PDV: Edward

As luzes da casa estavam apagadas, e eu tentava controlar meu nervoso, já se passava das quatro da manhã e não havia sinal algum de Nessie, todos haviam saído para procurá-la e me recomendaram ficar em casa a esperando, eu estava cada vez mais nervoso e preocupado, sabia que era quase impossível algo muito grave acontecer com ela, mas mesmo assim continuava a me preocupar, afinal eu sou pai daquela garota e a amo mais do que tudo.

O tempo passa e cada vez fico mais nervoso, tudo que penso é onde Renesmee se enfiou, será que ela queria deixar todos mortos de preocupação só por causa de uma crise rebelde?

E então pensando nisso que ouvi um rápido clique na porta, respirei fundo e senti aquele cheiro inconfundível uma mistura de sangue humano com um leve toque do sangue vampiresco, meus nervos se exaltaram, a garota que havia deixado todo mundo louco voltou para casa.

-Renesmee Cullen- falei em um tom baixo e feroz

E a luz se acendeu esperei encontrar uma garota fria com os olhos decididos , porém o que encontrei foi mais assustador, Renesmee estava com os olhos arregalados e vermelhos, seus cabelos estavam bagunçados e sua roupa meio suja em uma mistura nojenta de vômito com sangue, ela aparentava desespero, o pior foi quando li sua mente.

-Você não fez isso!-arregalei os olhos assustado, o susto era mais forte do que qualquer reação normal que eu poderia ter

-Eu não sei como, estava bêbada revoltada, me desculpe, mas eu fiz- falou seus joelhos fraquejaram e sua voz estava embolada, Renesmee sentou-se no sofá

-Como pode ser tão imprudente, não pensa no que pode acontecer conosco? Por algum acaso não lembra-se dos Volturi?-perguntei pegando-a pelos braços e a chacoalhando

-Não foi por mal eu não estava pensando, estava bêbada e drogada...- chorou mais ainda

-Ótimo, agora eu criei a minha filha para virar uma nóia e o pior de tudo uma louca inconseqüente!- berrei, e os olhos de Renesmee se arregalaram mais

-Não eu sei estou errada, mas entenda eu não sei o que fazer pai- seus lábios tremeram

-Eu também não sei o que faço Renesmee, sinceramente não sei- respondi frustrado, largando a garota em cima do sofá

-Matá-la dar um jeito de que ela esqueça disso, sei lá mas não podemos ser descobertos- falou

-Realmente não podemos, mas por causa da sua imprudência fomos descobertos, será que você não pensa!- gritei

-Eu não tenho culpa!- gritou de volta

-Não?-encarei-a incrédula

-Quer dizer... eu tenho, mas em primeiro lugar temos que pensar no que fazer, então chega de gritar comigo, não vai mudar o que aconteceu- falou em praticamente um gemido

-Suba para o quarto imediatamente e não olhe para mim por um bom tempo ou melhor até amanhã por que ai sim conversaremos direitinho- respondi frio

-Mas...-tentou contestar levantando os braços

-Mas nada, suba agora!-gritei

E então Renesmee subiu rapidamente, eu não acreditava até agora no que minha filha havia feito, eu sinceramente tinha vergonha de falar isso para meus familiares, eu não acreditava que ela havia feito tamanha imprudência, era impossível de acreditar...

Mandei uma mensagem para todos, para que chegassem rapidamente em casa.

O que mais me frustrava é que se fosse qualquer outra garota eu poderia entrar na mente e ver o que ela pensa e o que pretende, porém não era possível já que Julliet tinha uma mente difícil e inteligível,eu não sabia o que faria o mais lógico era mudar de cidade, mas todos estranhariam essa mudança repentina, minha cabeça rodava e eu não sabia o que fazer.

-Ou vamos matar essa garota ou nos mudaremos não há o que fazer- respondeu Rosalie seca, entrando em casa

-Não iremos matar ninguém- respondi ainda de cabeça baixa, eu tinha vergonha de minha família, pois era minha filha que havia estragado tudo

-Então vamos arrumar as coisas e ir embora- respondeu Emmett simplesmente

-Geraria muita desconfiança isso pode ser perigoso de mais- falou o único racional dali, Carlisle

-Então o que faremos?-perguntou-me desnorteada Alice

-Você não consegue ver?-indaguei curioso

-Não! É tão frustrante quanto quando eu não conseguia saber o que acontecia com Bella- respondeu passando as mãos pelos cabelos em forma de desespero

-Mas então o certo é mudar não?-perguntou Jasper

-Eu não sei, talvez se conversássemos com a garota...-sugeriu Esme

-Poderia dar certo se a garota não corresse de nós o que é o mais óbvio a se fazer- desdenhou Rosalie

-Mas talvez se tentássemos, não se esqueça há uma grande probabilidade de nem acreditarem nela, Julliet é a drogada da cidade ela pode muito bem ter fantasiado com isso- sugeri, pensando na possibilidade

-Mesmo assim é um trauma grande para essa menina, deveríamos tentar ao menos conversar com ela- Carlisle acrescentou

-Vamos falar o que? “Ah oi eu sou um sanguessuga da história que a garota de cabelos cobre falou!”- ironizou Jake

-E tem mais quem se aproximaria dela?-questionou Emmett

-Eu não faço nem morta- Rosalie fez cara de nojo

-Eu o farei...-respondi simplesmente

Afinal era a minha filha que havia aprontado isso, nada mais justo do que eu o consertar.

-Tem certeza meu filho?-perguntou Esme preocupada

-Absoluta, minha filha fez isso e eu devo limpar a bagunça, se não conseguirmos mudaremos de cidade- encarei a todos pela primeira vez, vendo se concordavam

-É o melhor que podemos fazer- concordou Alice

-Então a partir de amanhã Edward será o novo amiguinho da nóia?- sorriu Jake

-É pelo jeito serei- suspirei entediado

Eu não queria fazer isso, me aproximar de uma garota problemática e nem muito menos ficar atrás dela, mas era preciso.

Todos se recolheram indo cada uma para seus respectivos quartos, eu apenas caminhei até fora da casa sentando-me em um dos bancos que ficavam no deck da pisicna, fiquei encarando por muito tempo aquela água azul que se movia lentamente, eu não conseguia parar de pensar, minha cabeça estava mais cheia o possível pensamentos me atormentavam, ou até mesmo a falta deles.

Eu sentia-me inseguro sobre Jully eu não sabia como falar com ela e como chegar nela, eu não a intimidava, como ela já havia me provado, ela não dava a miníma para quem eu sou ou algo assim, Julliet é o tipo de garota indecifrável, era o que mais me assustava, a menina chegava a ser envolvente, e a ideia de aproximar-me dela tornava-se assustadora.

Tenho medo do que pode acontecer, eu temo pelo que fato de eu estar gostando mais de minha aproximação com essa garota do que deveria, aliás eu não deveria nem gostar de aproximar-me dela, mas eu não podia negar, ela me deixava curioso e eu estava gostando daquilo, por mais louco que fosse eu queria conhecê-la saber um pouco mais sobre ela e sobre o que pensa, sobre a vida dela, e era isso o que eu mais temia.

Sentir algo por uma pessoa antes mesmo de conhecê-la direito era algo realmente grave, principalmente para pessoas como eu, só tenho que rezar para que tudo que sinto, seja apenas curiosidade.