Busca Implacável escrita por July Carter


Capítulo 5
Capítulo quatro.


Notas iniciais do capítulo

Passei mais de um ano sem atualizar, acho que nem tem mais pessoas lendo, mas como eu estou de férias resolvi tentar voltar a escrever não só essa fanfic como todas as outras que escrevo. Odeio ficar com projetos inacabados. KKKK



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Edward encarava apreensivo a parede de seu escritório em busca do grande relógio de parede que, por sua vez, parecia que fazia questão que seus ponteiros andassem cada vez mais devagar. O rapaz estava estressado e, principalmente, preocupado com sua filha que desde a noite passada não conseguira dormir com febre alta, ao mesmo tempo ele se condenava por ser pediatra e não poder ficar o dia todo com ela, afinal havia pessoas que precisavam ainda mais dele.

– Como ela está? – Ele sussurrou segurando o pequeno celular próximo ao ouvido. Era a quarta vez que ligava para casa apenas naquela manhã e a cada ligação que ele dava tinha certeza de uma coisa: Quando se é pai e médico, por mais que saiba que não é nada grave, a preocupação passa a ser sua parceira.

– Senhor Edward... – A voz do outro lado da linha era conhecida por ele, na verdade, não tão bem como gostaria, mas ele se sentia razoavelmente bem por ouvir aquela voz depois de tantos anos e principalmente por saber que a dona daquela voz estava bem e feliz. – Eu já lhe disse que o senhor não precisa se preocupar com nada, qualquer coisa fora do normal que acontecer com sua filha eu ligarei.

– Eu já lhe disse que você não precisa me chamar de senhor, Isabella. – Ele sorriu. Gostava da forma como o nome da garota soava quando ele pronunciava. – Eu sou pai, espero que entenda a minha preocupação.

– Claro que eu entendo. – Ela suspirou. – Você me tirou do consultório para cuidar da sua menina, já da para perceber que se preocupa mais com ela do que com sua sanidade mental, já viu o tamanho da sua agenda? – A garota riu e ele a acompanhou.

– Já, eu já vi e por isso passei a maior parte de minha manhã desmarcando parte das consultas. – Confessou. – Deixei apenas as que, pelos sintomas, me pareciam grave.

– Acho que algumas mães não gostaram da sua atitude. – Isabella brincava com o fio do telefone enquanto falava, seus olhos estavam fixos no corpo da menina sobre a cama. – Eu não gostaria.

– Não posso atender as pessoas com clareza quando meus pensamentos estão ai com minha filha.

– Isso eu concordo com você.

– E eu esperava que você concordasse.

Ambos ficaram por um tempo calado e Bella sentiu-se aliviada ao ouvir um barulho na porta do outro lado da linha, isso significava que Edward precisaria desligar e foi isso que aconteceu. Ela colocou o telefone no gancho e deu um meio sorriso ao se aproximar da cama, estava acostumada a cuidar de crianças, sempre fizera isso com as mais novas no orfanato e tinha que confessar que adorava.

A pequena menina abriu seus olhos idênticos aos do pai e sorriu ao ver Bella.

– Pensei que não iria acordar nunca. – Bella retribuiu o sorriso. Por mais que não gostasse do pai da menina não conseguia deixar de gostar da pequena garota. Gostar de crianças era algo que nasceu com ela.

– Pensei que papai estaria aqui. – Ela sussurrou e seu sorriso transformou-se em um biquinho.

– Acredite, se ele pudesse já estaria aqui. – Isabella levantou-se da cama. – O que acha de tomar um banho enquanto preparo seu café da manhã?

– Papai nunca prepara meu café da manhã... – Mary raciocinou por alguns segundos e por fim completou sua resposta. – Tudo bem. – Levantou-se da cama e mesmo estando com seu corpo mole correu para o banheiro.

– O que você quer comer? Panquecas ou waffles?

– Panquecas!

Bella riu com a animação da menina e desceu rapidamente as escadas que levavam até a cozinha. Isabella buscou na geladeira o leite, manteiga e um ovo e em seguida foi até o armário atrás da farinha de trigo. Ao vê que tudo estava certo pegou uma colher e o liquidificado, em seguida adicionou o leite, o ovo e a manteiga no liquidificador e por fim pôs a farinha de trigo. Ela deixou bater os ingredientes no liquidificador e quando terminou temperou com sal e pôs na frigideira para fritar ambos os lados. Estava tão distraída que não percebeu quando Mary entrou na cozinha.

– Hmmm... Está com um cheiro tão bom. – A pequena sorriu.

– Está quase pronta. – Ela colocou a panqueca no prato. – Só quero sua ajuda para rechear.

Isabella se abaixou e pegou Mary no colo após colocar o prato da panqueca em cima da mesa.

– Com o que você quer temperar? – perguntou abrindo a geladeira e analisando o que tinha dentro dela.

– Nutella! - O sorriso de Mary só aumentava. – E morango! – Ela parou por alguns instantes. – Mas papai não me deixa comer muito chocolate agora de manhã, ele nunca deixa.

– E o que acha da gente fazer isso escondidas de seu pai? – Que mal havia em dar um pouco de chocolate a criança? Sempre fazia isso no orfanato quando conseguia alguns chocolates...

– Acho errado, - Uma pequena dúvida surgiu na mente da garota. - mas eu quero muito.

– Então vamos fazer. - Ambas riram e Isabella colocou Mary na cadeira. Ela pegou os morangos cortados e colocou no meio da panqueca, a fechou e por cima cobriu-a de nutella.

– Seu pai corta para você? – perguntou com a faca e o garfo em mãos.

– Sim. – Assentiu a menina.

Bella cortou a panqueca em pequenos pedaços e deu o garfo nas mãos de Mary, em seguida a campainha tocou e Isabella correu para abrir a porta.

– O que faz aqui? – Ela encarou o rapaz alto e moreno com a raiva estampada em seus olhos.

– Soube que você ficaria aqui nessa casa hoje e me perguntei qual a imensidão do estrago que poríamos fazer. – O rapaz se aproximou e colou os lábios nos dela e ela se afastou bruscamente. – Não gostou da surpresa?

– O que você acha? – Ela ergueu a sobrancelha e saiu fechando a porta atrás de si. – Sabe Jacob, às vezes me pergunto se você realmente é tão burro quanto aparenta ser. – Balançou a cabeça. – Realmente acredita que vou fazer tudo assim tão rápido? Sumir com algumas coisas da casa dele não lhe traria sofrimento. Ele é rico.

– Isso só seria o começo, sei que a filha dele também está ai.

– Ah, claro, pegaríamos a menina e a sequestraríamos e em seguida seriamos presos, ótimo plano meu amor. – O tom irônico estava perceptível em sua voz.

– Então o que faremos?

– Primeiro você irá sair daqui e depois eu irei pensar. – Respondeu de forma ignorante. Aos poucos ia percebendo que seu relacionamento com o homem que estava parado a sua frente não duraria por muito tempo.

O rapaz não disse nada, apenas se virou e pensou em caminhar para fora dali, mas antes que pudesse sair bateu de frente com uma garota baixinha e magra que logo Isabella reconheceu como Alice.

– Isabella! – a baixinha sorriu de forma amistosa ao pronunciar o nome da loira.

– Senhora Alice. – Bella forçou um sorriso tímido.

– E quem é esse? Seu namorado?

Isabella pensou em dizer que sim, mas logo um pensamento se pôs contra essa afirmação.

– Oh não, ele é meu irmão.

[...]

Passava das oito da noite quando Isabella parou seu carro em frente a sua casa. Ela já estava com a chave de casa em mãos e ao perceber que agora deveria sair de seu carro respirou fundo. Era sempre o mesmo processo, ela tinha medo de que tudo que aconteceu na noite em que seus pais morreram voltasse a acontecer, mas seu medo aumentava ainda mais ao pensar na possibilidade que dessa vez ela poderia não sobreviver.

Passaram-se alguns minutos quando ela finalmente saiu do carro e andou com passos largos em direção à porta de sua casa. Com as mãos trêmulas ela enfiou a chave na fechadura e assim que a girou e a porta se abriu entrou em casa e suspirou. Estava segura.

– O que você acha que estava fazendo quando disse que sou seu irmão? – Jacob apareceu com os olhos negros transbordando de raiva.

– Estava pensando nas possibilidades que isso iria me trazer. – Bella se virou para ele com um sorriso nos lábios. – Quando você apareceu na casa de Edward, caso eu tivesse dito que você era meu namorado ao invés de meu irmão, provavelmente Alice iria dizer que eu havia levado meu namorado para a casa do meu chefe quando na verdade deveria cuidar de sua filha. Sabe o que isso poderia causar? Demissão por justa causa.

– Você não precisa desse emprego. – Jacob rebateu cruzando os braços.

– Realmente, eu não preciso, mas você pode me ajudar na minha vingança sendo meu irmão.

– Posso?

– Você irá conquistar Alice Cullen e irá fazer ela sofrer. Você irá fazer ela pedir para morrer.


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Notas finais do capítulo

Se tem alguém ainda lendo, por favor se pronuncie através de reviews dizendo se gostaram, não gostaram, amaram ou odiaram o capítulo. Postarei o próximo o mais rápido que eu conseguir.
PS.: Prometo que não demorarei um ano. kkk



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