Bonnie Em New York escrita por BonnieFemme


Capítulo 7
O Sorteio


Notas iniciais do capítulo

oi flores, desculpem pela demora
aqui esta um cap novo
bjs



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PVO Bonnie

Estava sentada em minha carteira da sala de aula esperando a professora Travely chegar, hoje seria o dia em que ela entregaria aquele maldito relatório. Duas semanas se passou depois daquele dia horrível, o dia da visita ao restaurante, o dia do pior encontro com Damon Salvatore. Naquele dia eu vi ódio em seu olhar, aquilo me deixou com medo dele. Isso era uma visão diferente que eu tinha do Salvatore, pois eu sempre o via com aquele olhar de superioridade, com aquele sorrisinho irônico e sarcástico e sempre tirando uma com a minha cara, mas na ultima vez que nós nos vimos não foi esse Damon que eu encontrei, e sim um Damon totalmente novo... Eu realmente consegui deixa-lo com ódio de mim. Eu não gosto de deixar as pessoas com raiva de mim. Poxa, eu não tive culpa de bater a porta no seu nariz. Tudo bem que eu deveria ter olhado antes de abrir a porta daquela forma, mas isso não era motivo para ele me tratar como ele me tratou naquele dia. Eu me senti humilhada com suas palavras, ele me machucou tanto emocionalmente como fisicamente, eu ainda não me esqueci de quando ele machucou meu pulso. Mas uma coisa eu notei depois, quando ele percebeu que havia me machucado, parecia que ele estava com nojo de si mesmo, eu notei a dor que ele estava sentindo, fiquei com pena dele. Alguma coisa ele escondia.

Que é isso Bonnie? Pare com isso. Isso não diz respeito a você. E outra, ficar com pena dele? Francamente, ele te humilhou te machucou e você ainda tem pena? –Meu lado racional e vingativo falava comigo.

Minha nossa! Eu não podia evitar, ele guarda um segredo e isso me deixa muito curiosa pra saber o que é. Por mais que ele tenha me machucado de diversas maneiras eu não poderia deixar de me preocupar com ele, por que ao que parece tudo que está relacionado a ele me chama atenção.

- Bom dia amore mio. Como passou a noite? – Caroline sentou-se ao meu lado toda feliz. Eu ainda estava com raiva dela por ter dito ao mundo todo (tudo bem é exagero, não foi ao mundo todo, foi a Meredith e a Elena), que eu tinha espancado Damon. Elena tira onda com a minha cara até hoje.

- Bom dia. – Respondi rispidamente, eu nem dei ao trabalho de virar-me pra ele.

- Nossa Bonnie. Ainda esta com raiva de mim?

- O que você acha? – Dessa vez eu me virei pra ela.

- Bom, ainda acho que está, mas sem motivos. Poxa Bonnie já se passou duas semanas. Eu já te pedi perdão. – A loira choramingou. Parece até que ela é mais nova que eu e não o contrario. Suspirei em derrota.

- Tudo bem Caroline, mas se você começar a me chatear com qualquer coisa relacionada a mim e ao Damon, nossas relações estarão cortadas. – E o premio de rainha do drama vai para Bonnie McCullough. Eu nunca cortaria minha amizade com essa loira, ela é uma das minhas melhores amiga, eu a amo como uma irmã. Ela é uma doida extrovertida, não mede as consequências no que faz, não leva desaforos pra casa, luta pelo o que quer, e eu a amo exatamente como ela é.

- Eu prometo. – ela juntou os dois dedos indicadores e deu um beijo selando a promessa. Comecei a rir com a atitude infantil dela.

- Bom dia Classe. – A Sra. Travely chegou rebocando um monte de papel. – Eu trouxe os relatórios de você. E tenho que dizer que eu fiquei bastante desapontada com o rendimento deles.

- Foi tão ruim assim professora? – Alguém perguntou a ela.

- Pra você ter uma ideia eu vou ler um pequeno trecho de um. Não vou dizer de quem é, a pessoa que escreveu vai saber. – Ela deu uma olhada geral na sala.

“O Se Per é um restaurante “maneiro” e muito chique, logo se vê que quem costuma ir pra esse restaurante são pessoas com “grana”... – Ela parou e olhou por cima dos óculos. – só o “tiozinho” lá que ficou tarando a gente como um bando de crianças...” – todo mundo riu.

- Em fim, dai vocês tiram o resto do relatório. Quero que saibam que nenhum, eu repito, nenhum me agradou.

Porcaria, nenhum agradou isso significa que nem o nosso se salvou. Droga, eu e Caroline ficamos a noite toda em claro para fazer esse relatório. Tudo isso pra nada.

- Bom, vou chamar cada um por ordem alfabética. Quero me livrar o quanto antes dessas coisas que vocês chamam de trabalho.

- Hoje ela acordou com o pé esquerdo, em. – Caroline sussurrou pra mim.

- Sim. Estou até com medo. – Enquanto isso a Sra. Travely chamavam os alunos de um por um, cada um saia de lá com a cara mais triste e assustada que a outra. Eu estava ficando com medo.

- Srta. Bonnie McCullough. – Ela me chamou. Caminhei a passos lentos até a mesa dela. – Francamente Bonnie, eu esperava mais de você. – Ela me entregou o relatório.

- Oh my God. – Me desesperei quando vi a nota. 2,5 era a nota. Minha nossa, fiquei tão em choque que eu fiquei petrificada na frente da mesa da professora olhando aquela nota. Parecia que eu estava em um filme de terror.

- Pode sentar Bonnie. Você está atrapalhando o andamento.

Caminhei até a minha carteira e minha amiga loira logo retirou aquele relatório pesado de minhas mãos. Eu nunca havia recebido uma nota tão baixa como aquela.

- Aquela velha louca e mal comida. Como ela pode ter dado essa nota pro nosso trabalho? Ela não sabe das noites que ficamos fazendo ele, não sabe das olheiras que fiquei pelas noites mal dormidas. Ah, mas isso na vai ficar assim. – A loira se levantou e eu a puxei de volta pra se sentar.

- Você esta louca? Já passou pela sua cabeça de que ela pode reduzir mais a nossa nota? – Falei desesperada.

- Bonnie quem está louca é ela. Não merecemos essa nota.

- Tudo bem, pode ir até lá, mas, por favor, toma cuidado com as palavras que você vai usar. – Implorei.

- Bonnie você esta falando com uma dama. Eu jamais usaria palavras de baixo calão. – Caroline olhou-me ofendida.

Até parece que eu não a conheço, quando alguém a contraria, ela desce do salto e fala palavras que eu nunca gostaria de ouvir, palavras essas que eu achava que não existia.

- Certo “dama”, mas eu vou com você. Vai que você esquece que é uma e vira um bárbaro?

- Engraçadinha. – Ela sorriu forçadamente.

Fomos até a mesa da professora.

- Sra. Travely gostaríamos de falar a respeito de nossa nota. – Caroline olhou pra mim provando que era uma perfeita dama.

- Sim, estou ouvindo.

- Então... Não entendemos o porquê desse 2,5. – Falou Caroline

- EU vou dizer o porquê dele. A estética totalmente fora do padrão, bibliografia inadequada. E francamente, papel cor de róseo? Isso é completamente antiacadêmico.

- Não temos culpa sobre o papel, minhas folhas haviam acabado e Caroline só tinha dessa cor.

- Não interessa. Vocês mereceram essa nota. – Ela voltou a olhar seus livros.

- Não merecemos não. – Caroline explodiu. Isso não esta me cheirando bem.

- Calma. – Pedi a ela, mas esta nem me ouviu.

- Olha aqui, projeto de satã. – Ai meu Deus. É hoje que somos expulsas. – Você não tem ideia da quanto trabalhamos pra isso. Francamente 2,5 por coisas bestas?

- Olha como fala comigo Srta. Forbes. – A professora largou o livro e ficou em uma posição que lembrava “estou preparada para o ataque”.

- Nós ficamos dias trabalhando nessa porra, fiquei com olheiras que dava inveja aos ursos pandas, minha alimentação era a base de cafeína. Tudo por causa desse relatório maldito. Agora não é por que a senhora não conseguiu ser comida pelo o Keller que vai descontar tudo na gente.

- Já chega vocês duas, não quero vê-las mais em minhas aulas até que o semestre acabe.

- O que? – Eu perguntei.

- Não tem o direito de fazer isso. – Caroline falou.

- Eu sou a autoridade aqui nesta sala, é claro que eu posso fazer isso. E Bonnie, eu estou decepcionada com você. – Mas eu não fiz nada. Caroline me paga. – Retirem-se de minha sala imediatamente. E sobre a nota, vocês têm razão, não merecem 2,5; merecem agora um zero bem redondo.

- Redondo como a senhora? – Caroline perguntou sarcástica.

- Saiam da minha sala agora mesmo. – A professora gritou.

[...]

- Não acredito que aquela vaca nos expulsou da sala dela. – Caroline falava enquanto tomava seu sorvete no Central Park.

- EU não acredito que você falou aquilo tudo pra ela. Meu Deus Caroline, fomos banidas de todas as aulas dela. Adeus, carreira exemplar acadêmica.

- Deixa de drama Bonnie.

- Deixar de drama? Faz de conta que eu não ouvi o que você falou.

- Anda, vamos aproveitar que não temos aula e vamos passear. – A loira jogou sua casquinha no lixo e me puxou.

- Não estou com muito animo pra isso. – Falei desanimada, eu queria mesmo era minha caminha.

- Anda menina, se anima. Pelo menos não precisamos mais ver aquela coisa. – Ela se referia a professora. – Só uma voltinha. – Ela me olhou com olhos pidões.

- Esta bem sua chata.

- Eba. – Ela deu pulinhos de alegria.

Eu adoro a Central Park, de alguma forma ele me ajuda a relaxar. É cheio de natureza, pois contem muitas arvores, arbustos, passarinhos cantando. Eu amo isso. Geralmente tem muitas crianças correndo por todo lado, muitos casais fazem piqueniques por aqui ou simplesmente ficam sentados nos bancos daqui ou alugam passeios de carruagem, acho isso tão romântico. Meu sonho é andar em uma carruagem dessas, mas pra isso eu preciso de um namorado, não é agradável fazer um passeio desse sozinha.

Caroline estava tagarelando ao meu lado, as eu não estava prestando atenção, eu estava mais concentrada com a beleza do local. Com isso nem percebemos uma bicicleta vindo pra cima da gente. Quase fomos atropeladas, mas o ciclista se jogou para o lado oposto e caiu com a bicicleta. Corri até ele para ver se estava bem.

- Você é louco ou o que? Não presta atenção onde anda não? – Caroline berrou pro cara.

- Se acalma Caroline. Você esta muito estressada. – Falei.

- É esse idiota que quer nos matar com essa bicicleta.

- Na verdade foram vocês que entraram na minha frente e não deu para freiar, eu tive que me jogar para não atropela-las.

- Stefan? – Era o irmão do Damon.

- Oi Bonnie. Que prazer em reencontra-la. – Ele já estava em pé segurando sua bike.

- Nossa, o prazer é meu.

- Nossa que educada você Bonnie, nem pra me apresentar, mas sem problemas, eu faço isso. Sou Caroline Forbes. E desculpe pelos meus modos, não estou tendo um dia muito agradável hoje.

- Tudo bem. Sou Stefan Salvatore.

- Salvatore? – Ele confirmou com a cabeça. – Você por acaso é algo de Damon Salvatore? – Caroline perguntou animada.

- Ele é meu irmão.

- Quem mundo pequeno. – Caroline estava em transe.

- De onde você o conhece? – Quis saber Stefan.

- Na verdade eu não o conheço pessoalmente. O conheço só pelos micos que a Bonnie me fala que ela passa na frente dele. – Ai começou cedo ela.

- Micos? – Ele sorriu.

- Sim, parece que toda vez que ela encontra com ele ela passa um senhor King Kong.

- Oi gente, eu ainda estou aqui. – Falei.

- Desculpe. – Stefan e Caroline falaram juntos.

- Então Stefan, gostaria de nos acompanhar até a casa de Bonnie? – Ela o olhou com segundas intenções.

- Caroline eu acho que ele tem coisas mais importantes a fazer. – Tentei livrar Stefan das garras predadoras de minha amiga.

- Tudo bem Bonnie, seria um prazer. – Não deu certo.

Fomos andando até o meu apartamento onde eu dividia com minhas amigas. Stefan ai empurrando sua bicicleta e Caroline ficava conversando coisas banais com o moreno.

- Bom meninas, espero poder vê-las mais vezes. Foi muito bom te reencontrar Bonnie, e foi um prazer te conhecer Caroline.

- Apareça quando quiser, o apartamento não é meu, mas eu moro mais aqui do que em minha própria casa e agora que você sabe onde mora Bonnie, nada o impede. – Stefan gargalhou.

- Sim. Virei mais vezes.

- Bonnie você já chegou? – Ouvi Elena gritando dentro da casa. Logo ela abriu a porta. Notei que Stefan paralisou na frente dela. Bom era essa a reação que minha amiga costumava causar nos homens.

- Já sim Elena. – Falei sorrindo pra ela. Ela olhou pra estatua de Stefan. – Você se lembra de Stefan, o irmão do Damon?

- Sim, como poderia esquecer? – Ela falou animada. – que bom revê-lo Stefan.

- Digo o mesmo, Elena.

- Entrem. – Elena pediu.

- Eu já vou. – Stefan estava se posicionando na bicicleta para ir, mas Elena o parou.

- Entre também Stefan. Fique mais um pouco.

- Não vou incomodar? – Ele pergunta.

- De forma alguma. – Acho que Stefan está interessado na minha amiga, mas qual homem não fica? Pobre Caroline. – Então, tenho novidades. – Falou toda amimada.

- Qual seria? – Perguntei.

- Ganhei um sorteio do Shopping. – Ela gritou.

- Sorteio? Mas você não gosta de se inscrever em sorteios. – Caroline falou.

- Poie é, eu não gosto por que eu sou muito azarada e nunca ganho essas coisas, mas a uns 3 dias atrás eu me inscrevi, sem compromisso algum, em no sorteio concorrendo a uma viajem e ganhei, não é legal?

- Parabéns, mas pra onde você vai?

- Eu não, nós vamos a Florença, Itália. Passar 15 maravilhosos dias.

- Ahhhhh.... eu não acredito. Itália? País onde fica Milão, a capital da moda. – Caroline surtou.

- Sim, e vamos eu, vocês e Meredith.

- Parabéns. Já sabem onde vão ficar? – Stefan perguntou.

- Na verdade não. O sorteio não dá direito a hospedagem. Só a alimentação e a compras grátis. – Elena murchou.

- Vocês podem ficar na casa de meus avós. Eu e Damon vamos pra lá mês que vem. Podem ficar com a gente.

- Acho melhor não. – Falei. Não seria muito bom ficar na mesma casa que Damon depois do que aconteceu com a gente. E 15 dias? Era muito tempo para aguentar a companhia dele.

- É claro que é bom Bonnie, pelo menos não precisamos nos preocupar em gastar dinheiro com hospedagem. – Elena falou.

- Isso é verdade. – Caroline concordou. Isso só pode ser um complô das loiras.

- Tudo bem. – Falei derrotada.

- Ótimo. – Stefan falou.

- Mas seus avós não vão achar ruim não? – Perguntei. – Afinal somos estranhas pra eles.

- É claro que não, eles adoram receber visitas. – Parecia até que era ele que tinha ganhado o sorteio, ele estava muito animado.

- E o Damon? – Perguntei.

- O que tem ele? – Perguntou o moreno.

- Ele sim vai achar ruim.

- A casa é tão dele quanto minha, posso levar que eu quiser, não se preocupem.

- Ok.

Meu Deus será que eu aguento ficar na mesma casa que Damon durante 15 longos dias? Espero que sim.


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Notas finais do capítulo

até o proximo capitulo flores
bjs