POV Bonnie

Depois do ocorrido no maldito banheiro do avião, eu havia ficado meio desorientada, com um misto de raiva, indignação e desejo. Tudo bem que eu não sou muito fã do Salvatore, mas poxa, eu não posso negar que ele é gostoso pra caramba, nunca neguei isso... a prova disso foi ficar caidinha por ele na primeira vez que o vi, lá na boate há alguns meses, mas eu não me orgulho disso, visto que não me encontrava sóbria, pois se eu estivesse lúcida, isso nunca, mas nunca mesmo, ia acontecer.

Quando chegamos a Florença fique logo apaixonada pela cidade. Percebi que era ideal para se passar as férias com algum namorado, ou algo do tipo. As casas pareciam de longe aconchegantes, havia estatuas em cada canto das ruas, pessoas andavam abraças aos seus respectivos pares e agasalhadas com casacos, isso não me admirava, já que estava com a temperatura fria, mas nada que incomodasse.

A senhora e o senhor Salvatore eram umas pessoas muito gentis. Lorenzo Salvatore era, com posso dizer... um senhor muito charmoso, com cabelos brancos, tinha um porte atlético, talvez por conta dos trabalhos que fazia em suas videiras (n.a: para quem não sabe, videira é a árvore de uvas), possuía lindos olhos negros,- o que me fazia lembrar de uma certa pessoa que no momento não estou a fim de nomeá-la,- muito gentil e possuía um senso de humor inigualável e totalmente apaixonado por Ella. Já Graziela Salvatore, ou Ella como gostava de ser chamada, é uma mulher de muito carisma. Dava para ver como ela amava a sua família, é uma mulher gentil, refinada, amorosa, em outras palavras encantadora. Ella possui uma estatura baixa, possuía cabelos loiros, olhos verdes esmeralda. Eles foram totalmente acolhedores com a gente.

Depois que nos apresentamos, Ella nos obrigou a ir para nossos quartos e descansar, mas apesar da longa viagem e do momento estressante no avião, eu não me encontrava cansada, então resolvi explorar a casa sem atrapalhar o trabalho dos funcionários do Buffet que estavam preparando a festa de bodas de ouro do Sr. e Sra. Salvatore. Estava andando despreocupadamente olhando a decoração da casa quando uma porta me chamou a atenção. Ela estava entre aberta e com as luzes acesas, pus a cabeça para dentro para ver se tinha alguém – eu sei, eu sei, isso é coisa de pessoa enxerida, mas poxa eu estava curiosa para saber sobre o lugar, e outra, eu não entrei me sem ser anunciada.

– Olá! – Falei alto para ver se no quarto tinha alguém. Já estava de saída quando umas fotos nas paredes me chamaram a tenção. Eram lindos retratos de paisagem de cidades, algumas eu conhecia com o Coliseu em Roma outras eu não sabia de onde eram. Todas tiradas em preto e branco. Eram imagens de tirar o folego. Duas fotos em especial chamaram minha atenção... um senhor com uma criança, ambos brincando no balanço, um olhando para o outro e o curioso era que estavam com a mesma roupa, era como se estivesse mostrando o passado e o futuro de uma única pessoa. A outra era uma criança abraçada ao pai no meio de uma praça, também tirada em preto e branco.

Ouvi um barulho de Click vindo de algum lugar do quarto, mas mesmo assim não me virei, estava hipnotizada pelas fotos.

– Ora, ora o que faz aqui? – Tomei um susto com a voz de Damon, quando me virei vi um coisa que não gostaria de ver ... bom, pelo menos não agora, um Damon enrolado em uma toalha branca presa na cintura com cabelos molhados caindo em seu rosto.

– Damon? – Perguntei atônita tanto pelo susto como pela imagem que estava em minha frente. – Não sabia que este quarto era seu.

– Costuma invadir os quartos alheios sem saber quem é o dono? – Perguntou sem olhar para mim, procurando algo em sua mala.

– Não... é ... desculpe. Não costumo invadir assim. As fotografias... elas chamaram a minha atenção. – Apontei para as paredes querendo mostrar o que me levou até ali e rezando para ele acreditar e não pensar coisas erradas de mim.

– Deixa eu adivinhar, você as achou bonitas e resolveu vir aqui admira-las. – Deduziu ele. Ainda sem olhar para mim.

– Isso. Elas são lindas. – Olhei para a foto do pai abraçando a criança, talvez seja o filho.

– São lindas mesmo. – Concordou.

– Quem é o fotografo? – Virei-me para ele e notei que ele esboçava um lindo sorriso mostrando seus incríveis dentes brancos.

– Eu.

– Como? – Perguntei desentendida. Para mim era impossível alguém como ele ter tanto sentimento, por que para tirar fotos como aquelas, tinha que ser uma pessoa bem sensível e sentimental.

– Fui eu quem tirou as fotos. – Ele respondeu ainda sem desmanchar o sorriso.

– Quais?

– Todas.

– Todas?

– Sim.

– Uau. Poxa, se sua carreira de promotor não der certo, o que eu acho difícil, você já teria um ganha pão. – Resolvi brincar, nem parece que uns minutos atrás estava bem irritada com ele.

– Verdade. Eu adoro fotografar coisas lindas. – era muito estranho vê-lo tao... Feliz? Ainda mais por coisas tão simples. Mas ficou serio logo em seguida. – Bonnie, precisamos conversar.

– Sobre o que? – Perguntei, mas logo percebi sobre o que ele quis dizer – Sim.

– Pode ser agora?

– Agora? – Arregalei os olhos notando que ele ainda estava com aquela toalha. Os meus pensamentos ficaram uma loucura agora, so de imaginar que por debaixo daquela maldita toalha não tinha nada, apenas sua pele. Sacodi a cabeça para afastar os pensamentos pecaminosos que insistiam a invadir minha cabeça.

–Sim

– Acho melhor você se vestir primeiro. Aí conversamos.

– Tudo bem, espere ai fora e logo te chamarei.

– Ok

Sai do quarto e fiquei no corredor esperando. Eu não sabia mais o que estava sentindo, eu sei que a raiva já tinha passado, mas eu não me sentia à vontade com o acontecido, nem em conversar sobre isso, eu estava com vergonha... eu sei que isso é besteira, já tenho 20 anos e já beijei outros caras, o Damon não foi o meu primeiro, mas foi a primeira veza que senti um fogo percorrendo por todo o meu corpo e uma corrente elétrica me invadir por completo. Mas tenho que tirar isso da cabeça, Damon não é pra mim e nem eu para ele. O que ele quer e o que eu quero são coisas bem diferente, até por que, apesar de temos nos agarrado na cabine do avião eu sei que ele só tem olhos para Elena. Eles sim se completam, ambos são lindos, divertidos, extrovertidos, paqueradores. Eles se entendem. Sai de meus devaneios quando ouvi Damon chamando meu nome.

– Bonnie? Pode vir.

Entrei e sentei-me na poltrona que ele me indicou.

– Olha, me desculpe pelo que fiz no banheiro do avião. Você estava certa, não deveríamos ter feito isso. Foi um erro – Ele falou pausadamente. No início eu não fiquei sem entender, afinal ele estava bem destemido em me agarrar.

– Tudo bem Damon. – Eu sei que momentos atrás eu estava dizendo que isso foi um erro, um enorme erro, mas mesmo assim ouvi isso não me fez sentir feliz por finalmente ele largar do meu pé. Eu não sei o porquê disso. Deixei a tristeza para lá e logo me recuperei. - Foi um erro cometido por nós dois. Não irá se repetir.

– Não irá mesmo eu prometo. – Ele sorriu para mim.

– Ótimo. – Sorri de volta. – Bem, agora eu vou sair e me arrumar e você deve terminar de se aprontar também.

– Você está certa. – Ele falou e foi em direção a porta para abri-la para mim.

– Você deve aprender uma coisa camarada, eu sempre estou certa. – Falei divertida. É eu acho que podemos dar uma trégua. Pelo menos aqui em Florença.

– Sempre? – Ele perguntou alargando mais ainda o sorriso e cruzando os braços no peito.

– Tá bom, quase sempre. Melhor assim? – Revirei os olhos emburrada.

– Talvez. Agora vá. Está me atrapalhando.

Depois de falar com Damon fui para o quarto me arrumar também. Assim que adentrei a porta me deparei com minhas amigas conversando. Elena deitada de bruços na cama de cima do beliche, Caroline pintando as unhas dos pés e Meredith enrolando os cabelos no babyliss.

– ... então ele me beijou, entendeu? Me beijou no segundo encontro. Ele nem esperou pelo terceiro como é a regra, e detalha, o beijo foi horrível, parece que estava me afogando na cachoeira. Dei um tapa no descarado e disse para nunca mais me procurar. – Caroline falava sem tirara a atenção do que estava fazendo nos pés.

Nessa hora Elena notou a minha presença.

– Olha só quem resolveu dar o ar da graça. – Elena falou

– Onde estava Bonnie? – Perguntou Caroline

– Andando por ai. Queria conhecer a casa. – Dei de ombros e fui procura uma roupara para mim.

– Como você demorou, ficou com a cama que sobrou. – Elena falou apontando para minha bolsa que estava na cama de baixo da que ela estava.

– Ei... quem disse que você vai ficar na cama de cima? – Olhei para ela e pus as mãos na cintura.

– No momento que a senhora não veio com a gente para o quarto para escolhermos as camas, a senhora perdeu o direito de querer a cama de cima, Madame.

O quarto que ficamos hospedadas era bem bonito, simples e bem aconchegante. Tinham duas camas beliche lindas. Em cima de cada cama havia uma luminária e cortinas e pequenas janelas. Eu falei que queria a cama de cima apenas para implicar, eu adorei a minha cama de qualquer forma.

– E a Senhora Dona Elena, não vai tomar banho não? – Perguntei.

– Olha quem fala. Pelo que estou vendo a senhorita também não está banhada. – Ela retrucou e me deu língua.

– Atitude muito madura essa sua. – Por esse comentário recebi uma almofadada na cara.

– Vou tomar banho no momento que a Meredith, dona do banheiro, parar de monopoliza-lo. – Elena falou.

– Não seja por isso amor. – Falou Meredith saindo do banheiro com os cabelos caindo em cascatas em cacho nas costas.

– Uau Meredith, está lindo. – Caroline falou.

– Obrigada. Agora não tem mais desculpas para não tomarem banho suas porquinhas.

POV Autora

Quando ouviram isso Elena e Bonnie pularam em cima da amiga em diversão.

– Quem é a porquinha agora? – Elena perguntou fazendo cocegas na morena.

–Ahhhhhh... parem, parem. Olha os meus cabelinhos que acabei de fazer. – Meredith choramingou.

– Só não vou acabar c você Meredith, porque acabei de pintar as minhas unhas. – Caroline ria das amigas.

– Ta bom. Chega de zoeira. Saiam de cima de mim e vão tomar banho. Não podemos nos atrasar suas bichas.

Com isso Elena deu um pulo e foi ao banheiro tomar o tão precioso banho e se arrumar. Despois que Elena saiu Bonnie resolveu tomar o seu.

Uma hora e meia depois as meninas já estavam todas arrumadas. Elena com um lindo vestido azul com detalhes em dourado. Tinha o formato de rabo de sereia com babados na calda. Ela optou por deixar seus longos cabelos loiros soltos, usou brincos e pulseiras azuis e com um salto branco

Meredith estava vestida com um lindo vestido laranja de uma manga apenas e longa, com pregas na cintura. Opitou por usar brincos longos e pulseira alaranjada.

Caroline estava vestida com um vestido longo de coloração Nude com detalhem em pregas no vestido inteiro. De acessório carregava consigo apenas dois anéis.

(o vestido da Caroline é o do lado esquerdo)

Bonnie estava vestida com um vestido colado do busto à cintura e solto da cintura par abaixo, de coloração vermelha. O vestido demarcava todas as suas curvas que antes eram escondidas, mas com a ajuda do vestido o que antes era oculto passou a ser notado. Nas costas era nua com detalhes de flores. Optou por usar os cabelos em uma trança lateral. usando apenas um pequeno par de brincos de brilhante.

– Uau, estamos gatas. – Falou Caroline.

– Minha nossa Senhora, Bonnie que vestido é esse? – Elena falou impressionada. – É lindo! – Falou para a amiga fascinada pelo vestido.

– Ganhei de minha avó antes dela falecer. No início eu achava que era dinheiro gasto a toa, mas agora vejo que é uma boa oportunidade de inaugura-lo.

– Ele pode ser tudo, menos ser gasto à toa. – Falou Caroline.

– O seu vestido também está lindo Elena. – Falou Bonnie, e as amigas concordaram.

– Assim que o Stefan disse que iria comemorar as bodas de ouro dos avós e disse que ia ser de gala, fui logo comprar um vestido. Deu um pouquinho de trabalho para achar um ideal, estava quase desistindo quando vi esse na vitrine, e para a minha alegria estava em liquidação.

– Liquidação? Um vestido desse? – Meredith se impressionou.

– Pois é, ao que parece a vendedora havia errado no valor e o pôs em promoção sem querer, e pela a lei do consumidor, se um produto esta na vitrine com aquele valor, deve ser cobrado por ele. Independentemente se foi erro ou não.

– O direito está fazendo você ficar no lucro ne. – Caroline riu.

– Com certeza. – Elena respondeu e todas caíram na gargalhada.

– Vem gente. É melhor irmos já. – Meredith falou.

Quando elas desceram já havia movimentação de convidados andando pela casa, com suas lindas roupas de gala.

Assim que Ella as viu na sala, logo foi falar com elas.

– Minhas nossa, vocês estão lindas.

– Obrigada Ella e meus parabéns. – Bonnie a parabenizou. Abraçando-a.

– Obrigada minha linda você é muito gentil. – Ela sorriu maternalmente p a ruiva. E voltou a atenção para as outras. – Andem, vamos para o jardim. Vocês vão ficar junto ao Lorenzo, os meninos e a mim. Vamos, vamos. A medida que iam avançando para o jardim Ella foi apresentando as meninas aos demais convidados. Até que chagaram a sua mesa onde sentaram. Logo veio o garçom e a serviram com champanhe. – Fiquem a vontade meninas, tenho que recepcionar os outros convidados.

– Sem problema Ella. – Falou Meredith.

– Gente, não sei se notaram, mas tem cada cara lindo. – Caroline observou. – Opa, tem um vindo para cá agora mesmo.

Logo quando as moças notaram o cara, Meredith o reconheceu. Elijah. O Lindo advogado do The New York Times, o cara que ela tinha cum certo tombo. A cada passo que ele se aproximava, mais o coração da morena acelerava. Ele estava muito lindo com seu smoking e uma gravata borboleta e com cabelos bem penteados para trás.

– Boa noite senhoritas. – Ele as cumprimentou sem deixar os olhos de Meredith.

– Boa noite. – Todas responderam.

– Elijah? – Meredith perguntou surpresa.

– Meredith. – Sussurrou seu nome. As meninas se entre olharam e miraram a amiga, está por sua vez as olharam e sutilmente sussurrou para elas que depois explicava.

– A senhorita me daria a honra desta dança? – Ele perguntou a morena com um sorriso sedutor.

– Mas ninguém está dançando. – Ela falou envergonhada. O que foi uma surpresa para as amigas, raramente a morena demostrava vergonha, ele era sempre dona de sí, autossuficiente e independente, nunca viram a amiga se intimidar por causa de um homem, mas pelo visto este não era um homem qualquer.

– Sempre tem que haver os primeiros para depois vir os outros.

– Vai amiga. Vai se divertir. – Falou Elena.

– Ok. Até mais meninas. – Com isso Meredith saiu na companhia de Elijah até o centro do salão de dança, onde tocava uma música lenta.

– Meninas, quem é esse partido? – Caroline perguntou

– Não sei. Mas ele é lindo. Meredith tem sorte. – Elena falou.

[...]

Depois de um tempo, todas já estavam despassadas pelo jardim. Meredith ainda dançava com Elijah, Elena estava conversando com Stefan e Caroline estava tomando Champanhe e conversando com um empresário dono de fabricas de vinho no canto do jardim. Bonnie era a única que ainda se encontrava à mesa.

– Por que está sozinha? - Bonnie ouviu uma voz atrás de si. Quando se virou deparou-se com um Damon pra lá de lindo. Smoking grafite e com gravata borboleta cinza. Os cabelos desordenados, possuíam um lindo sorriso no rosto e seus olhos negros da cor da noite brilhavam lindamente.

– Que susto. – Bonnie pôs a mão no coração com o susto e notou que o sorriso de Damon aumentou mais ainda.

– Desculpa. – Damon declarou. – Mas ainda não me respondeu. – Damon puxou a cadeira ao lado da ruiva.

– Meus saltos estão me matando, e olha que eu nem andei muito. Ai preferi me sentar.

– Você está linda. – Assim que o moreno declarou, ele franziu o cenho como se não tivesse pensado antes de falar. Com isso Bonnie corou.

– Obrigada. Você também. – Ela sorriu.

– Eu sei. – Riu e piscou para ela.

– Esqueci de dizer, convencido também.

– Mas eu posso. – É claro que pode – Bonnie pensou.

– Me diz uma coisa, você viu a Elena por ai? – Damon perguntou e começou a procura-la pelo jardim.

– Da última vez que há vi, estava com Stefan perto do chafariz. – Bonnie respondeu sem entusiasmo. Damon a olhou e perguntou.

– Quer dançar?

– Mas não estava procurando a Elena?

– Sim, mas enquanto não a encontro podíamos dançar.

– Que parte de meus pés estão me matando você não entendeu? – Perguntou Bonnie divertida.

– A parte de que não me interessa. Anda vem. – Ele a puxou para o salão quando tocava uma musica de orquestra A Valsa das Flores.

– Onde será que eles estão? – Damon perguntou para si mesmo, mas não baixo o suficiente, fazendo Bonnie o ouvir e olhar para ele.

– Eu não sei Damon. – Bonnie perguntou entediada.

– O que?

– Eu não sei onde Stefan e Elena estão. Você perguntou onde estavam e eu disse que não sabia. – Bonnie suspirou e parou a dança.

– Olha Damon é melhor você procura-la.

–É melhor mesmo. Até mais Bonnie. – Com isso ele se virou e a deixou no meio do salão improvisado do jardim.

Bonnie bufou em frustração. Que falta de respeito, pensou ela, como ele se atreva a ir até ela e perguntar pela a amiga? Por acaso ela tinha na testa “informações aqui”? e o pior, a abandonar no meio do salão de festa. Imperdoável. Ela que estava toda quietinha à mesa, vem o cara e te chama pra dançar, para no final a abandonar no meio da dança.

– Quer saber, Dane-se Damon. – Bonnie se virou e foi para um lugar mais reservado do jardim. Uma pequena ponte que ficava em um lado da propriedade. Ela não sabia o que estava sentindo, uma coisa ela sabia, não era ciúmes, era uma espécie de frustração, sei lá.

– Quer saber, os bonitinhos se merecem – Ela falou com ar de nojo. – Ai meu Deus, por causa desse peste estou começando a menosprezar a minha amiga. – Bonnie falou horrorizada. Ela tinha que se acalmar, afinal ela também tinha entrado em uma espécie trégua não verbalizada como o Salvatore.

– Falando sozinha? – Estou no céu (Bonnie pensou). O rapaz era verdadeiramente lindo. Com cabelos loiro escuros e levemente desarrumando. Ele estava com smoking negro, camisa branca e a gravata borboleta desfeita, as calças abraçavam suas pernas de forma sensual e possuía os olhos mais azuis que o céu.

– Quem é você? – Perguntou Bonnie atônita

– Desculpa a má educação. Sou Luca Ferrari. E a bella ragazza, tem nome?

– Bonnie McColloung.