha cintura como se não quisesse que eu saísse do lugar. Está certo, como se isso fosse acontecer.

Desencostei meus lábios de seu delicioso pescoço e a encarei, sei o que estava fazendo, eu estava testando seu auto controle, queria saber se ela queria isso tanto quando eu. A ruiva abriu os olhos e mergulhei naquela imensidão de chocolate e vi o que tanto queria ver... Ela queria tanto quanto eu... Seus olhos estavam transbordando luxuria. Aproximei meus lábios dos seus soltando a respiração em seus lábios que se encontravam entreabertos, eu tinha que sentir seu gosto, era como se houvesse um ímã muito forte me puxando cada vez mais para perto dela. Seus lábios eram delicados e macios, ao poucos fui introduzindo a língua em sua boca, eu não queria ir muito rápido, pois não era meu objetivo assustá-la. Meu Deus, que gosto era esse? Delicioso. Era bem melhor que pêssegos. Nossas línguas começaram a se acariciar, aos poucos o beijo ganhou mais vida e velocidade e senti o pequeno banheiro ficar menor e mais quente. Tao quente que acho que Bonnie também estava sentindo, pois começou a tirar minha jaqueta e minha echarpe, e agradeci mentalmente por isso, e assim com ela fez em mim, eu fiz com ela, retirei seu cachecol. Minhas calças já estavam me incomodando, estava louco para elas fossem a próxima peça descartada pela ruiva. E para a minha desgraça uma batida na porta nos interrompeu. Droga.

– Tem alguém ai? – Ouvi um homem perguntar.

– Tem sim. – respondi.

– Foi mau cara. – O desconhecido falou e saiu. Assim que o barulho se foi quis voltar par aonde havíamos parado, essa calça estava realmente me apertando, mas acho que Bonnie não concordava comigo, pois a mesma virou o rosto quando fui beija-la.

– Não Damon. Sai daqui, por favor. – Pediu sem olhar para mim.

– O que? – olhei para ela desentendido.

– Volte para a poltrona. Eu irei depois, apenas vá.

– Pretendo fazer ciosas melhoras aqui com você. - Voltei a atacar seu pescoço, mas ela me interrompeu de novo.

– Não Damon. Chega. Me deixa em paz! – Ela exclamou.

– Por que isso agora? Você estava gostando.

– Porque só agora eu percebi a burrada que eu iria fazer. Sai Damon. – Burrada? Que burrada?

– E se eu não quiser?

– Se não sair eu grito.

– Não teria coragem. - Estreitei os olhos

– Quer apostar? – Quando vi que ela ia mesmo fazer isso eu tampei sua boca

– Tudo bem, eu saio. Mas saiba que isso não termina aqui.

Sentei em minha cadeira e fiquei pensando no que aconteceu naquele pequeno espaço. Acho que estou começando a entender o porque dela não querer continuar com aquilo. Reputação é uma merda mesmo. Ela deve achar que é apenas mais uma na minha lista de conquista. Pensando por esse lado agradeço a Deus por ela não ter deixado e avançar, se eu continuasse provavelmente ela seria sim só mais uma, mas ela nos é uma garota qualquer, ela é quase especial, comecei a sentir uma afinidade enorme por ela, como eu disse, quero protege-la. Nem que fosse de mim mesmo. Não sou adepto a relacionamentos e se eu fodesse com a ruiva ela poderia me machucar, justamente por eu não querer algo serio. E machuca-la é algo que na pretendo fazer. Por algum motivo ela é uma amiga, mesmo que a própria não saiba disso. E espero que ela não saiba, pois assim eu não poderei mais implicar com ela.

Passando 30 minutos, não que eu estivesse contando, Bonnie veio sentar-se ao meu lado, mas nada falou. Ficamos em silencio até chegarmos ao nosso destino.

– Quer ajudo? – Perguntei a ela assim que aterrissamos. Ela estava com dificuldade de retirar sua bagagem de mão da parte de cima.

– Não obrigada. Eu me viro. – Com isso ela se virou e continuou tentando.

– Deixa de besteira Bonnie. Eu tiro. – Falei puxando a pequena mala.

– Não Damon. Eu já disse que me viro. – Ela falou emburrada. Mas a ignorei, empurrei-a e com um puxão peguei a mala e entreguei a ela.

– Não há de que. – Falei. Ela simplesmente pegou a mala e saiu. Com isso eu suspirei.

– É Damon, tanto progresso com ela, pra nada. – Falei comigo mesmo.

– O que aconteceu com ela? – Stefan perguntou.

– Não sei.

– Aposto que tem seu dedo nisso. – Ele falou.

– Por qual motivo você acha isso? – Olhei para ele.

– Simples, você estraga tudo. – Ele falou e saiu junto com as meninas.

[...]

Depois de resolvermos os assuntos no departamento de imigração decidi alugar um carro. Fomos Stefan eu na frente e as meninas se apertavam atrás tagarelando sempre que podiam. Olhei para Bonnie e vi que estava sorrindo e falando sem para sobre como Florença é bonita. Chegamos a casa de nosso avós no inicio da trade. Ainda pela janela pude ver a movimentação da casa, era gente levando arranjos de flores, cadeiras, mesas. Todos sendo devidamente postos e arrumado no enorme jardim que a nonna fazia questão de cuidar pessoalmente.

Peguei minha pequena mala e ajudei as meninas com algumas delas, assim que abri a porta, a nonna veio correndo me abraçar.

– Ah Damon querido. Que bom ter você aqui. – Ela falou ainda me abraçando forte.

– É bom estar aqui também nonna. E parabéns.

– Obrigada querido. – Ela sorriu para mim.

Dona Graziela Salvatore era uma senhora de 65 anos bem conservados. Possuía cabelos brancos, olhos azuis, pele branca com bochechas rosadas. Ela sempre possuía um sorriso no rosto. É a pessoa mais amorosa e bondosa que eu já tive a honra de conhecer. Logo percebi o motivo de meu avo está sempre tão apaixonado por ela.

– E quem são essas lindas moças? – Ela perguntou sorridente.

– Essas são Elena, Meredith, Caroline e Bonnie. São amigas do Stefan, acho que ele falou com a senhora sobre elas estarem vindo para cá.

– Ah sim, falou sim. É um prazer conhece-las meninas. – Nonna foi abraças uma a uma.

– O prazer é todo nossa Sra. Salvatore. – Meredith falou.

– A senhora está no céu. – ela abanou o ar fazendo descaso no pronome de tratamento. – Pode me chamar de Elle ou Graziela ou simplesmente como os meninos, Nonna. – Ela se virou para mim e perguntou. – Onde esta Stefan?

– Eu não sei, estava bem atrás de nós. – Respondeu Caroline.

– Boa tarde gente. – Falou o nonno abraçado a Stefan. – Quem vai me apresentar a estas belíssimas jovens?

– Estas são minhas amigas nonno, Elena, Bonnie, Meredith e Caroline. – Respondeu Stefan.

– Muito prazer queridas. – Ele abraçou uma a uma. – Então, qual dessas são as namoradas de vocês? – Nonno perguntou, deixando Stefan e as meninas corados.

– Lorenzo! – Nonna o repreendeu. – Elas são amigas dos meninos. Tenha modos. Sinto muito meus amore. – Vovó falou para as meninas. Com isso eu gargalhei.

– Desculpem caro (queridas)

– Tudo bem. – Meredith falou sorrindo.

– Apresentações feitas, acho melhor vocês descansarem um pouco e depois se arrumarem, vocês têm que estar prontos as 19horas. E a viajem foi longa. – Nonna falou nos empurrando escada a cima.

– Não quer ajuda nonna? – Perguntei a ela em frente ao meu quarto.

– Não querido, vá descansar. Vou mostrar os quartos das meninas. – Ella disse pra mim beijando a minha testa.

– Tudo bem nonna, até mais.

– Até querido.

Eu estava tão cansado da viajem e dos acontecimentos durante essa viajem quem eu nem tomei banho ou troquei de roupa, simplesmente cai na cama do jeito que estava e dormi um sono sem sonhos. Quando acordei já eram 18:30, ou seja, em coma da hora da festa. Levantei-me de uma so vez e fui em direção ao meu tomar banho. De banho tomado, enrolei a toalha na cintura e fui ao quarto me vestir. Quando me deparei com uma figura ruiva olhando as fotos que estavam em minhas paredes. Quando ela me viu tomou um susto.

– Ora, ora o que faz aqui? – Perguntei curioso.

– Damon? – Perguntou Bonnie atônita. – Não sabia que este quarto era seu.

– Costuma invadir os quartos alheios sem saber quem é o dono? – Perguntei virando para a minha mala procurado uma roupa para vestir para a festa.

– Não... é.. desculpe. Não costumo invadir assim. As fotografias... elas chamaram a minha atenção. – Bonnie apontou para a parede cheia de quadros fotográficos.

– Deixa eu adivinhar, você as achou bonitas e resolveu vir aqui admira-las. – peguei uma camisa cinza e uma calça preta e pus na cama.

– Isso. Elas são lindas. – Olhei para elas e vi que Bonnie contemplava uma em particular. Era uma criança abraçada ao pai no meio de uma praça, tirada em preto e branco.

– São lindas mesmo. – Concordei.

– Quem é o fotografo? – Ela quis saber. Sorri para ela e respondi.

– Eu.

– Como?

– Fui eu quem tirou as fotos.

– Quais?

– Todas.

– Todas?

– Sim.

– Uau. Poxa, se sua carreira de promotor não der certo, o que eu acho difícil, você já teria um ganha pão. – Ela falou divertida.

– Verdade. Eu adoro fotografar coisas lindas. – Falei feliz. Fiquei serio logo em seguida. – Bonnie, precisamos conversar.

– Sobre o que? – Ela perguntou, mas logo ela percebeu sobre o que era. – Sim.

– Pode ser agora?

– Agora? – ela arregalou os olhos.

–sim

– Acho melhor você se vestir primeiro. – Disse ela.- Ai conversamos.

– tudo bem, espere ai fora e logo te chamarei.

– Ok

Coloquei a calça e a camisa que escolhi, depois me preocuparia em pentear os cabelos, eu queria resolver o assunto com a Bonnie logo. Abri a porta e a vi encostada a parede olhando para o chão.

– Bonnie? – chamei a atenção dela que logo olhou para mim. – Pode vir.

Ela entrou e eu pedi para que se sentasse na poltrona que ficava ao lado da cama, enquanto eu me sentei na cama.

– Olha, me desculpe pelo que fiz no banheiro do avião. Você estava certa, não deveríamos ter feito isso. Foi um erro – Falei pausadamente. No inicio ela ficou calada, mas logo falou

– Tudo bem Damon. – notei sua voz vacilando, mas acho que foi impressão, pois logo voltou ao normal. – Foi um erro cometido por nós dois. Não irá se repetir.

– Não irá mesmo eu prometo. – Sorri para ela.

– Ótimo. – Ela sorriu de volta. – Bem, agora eu vou sair e me arrumar e você deve terminar de se aprontar também.

– Você está certa. – Falei levantando e indo em direção a para abri-la.

– Você deve aprender uma coisa camarada, eu sempre estou certa. – Ela falou na porta de forma divertida.

– Sempre? - `Perguntei cruzando os braços.

– Tá bom, quase sempre. Melhor assim? – Perguntou emburrada.

– Talvez. Agora vá. Está me atrapalhando. – e com isso ela se foi. É parece que as coisas estão começando a se ajeitar.


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Notas finais do capítulo

e ai? gostaram? espero que sim
beijões e até o capitulo que vem.
XOXO



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