Coming Wave escrita por Hi there Lívia, Licurgo Victorio


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Sim, nós voltamos!
Voltem a acompanhar as pequenas desgraças que fazem parte da nova vida de Licurgo!



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G

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  Circe me olhava firme. Seus olhos eram assustadores. Compenetrados e desafiadores. Mas sou eu quem deveria sentir raiva, não é mesmo? Senti um descontrole no corpo inteiro. Estávamos na suíte dela, eu em pé, impaciente, com uma instabilidade fora do comum. Estava tremendo, de raiva. Sentia calafrios e suava, enquanto Circe permanecia sentada em sua cama, me fuzilando.

 - Só, finja que não ouviu nada. Eu sou mesmo uma idiota, ficar confiando em gente pequena...

 - Como é? Circe! Do que você está falando?! - Aquilo já estava me entorpecendo.

 - Nada! Não é nada! Não quero que você se intrometa em coisa que não deve mexer. Tudo ficará normal assim que você voltar ao seu canto. - Ela explicou afobada.

 - Você tem problema? Ou se faz de franciscana?

 - O quê? - Circe me olhou confusa, mas deitou na cama de bruços. Só agora percebi como o vestido que ela estava usando era cinza como a cor de seus olhos. Mas isso não interessa agora.

 - Esquece! Não interessa! Sobre o que você e Beetee falavam? Quem é Plutarco?

 - Quieto! Quer morrer, é? Se quiser, grite para Anomália e os seguranças ouvirem também. Aposto que eles vão adorar descobrir quem é Plut... Deixa quieto. - Ela levantou a cabeça e se colocou ácida, porém revidei infeliz.

 - E que intimidade é essa com o Beetee?! Por que esse carinho todo com o bêbado do Haymitch?! Vocês vão falhar no quê?!

 - Licurgo. Cale-se. - Circe disse virando a cabeça para mim, e mostrando uma expressão cansada. Ela parecia exausta. Pare com essa compaixão repentina! Ela está te escondendo algo, Licurgo!

 - Cale-se você! Isso está me irritando! Se você não me falar... Quer saber?

 - Saia do meu quarto. Agora. Tenho muita coisa para pensar também, ou você se acha o único com crises existenciais por agora? - Ela voltou com a cabeça para a cama, e foi relaxando os músculos aos poucos.

 - Se você não me falar... É sério, você vai ver.

 - Você nem sabe o que está falando. Vai dormir Licurgo. É tarde, e hoje já foi um dia massacrante. Eu também tenho que descansar. Amanhã conversamos, ou discutimos, tanto faz. Mas, sem essa patifaria toda. - Ela abanou as mãos no sentido de me retirar do quarto, mas hesitei por um momento. Voltei revoltado para o meu quarto e me deitei na cama, quieto. Só agora percebi o quão alto estava falando. Espero que ninguém tenha escutado - O que é meio difícil.

  Eu não mereço isso. Agora, a Circe tem planos secretos com o Beetee. E eu? O que eu vou fazer? Eu não tenho rumo! Os dois tramam algo, enquanto eu fico perdido pelos arredores dos Games! Eu me recuso a ser tachado como alguém tão ignóbil.

  Agora pense, Licurgo. O que você pode fazer? Não aguento mais pensar. Penso em tanta coisa, mas não tiro conclusão alguma. Acho que teria que desistir de pensar, e agir por impulso. Vou dormir assim mesmo. Olhei para minha roupa, ridícula e verde. Estava usando-a até agora. Nem tomei um banho. Quem se importa com isso agora? Estou morrendo de cansaço.

  Olhei para a minha mão. O anel de Europa ainda estava lá, e eu me esqueci dele completamente. Ela estará me esperando. Eu não posso morrer, já que eu tenho a ela. Eu jurei a ela que viveríamos juntos! E, em relação à Circe... Bem, não quero me lembrar a esta nova traição. Não estamos nem um dia juntos e ela já está sendo dissimulada. Ah. Os Hunger Games estão chegando. Não existem maneiras de se escapar. Nem desse Trem, nem da Arena, nem do Capitol. O meu objetivo? Sobreviver a uma Arena com 24 Tributos - Incluindo eu -, e esperá-los uns matarem aos outros.

  Não. Eu farei questão de matar muita gente. Se a Circe tem suas cartas na manga, eu também posso ter as minhas.

***

  Não tive nenhum sonho ou pesadelo. Em compensação, acordei com a Circe gritando em seu quarto. Tomei um susto astronômico. Levantei-me sem maiores preocupações - Já estava habituado a conviver com os pesadelos de Circe - e, vendo que logo o Sol estaria despertando a todos, resolvi tomar um banho.

  Quando entrei no banheiro, fiquei chocado com o nível da banheira. Aquilo era enorme, luxuoso e tinha mais botões do que eu podia imaginar. Eu fiquei apertando vários, e por uns saía água quente, em outros fria, e também sabonetes de uma diversidade de cheiros espantosa, usei vários xampus e condicionadores para tentar me deixar mais bonito. Afinal, a minha aparência vale muita coisa aqui no Capitol. A água borbulhante era espumosa e deliciosa. Quase acabei dormindo na banheira por relaxar tanto.

  Pus uma camisa verde e calças bem largadas preta, permaneci descalço e arrumei meu cabelo bagunçado. Só quero ver o que os Estilistas vão fazer com o meu penteado, eu gosto desse cabelo enrolado e curto. Licurgo, é sério que você está preocupado com o seu cabelo, enquanto é provável que você morra na Arena? Patético.

  Logo depois fui ao vagão da sala de jantar, para comer alguma coisa. Eu era o único desperto. Aproveitei para tomar um café digno, e comi vários tipos de pão. Me empanturrei até a barriga doer, e depois me sentei em uma poltrona e permaneci olhando a paisagem afora, que voava em alta velocidade. Não deveríamos estar muito longe do Capitol, e fiquei curioso em relação a isso. Procurei um dos seguranças, e dei de cara com um grandão com uma cara malvada, que estava em frente a uma das portas para o corredor.

 - Er... Com licença.

 - Diga o que quer, senhor. Posso ajudá-lo? - A sua cortesia me impressionou.

 - Perdoe-me incomodá-lo, mas eu gostaria de saber: Quanto tempo falta para chegarmos ao Capitol? - Perguntei inocente.

 - A previsão é que cheguemos amanhã à noite, senhor. - Ele respondeu gentil, e eu fiquei um pouco trêmulo novamente.

 - Já?! Quero dizer, obrigado. - Está muito cedo. É logo amanhã.

 - Estou a dispor, senhor.

  Dei meia volta e caminhei em direção ao meu quarto, mas encontrei Circe no outro corredor. Ela parecia querer falar comigo.

 - Você tem um minutinho? - Circe perguntou.

 - Hm, segundo minha agenda eu tenho um dia e meio disponíveis. - Respondi sorrindo.

 - Venha na mesa, por favor. - Ela me puxou para a sala de jantar novamente e lá estava Beetee comendo tranquilo. Ele me cumprimentou sereno, e voltou ao seu chá.

 - Então... Vai me explicar alguma coisa?

 - Você sabe fazer algo útil?

 - Uau. Me pegou de surpresa. Bem... Eu não sei. Defina ‘Utilidade’ em seu ponto de vista.

 - Bem, qualquer habilidade boa, que sirva para alguma ação de batalha, ou de retaguarda. Você me entende.

 - Você me conhece. Sou Tecnólogo Experimental.

 - Ok. Lindo. Sabe fazer alguma coisa mais? - O sarcasmo dela ia me tirar do sério.

 - Bem... Eu...

 - Não é possível que você seja descartável a esse ponto, Licurgo.

 - Hey! Por acaso você é algum tipo de gênio das artes marciais, é?

 - Eu sei batalhar com escudos.

 - Você sabe... O quê? Como assim?

 - Sei usar escudos. E você? Qualquer coisa que seja? Alguma arma, equipamento, instrumento.

 - Hm, talvez fios.

 - Está dizendo... Eletricidade?

 - Isso.

 - Algo além disso, Licurgo!

 - Eu sou... Rápido?

 - Estou perdida.

  Beetee nos encarou por um breve momento, interrompendo a deglutição matinal, e soltou um riso simpático.

 - Não duvide de minhas capacidades! Aliás, não quero ninguém duvidando de mim! Aposto que posso ser surpreendente!

 - Mas não está sendo! Precisamos de alguma coisa, alguma carta na manga.

 - Por quê?

 - Porque somos do Distrito mais fraco, Licurgo. Só quero saber qual é a sua habilidade transcendental.

 - Eletricidade.

 - Ótimo. Além do usual.

 - Sei criar armas.

 - Você o quê?

 - Você acha que eu fico brincando de dar choque nos outros?

 - O que você cria exatamente, Licurgo? - Beetee interrompeu-me, e me encarou em um outro tom. Arrumara os óculos e se acomodara decentemente na cadeira. Pelo visto, disse algo interessante.

 - Hm... Sei criar Ondas de Calor, Disparos Sônicos, Tasers de Supra-Eletricidade...

 - O que são essas coisas?

 - Armas não-letais muito interessantes, Beetee. Geralmente fico brincando com armas politicamente corretas, mas que tem grande utilidade. - Sorri gracioso, e Circe revirou os olhos fantasmagóricos. - Posso deixar alguém imóvel por um tempo, sei queimar uma pessoa sem fogo, posso rachar o som e deixá-lo ensurdecedor... Posso tudo com eletricidade. Até fritar alguém até a morte.

 - Tem eletricidade na Cornucópia. Caixas de Bateria e afins, só que são esquecidas e trocadas por espadas, lanças e facas. Aliás, também tem escudos.

 - Hm, certo. E você quer que sobrevivamos de que maneira? Só me dê uma luz, Beetee, uma miserável instrução para que eu saiba o que fazer. Detesto ser cego.

  Circe tremulou por um instante e sentou, ficara nervosa com minha provocação barata.

 - Como vocês dois são instáveis. Acalmem-se, jovens, vocês ainda têm tempo o suficiente de vida. A chave para a vida é bem simples.

 - E qual é? - Eu e Circe perguntamos em uníssono, ansiosos.

 - Sejam cuidadosos. Parece bobo, mas todo cuidado é pouco. Vocês têm noção de todos os tipos de perigo que os aguardam. Fiquem fora da vista dos outros Tributos. Sejam valentes nas horas necessárias. Coragem excessiva é prejudicial e mata qualquer um. Tenham medo, sintam medo.

 - Acho que não preciso de alguém que me aconselhe a sentir medo. Tenho uma ideia bastante próxima do que isso queira dizer.

 - Licurgo, sabemos que a maioria das coisas que eu for falar serão inúteis para vocês dois. Minha posição só não é tão difícil quanto a de vocês dois porque já fiz a minha parte, já ganhei uma Edição e o conforto material é meu único mérito. Vocês estão carregando a responsabilidade da vida de vocês. Vocês estão sozinhos nessa. E ninguém terá pena de vocês. Quero dizer, nenhum Tributo, é claro. - Ele tomou um gole de chá, e me pediu para sentar. - O que eu quero dizer é, fujam. Deixem que eles se matem, é da natureza humana agir animalescamente em situações de perigo total. Vocês não podem se meter totalmente numa condição primitiva. Seus cinco sentidos evoluídos, e quatro no seu caso, Circe - Vi um sorriso estampado na boca dele? -, são os materiais mais poderosos que constituem vocês. O cérebro bem desenvolvido, a inteligência e percepção de como agir nas horas mais arriscadas, a busca calculada pela sobrevivência. Estas são as verdadeiras armas.

 - Então, regra número 1: Deixar os Tributos se matarem. - Circe concluiu categórica.

 - Exato. Só existe perigo iminente quando um Tributo está para matar você, e aí você tira proveito de suas habilidades. Mas fugir não é covardia, é lógica.

 - Regra número 2: Matar quando necessário? - Perguntei querendo ganhar pontos.

 - Hm, matar e não matar. Só você decide o que fazer em relação a isso. Apesar de que, matar um ou outro não faz mal para ninguém, correto...?

 - Regra número 3: Não fazer amigos? - Circe olhou para mim quando disse ‘’amigos’’, e eu engoli o seco.

 - Aposto que vocês já devem ter pensado sobre isso também. Mas aliados são sempre bem-vindos. Conheça-os no Treinamento, aposto que deve existir gente imune à maldade excessiva.

 - Então não é um erro eu me unir a Circe?

 - Pensem bem, e entre vocês. O que é mais vantajoso: Sobreviverem sozinhos em um jogo que se ganha apenas um, ou sobreviverem juntos em um jogo que se ganha apenas um? Sejamos matemáticos. Vocês são desvantajosos. Me agrada vê-los juntos na Arena. Mas esta é uma opinião pessoal, de seu Mentor. Decidam entre si.

 Circe olhou diretamente para mim, com os olhos afogados em nada, e eu por um momento me confundi.

 O que é certo fazer?

 Ah, que se dane.

 - Faríamos uma dupla muito adorável. - Exclamei orgulhoso, e a reação dela foi mais positiva do que imaginávamos.

 - Certo, somos um lindo casal. Agora, para ganharmos Patrocínio, como prosseguir? Sim, já temos ideia de que qualquer item ou remédio ou comida ou água ou seja lá o que for que o cara lá de cima vai nos dar, vai nos ajudar em qualquer tipo de situação.

 - Circe querida, devemos analisá-los com uma visão caricata e simples. Como poderíamos usufruí-la? - Beetee perguntou mais para si mesmo do que para nós, e ficamos em um pequeno silêncio mortal.

 - Circe é uma menina esperta. Aguçada, dinâmica, muito ativa para uma deficiente. - Anomália irrompeu no vagão, sorrindo e se arrumando a mesa. Pegou um cupcake roxo e se serviu. - Ah, perdoem-me meus maus modos, bom dia.

 - Eu não sou necessariamente deficiente. - Circe vomitou irritada.

 - Ah, você é. E uma deficiente forte e ousada. - Beetee concluiu animado, e ela se sentiu mais enojada.

 - Eu não sou, ah, uma deficiente, e ainda ousada. Eu sou normal, não quero ser uma Miss Simpatia dos Deficientes Visuais do mundo.

 - E é essa a imagem que não passaremos, querida. Você será tudo mais, e ainda uma deficiente visual. Imagina que poder, ser alguém tão forte e sensacional mesmo com uma saúde tão debilitada? - Anomália se superava a cada frase, e Circe ficava mais tensa.

 - Minha saúde não é debilitada. Eu sou apenas cega, e isso nem-

 - Esse não é o ponto, vamos nos focar Circe. O que eles querem dizer é que realmente você vai chamar a atenção para além da sua cegueira. Você só tem que agir como si mesma. Sua confiança admirável e seu porte seguro te deixaram com uma aparência bem impressionável até agora. Siga em frente com esse papel. - Eu argumentei um pouco ansioso, pois estava gostando dessa ideia de assumir um personagem que não sou.

 - Ah, bem... - Ela gaguejou um pouco, e se não me engano ficou um pouco corada - acho que consigo me destacar o suficiente tanto na Arena quanto fora dela para receber patrocínio.

 - Ótimo! - Anomália bateu as palmas regulares e se agitou na cadeira, enquanto Beetee começara a me observar, terrivelmente analítico.

 - E você Licurgo? O que faremos com você?

 - Creio que eu não seja tão espetacular demais, mas apenas surpreendente o suficiente.

 - Oras, você permanece insuportável. - Circe provocou alegre.

 - Indecifrável, eu diria.

 - Licurgo, gosto de você. Você é um pouco sarrista, um pouco medroso, e orgulhoso de um jeito que tenho vontade de te assistir. Vê-se que não é nenhum Tributo inatingível e indestrutível, mas sua humanidade é sempre tão estampada na sua cara que qualquer telespectador pode querer te abraçar. - Anomália me surpreendeu com sua declaração exageradamente romântica, e Circe corou pela segunda vez. Provavelmente de raiva.

 - Temos apenas isso a oferecer?

 - Antes da Arena, é a única luz que se vê para curar cegueiras alheias. - Beetee me respondeu sádico, e eu comecei a ficar com muito, mas muito medo.

 - Ok. A gente já entendeu que seremos graciosos, queridos, fortes, independentes e outros adjetivos horrivelmente piegas. É na Arena que a coisa fica feia. - Circe se adiantava com muita rispidez, e pelo visto não queria ver “morte” como uma opção viável de futuro de vida.

 - E o que dizer para vocês, que já não tenham concluído sozinhos? - Beetee exclamou um pouco rude.

 - Na hora em que todos estiverem em volta da Cornucópia. No início do terror. O que devemos fazer? - Perguntei exageradamente histérico, e me arrependi por agir feito uma menina, de novo.

 - Vocês são bons, mas inferiores a Tributos de Distritos mais poderosos. 1, 2, 4 e 5 já são vistos como inimigos em potencial, e massacrarão alguns Tributos no primeiro momento. O que resta fazer é fugir.

 - Juntos? - Perguntamos juntos, e Anomália apenas inclinou a cabeça e sorriu encantada.

 - Pode não ser aconselhável, mas é o que acho mais seguro: Juntos. Vocês em dupla são mais fortes. Isso se vocês nem conseguirem arranjar parceiros de outros Distritos...

 - É para conseguirmos parceiros de outros Distr-

 - Eu já disse que sim. É o mais prático a se fazer. É claro que não é pra sair por aí perguntando “bom dia, meu nome é Fulano, sei matar as pessoas também, querem ajuda?”. Mas encontrar “amigos” em potencial é útil.

 - Eles podem nos trair. - Sussurrei melindrado.

 - Circe é cega, mas até mesmo enquanto dorme enxerga. Confere? - Beetee sorriu para ela, que pareceu um pouco arrogante.

 - Por aí. - Por um tempo, Anomália ficou confusa.

 - Se alguém ousar matá-los, é só a Circe contra-golpear belamente o inimigo, e vocês dois agem em dupla. Um par sempre ganha de um ás.

 - Ok. Então, caso tenhamos aliados, vamos com eles. Sem aliados, vamos sozinhos e fugimos para sei lá onde. Em caso de fuga desesperada, como vamos pegar mochilas, armas, essas coisas? - A cada resposta, mais perguntas e questões em aberto apareciam, e isso estava começando a me deixar lunático.

 - Podemos ficar nos arredores da Cornucópia, e esperar por um momento de distração de qualquer Carreirista psicopata que esteja tomando posse do lugar? - Circe perguntou, fazendo com que Beetee soltasse uma careta inibida.

 - É complicado. Carreiristas também agem em bando no início dos Jogos, só depois começam a se matar, e isso é lá para o fim.

 - Imperativo: Termos aliados no início. Sabemos lidar com as pessoas. Um sorriso aqui e um carisma acolá agrada qualquer Tributo bem-intencionado. - Comentei sarcasticamente.

 - Coisa difícil de se ver, por sinal. - Circe retrucou brava.

 - 4, 6, 8, 11. São distritos geralmente “unidos”. Se vocês formarem uma aliança com outros Tributos, isso vai aumentar a longevidade vital de cada um, eu garanto.

 - Mas, caso não encontremos aliados, amigos, gente bem-intencionada... Faremos o quê? Fugiremos para onde?

 - Água, alimento, calor são aspectos primordiais para a sobrevivência. Encontrem um lugar que contenha todas estas fontes de energia. Ah, e um esconderijo não é má coisa.

 - Certo, certo, certo. É uma porrada de coisas para marcar, mas vou tentar me lembrar de tudo. - Deixei claro que eu só queria fazer tudo direito. Afinal, morrer indignamente não era uma coisa muito bonita.

 - Em momentos de desespero, farei questão de lembrar-me de ter escutado desse tipo de informação. - Circe gracejou manhosa.

 - Acho bom. Afinal de contas, imagine que irônico uma cega morrer por não ter escutado seu Mentor?


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Notas finais do capítulo

Demitra está pra estourar!
Não queira perder o próximo capítulo!
Sério.



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