Bonnie Em New York escrita por BonnieFemme


Capítulo 8
A Viagem


Notas iniciais do capítulo

oi amores, estou passando para postar meu primeiro capitulo de Bonnie em NY. espero que gostem. beijinhos



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POV Bonnie

Eu não sei o que deu nessas meninas. Mais que droga! Eu não quero ir para a casa dos avós de Damon. Por que o Stefan não podia ser filho único? Ainda é difícil de acreditar que são irmãos, que dizer ambos tem a personalidade comportamento diferente, totalmente o oposto um do outro. Stefan é gentil, prestativo, educado e muito simpático; já Damon é egocêntrico, prepotente, grosso – olha que eu só convivi com ele durante pouquíssimas horas contando as quantidades de vezes que estivemos juntos, o que foi bem pouco, imagina se eu o conhecesse a mais tempo. – mas tenho que admitir uma coisa, ambos possuem uma beleza inigualável, digna de heróis gregos, e não é exagero, infelizmente tenho que dizer, principalmente Damon.

– Alôôôô. Acorda Bonnie. – Caroline chacoalhava a mão na frente do meu rosto. Estava completamente em transe desde a hora em que Stefan saiu de casa. Eu sei que devem estar pensado... que besteira Bonnie, deixa de ser dramática, não é tão ruim assim ficar 15 dias em Florença com eles... mas não me entendam mal, não me sinto muito confortável perto de um certo Salvatore quando esta perto de mim, fico nervosa, afinal eu quase sempre pago micos quando estou perto dele e outra, ele é muito irritante também. Sinceramente, não sei como ele conseguiu o titulo de melhor promotor de Nova York. Mas eu tenho uma teoria, ele deve irritar tanto os acusados que eles mesmo se entregam e confessam o que fizeram só para se livrar do Salvatore.

– Diga Caroline. – Falei assim que despertei do transe.

– Escutou o que Elena perguntou?

– Claro que sim. – Falei. É claro que menti, eu não escutei nada, estava com a cabeça em outro lugar. Mas é claro que eu não ia dizer a verdade, conheço minhas amigas e sei muito bem que iam começar a me encher.

– Ah é? Escutou foi? – Elena perguntou desconfiada pondo a mão na cintura e arqueando sobrancelha. Merda, eu e meus problemas sobre mentiras. Suspirei completamente derrotada.

– Tudo bem. Não escutei nadinha de nada. Pode repetir, por favor? – Murmurei.

– Claro florzinha. – Sorriu para mim. Poxa, Elena é linda com seus cabelos reluzentes da cor do sol, olhos cor de lápis azuli. Não é atoa que todos os caras que a olham caem de quatro por ela. – Estava te perguntando você quer fazer as compras para a viagem. – Ela realmente estava animada, todas estavam na verdade, pode parecer mentira, mas eu também estava animada para viajar, mas so em saber que estarei perto de “você abe quem” já me dá um nervoso.

– Mas Elena ainda tem tempo. Falta um mês ainda.

– Mas um mês passa bem rápido. Quando menos esperamos já tem chegado o dia. Não podemos descansar em serviço. – Caroline falou. – Eu preciso urgentemente comprar umas roupinhas. Imagina se eu conheço um italiano gostosão, lindão e ricão? – Minha amiga suspirava sonhadora enquanto eu revirava os olhos.

– Tenho que concordar com elas. Um mês passa rapidinho mesmo. – Meredith que até então estava calada, resolveu se manifestar.

– Então esta bem. Quando vamos? – Falei desanimada.

– Nossa. Quanta animação em. Cuidado para não espantar as crianças. – Meredith e suas ironias.

– É serio gente. Estou animada de verdade. – Tentei me defender.

– Sei. – Falaram as três em coro. Se tivessem combinado não sairia tão perfeito assim, é serio.

– Quer saber o que eu acho? – Caroline perguntou.

– Sim. – Elena e Meredith falara,

– Não. – Adivinha quem falou. Caroline se virou pra mim seria e me deu língua. – Mas sei que você vai falar mesmo assim.

– Exato. Você esta assim por causa de um certo cara, cujo sobrenome é Salvatore e que por acaso é tutor da nossa Elena.

– Que? – Perguntei levantando do sofá. Será que esta tão na cara assim? Que porcaria Bonnie, por que você tem que ser um livro tão aberto assim?

– Damon, é? – Elena perguntou sorrindo. Sabe, isso é uma coisa que não vou entender nunquinha, uma hora ela está louquinha por ele, depois parece que não esta nem ai pro cara.

– Vocês são uma chatice isso sim. Não tem nada a ver com Damon. – Mentira, e qualquer um podia ver isso.

– E o que é então? – Quis saber Meredith.

– Não é nada. – Estava em apuro e eu sabia disso, ai me veio a mente algo. Na verdade estou chateada com você. – Apontei para Caroline que estava retocando o batom.

– Comigo? – Perguntou assustada. É, acho que ela se esqueceu do que me fez passar algumas horas atrás.

– Ainda pergunta?! – Agora estava ficando com raiva e chateada de verdade. Levantei-me do sofá e fiquei andado pela a sala sem destino. – Por culpa do seu estresse fomos expulsas e banidas até o final do semestre da aula.

– Como é? – Meredith estava horrorizada, Elena estava com um sorriso completamente pastel estampado na cara.

– Minha culpa? – Caroline se levantou do sofá completamente ofendida.

– Sim culpa sua. Você não podia segurar essa sua língua não?

– Não estou entendendo nada. alguém pode me explicar. – Meredith ainda estava estática.

– Eu também não estou entendendo, mas estou adorando a historia. – Eu já disse que essa menina é doida? Não? Então digo agora. Elena é doida.

– Não falei nada de mais. – A culpada deu de ombros.

– Nada de mais? Quer dizer que chama a Sra. Travely de projeto do satã mal comida não é nada de mais!

– Caroline! – Meredith a repreendeu.

– Como foi isso gente. Contem direito. – Elena adora uma fofoca, principalmente quando tem as baixarias de Caroline.

Contei a elas toda a história que aconteceu na sala de aula. Ambas ficaram petrificadas cada uma esbanjando uma expressão diferente: Meredith de olhos arregalados, boca aberta e completamente horrorizada; já Elena, imaginem olhos brilhando e se rachando de tanto rir.

– Eu não acredito. Queria ter visto isso. – Elena disse quando conseguiu parar de rir enxugando as lágrimas.

– Não é atoa que Bonnie esta quase soltando fogo pelo nariz. – Meredith comentou. Sabe o que me deixou impressionada? Foi que depois que o transe de Meredith ter acabado, ele começou a gargalhar da nossa minha situação.

– Meredith! – Falei.

– O que? Foi engraçado mesmo. – Ela se defendeu.

– Relaxa Bonniezinha. Não foi nada de mais. – Caroline falou despreocupada.

– é deixa de ser responsável um pouquinho. – Elena falou indo para a cozinha.

– Ok. Vocês têm razão. Por que ficar assim não é, uma coisinha atoa dessa. – Ironizei, eu também podia ser irônica quando eu queria, acreditem. – São só 6 meses perdidos. Besteira.

Sai da sala e fui em direção ao meu quarto. Elas querem que eu relaxe, vou relaxar. Querem que eu seja menos responsável, serei assim então. Ou pelo menos vou tentar. Já fui assim uma vez – irresponsável com os estudos, quero dizer – vou tentar ser assim de novo.

– Onde está indo? – Elena perguntou retornando a sala.

– Arrumas as malas. Quantos dias mesmo? 15 dias, não é isso?

– Malas? Mas já? Ainda tem tempo. – Elena disse.

– Mas é como você disse... Um mês passa rápido. – Dei de ombros. – Quer saber, malas para depois. Vamos às compras. – Sorri, peguei minha bolsa e fui esperar por elas no carro.

POV Damon

– Como é Stefan? – Vou te contar, as vezes meu querido irmãozinho tem boas ideias. – Convidou Elena pra ir a casa dos nossos avós?

– Não só ela Damon. Meredith, Caroline e Bonnie também irão. – Tudo bem, esquece o que falei antes. Ele não tem boas ideias, tem PESSIMAS ideias. Tudo bem que as amiguinhas dela são bonitinhas, mas eu queria um tempo para poder conseguir alguma coisa com ela, já que não posso no escritório, pois sigo as minhas próprias normas. Não curto muito assedio sexual.

– Fala das amiguinhas dela? – Fiz careta.

– Isso mesmo. – Respondeu-me despreocupadamente sentado (lê-se jogado) no sofá mudando os canais da TV.

– Stefan, olha, tudo bem levar convidados para a casa dos nossos avós, mas não acha que quatro pessoas não são de mais não? Você sabe que a vovó transferiu a dada da comemoração das bodas eles por causa do meu trabalho e para ficar junto com suas férias, então la estará cheio de gente. A casa vai está lotada com os nossos parentes. - Tentei fazer com que mudasse de ideia. Stefan sempre foi responsável, quem sabe falando isso não mudaria de ideia.

– Não tem problema, já falei com a nonna (avó em italiano) e com o nonno (avô em italiano) e disseram que há espaço sim. E o nonno perguntou se não vai chamar os seus amigos também. Disse que está sentindo falta de jogar xadrez com Elijah.

– Não sei. – Tudo bem que adoro a companhia dos meus amigos, mas eu queria curtir um pouco meus avós, não é sempre que eu tenho a companhia deles. Foram os únicos a ajudar a mim e Stefan quando mais precisamos, mas é claro que ele não se lembra de muita coisa daquela época sombria, era só uma criancinha. Mas tudo bem, se elas vão, acho que vou chama-los também. Por que não?

– Você é quem sabe. – Stefan deu de ombros e voltou a atenção para o programa de TV que estava vendo.

[...]

Assim que cheguei ao Empire State Building avistei Niklaus dando em cima da minha secretária. Balancei minha cabeça em negação. Ele não me escuta mesmo.

– Klaus, posso dar uma palavrinha com você na minha sala?

– Claro. – Sorriu para mim e deu uma piscadela para Jenny, minha secretaria.

Fomos a minha sala e me sentei à mesa enquanto ele se sentou na cadeira no meu lado oposto. Abri minha pasta e pus alguns processos a ser revisados em cima da mesa. Olhei para ele e suspirei.

– Klaus quantas vezes vou ter que repetir para não dar em cima das minhas funcionarias? – Falei serio. Posso ser um canalha que for, mas há uma politica que gosto que minha equipe cumpra, de nunca misturar prazer com trabalho.

– Desculpa cara, mas a Jenny estava gostosa com aquele vestido. Dá vontade de dar umas palmadas.

– Ouça, não estou nem ai se você vai para a cama com sua assistente, secretaria ou sua avó, mas deixe minhas funcionárias em paz.

– Tudo bem, desculpa. Não vai mais acontecer. E não fale de minha avó.

– Tem razão. Sua avó não merece ter um neto com você. – Gargalhamos. – Mas não te chamei aqui só para isso.

– então foi por que?

– Meus avós vão fazer bodas de ouro em Florença. Você e Elijah estão a fim de ir? Meu avô disse que sente falta de jogar xadrez com ele. – revirei os olhos.

– Vou falar com Elijah, mas pode contar com minha presença.

– Ótimo.

POV Bonnie

As meninas não estavam de brincadeira quando disseram que um mês passaria depressa, na verdade foi quase como a velocidade da luz. Nesses últimos dias foram uma correria para mim, com já estava no final do semestre os professoras passavam horrores de trabalhos, seminários, provas para fazermos e o pior de tudo era que eles achavam que só havia a matéria deles para estudar. Ó esta semana todos os dias tive prova e dois seminários para apresentar. Eu particularmente não sei como a Elena consegue, como ela consegue conciliar o estagio com as provas da faculdade? E não esquecendo que ela sempre consegue um tempo para se divertir.

Bom, mas finalmente a correria acabou e agora vamos curtir as saborosas férias. O que? Está impressionada por que denominei as férias de “saborosas”, mesmo sabendo do meu pequeno pití um mês atrás? Pois bem, resolvi seguir o conselho das meninas e relaxar. Nada poderia atrapalhar minhas férias em Florença com as meninas. Eu estou mesmo de alto astral.

– Bom meninas, agora só falta o Stefan e o Damon chegarem. – Falou Elenas assim que chegamos ao aeroporto. Ok. Com essa declaração minhas aulas de relaxamento se volatilizaram como o éter. Uma coisa era mentalizar estar na companhia de Damon e tentar manter a calma, outra coisa era a pratica. Não sei, mas acho que minha paz interior já era.

– Como assim esperar por eles? Pensei que já estivessem na Itália. – Meredith falou.

– Eu também- Falei.

– Não. Stefan disse que ira nos encontrar no portão de embarque para irmos juntos. Já está quase na hora e eles ainda não chegaram. – Elena consultava o relógio constantemente.

Enquanto esperávamos resolvi sacar minha revista de fofocas de dentro da minha bolsa para passar o tempo e tentar ignorar o fato que daqui a alguns minutos Damon estaria aqui. Passaram-se alguns minutinhos e comecei a ficar com sede. Perguntei se as meninas iria querer alho para comer ou ber e todas disseram que não. Fui até a lanchonete do aeroporto e comprei um copinho de água sem gás. Quando me virei para sair do balcão vi que os atrasadinhos já haviam chegado e estavam batendo um papo com as ameninas. Stefan estava muito bonito vestido com uma camisa branca coberta por um casaco de lã azul, uma calça marrom e na cabeça um chapéu. Link: http://2.bp.blogspot.com/-9RBElaXsgjc/T9eIAYWOiOI/AAAAAAAAT1c/hPgAWT5AbVE/s1600/modaholic-paulwesley-mrporter03.jpg

Já Damon estava vestido quase que completamente de preto estava com uma camisa branca, por cima uma jaqueta de couro preta, uma calça também preta. Na cabeça usava um chapéu cinza com uma faixa preta e usava uns óculos escuros, no pescoço usava uma echarpe (n.a: acho que é uma echarpe, ou isso é só para as mulheres?). Resumindo, estava completamente lindo. Link: http://media.tumblr.com/tumblr_lsihxxEkEF1qk0naa.jpg

Fique parada, babando por alguns minutos até que alguém passou por mim e se esbarrou em mim.

– O corredor não é lugar de ficar parada com uma estatua não mocinha. – Falou um senhor de cabelos brancos. Tenho certeza de que minhas bochechas coraram, coraram ainda mais quando percebi que os meus amigos se viraram para mim, pois o velhinho não foi nem um pouco discreto quando me repreendeu.

– Ai, eu mereço. – Falei para mim mesmo e andei até eles.

– Oi Bonnie. – Stefan veio me saldar abraçando-me. Ele é mesmo um amor. – Tudo bem! – Já falei que o sorriso dele é lindo? Pois é, muito lindo, fica mais lindo quando seus olhinhos verdes brilham.

– Oi Stefan. Tudo bem sim. E com você?

– Tudo ótimo. Esta animada com a viagem? – Ele quis saber.

– Muito na verdade. – Sorri para ele e percebi a presença de um certo individuo no local olhando para mim e para meu amigo. – Oi Damon. – Olhei para ele torcendo para não ficar tão corada.

– Oi McCullough. – Minha nossa, eu odeio quando me tratam pelo meu sobrenome. Damon deu seu famoso sorrisinho de lado, sorriso esse de matar qualquer uma de enfarto.

– Me chame de Bonnie, por favor. Não gosto muito quando me chamam pelo sobrenome, me faz lembrar os meus professores.

– Sinto muito, mas não McCullough. – Revirei os olhos com raiva e me virei para participar da conversa das meninas e do Stefan.

Eu não estava exatamente participando da conversa, já que eu só ouvia, não dava minha opinião, a não ser é claro, quando me perguntavam alguma coisa. Estava tão concentrada no assunto deles que nem percebi quando Damon chegou por trás de mim e sussurrou em meu ouvido.

– Estou doido para te ver dançar de novo. – Pulei de susto quando ouvi isso. Preciso dizer que fiquei mais vermelho que uma lagosta com o comentário? O susto foi tão grande que chamei a atenção das meninas e de Stefan que olhou para o irmão de cenho franzido.

– O que foi Bonnie? – Caroline perguntou.

– Nada. Tomei um susto com um inseto que passou por mim. Desculpe.

– Tudo bem. – Sorriu para mim e voltou a conversar com os outros.

– Agora eu sou um inseto é? – Sussurrou em meu ouvido me deixando arrepiada, ainda bem que eu estava com um cachecol, pois então ele iria ver meus pelos se eriçando.

– O que você quer? O que pretende com esse comentário? – Tomei coragem e me virei para ele.

– Pretendo dizer exatamente o que eu disse. Que adoraria te ver dançando de novo para mim. Ou não se lembra de como nos conhecemos? – É claro que eu me lembrava, foi o na boate, onde eu derramei seu drink. No dia seguinte descobri que ele seria o tutor da Elena no estagio. Como poderia me esquecer?

– Na ultima vez que nos vimos você deixou bem claro que não queria me ver tão cedo. Por que esta dizendo isso agora? – Cruzei os braços.

– Não disse exatamente isso. Esta destorcendo os fatos. Além do mais naquele dia estava estressado, não pude controlar minha fúria.

– Pois da próxima vez aprenda a controlar. – Falei áspera.

Passageiros do voo 156EJK com destino Florença – Itália, com escala em Lisboa, dirijam-se ao portão de embarque. – a vozinha falou;

– Acho que é a gente. – Caroline falou animada.

– Damon, e os caras? – Stefan perguntou fazendo com que o irmão se afastasse um pouco de mim. Suspirei aliviada e a mesmo tempo sentindo falta do calor que o corpo dele me transmitia.

– Irão apenas amanha.

– Ok. É melhor irmos então. – Stefan falou se dirigindo ao portão.

Assim que entramos no avião fui logo procurar meu acento. Infelizmente eu não ficaria com nenhuma das meninas. Que azar o meu. Descobri que também não iria com Stefan. Adeus chance de uma conversa legal até chegarmos. Rezei mentalmente para que Damon não fosse comigo. Graças a Deus minhas preces foram atendidas quando vi que ele se dirigia para o meio de um acento onde ele ficaria entre uma senhora idosa e um homem com uma criança no colo que chorava muito, coitadinha. Quase morri de rir quando vi o desconforto de Damon. Bem feito. Ao meu lado sentou-se uma mulher, onde percebi ser mãe da criança que chorava e o outro acento estava vazio.

Sai do meu acento para ajudar Meredith a por a bolsa de mão no compartimento de cima do avião e quando voltei para o meu lugar, imagina a surpresa que eu tive... Isso mesmo, Damon. Que estava sentado no lugar que antes era ocupado pela mulher, olhei para o lugar que era para ser dele e vi que a mulher estava sentada com o bebê em suas pernas.

– O que está fazendo aqui? – Perguntei apressada.

– Isso é forma de me receber? – Até parece que eu ia acreditar que ele estava ofendido.

– Esse não é o seu lugar. –Me sentei por que a aeromoça estava olhando feio para mim.

– Não, mas agora é. Perguntei se a mãe da criança que estava ao meu lado não queria tocar de lugar comigo. E olha que maravilha, ela disse sim. – Nunca conheci alguém mais irônico que ele.

– Humm. Ok. – Despois disso Damon se calou porque o piloto falou no auto falante nos dando boas vinda e agradecendo pela preferencia de escolhermos a companhia aérea, depois a aeromoça foi explicar as paradas de emergência se acontecesse algum desastre. Preciso dizer que fiquei morrendo de medo. Não é segredo para ninguém saber que eu morro de medo de voar. Prefiro carro. Tudo bem que as chances de ocorrer um acidente de carro são maiores que um aéreo, mas pelo menos tenho chance de sair viva de um acidente de carro, já não posso dizer o mesmo de uma queda a avião.

Quando a aeronave começou a decolar fechei meus olhos com bastante força e segurei os braços do acento, como se fosse salvar a minha vida. Acho que de algum modo isso fez Damon perceber meu medo.

– Medo de voar? – Perguntou divertido. Não tive força para responder, apenas, humildemente, acenei com a cabeça. – Não precisa. Sabia que as chances de um acidente de avião são bem menores que um de automóvel?

– Sim, mas pelo menos eu posso sair viva de um acidente de carro. Já de avião... – Não terminei de falar pois fui interrompida com um chacoalha do avião me fazendo apertar com mais força fazendo os nós dos meus dedos ficarem brandos. Ainda estava com os olhos fechados quando senti uma mão quente pegando na minha e fazendo pequenas passagens nos meus dedos e aos poucos fui relaxando a mão ate Damon captura-la nas dele e começar uma massagem mesmo nela. Mesmo assim não pude abrir os olhos, por dois motivos. Primeiro pelo medo e segundo por que se eu abrisse eu iria corar muito mesmo.

– Contra isso eu não posso argumentar, mas confie em mim. O avião não vai cair. – Ele falava calmo, acho que falava assim para tentar me acalmar. E eu estava gostando disso, da massagem, e pela primeira vez estávamos tendo uma conversa decente.

– E como você pode saber disso? – Arisquei abrir um pouco meus olhos.

– Acho que intuição. – Ele deu uma piscadela para mim. Ta legal, isso foi estranho, mas estranho ainda foi a reação que meu coração teve, ele acelerou muito.

– Pensei que quem so tivesse intuição eram as mulheres. – Sorri para ele.

– Vai ver fui mulher em outra vida. – Ele gargalhou e me contagiei gargalhando também.

Fomos interrompidos por uma aeromoça que perguntou se queríamos beber alguma coisa, mas na verdade parecia que eu nem existia, pois ela só tinha olhos para o homem ao meu lado e deu para ver que ele também não conseguiu tirar os olhos dela. A aeromoça era muito bonita, morena de olhos verdes e possuis um decote do tamanho do mundo. De alguma forma o olhar de Damon me irritou. Percebi que já podíamos circular pelos corredores e me levantei fazendo com que o contato visual de ambos se quebrassem, me desculpei e fui ao banheiro, bufando de irritação.

Cheguei ao cubículo e tranquei a porta. Olhei-me o espelho e jóquei água no meu rosto. O que estava acontecendo comigo? Por que fiquei tão irritada com o flerte deles dois? Finalmente percebi que o Damon não é tão idiota o quanto eu pensei. O gesto que teve comigo quando estava em pânico me provou isso, mas quando eu vi essa paquera entre ele e a aeromoça regrediu tudo o meu conceito que eu havia acabado de ter a respeito dele.

Meus pensamentos foram interrompidos com umas batidas na porta. Eu não queria sair agora do banheiro, não queria ver a cara dele neste momento.

– Tem gente. – Falei alto para que a pessoa ouvisse.

– Bonnie abre a porta. – Damon falou com um tom autoritário.

– O que você quer? – Falei encostada à porta.

– Quero falar com você. Abre a porta. – Ele insistiu.

– É claro que não. Não vou deixar você entrar no banheiro que estou ocupando no momento.

– Deixa de besteira e abre a porra dessa porta.

– Vou abri, mas não por que esta mandando e sim porque não quero receber reclamação de nenhuma “amiguinha” sua. – Dei ênfase no amiguinha. Destrave a porta e ele entrou trancando logo em seguida. Ficamos calados um olhando para a cara do outro. – Não vai falar nada? – Perguntei.

– O que quis dizer com “receber reclamação de nenhuma amiguinha minha”? – Estreitou os olhos.

– Deixa, pra lá. O que você quer? – Não estava muito confortável aqui.

– O que você tem?

– Como assim? – Fingi estar desentendida.

– Você saiu da poltrona bufando de raiva. O que houve?

– Você notou? – Levantei as sobrancelhas.

= E por que não notaria? – Ele estava ficando irritado.

– Sei lá. Talvez por que estava quase engolindo a aeromoça com os olhos. – vi o sorrisinho irritante e lindo dele.

– Então está é com ciúmes? – Falou se aproximando. O meu azar ou sorte é que não havia muito espaço para que eu me afastasse dele.

– De onde tirou isso? – Eu não estava querendo admitir isso nem para mim, muito menos para ele.

– Não sei McCullough, diga-me você. – Ele levantou a mão afastou meus cabelos do pescoço deixando-o exposto. Eu nem conseguia mais pensar sentindo sua respiração no meu pescoço. A situação piorou quando senti seus lábios tocando essa zona fazendo-me arrepiar até a alma, com isso fechei meus olhos e minha respiração ficava entrecortada.

– Damon, não. – Consegui dizer, mas minhas mãos faziam o contrario, elas enlaçaram a cintura dele impedindo que ele saísse de perto.

De repente não senti mais seus lábios no meu pescoço e tive que abrir os olhos para saber o que iria fazer. Ai foi o meu erro, pois assim que abri os olhos deparei-me com aqueles olhos negros da cor de um céu a noite me deixando completamente hipnotizada. Comecei a sentir minhas pernas tremendo, ainda em que estava encostada na pequena pia, pois então estaria no chão agora mesmo. Senti a respiração dele batendo contra o meu rosto me fazendo fechar os olhos mais uma vez. Foi ai que uma coisa magica aconteceu... Senti seus lábios pressionarem os meus delicadamente, uma corrente elétrica passou por mim. Eu nunca, jamais em toda minha vida, senti uma coisa como essa. Aos poucos senti a língua de Damon passando pelos meus lábios fazendo com que eu abrisse minha boca automaticamente, e nossas línguas começaram a se acariciar, aos poucos o beijo ganhou mais vida e velocidade e sentia o pequeno banheiro ficar menos e meia quente, comecei a perceber que estava com roupas de mais e fiquei com uma súbita vontade de apagar esse calor que me consumia. Eu queria tirar essa roupa e tinha certeza de que Damon também estava com calor e eu queria o ajudar a tirar sua roupa também. Foi ai que puxei de seu pescoço sua echarpe e tirei seu casaco ele fez o mesmo em mim. Quando de repente ouvimos um barulho do outro lado da porta nos interrompendo.

Foi ai que percebi o absurdo do que eu estava fazendo. Eu estava caindo nas garras dele, assim com qualquer mulher. Era assim que ele me via. Senti-me tão suja. Fiquei com tanta raiva dele, mas principalmente de mim.

– Tem alguém ai? – Ouvi um homem perguntar.

– Tem sim. – Ele respondeu.

– Foi mau cara. – O desconhecido falou e saiu. Assim que o barulho se foi Damon quis logo voltar para onde havíamos sido interrompidos, mas eu não deixei, virei o rosto.

– Não Damon. Sai daqui, por favor. – Pedi sem olhar para ela. Eu precisava ficar um pouco sozinha.

– O que? – ele olhou para mim.

– Volte para a poltrona. Eu irei depois, apenas vá.

– Pretendo fazer ciosas melhoras aqui com você. Voltou a atacar meu pescoço e eu o empurrei.

– Não Damon. Chega. Me deixa em paz. – perdi a paciência.

– Por que isso agora. Você estava gostando.

– Porque só agora eu percebi a burrada que eu iria fazer. Sai Damon.

– E se eu não quiser? – Ele só podia estar brincando

– Se não sair eu grito.

– Não teria coragem.

– Quer apostar? – Olhei para ele. Quando estava me preparando para gritar ele tapou minha boca.

– Tudo bem, eu saio. Mas saiba que isso não termina aqui. – Me soltou e saiu. Finalmente pude respirar aliviada.

– Não Damon. Está enganado. Terminou aqui sim. – Falei me olhando no espelho.


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Notas finais do capítulo

oi gente... olha eu aqui de novo hahahaha
o que acharam? comentem, critiquem e por favor, nao deixem de me informar se há algum erro, pois eu logo irei corrigir.
beijinhos e até o proximo capítulo

XOXO



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