Pdv:Edward Cullen

-O que?- encarei Carlisle confuso, como ele poderia fazer isso sem me consultar?

A loira a minha frente pareceu também não gostar da ideia, isso me incomodou um pouco embora eu não soubesse o porquê, ela estava de pé e seu corpo tremia levemente, eu daria tudo para ler sua mente agora, que deveria estar tão confusa quanto a minha.

-Sinto muito Edward, mas preciso que alguém a ajude a passar por isso e imaginei que você pudesse fazer já que é o mais controlado de nós, você queria que eu colocasse quem para ajudá-la Emmett?-encarou-me sério

Eu só duvidava sobre a sanidade de Carlisle era quase irreversível o como da vó de Juliet e eu estava tremendamente curioso em saber como Carlisle reverteria esse quadro, embora eu soubesse que ele estudava bastante sobre isso, o que Carlisle falava ainda me deixava intrigado.

-Então Julliet você aceita ou não?- encarou-a esperando por uma resposta

Meu pai só poderia estar louco, Julliet já mais aceitaria um acordo desses, ainda mais sabendo que eu teria que ficar na cola dela ajudando-a, a garota saiu pela primeira vez de seu estado de estátua e encarou firmemente Carlisle.

-Você me daria uns dias para pensar?- perguntou, sua voz era séria e intensa.

-Obvio que sim, mas se for para recuperar sua vó eu gostaria de começar logo o processo, uma semana está bom para você?- Carlisle perguntou

-Acho que sim, me desculpe não consigo acreditar em você, mas sou capaz de fazer qualquer coisa pela minha vó, então eu acho que tenho que pensar- respondeu ainda confusa.

-Estou totalmente de acordo- e então houve uma batida na porta do consultório

-Entre- falou ele calmamente

Era uma senhora de cabelos brancos e aparência bondosa ela sorriu ternamente para Jully antes de virar-se para Carlisle e falar:

-Há uma emergência Dr. Cullen, estão o requisitando lá imediatamente.

-Avise que já estou indo Anne, obrigada- agradeceu meu pai.

-Bom Julliet pense bem em minha proposta e Edward conversaremos em casa- Carlisle falou antes de sair rapidamente pela porta

Assim que a porta foi fechada ficamos um bom tempo em silêncio Julliet andava de um lado para o outro do consultório, enquanto eu parado apenas a observava, era inevitável não notar sua estonteante beleza, como seu corpo era perfeito e seus cabelos eram sedosos e de aspecto macio, seu rosto era suave embora tivesse um aspecto cansado devido as noites que normalmente a garota deveria passar sem dormir, trabalhando até tarde em um barzinho fétido, eu queria ler muito seus pensamentos, mas a única coisa que ouvia era o silêncio de sua mente, e os outros de mais sons do hospital.

Não sei quanto tempo se passou, mas então finalmente os olhos azuis da garota se voltaram para os meus, seus lábios vermelhos em forma de coração, especialmente atrativos para mim se abriram e ela começou a falar:

-Droga eu estou muito atrasada para o trabalho, sei que você me odeia e que a última coisa que quer é servir de motorista, mas... - ela tentou pensar em um argumento- Bom você me trouxe nessa merda e acho muito gentil de sua parte me levar até meu emprego antes que eu me ferre legal, ok?- ela mordeu os lábios nervosa esperando minha resposta.

Era evidente o quanto essa garota era abusada e maluca, mas isso era uma das principais coisas que a tornava interessante, então eu respirei fundo e olhei para ela.

-Eu te levo, se bem que acho que não custa nada você usar uma conhecida palavrinha mágica, mas sim irei te levar- respondi levantando-me e caminhando até a porta.

Abri a porta e fiquei esperando a garota que estava aparentemente emburrada passar por ela, olhei profundamente em seus olhos azuis e não perdi a oportunidade de provocar.

-O que é não vai vir? Não é por que você não é lá muito educada que eu irei te morder- sorri com a minha piada

-Realmente você não me morderia eu tenho sangue ruim- respondeu saindo pela porta

No momento em que ela passou respirei fundo e percebi que mal a garota sabia o quanto estava errada em seu ultimo comentário.

Cheguei ao endereço indicado pela garota obviamente eu não esperava que aquele lugar fosse tão “barra-pesada” quanto imaginei, mas era pior ainda, a garota fez a menção de descer do carro, mas eu novamente ignorando as descargas elétricas entre outras coisas puxei-a pelo braço, e ela encarou-me confusa e irritada.

-Vai me atrasar mais?

-Não só vou te falar uma coisa, você viu que também não estou confortável com a proposta de Carlisle, mas se eu fosse você pensaria bem em sua proposta, acredite ele achará um jeito de curar sua e vó e não custa nada além da sua saúde fazer isso, a minha dica é aceite a proposta –

Falei sincero encarando os grande e hipnotizantes olhos azuis da garota.

-E quem disse que quero seguir sua dica?-encarou-me desvencilhando-se de meus braços e saindo correndo do carro

     No momento em que Julliet saiu do carro eu suspirei, existia garota mais dificil?

    Dirigi rapidamente em direção a minha casa na intenção de esquece um pouco as coisas relacionadas a Julliet  grande problema é qu eu não esqeucia, cada coisa, o cheiro no meu carro, tudo fazia-me lembrar dela, aquela garota complicada me intrigava de uma forma já mais vista e por mais que eu odiasse admitir as vezes até mesmo mais que Bella.

  Estacionei meu carro na garagem e entrei em casa não parando para falar com ninguém, notei que todos ali me olhavam ansiosos, mas não resisti ao impulso de correr até o escritório de Carlisle e esclarecer toda aquela história maluca.

  Bati na porta apreensivo e Carlisle apenas respondeu mentalmente um "entre".

  Entrei no escritório de Carlisle eu estava visivelmente nervoso, eu não gostava daquela situação, ou melhor, estava gostando até de mais da possibilidade de Julliet aceitar minha proposta e era o que me dava mais medo.

  -Carlisle que história é essa de eu ter que auxiliar Julliet, como você conseguirá cuidar da vó dela?- perguntei aturdido, eu realmente estava confuso com a situação. 

  -Acalme-se e se sente Edward te explicarei tudo direito- calmamente meu pai falou 

  Sentei-me e o encarei esperando que ele começasse a falar, seus pensamentos se voltavam em Julliet, mas eu só entenderia seus motivos se ele falasse e realmente me explicasse o que acontecia.

   -Edward eu cheguei no hospital e me deparei com a avó de Julliet não sei se foi o destino ou algo assim, mas eu a vi ela parecia alguém que estava em um coma induzido ou algo assim e não alguém que está em coma há dois ou três anos, eu vinha estudando um tipo de cura para isso a muito tempo e vendo a avó de Jully vi a chance certa, acontece que após todos esses transtornos, achei melhor tirar o minímo proveito da situação ajudando a Julliet também, assim como mantê-la unida a um de nós, nos manterá mais seguro- tentei interrompê-lo para falar mas ele me atropelou

   -Meu filho me entenda você é o único capaz de se dar bem com Julliet é o único que tem capacidade para isso, e lembra quando falou que faria qualquer coisa para reparar o erro de sua filha?- encarou-me sério- Está é sua chance, então a aproveite ajude esta garota perdida enquanto eu ajudo a avó dela. 

  -É certeza de que a mulher vá acordar?^

  -Absoluta, e precisaremos de uma Jully forte para receber a avó, Alice previu e tem quase certeza de que Jully aceitará, mas precisarei da sua contribuição também... Você irá me ajudar?

  -É claro Carlisle, só não entendo por que eu... não consigo nem ao menos controlar Renesmee

  -Encare isso como um desafio se domar Julliet Renesmee perto disso será um mínimo detalhe certo?

  -Carlisle só espero realmente dar conta por que...

   E então a porta foi aberta com delicadeza, era minha mãe, Esme, ela sorriu para mim gentilmente entrando no escritório.

   -Amor eu poderia falar com você?

   -Claro querida, só espere- Carlisle me encarou- Estamos de acordo?

   -Sim Carlisle estamos- respondi um tanto quanto contrariado- Mas se me dão licença- falei saindo do escritório de uma só vez

   Sem paciência para nada caminhei até meu quarto com o intuito de refletir sobre os acontecimentos de hoje, mas então meu caminho foi interrompido por Emmett que risonho me encarava.

    -De pai desiludido para babá de menina problemática, caraca maninho se tá indo cada vez melhor- gargalhou bobo, saindo do mesmo modo que surgiu.

    Reprimi a vontade de brigar com Emmett, e entrei rapidamente para meu quarto antes que eu me irritasse com mais alguma coisa, eu sabia que grande parte da minha frustração não era pela chacota de Emmett ou qualquer coisa assim.

 Minha maior frustração tinha nome e sobrenome, e agora caso ela aceitasse a proposta maluca de Carlisle, ela seria de minha responsabilidade, Jully era uma garota machucada e marcada pelos traumas do passado, isso era fato, mas eu queria saber o que a levou ser assim, o que a família dela fez de tão ruim, eu queria descobrir tudo sobre a vida dessa garota misteriosa, queria me aproximar dela e ajudá-la.

Não Edward você não pode!

Praticamente berrava minha mente, eu não estava acostumado com essa ideia de querer me aproximar tanto de outra pessoa, de uma adolescente, eu não entendia minha empolgação, talvez fosse por que ela mexeu com meu ponto fraco, sua mente ilegível para mim, mas o pior é que eu não sentia apenas isso eu sentia como se fosse outra coisa completamente diferente algo que não se conseguia explicar só sentir.

 Eu não podia estar assim por uma garota que eu conheci em pouco tempo posso?

Eu realmente estou achando que estou ficando louco, ou pode ser apenas a carência e a frustração de que Jacob conseguia controlar minha filha melhor que eu, vai ver por tudo isso eu estava precisando de alguma coisa para esquecer-me de todos esses problemas, talvez Julliet seja só uma boa distração para meus problemas.

Isso Edward Julliet é só uma distração, você vai ajudar a garota enquanto Carlisle cuida da avó dela e depois quando a garota e a avó estiverem boas as deixaremos em paz, talvez eu até irei embora da cidade, mas era apenas isso que Julliet era para mim, uma distração.

 Mas o meu maior problema é que algo dentro do meu peito dizia que eu estava mentido para mim mesmo e que seu estava errado, mas por enquanto é isso que a garota loira de penetrantes olhos azuis seria para mim, uma distração.

                                  Pdv:Renesmee

 E lá estava eu deitada sobre o peito de Jacob, escondida na floresta, obviamente que eu me sentia péssima por ceder, mas meu desejo por esse garoto ia muito além da racionalidade, eu sabia que eu havia sido escolhida por ele, mas é como se meu coração o tivesse escolhido não importa o que eu fizesse na minha mente só tinha ele, obviamente que eu não admitiria isso tão cedo.

-Agora fico pensando se meu pai resolve caçar o que vai pensar desta cena- ouvi os risos roucos de Jacob

 -Provavelmente ele me mataria por corromper a inocência da filhinha dele- e com essa eu tive que rir, fiquei por cima de Jacob com a intenção de olhá-lo

 -Inocência, sério?- ri alto

 -Ah então quer dizer que a senhora não é nem um pouco inocente dona Renesmee?-encarou-me malicioso

 -Você sabe que não -mordi os lábios tentando parecer sedutora, mas acho que a única coisa que consegui foi parecer uma retardada

 Jake gargalhou alto percebendo minha cara pensativa, ou apenas riu da minha tentativa de ser sexy.

 -Você é hilária- seu corpo tremia em uma gargalhada estrondosa

  Eu era o que agora palhaça? Ele não tinha o direito de ficar rindo de mim daquela forma, preparei-me para levantar e sair daquele lugar o mais rápido possível, será que eu não consegui sentir-me bem por muito tempo?

Jacob me deteve, segurou-me firmemente pelos braços obrigando-me a encará-lo, acariciou meu rosto com a ponta dos dedos e sorriu.

 Mordi os lábios só que desta vez inconscientemente, enquanto Jacob fazia uma trilha com seus dedos, do meu rosto até meu pescoço, sua pele quente em contato com a minha fazia meu coração disparar e meu corpo borbulhar de modo que só ele conseguia fazer.

-Ah você tem razão você não tem noção do quanto não é inocente, por exemplo, esse seu olhar agora e as suas mordidas nos lábios não são nada inocentes sabia?- sussurrou em meu ouvido, enquanto suas mãos acariciavam minha pele desnuda.

    Eu estava apenas de short e sutiã, minha blusa infelizmente encontrava-se rasgada enquanto Jacob para variar estava só de short.

   -V... Você acha?- perguntou gaguejando por que seus toques tornavam-se mais ousados

  -Sem dúvida alguma- ele sussurrou, e me puxou para um beijo.

   Seu beijo me enlouquecia sua língua em contato com a minha seu modo agressivo de beijar e ao mesmo tempo tão doce, nossas línguas faziam o caminho da perdição enquanto nossas mãos passeavam livremente por nossos corpos, mas então quebrando aquela bolha na qual eu me encontrava, Jacob disse:

  -Pare de fugir, fique comigo para sempre...

 E então eu bruscamente parei o beijo saindo de perto de Jacob , eu não poderia ceder, eu não poderia aceitar ficar com Jacob e fazer tudo que é normal e conveniente para meu pai e minha família eu tinha que confrontá-los, mostrar o que eu sentia realmente e eles fingiam ignorar, então sem dar explicações a Jacob eu simplesmente sai correndo daquele lugar, fugindo do meu amor, para fazer o que eu achava que era melhor para mim.

  Ignorei a qualquer chamado, caminhando diretamente para meu quarto, obviamente que dei graças a deus por ninguém estar em meu caminho e ver-me apenas de short e sutiã, respirei fundo jogando-me na cama, reprimi o choro, mas comecei a pensar no acontecido.

    Eu me sentia culpada por ter conta aquelas coisas a Jully por mais que eu não demonstrasse, contando aquilo eu poderia prejudicar-me também, mas o que mais me deixava confusa é que diferente das outras vezes que fiz minhas por assim dizer cagadas, todos me ignoraram desta vez esquecendo-me de vez, eu não sabia se deveria ficar feliz ou triste com isso, eu estava confusa mais confusa do que eu poderia imaginar, mas confusa até mesmo do que a pobre Julliet quando contei a ela sobre mim, mas eu não sabia o por que eu sentia como se eu tivesse mudado completamente o destino desta garota fadada ao fracasso.