Um Novo Caminho Para O Pequeno Amon escrita por AnyBnight


Capítulo 2
Capítulo 2 - Alvo


Notas iniciais do capítulo

3ª pessoa & POV



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– Ai, que chato.

– Quanto tempo mais pretende reclamar?


Em algum lugar nas redondezas de Serdin, Arme e Ryan. A dupla estava em missão, trabalhando numa pequena fazenda, cuja a horta fora recentemente destruída por um bando de Goblins. O dono do lugar não estava e deixou o elfo e a maga incumbidos de proteger suas plantações e casa durante todo aquele dia. Enquanto Ryan aparava as ervas daninhas usando a Gadanha, Arme só observava, com cara de tédio, sentada nos degraus de madeira que davam na varandinha dos fundos da casa.


– E foi você que insistiu em vir comigo.

– Estava entediada, faz tempo que não aparecem missões pra mim. - resmungava fazendo bico.

– Então que tal ajudar um pouco? Ainda não reguei os tomates, faça isso por mim.

– Táa


Ela se levantou meio sem vontade, indo até a mesa de madeira da varandinha. Sobre a mesa, ela tirou a lâmpada de sua mochila. Depois segurou a arma apontada para cima e se concentrou, recitando baixo algum encantamento. Ryan parou o que estava fazendo, olhando-a com curiosidade. Um feixe de luz azul pareceu ter entrado pelo bico da lâmpada em alta velocidade quando a maga terminou. Arme suspirou, parecendo aliviada.


– Onde estão os tomates?

– Ali... - Apontou atônito.

– Okay!


Arme saiu andando saltitante até o local indicado. De pé em frente do pequeno cercado de madeira, inclinou a lâmpada e começou a despejar água sobre as plantas, como se usasse um regador. Ryan olhava a cena atônito.


– Você tá usando os poderes do espírito da água pra isso?

– Prático, não? - disse sorrindo inocentemente. - Além disso, essa água tem propriedades mágicas que vão ajudar as plantas a crescerem mais rápido! Ah, mas pode ficar tranquilo que nada de estranho vai acontecer.

– Se está dizendo...


Os dois continuaram seus trabalhos normalmente.


~~~~


Argh, não acredito que já me cansei. Não faz nem duas horas e está deve ser a décima vez que paro para descansar. E já sinto fome outra vez. Nesse ritmo nunca encontrarei o que busco


"Arme, regue as videiras agora."

"Certo!"

"Tome cuidado com o suporte das vinhas, a madeira está meio podre."


Vozes, de certa forma familiares. Ignorei o cansaço repentino e voltei a avançar, minha cauda arrastava no chão por conta da falta de altura. Tentei não ligar pra isso.

Cheguei a uma larga clareira na floresta onde vi uma casa cercada de plantações. Em certo ponto, havia uma espécie de casa pequena, apenas em tábuas, cobertas de vinhas. Uma garota de costas para mim regava as plantas de maneira estranha: a água do "regador" ia diretamente para cima. Quando ela se virou, pude reconhecê-la.


– A maga da Grand Chase.


Ótimo, encontrei algo realmente bom. Talvez se eu seguisse a garota ela me levaria ao Nephirim, que eu sentia estar por perto. Ao recuperar as forçar completamente, subi numa árvore um pouco afastada da plantação e me escondi em sua folhagem. Estou tão patético.

Avistei um grupo de goblins espreitando ali perto. Eles estavam bem organizados, segurando várias pedras e pedaços de pau. Tramavam algo e seria interessante ver o que.

Voltando a garota, ela foi para a outra casinha de vinhas, uma mais alta. Ela se esticava, tentando alcançar alguma coisa. Ouvi passos vindo do outro lado da casa, depois a outra voz falou.


"Tudo bem aí?"

"Tudo sob contro--"


A rama onde ela se segurava se rompeu, derrubando-a sentada no chão.


"Ai, ai..."

"Te disse pra ter cuida... ARME!"


Enquanto ela estava distraída apalpando o corpo dolorido, aquela rama que ela puxara havia levado consigo um pedaço de madeira. O feito fez com que toda a casinha ameaçasse desabar. O garoto, um elfo, estava longe de mais para salvá-la a tempo. Eu ri.


– Que idiota.


Ela estava sem reação e eu só esperando para vê-la "se dar mal" mas o garoto chamou minha atenção. Ele tomou um impulso para frente, como se faz ao correr, e então brilhou. Ainda em luz, ele avançou até o que seria o acidente, e a luz se pos entre a garota e os pedaços de madeira. A queda levantou uma cortina de poeira e serragem, e quando isso passou, eu havia encontrado meu alvo.


O Nephirim branco já estava do outro lado, com a garota no colo.


~~


– Nossa... Que susto...

– Que susto digo eu - Disse ao voltar ao normal, ainda segurando Arme que encarava fixamente os destroços - Eu não te disse que a madeira estava meio podre?

– E-eu sei, mas...

– O que tentava fazer pendurada daquele jeito?


Algo escorria das mãos de Arme e quando ela as abriu, mostrou algumas uvas amassadas.


– Era o único cacho maduro ali e parecia tão gostoso... - ela abaixou a cabeça - Desculpa...

– Tudo bem - respondeu após suspirar.

– Err... Ryan?

– Sim?

– Já pode me por no chão.

– Oh, claro.


Um pouco envergonhado, Ryan baixou as pernas de Arme até que tocassem o chão e a garota tivesse equilíbrio. Ela o agradeceu sorrindo e ele corou. Desviou o rosto para a bagunça.


– Ryan?

– T-temos que consertar aquilo ali.

– Sim, mas não dá mais pra usar as mesmas madeiras.

– Tem tábuas novas no armazém lá atrás. Acho que dá pra usar.

– Certo, então eu dou um jeito de me livrar da madeira velha sem machucar as plantinhas.

– Então, ao trabalho. - Começava a andar.

– Espera Ryan - Disse dando a volta nele e encará-lo de frente. - Toma, pode pegar.


Ela estendeu as mãos abertas, oferecendo as uvas com um sorriso bobo no rosto. Hesitante, Ryan pegou só uma das frutinhas e seguiu para o outro lado da casa. Confusa, Arme voltou às videiras no chão.

Aquele quem presenciara toda a cena seguiu o elfo, migrando entre árvores.



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Notas finais do capítulo

Acabou virando uma fic de ship --'



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