Louis POV

- Eleanor? O que faz aqui? – perguntei, encostando a porta.

- Oras, não é óbvio? Eu vim conversar com meu namoradinho lindo que me ama – ela respondeu, com tom de deboche.

- Conversar sobre o quê?

- Sei lá... talvez sobre sua ausência no nosso namoro? Ou talvez que você esqueceu que ontem era nosso aniversário? – ela falou, cruzando os braços. Ela estava vestindo um vestido verde que normalmente me deixaria louco, mas eu só a fitei.

- Me desculpe – falei. – Eu tive que cuidar do Harry essas últimas semanas e, - ela me interrompeu.

- Harry, Harry, Harry. É só nele que você pensa? – ela retrucou.

- No momento, sim – pensei em voz alta, irritado, e ela franziu o cenho.

- Eu vou te dar duas opções, Louis. Ou você vem morar comigo para continuarmos nossa vida feliz que vivíamos antes do acidente do seu amiguinho, ou a gente termina – ela falou, e eu suspirei. – Então, o que vai ser? – perguntou, quebrando o silêncio.

- Cai fora – respondi, e ela bufou.

- Como é?

- Se você vai me fazer escolher entre o Hazza e você, eu escolho o Hazza – falei. – Está tudo acabado.

- Ótimo, mas vou dizer para todos que quem terminou esse namoro fui eu! – ela gritou, indo em direção á porta. – Tenha uma vida plena e feliz com seu namoradinho – ela falou, antes de bater a porta com força, e eu senti um peso sair das minhas costas. Me virei, e dei de cara com Harry parado, encostado na parede.

- Nervosinha ela, não? – ele falou, e começamos a rir.

- Harry, não vai se intrometer no assunto.

- Lou, desculpa te desapontar, mas seja lá qual for esse assunto, acho que ele acabou de ir embora com um vestido verde – ele comentou, indo até a geladeira e pegando uma garrafinha de vodka.

- Você não pode tomar isso – tentei tirar da mão dele, mas ele levantou a garrafa, fazendo com que eu ficasse a poucos centímetros de distância do seu rosto.

- Um dia não vai fazer mal – ele sussurrou em meu ouvido, e eu me distanciei dele, mesmo que meu corpo não quisesse se afastar. – Sabe, BooBear, você deveria tomar um pouco também.

- Harry, por favor – segurei seu braço, e ele me olhou com atenção -, ninguém vai beber hoje, entendeu? – perguntei, tentando tirar a garrafa da sua mão, mas ele a segurou, e ele revirou os olhos. – Por mim?

- Só por você – ele soltou a garrafa, com um sorriso brincalhão.

- Quer comer alguma coisa? – perguntei, maliciando na hora. – Ah, você entendeu.

- Não, eu vou dormir – ele falou, e deu um tapa na minha bunda. – Caramba Lou, a cada dia que passa seu traseiro parece que aumenta mais.

- Vai ficar reparando no meu traseiro agora? – perguntei, corando.

- Bom, não é difícil, afinal, é tão grande – ele falou, rindo, e eu dei um tapa na cabeça dele.

- Digo o mesmo da sua cabeça – retruquei, e ele me olhou, surpreso.

- Se eu não estivesse impossibilitado, você ia ver só...

- Ia ver o quê?

- Uma outra coisa grande – ele respondeu, e saiu andando, rindo, até o seu quarto, e eu, se era possível, corava ainda mais.