Fairy Tales escrita por Veh


Capítulo 12
Capítulo XII - Péssimas surpresas




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Eu sinceramente não sabia o que fazer.

 

Uma hora eu estava no controle, outra hora, eu perdia o controle. Olhei para o relógio, 23:30. Meus pais tinham saído. Ah, eu que não vou ficar aqui. Troquei de roupa, do vestidão para uma mini-saia jeans e uma blusa vermelha, decotada, mas com capuz, por causa do sereno.

 

Fui andando até uma sorveteria perto daqui. Fechada, claro. Como estaria aberta à essa hora? Peguei um ônibus, para ir até uma sorveteria que com toda certeza estaria aberta. Sentei no meio, de frente para a janela.... passamos na frente do baile, estava cheio, quase todo mundo ainda estava lá.

 

Algumas pessoas rindo e se divertindo... Mônica e o Cebola conversando...

- Ei, dança comigo?

- Claro.

 

O motorista fala algo... repete:

- Próxima parada, sorveteria “Vovó Sorvete”.

 

Ótimo, eu estava chegando. Do nada, ouço um grito:

 

- Socorro!

 

Olho para trás, e vejo um homem com uma arma. Oh, meu Deus!

 

- Ok, ok. Não quero machucar ninguém, só quero o dinheiro, isso, isso, pode ir passando madame...

 

Não, um assalto não! Deixa eu me beliscar... ai!

 

-Ei, garota do capuz vermelho...

 

Era eu? Acho que era....

 

- Para onde você vai?

- Pa-para a sor-ve-veteria da Vovó Sorvete....

-Hum...Ok, desceremos agora.

 

O quê?! Não, nós?! Como?

 

- Agora, o do capuz.... Não me faça ir até aí....

Corri, descendo do ônibus. Dizem que não devemos reagir a um assalto.

 

- Isso, boa menina. Não grite.

 

Gritar? Eu estou em estado de choque, seu otário, como eu vou gritar?

 

- Ei, você é muda?

 

Fale, Magali! Agora!

 

- Nã-não...

- Ótimo. Isso, agora ande.

 

Obedeci. Senti algo gelado na minha nuca.

 

- Não corra!

 

Ops! Eu estava correndo. Parei. Ouvi uma sirene. Polícia, isso! Aí, não respondi mais por mim. Então, eu gritei.

 

- Polícia, socorro!

- Quieta, menina!

 

Então, ele me derrubou no chão, minhas pernas se arranharam.

 

- Você está preso, meu rapaz! Quem é essa, sua cúmplice?

- Não, não!

 

Eu, uma cúmplice?! Claro, derrubada no chão.

 

- Não, não sou! Eu quero ir para casa!

- Não chore.

 

Aí, eu chorei mais. O policial me levou para casa e falou com meus pais.

 

- Magali, aonde você tinha ido?

- Na sorveteria, mamãe....* snif*

- Não chore, já passou....

 

Isso, já passou... Deitei e dormi, exausta.


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