The Partner escrita por ItsCupcake


Capítulo 27
Impressão errada


Notas iniciais do capítulo

Dedico esse capítulo à Camila Salvatore pela recomendação maravilhosa *-* Muito obrigada, li várias e várias vezes o que você escreveu :)
E LEIAM AS NOTAS FINAIS



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Madeline’s POV

— Trouxe o café da manhã para a MadelinePattie disse sorrindo e entrando no quarto. — Acho que já está melhor da cabeça, não é?

— É, Jason me trouxe remédio — disse sem graça, pois eu sabia exatamente o que ela quis dizer na sua última frase.

— Ah, sim... Eu vi ele te dando o remédio — ela deu uma breve risada e então mudou de assunto — Jason, lembra da tia Frankman? — Perguntou enquanto vinha em direção à cama com a bandeja em minha direção.

— Sim, o que tem ela?

— Bom, parece que ela vai estar ocupada o dia inteiro resolvendo alguns negócios sobre a casa que ela quer vender, e hoje não tem aula para o Arthur, então...

— Eu não acredito que aquele pestinha vai vir pra cá — Jason disse incrédulo enquanto eu tentava ajeitar a bandeja no meu colo.

— E você vai cuidar dele, pois me chamaram no FBI e espero que não seja nada de ruim — Pattie olhou para o Jason desconfiada e depois para mim —, espero que tenham um bom dia. — E então saiu do quarto.

— Quem é tia Frankman? — Perguntei enquanto mordia um pedaço de torrada da bandeja.

— Uma amiga do colegial da minha mãe. Chamo ela de tia Frankman porque sempre fui muito apegado a ela desde pequeno, mas ai ela teve um filho pestinha e parou de me visitar como antigamente.

Ownt — disse apertando as bochechas dele — que dó.

Ele sorriu e roubou uma das minhas torradas voltando a olhar pro seu iPad.

— Acho que vou na casa da Jenny.

— E o filho da tia Frankman?

— Bom — ele abriu um sorriso enorme para mim e se aproximou dos meus lábios.

— Não, não, não — Esquivei tomando todo o cuidado para não derrubar o suco de laranja da bandeja. — Não vou ficar com um garotinho que eu nem conheço.

— Ele tem doze anos, é quase um adolescente. Não deve dá muito trabalho.

Jason, você mesmo disse que ele é um pestinha.

— Mas a última vez que eu o vi foi quando ele tinha nove anos. Talvez agora ele tenha tomado jeito ou talvez tenha se tornado aqueles garotos chatos que ficam o dia inteiro isolado com vídeo game portátil — ele mordeu um pedaço da torrada e me cutucou no braço —, por favor?

Suspirei tomando um gole do suco e voltei a olhar para ele.

— Tá, tudo bem — disse vencida.

— Muito obrigado — Jason me deu um beijo na bochecha e se levantou da cama num pulo procurando alguma roupa no guarda-roupa.

— Qual é o nome do garoto? — Perguntei terminando o meu café.

— David, David Frankman.

— E o que você vai fazer na casa da Jenny?

Jason se virou segurando uma camiseta roxa na mão.

— Está com ciúmes? — Perguntou ele com um sorriso divertido nos lábios.

N-não eu... Só estou curiosa. E você tem que me contar, somos parceiros, sem mentiras.

— Vou conversar com ela — ele sorriu jogando a camiseta na minha direção quase derrubando o meu suco —, e ver como as coisas estão. Jenny é o que eu tenho de mais próximo da minha vida comum.

— Ah é, eu sou a parte que você está começando a odiar. Eu sou a parte incomum da sua vida — falei tirando a bandeja do meu colo e a colocando sobre o criado mudo ao lado do copo vazio que antes tinha água.

— Ei, ei, ei — Jason veio em minha direção quando eu estava começando a andar em direção à porta. — Eu não odeio você.

— Ah é — disse como se tivesse me lembrado de algo — temos um tipo de “amizade colorida” — fiz aspas com as mãos.

Mad não...

Jason, tia Frankman chegou! — Pattie gritou das escadas.

Jason tirou a camisa que vestia rapidamente e a jogou na cama pegando a camiseta roxa e a vestindo. Segui pelo corredor até as escadas e ele veio atrás de mim correndo para acompanhar meus passos.

Na sala havia uma mulher loira dos olhos claros com um sorriso simpático, ao lado dela havia um garoto loiro dos olhos bem azuis usando uma roupa totalmente diferente da qual eu imaginei. Certo, eu imaginei ele como um garoto de óculos com camisa xadrez dentro das calças apertadas. Mas não, ele é completamente uma cópia do Jason, tirando o cabelo que ele usa num topete (que eu gostei mais do que o cabelo meio bagunçado do Jason).

— Oi Jason — disse a mulher dando um abraço nele, assim que se afastou olhou para mim. — Ela é a sua namorada?

N-não. Madeline é minha amiga — Jason disse sorrindo de lado.

— É um prazer conhecê-la — disse a Sra Frankman estendendo a mão para mim e dando dois beijos na minha bochecha.

— Bom, vamos indo. Posso te dar uma carona Maggie — Pattie disse pegando sua bolsa do sofá. — Até mais crianças.

— Até — Disse eu, Jason e David juntos.

Assim que ouvimos o barulho do carro se distanciar, Jason correu para pegar a chave do seu ranger rover e sorriu para mim.

— Eu vou indo e... — ele olhou para o David —, comporte-se.

Jason saiu de casa e eu olhei para o garoto de doze anos quase do meu tamanho. Sinceramente, o que andam dando para as crianças de hoje em dia? Eu não me lembro dos garotos de doze anos serem tão altos.

— Me chamo David, mas pode me chamar de Dav, docinho, lindo, tanto faz, você pode me chamar de qualquer coisa linda — falou o garoto sorrindo para mim.

— Olha só — disse — eu vou cuidar de você, então seja bonzinho e — ele estava bem próximo de mim e ainda teve a audácia de me puxar pela cintura nos deixando mais próximos —... Para com isso. Eu tenho dezessete anos, não vou ficar com você — disse me afastando.

— Bom, uma hora você não vai mais resistir — ele piscou para mim e então se deitou no sofá ligando a tevê como se aquela casa fosse dele.

— Vou pegar os copos que deixei no quarto do Jason e...

— Você estava no quarto do Jason? — ele sorriu maliciosamente para mim.

— Garoto, você tem doze anos e...

— Eu sei muito bem o que é uma relação sexual. Não sou ingênuo.

— Olha, não aconteceu nada. Eu e o Jason somos só amigos e eu apenas deixei um copo de suco no quarto dele enquanto conversávamos — falei subindo as escadas. — E eu nem sei por que estou dando satisfações a um garoto de doze anos.

Jason’s POV

Estacionei meu carro em frente da casa da Jenny e olhei para o banco de trás do carro, para ter certeza de que não tem nenhum rastro de ontem.

Olha só, nunca pensei que fosse inspecionar o meu carro porque transei com uma garota nele. Jamais deixei que algo a mais rolasse dentro do meu carro, sempre quando a coisa esquentava, levava a garota para um motel ou algo parecido, mas nunca no carro, essa era a regra. Mas com a Madeline é diferente, com ela não apenas uma noite, não apenas sexo, tem algo a mais. Eu me sinto bem quando estou ao seu lado, me sinto confortável, como se nos conhecêssemos a anos. Talvez isso seja assim porque ela é minha parceira, e como diz no manual, devemos nos sentir bem com o parceiro que nos foi designado. Sei que eu e a Madeline violamos algumas das normas do Manual das Mil Famílias, mas ainda somos uma dupla de sucesso para o FBI.

Sai do carro e segui em direção a porta. Dei duas batidas e a senhora Johnson atendeu.

Jason, você andou sumido — diz ela me dando um abraço.

— Estava resolvendo alguns assuntos da faculdade — menti.

— Ah é, Jennifer disse que você vai para Harvard em breve, deve se sentir muito honrado por ter sido chamado para essa faculdade maravilhosa.

— Sim, estou — Falei sorrindo enquanto era guiado pela Sra Johnson até a cozinha.

— Preparei uns biscoitos de nozes que você tanto gosta, fique aqui comendo-os que eu vou chamar a Jennifer lá em cima.

— Ok — falei me sentando na cadeira e olhando para os biscoitos com os olhos brilhando.

Eu amo esses biscoitos de nozes que só a Sra Johnson sabe fazer. Minha mãe já tentou, mas ela é um desastre pra esse tipo de coisa, então por isso eu sei que ela na maioria das vezes pede nossa comida em restaurantes próximos. Ela me enganou por um tempo, mas eu acabei descobrindo.

— O que faz aqui? — Jenny perguntou entrando na cozinha de pijama.

— Você ainda estava dormindo? — Perguntei incrédulo.

— É, estou tentando aproveitar o tempo que ainda me resta antes de ir para a faculdade — ela ajeitou o cabelo e continuou: — O que te trás aqui? Da última vez que nos vimos você...

— Eu sei, fui grosso com você na festa do Chaz — segurei a mão dela —, desculpa por isso.

— Tudo bem, eu te desculpo se você soltar a minha mão, pois a sua está toda suja de biscoito.

Soltei a mão dela sorrindo e peguei mais um biscoito no prato em cima da mesa.

— Sabe, Jazmyn e Jaxon estão aqui e eu sei que você...

Jazmyn e Jaxon? — Perguntou ela contente. — Há quanto tempo?

— Dois dias.

— Dois dias e só hoje você veio me falar isso? — Ela me deu um tapa no braço. — Vou subir para me trocar e então nós dois vamos buscar eles para um passeio.

— Bom, eu já passeei com eles ontem — disse.

— Já? Então você me leva no hotel em que eles estão.

— Claro — falei sorrindo e seguindo ela até seu quarto.

Ela seguiu até o banheiro com as roupas e eu fiquei no seu quarto sozinho. Aproveitei o momento para vasculhar cada canto. Na estante de livros não havia nada de diferente (nenhum livro da CIA), em baixo da cama também não havia nada, nem sob o colchão. O guarda-roupa parecia a cara dela, todo bagunçado, mas não havia nada a mais do que roupas. Na pequena gaveta do criado mudo tinha apenas dois cadernos pequenos, alguns papeis e... Um pequeno pedaço de papel rabiscado:

Jenny

Rick

Rick? A Jenny gosta do Rick? Espera... Se está riscado o nome dele é porque ela está chateada com ele, então aconteceu alguma coisa com os dois! É claro que sim, tem que haver um motivo para o nome dele estar riscado e eu tenho certeza de que os dois estão ou estavam juntos.

Então quer dizer que a Jenny escondeu isso de mim? E eu que pensei que ela contasse as coisas para mim, que confiasse mais em mim do que no Chaz. Será que ele sabe disso?

Cara como eu fui burro, é claro que a página do diário não era sobre mim e o Chaz, era sobre o Rick. Mas não me entra na cabeça que ela tenha saído com um dos jogadores de basquete, ela sempre os evitou quando eu e o Chaz estávamos conversando com eles e ela nos esperava para ganhar uma carona pra casa.

— Já estou pronta — ouvi ela dizer e rapidamente fechei a gaveta do criado mudo pegando o pequeno pedaço de papel.

— Ótimo — disse inocente e dando a volta pela cama dela —, vamos ir ver o Jaxon e a Jazmyn.

Disfarçadamente, enquanto íamos em direção a porta, eu guardei o papel no bolso da minha calça. Na volta, eu perguntaria a ela e não estou nem ligando para o que ela vai falar sobre eu ter mexido nas coisas dela.

Dirigi até o hotel e assim que chegamos no quarto onde Erin e me pai estão, Jazmyn foi quem abriu a porta para nós.

— Jenny! — Ela sorriu e pulou no colo da Jenny.

— Pequena Jaz, como está?

— Estou bem. Estava com saudades — Jazmyn então olhou para trás dos meus ombros, como se esperasse alguém. — Cadê a Mad, Jason?

— A Mad não pode vir hoje porque está ocupada — falei sorrindo de lado.

— Aquela sua amiga já veio aqui? — Perguntou Jenny depois de colocar Jazmyn no chão e entrar no quarto.

— O passeio no parque foi com ela.

— Ah, deveria ter adivinha — Jenny revirou os olhos.

— Jenny! — Disse Erin aparecendo com Jaxon no colo. — Você veio.

— Oi Erin, como vai? — Jenny perguntou dando dois beijos na bochecha dela e pegando o Jaxon.

— Vou bem e você?

— Vou indo de acordo com as oportunidades.

— Jenny camarada, como você cresceu! — Disse meu pai.

— É um prazer vê-lo de novo Jeremy — Jenny disse sorrindo enquanto meu pai segurava sua mão no alto e a girava.

— Ainda tenho esperanças de que você e o Jason um dia vão perceber que foram feitos um pro outro.

— Pai! Deixa de ser tão gay — disse.

— Jeremy, para com isso. Jason tem namorada agora — Erin falou dando um tapa no ombro do meu pai.

Jason com namorada? — Jenny começou a rir e eu revirei os olhos.

— Você não conhece a Madeline? — Erin perguntou.

— A Madeline? — Jenny parou de rir e olhou para mim surpresa. — Jason não me disse que estava namorando a Madeline.

Olhei para o meu pai e ele deu um sorriso do tipo “toma, foi pego na mentira”.

— Eu ia te contar — falei —, só estou esperando a hora em que você vai me falar sobre o Rick.

Jenny olhou para mim com os olhos arregalados e então fechou a cara. Certo, o que eu fiz foi golpe baixo, mas eu precisava para me safar.

— Mãe, o Jaxon pegou o Sr ScrubbiesJazmyn gritou apontando para o seu peixe de pelúcia.

— Já sei! — Jenny disse mudando de expressão. Ela então se aproximou da Jazmyn sorrindo. — Vamos a loja de brinquedos aqui perto, eles estão na semana do Faça seu Alce. Jason vai pagar quantos alces vocês conseguir fazer, vamos?

— Eu quero um alce! — Jazmyn falou sorrindo. — Vamos!

— Ah e a tia Jenny paga o lanche no final — disse pegando a mão do Jaxon e seguindo a Jenny e a Jazmyn que já saia do quarto do hotel.

— Tenham um ótimo passeio — ouvi Erin dizer.

É claro que seria um ótimo passeio para os meus irmãos. Mas para mim e a Jenny? Não sei, só sei que uma hora ou outra iríamos tocar no assunto do Rick e na mentira que eu inventei sobre eu e a Madeline.

Madeline POV

— David, VOLTA AQUI! — Gritei correndo pela sala.

— Eu vou ganhar um beijo? — Perguntou parando de frente para mim, só que o sofá estava entre nós.

— O quê? — Perguntei incrédula. — Não.

— Então não devolvo — falou colocando o meu celular dentro da sua calça.

— Seu idiota! — Gritei pulando o sofá e ele começou a correr novamente pela casa.

— O que será que tem aqui? — Perguntou tirando meu celular da calça. — Alguma mensagem dizendo: Eu amo o Jason?

— Nada que tem interessa — falei correndo ainda mais rápido.

Já estávamos na área da piscina, dando voltas entre a mesma.

— Será que tem...

— Não tem nada ai — disse correndo mais rápido e então consegui alcançá-lo puxando-o pela camisa. — Me devolve isso — disse pulando em suas costas e quase o derrubando no chão.

— Não — ele tentou se esquivar, mas eu grudei em suas costas e fiquei com a mão estendida tentando pegar o celular —, só se você me der um beijo.

David não podia mexer nele. Não que eu tenha mensagens de texto dizendo: Eu amo o Jason, mas porque tenho programas instalados pelo Nicholas que pode revelar minha verdadeira identidade a um garoto de doze anos. Ele me pegou desprevenida. Pensei que ele estava assistindo desenhos na sala, mas o danado havia subido no quarto do Jason enquanto eu lavava os copos que sujei, e infelizmente encontrou meu celular que deixei no criado mudo. Como pude deixar ele lá?

— Tá, eu te dou um beijo — disse por vencida.

David sorriu e me entregou o celular. Sai das costas dele ainda me perguntando como ele conseguiu me aguentar por tanto tempo. Tá, eu não sou gorda, mas também não sou tão leve assim. Jason me aguenta porque ele pode carregar quarenta vezes o meu peso por causa do seu treinamento.

— Cadê o meu beijo? — David perguntou enquanto eu mexia no celular pra ter certeza de que ele não viu nada.

Dei um sorriso de lado e segurei seu rosto dando um beijo em sua bochecha.

— Ai está o beijo — disse.

— O quê? Não, não. Tem que ser na boca.

— Você não disse aonde eu tinha que beijar — falei com um sorriso vitorioso.

— Merda.

— Ok, agora vamos conversar — disse apontando para uma das espreguiçadeiras.

David se sentou em uma delas e eu me sentei de frente para ele.

— Vamos fazer um trato — comecei — você não mexe em nada da casa, em nada meu ou do Jason ou da Pattie, não faça nada de errado, vai ser um garoto bonzinho enquanto estiver comigo e quem sabe eu compro uma caixa de chocolate pra você?

— Caixa de chocolate? — Perguntou ele franzindo a testa como se aquilo não fosse legal. — Que tal, ao invés da caixa de chocolate eu ganhasse um beijo?... E na boca.

— Ok, ok. Você ganha um beijo...

— Na boca — interrompeu-me ele.

— Isso, na boca — repeti — se você for um garoto bonzinho. Combinado? — Perguntei estendendo a mão.

— Combinado — Falou ele sorrindo enquanto apertava a minha mão.

(...)

Pensando bem, até que o David não é um garoto tão ruim assim. Aquele trato está sendo cumprindo, pelo menos da parte dele.

Estamos jogando Banco Imobiliário na sala. David está ganhando de mim por ter dois hotéis a mais do que eu e parece que tenho um imã nas propriedades dele.

— Ah não — disse contando o número de casas e vendo que cai na companhia de petróleo dele.

— Há, você tirou seis e seis vezes cinquenta mil é igual a trezentos mil. Pode passar a grana gatinha — falou ele sorrindo enquanto eu tirava algumas notas do meu bolinho com dó.

— Você vai cair no meu hotel no Brooklin — disse.

— Nem é tão caro quanto o meu de Hollywood — ele deu de ombros.

Olhei para as horas no celular e NOSSA! Fazia duas horas que estavamos jogando. Já estava na hora do almoço.

— Então, vamos almoçar? Pattie deve ter deixado algo na geladeira ou algo assim.

— Não tinha uma empregada aqui? — David perguntou enquanto seguíamos até a cozinha.

— Não sei, faz pouco tempo que eu venho aqui. Não sei se tinha empregada ou algo do tipo.

— É que a tia Mallette não sabe cozinhar muito bem — David entrou na cozinha abrindo a geladeira. — Como eu pensei — falou tirando uma tupperware com pizza congelada dentro —, é só esquentar agora.

Esquentei a pizza congelada para nós dois e nos sentamos na mesa para comer. Comecei puxar assunto.

— Então, como é a sua escola?

— Bom, se resume a garotas chatas que acham que são mais velhas e garotos que só sabem falar de jogo de vídeo game

— Então você só fala de jogos de vídeo game?

— Eu falo de jogo, mas jogo de basquete. Sou o capitão do time da escola do Ensino Fundamental. Já chegamos perto de ganhar as estaduais.

— Nossa, que legal — falei. — Jason também era capitão do time de basquete.

Jason é um mané, isso sim. Ele é do tipo que faz honrar a maldição de que todo capitão do time de basquete da escola é um popular pegador idiota. É por isso que eu estou estranhando você ser apenas amiga dele. Aquela Jenny dá até pra passar, pois aquela garota é uma mala, mas você? Hun, sei não — ele me olhou desconfiado.

— Ok, você me pegou — disse erguendo minhas mãos engorduradas com cheiro de queijo —, eu e o Jason já ficamos.

— Sabia!

— Mas é só isso. Agora somos amigos e só... Eu já tenho um namorado — menti.

— Sério? Então se eu fosse o seu namorado não gostaria de ver você na casa do Jason, sabendo a fama que ele tem.

— Meu namorado também é amigo do Jason.

— Há e ele gosta de compartilhar a namorada, saquei.

— Ei — falei dando um tapa no braço dele. — Mais respeito.

— Desculpa — ele riu e então terminou de comer seu pedaço de pizza.

Quando ia morder o meu pedaço, meu celular começou a tocar. Olhei o nome e para minha surpresa era o Ben.

— Seu namorado? — David pegou puxando o celular da minha mão.

Como minhas mãos estavam cheias de gordura, David conseguiu puxar o iPhone com facilidade.

— Alô, namorado da Madeline? — Atendeu David correndo pela sala — Não, não é o Jason.

— David! — Gritei indo atrás dele novamente.

Ele correu pelas escadas e seguiu em direção ao quarto da Pattie fechando a porta logo em seguida.

— Quem sou eu? — O ouvi dizer atrás da porta. — Sou o novo namorado dela e é melhor você ficar bem longe do meu amor agora.

— David, abre essa porta! — Disse batendo com força e forçando a fechadura, mas tomando todo cuidado para não quebrá-la. A última coisa que eu queria era o David me encher de perguntas de como eu consegui quebrar uma fechadura da porta.

Ele abriu a porta com um sorrisinho e me entregou o celular.

— Acho que o seu namorado não gostou muito de mim.

— Seu idiota — falei pegando meu celular de volta e retornando a ligação para o Ben. — Você não vai ganhar o beijo.

Tentei três vezes e o Ben não atendeu. Então quando desci as escadas para procurar o David, a campainha tocou.

Jason’s POV

Acredita que um alce custa trinta dólares? Isso é um roubo!

— Esse Faça Seu Alce deveria ser de graça — resmunguei vendo a Jazmyn fazer o seu terceiro alce.

— Não reclame, ela é sua irmã, para de ser tão mesquinho — Jenny disse ajudando o Jaxon a fazer o alce dele.

Jazmyn queria a família alce inteira, ou seja, cinco alces que são eles: o papai, a mamãe, a filhinha, o filhinho e o bebê. E ainda tem o alce do Jaxon que a Jenny está o ajudando fazer. Seis alces, cento e oitenta dólares!

— Toma Jus, terminei de fazer o papai — Jazmyn disse me entregando mais um alce —, agora vou fazer o filhinho.

Estava segurando a mamãe, a filhinha e o papai. Não estava mais aguentando olhar para a cara daqueles alces, e para as crianças que corriam e berravam pela loja atrás de acessórios para os alces, sem contar também o papai alce gigante que estava animando as crianças no fundo da loja com uma música irritante.

— Sério, essa você me paga — falei para Jenny.

— Pede pra sua namorada, ela pode te pagar melhor — Jenny disse enfiando espuma na cabeça do papai alce.

— Sobre isso — falei me sentando ao lado dela em um dos puff que coloridos —, eu queria conversar com você depois que levarmos Jazmyn e Jaxon. Talvez podemos conversar também sobre outras coisas. Sinto que você está se distanciando.

Ela olhou para mim e então terminou de montar o papai alce encaixando a cabeça no corpo que o Jaxon segurava.

— Podemos ir na sorveteria depois — sugeriu ela.

— Ei, você vai pagar o soverte para a Jazmyn e o Jaxon, lembra tia Jenny?

— Então vamos numa lanchonete depois — falou dando de ombros — e você paga.

— O quê Já não basta os cento e oitenta dólares que eu vou gastar aqui, você ainda quer que eu pague? — ela olhou para mim severamente e eu sorri erguendo minhas mãos cheias de alces. — Ok, eu pago.

— Toma Jus, já fiz o filhinho — Jazmyn falou me entregando mais um boneco e correndo novamente para pegar outro corpo de alce.

— Por que não disse que esses alces eram tão caros? — Perguntei a Jenny observando Jazmyn correr pela loja para pegar roupinha para o bebê alce.

— Porque eu sabia que você iria voltar atrás — Jenny disse como se fosse óbvio — E se eu tivesse um irmão tão mesquinho como você, não te visitava mais.

— Obrigado — disse irônico.

Assim que Jazmyn terminou de fazer todos os alces, paguei pelos dela e pelo o do Jaxon e fomos embora. Deixei eles no hotel porque Jaxon começou a chorar com saudades da mãe e não deu para irmos a soverteria. Erin quase matou eu e a Jenny por ter deixado Jazmyn fazer tantos alces de pelúcia, pois iriam precisar de outra mala só para levar os brinquedos agora.

Saímos do hotel e eu levei Jenny até a lanchonete mais próxima. Pedimos uma porção de batata,um hambúrguer cada um acompanhado de milkshakes de morango.

— Então — comecei tirando o papel do meu bolso e colocando sobre a mesa —, encontrei isso no seu quarto.

— Andou mexendo nas minhas coisas? — Jenny perguntou incrédula enquanto amassava o papel depois de lê-lo.

— Eu só quero que você me conte o que está acontecendo entre você e o Rick, pensei que o odiasse.

Nossos pedidos chegaram e Jenny pegou seu milkshake tomando um gole e depois olhou para mim.

— Eu sai com o Rick depois da formatura. A gente ficou no dia do baile e então ele me ligou no dia seguinte. Você andou sumido e o Chaz também, então eu não tinha nada pra fazer a não ser ir nos encontros que o Rick sugeria. A gente acabou ficando mais vezes e eu pensei que estava começando a amá-lo, só que ai eu o vi ficando com outra garota. Conversei com ele e ele disse que não tínhamos nada, que apenas ficamos por um tempo e só — ela apoiou os cotovelos na mesa — ai eu estou tentando esquecer ele.

— Por isso estava jogando aqueles sorrisinhos para o Lucas? — Perguntei pegando um pouco de batatas.

— É, só que eu percebi que ele estava interessado naquela sua amiga... E é ai que a gente fala sobre você. Por que não me disse que ela é sua namorada?

— Porque não é — disse e já fui formulando uma justificativa na minha cabeça —, ela fingiu ser minha namorada quando Erin foi lá em casa com o meu pai. É apenas para causar boa impressão antes de ir para a faculdade, entende?

— Ah, entendi — Jenny disse sorrindo enquanto pegava um pouco de batatas. — Você quer fingir que virou um garoto bom com namorada, só para garantir que sua mãe não vai ficar ligando pra você toda hora quando estiver em Harvard ou em festas?

— É isso ae — assenti.

— Então o loirinho bonitinho está disponível ou não?

— Acho que está — respondi rindo.


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Notas finais do capítulo

Bom, era pra esse capítulo ter saido há muito tempo. Só que ai eu fiquei pior, levei mais duas injeções (uma na bunda e outra no braço) e estou melhor agora, e acho que não vou mais ter recaida. Os remédios que estou tomando agora não estão me deixando fraca, então já posso voltar a escrever como antes no pc. Só que ai eu volto pra escola e descubro que tenho um monte de trabalho pra fazer, mas fiquem tranquilas que eu vou fazer de tudo para não demorar pra postar novamente ;)
Então, queria agradecer de montão a todos os reviews do capítulo anterior. Estou muito contente por ver que apareceram gente nova, isso é maravilhoso. É uma pena que não seja os 150 leitores que constam aqui (na verdade costa mais, mas vou arredondar pra 150 mesmo), mas eu já agradeço muito pelos vinte que aparecem :) VOCÊS SÃO MINHA INSPIRAÇÃO *----*
Bom isso é tudo e espero os reviews super divos de vocês ;)