Capítulo 9 ::

Ódio – Luxúxia

( Música : http://www.youtube.com/watch?v=TP_PqXUu61w )

Pov. Edward

Eu ainda os observava quando ouvi um grito vindo de Rose.

– NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO, NÃO PODE SER !!!! ( Rose histérica mode on ).

Olhei para Rose totalmente confuso, Sem entender o porque de seu grito histérico.

Meu olhar pairava entre ela e o estranho grupo que agora encerrara a conversa. Percebi claramente que a morena motorista desgovernada e vestida de uma forma totalmente incoerente com uma bermuda jeans rasgada, meia calça arrastão rosa choque e uma blusa dos Beattles de ombros caídos, seria a líder do grupo, aliás, pude perceber que não era somente ela que optara por esse estilo totalmente insano, o grandalhão estava vestido com uma calça verde limão, camisa rosa com desenho do *** Barney e como se não bastasse um tênis laranja fluorescente, o garoto mais reservado ( Emo reprimido) estava com uma calça militar, camisa amarela acompanhados de um All Star marrom de cano alto e por último a que me pareceu ser a mais “normal” no quesito estilo vinha a Barbie em tamanho 3D vestida com um vestido azul claro florido, cinto rosa, scarpin preto e uma jaqueta azul marinho, vestidos dessa forma eles agora se aproximavam .

– Olá , bom dia ! O modelo de funerária poderia nos informar onde fica a coordenação ? A morena me perguntou.

Fiquei totalmente sem reação ao ver a forma que fui tratado pela estranha que ao menos me conhecia, e agora estava ali a minha frente me ridicularizando como se isso fosse a coisa mais comum a se fazer no mundo.

– iiiih, o morto vivo não aprendeu a falar ? O gigante colorido ria sem parar e os outros dois riam discretamente.

Despertei do meu transe, a olhei de modo frio, e falei rudemente.

– Quem você pensa que é ?

Ela me olhou dos pés á cabeça, e ao me fixar seus olhos de um azul profundo, que brilhavam de puro ódio.

Eu olhei ao meu redor para reconstruir o meu castelo caído
Pra viver de bons momentos sem ter que ter os olhos escondidos

Ela tirou a mochila das costas, e de dentro dela retirou uma garrafa de água e a abriu lentamente, sem me olhar novamente, tarde demais percebi qual era sua real intenção.

– Seu idiota, seus pais nunca o ensinaram como se trata uma dama ?

Sem me dar chance de esboçar qualquer reação ela despejou toda a água da garrafa em mim.

Após alguns minutos, segui para a sala onde teria minha primeira aula do dia, extremamente chateado, pois como se não bastasse a imprevisível reação da garota estranha, ainda tive que aturar as gargalhadas que eles esboçavam inclusive minhas irmãs e meu melhor amigo, enquanto os novos alienígenas da London University se afastavam.

Entrei na sala e me sentei no lugar de sempre, enquanto esperava o professor chegar par a ministrar a aula, abri um livro de direito do consumidor e fui estudar um pouco.

Após poucos minutos de leitura o professor resolveu entrar na sala dando início a uma enfadonha revisão de certos artigos que já havíamos analisado previamente, depois de algum tempo, bateram na porta da sala, fazendo com que o professor interrompesse a aula e fosse atender a pessoa que o aguardava do lado de fora.

Passados cinco minutos, o professor voltou a sala, parou no centro do quadro e falou para toda a classe :

– Caros alunos, hoje estou extremamente honrado em receber um excelente aluna, que nos deu o prazer de abrilhantar o nosso *** Corpo Discente, lhes apresento Isabella Swan.

Custei a acreditar, que justo o mais carrasco de toda a universidade estava parando sua aula para elogiar algum mero aluno.

Então eu era um Edward totalmente sem reação ao ver a tal criatura desfilar até o professor, sorrindo para todos.

– VOCÊ !!!! Gritei ao reconhecer a louca do estacionamento, só percebi que havia caído da cadeira, ao sentir o livro cair em minha cabeça.

– Tudo bem Edward ? Me perguntou o professor.

– Aaah, então o morto vivo tem um nome? Ela soltou enquanto todos ainda não haviam entendido o que acontecera comigo e muito menos seu sarcástico comentário.

– Certo Sr. Cullen, pare de dar vexames e sente-se !

Não consegui entender ao certo, o que havia acontecido, em um momento o Sr. Dragão (como todos apelidavam o nosso “querido professor”) estava desfiando mil elogios a uma pessoa que não conhecíamos, e em outro eu já me encontrava caído ao chão após a surpresa ao descobrir que a tal aluna que fora exageradamente apresentada, na verdade se tratava da estranha que mal chagara e já me desafiava.

E agora a tal criatura me fizera o “imenso favor” de sentar-se justo ao meu lado, exibindo um sorriso ao mesmo tempo sínico quando a mesma se voltava para mim e gracioso, quando direcionado a toda turma.

– Bom dia caro Edward ! Aliás, sentiu saudades de mim por esses poucos minutos em que não nos vimos querido ?

Preferi dar uma de desentendido, e resolvi ignorar essa e todas as outras perguntas irritantes, que ela insistia em me fazer com a óbvia intenção de me contrariar. Eu já estava bastante concentrado, quando ela revê a infame ideia de deixar que sua caneta caísse, e num ato de forçada gentileza ( apesar de estar quase explodindo de ódio por toda essa situação desde o início da manhã) eu nem havia percebido a sua intenção, só escutei o disparate que me deixou ainda mais irritado.

– Huum querido, pode ficar com a caneta, deve ser sua cor favorita. Ela disse enquanto apontava para a ridícula caneta rosa ceia de penas e adesivos coloridos que ela ridiculamente usava.

E assim, transcorreram essas e todas as outras aulas do dia, em que ela continuava com o seu mais novo joguinho favorito do “vamos-provocar- o- Edward”.

Mal esperei a chegada do horário final das aulas, e saí o mais rápido possível quando a professora de direito penal dispensou a turma.

Pov. Bella

Acordei um pouco agitada, afinal hoje será nosso primeiro dia de aulas na London University, então partimos para as aulas todos juntos em meu querido carro ( a nova Ferrari vermelha que Charlie deixara em nossa garagem, como se fosse uma lembrança do poder que os Swan podem ostentar, tanto em Forks, Londres ou qualquer outro lugar do mundo ).

Estacionei o carro de qualquer forma, sem me preocupar com o que pensariam, e como era de se esperar, meus irmãos vieram com toda aquela ladainha.

_ Vamos !!! saiam logo que já estamos ATRASADOS... Disse um pouco estressada.

– VOCÊ QUERIA NOS MATAR ISABELLA ? gritava uma Renesmee ensandecida..

– Estava só fazendo um teste drive nessa belezinha Nessie, deixa de ser chata. Eu disse enquanto deixava um risinho sínico escapar.

– vejo que dona Belinha está muito engraçada hoje Jazz. Disse Emm em tom de cumplicidade com Jazz.

Chegamos, como fora previsto, em cima da hora para o início de nossa primeira aula, estando totalmente desnorteados quanto á localização de nossas salas de aula.

Enquanto ainda descíamos do carro em meio a confusa conversa que travamos, percebi um único grupo de alunos que estavam reunidos num canto mais afastado do estacionamento, que me parecia manter uma conversa agradável, e até mesmo serem pessoas simpáticas (eram 2 moças e dois rapazes, e por incrível coincidência reconheci que as duas meninas foram as envolvidas no tal “acidente” causado por Emmet em pleno supermercado ) exceto por um certo branquelo de cabelos acobreados e belos olhos verdes, que apesar de muito bonito, exalava superioridade desde seus trajes até sua postura na conversa.

O tal garoto me fazia recordar perfeitamente do perfil medíocre que facilmente encontramos na sociedade que cerca nossa família em Forks. Talvez seja por isso, que escolhi desde o primeiro momento, de que forma o trataria.

Durante muito tempo eu construí uma história em cima de um castelo destruído
E pra fugir dessa realidade dura eu já encontrei mais de mil motivos
Agora essas palavras de pessoas santas parecem música nos meus ouvidos
Já que ficou quase insuportável ouvir a voz dos meus olhos aflitos

– Olá , bom dia ! O modelo de funerária poderia nos informar onde fica a coordenação ? iniciei com o máximo de sarcasmo que pude.

Pude perceber a sua total perca de reação ao ver a forma fora tratado por mim, que até então não passava de uma estranha para todos.

– iiiih, o morto vivo não aprendeu a falar? Emm ria sem parar enquanto Nessie e Jazz riam mais discretamente.

Como que despertando de um transe, ele me fitou de um modo frio, falando rudemente.

– Quem você pensa que é ?

Olhei para ele dos pés á cabeça, e ao me fixar seus olhos de um verde profundo, minha cabeça minava um puro ódio que com certeza ele conheceria.

Tirei a mochila das costas, e de dentro dela retirei uma garrafa de água e segui abrindo-a lentamente, sem olhar para ele novamente, enquanto tentava me manter inexpressiva para não lhe dar qualquer dica de minha real intenção.

– Seu idiota, seus pais nunca o ensinaram como se trata uma dama ?

Sem lhe dar chance de esboçar qualquer reação despejei toda a minha garrafa de água em cima dele.

Segui caminhando sem saber o destino, não queria ter mais nem um minuto em frente ao Sr. Engomadinho, mas antes eu de sair tive essa última ideia, sabia que tinha que fazer isso, precisava mostrar a ele que não sou uma dessas garotas desmioladas que tudo fazem em busca de poder e popularidade, que encontramos em qualquer lugar, sejam nas escolas ou até mesmo nas universidades. Queria que ficasse bem claro para ele que é Isabella Swan.

Esse meu ódio é... Meu ódio é...
O veneno que eu tomo querendo que o outro morra

Saímos em meio ás risadas de meus irmãos devido a tal cena e enquanto íamos andando fomos logo pedindo informação a alguns estudantes, até que conseguimos chegar á coordenação principal de um dos prédios que por sinal estava lotada.

– Bom dia ! somos novos aqui e gostaríamos de pegar uma cópia de nossa grade de horário. Me aproximei enquanto tentava obter qualquer informação.

– Infelizmente estamos muito ocupados no momento, se quiser junte-se aos colegas e aguarde sua vez.

– Qual o seu nome ? A secretária me perguntou exibindo um sorriso que não lhe chegava aos olhos quando finalmente decidiu me atender.

– Isabella swan.

– OMG !!! É HOJE QUE O SR. REITOR ME MATA !!! Disse ela em meio aos berros.- Me desculpe pela espera querida, eu realmente não percebi de quem se tratava, vocês são os novos alunos filhos do conhecido prefeito Charlie Swan, o homem que colocou Forks no mapa com seu modo de governo ? Ela disse enquanto continuava com essa e outras mil tagarelices entre desculpas e falatórios sobre nossa família não me permitindo espaço para falar, enquanto adiantava a provisão de nossos documentos na nova instituição.

Saí da secretaria ao lado de um Emmet que tentava conter suas gargalhadas, devido a extrema atenção da funcionária que agora nos seguia fazendo questão de acompanhar a cada um de nós a suas respectivas turmas.

Esse foi nosso roteiro pós-coordenação: Passávamos por alguns corredores e prédios, até que a mesma se encarregava de bater a porta de uma das salas e passava a apresentar prontamente um dos novos alunos ilustres a seu respectivo professor. Acabamos de deixar Nessie em sua sala na turma de administração, o mesmo gesto que fizera antes com Jazz e Emm e gora prosseguia para repetir em minha vez. E a mesma cena se repetiu como ocorrera com os outros, ao perceber de quem se tratava os professores abriam logo o seu melhor sorriso e iniciavam o costumeiro “ritual de “ com o inicio de um novo período.

Depois de ser devidamente apresentada a um dos professores, o mesmo retornou a sala, disse algumas palavras, até que enfim o escutei chamando o meu nome, dando a entender dessa forma de que finalmente chegara o momento de participar de minha primeira aula. Então respirei bem fundo e pude entrar na sala, onde pelo visto todos me encaravam agora, com um misto de expectativa e curiosidade enquanto eu sorria fracamente .

Eu ainda não o havia percebido entre os alunos, mas foi seu grito exaltado que me denunciou sua presença.

– VOCÊ !!!! Ele gritou obviamente me reconhecendo.

E logo em seguida, tudo o que consegui ver foi um idiota desequilibrado caído ao chão.

– Tudo bem Edward ? lhe perguntou o professor.

– Aaah, então o morto vivo tem um nome? Disse entre o riso que eu e toda a turma deixamos escapar. Agora eu sabia o seu nome e não pude deixar mais uma chance de lhe atingir escapar, tinha plena certeza que nenhum de nossos colegas sabiam do que se passar pela manhã entre nós

– Certo Sr. Cullen, pare de dar vexames e sente-se ! Disse o professor impaciente

Encerrada as apresentações tratei de me sentar em um dos melhores lugares para se escolher entre os diversos lugares vagos, para garantir a diversão sentei-me justamente ao seu lado, exibindo um sorriso ao mesmo tempo sínico quando a mesma me voltava para Edward e gracioso, quando direcionado a toda turma.

– Bom dia caro Edward ! Aliás, sentiu saudades de mim por esses poucos minutos em que não nos vimos querido ? O alfinetei.

Edward Preferiu me ignorar nessa e em todas as outras perguntas irritantes, que eu insistia em fazer com a óbvia intenção de lhe contrariar. Ele até me parecia bastante concentrado, quando tive a brilhante ideia de aplicar um velho truque, deixando que minha caneta mais ridícula caísse ao chão. E num ato de forçada gentileza ( apesar de visivelmente Edward estar quase explodindo de ódio por toda essa situação desde o início da manhã) eu me aproveitei para fazer o último comentário brilhante do dia.

– Huum querido, pode ficar com a caneta, deve ser sua cor favorita. Eu disse enquanto apontava para a escandalosa caneta rosa cheia de penas e adesivos coloridos que usava.

E assim, transcorreram essas e todas as outras aulas do dia, em que eu continuava com o meu mais novo joguinho favorito do “vamos-provocar- o- Edward”.

Saí da sala satisfeita pois pela presa com que Edward deixou o lugar, fugindo como o diabo foge da cruz ,que meus “insultos” haviam surtido efeito.

Estava caminhando ainda meio perdida entre os longos corredores do departamento de ciências humanas, enquanto tentava chegar ao estacionamento, até que do nada fui puxada para uma conversinha inesperada em uma das salas vazias.

*** Barney : é uma série de televisão independente direcionada ao público infantil, produzido nos Estados Unidos e criada em 1992. Barney é um dinossauro roxo e verde que voltou 200 milhões anos a vida graças à imaginação das crianças.

*** Corpo Discente : Corpo discente é o nome dado a todos os alunos de uma instituição educativa.