Chegamos em algum lugar, ele me pegou no colo e me levou para um quarto. Parecia ser o dele. Ele me deu uma camisa cinza.

- Toma, é minha. Troca essa roupa molhada e põe essa camisa, eu já volto.

- Obrigada, Brian. - Ele sorriu.

Tirei a roupa, coloquei a camisa. Ficou linda! Haha

Ele voltou com um copo de chocolate quente.

- Toma, fiz pra você.

- Que gracinha, valeu. Não precisava!

- É claro que precisava, olha como você tá.

Tomei um gole do chocolate quente

- Obrigada, Brian. Mais uma vez.

- Mais uma vez? Pelo quê?

- Por você me salvar. Me ajudar.

- Não sei do que vocÊ tá falando... - Ele foi se levantando.

- Não, espera! - Me levantei e segurei o braço dele. - Você não vai fugir de novo. Eu sei que foi você quem me salvou naquele dia.

Ele ficou calado. Coloquei a caneca em cima da mesa e dei um abraço nele.

- Obrigada, mesmo. - Eu disse em seu ouvido.

- De nada... - Ele respondeu, e me revidou o abraço.

- Bem, eu já vou indo... Valeu pelo chocolate e pela camisa, ficou ótima. - Nós dois rimos.

- Não, fica aí. - Ele disse, meio sem graça.

- Eu disse pro meu pai que ia dormir na casa da Gabi...

- Então, dorme aí.

- Aqui?

- É, qual é o problema? A não ser que você não queira, mas eu não vou deixar você sair sozinha de novo.

- Não tudo bem. Afinal, você tem me seguido?

- Eu? Por que?

- Ué, sempre que eu preciso você tá comigo. E não é só coincidência.

- Ok, ok. Você me pegou. - Eu e ele rimos.

- Mas por quê?- Eu perguntei. - E como meu carro foi parar em casa?

- Ah, sei lá.. alguma coisa me dizia que você tava precisando de mim. - Ele riu e levantou uma sobrancelha. - E seu carro... Bom, eu liguei pra Gabi, disse aonde eu estava; ela veio com a mãe dela e levou o seu filho. - Ele riu.

- Ah entendi... Nossa, eu te devo tantos obrigados! Você salvou o mais importante, o Teddy.

- Haha, que isso. Esse foi fácil de salvar... O difícil foi você.

- Ai meu Deus! É mesmo! Você se machucou?

- Ah... tomei alguns socos, mas o importante é que eu consegui.

- Nossa, você já tinha lutado assim antes?

- Já, mais ou menos... Mas foi fácil. Eles estavam bêbados, com um peteleco eu derrubei os três. - Nós dois rimos.

Eu levantei pra levar a caneca à cozinha, mas ele se levantou junto, e parou na minha frente.

- Não senhora, fica aí e descansa. - Ele arrancou a caneca da minha mão.

- Você que tem que descansar, já fez muito por hoje. - Arranquei da mão dele e abri a porta. Na mesma hora fechei.

- Seus pais! - Eu disse.

- Que que tem?

- Eles não estão aí?

- Não, vão dormir fora. - Ele arrancou a caneca de mim mais uma vez e saiu correndo.

Eu fui atrás dele, correndo. Nós descemos as escadas, tropecei e quase caí... ou melhor, quase caímos.

Ele saiu correndo e eu atrás dele. Ele caiu no chão da cozinha, e virou de barriga pra cima. Eu, como estava correndo, não consegui parar e caí em cima dele. Nós estávamos rindo, e conforme os segundos se passavam, os sorrisos foram se fechando, e nossas cabeças se aproximando. Ele me beijou. Um selinho, mas um selinho longo. Ele me virou, ficando em cima de mim, ainda me "beijando" e se levantou, ficou de costas pra mim. Eu levantei, e o abracei por trás. Depois disso não nos beijamos mais. Fomos dormir, e eu pedi pra que ele dormisse junto comigo.

Dormimos; eu na cama de cima, ele na de baixo.