The Partner escrita por ItsCupcake


Capítulo 2
Três testes para A Seleção


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a todos os reviews do primeiro capítulo *-*



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Madeline’s POV

Agora sim eu estava chorando de felicidade. Meu uniforme era mais importante que o vestido de formatura. Hoje eu seria uma agente oficial. Seria a sucessora dos meus pais. Hoje com certeza será o melhor dia da minha vida.

— Meu Deus! — Exclamou minha mãe surpresa quando entrou no quarto e me viu de uniforme. — É como se eu me visse depois de tanto tempo. Você está linda.

— Obrigada. — Disse e sorri animada. — Já está na hora?

— Já. — Sorriu minha mãe e eu desci as escadas correndo até a garagem onde o meu pai já tirava o carro.

Na casa ao lado, o pai do Lucas estava dentro do carro o esperando entrar. Ele olhou para mim e acenou fazendo um movimento com os lábios que dizia “Boa Sorte”. Fiz o mesmo para ele e entrei no carro do meu pai. Minha mãe entrou em seguida e ele deu a partida.

A cada rua que entravamos, eu ficava cada vez mais ansiosa, pois era menos metros até o local onde determinaria o meu futuro daqui pra frente.

Há muito tempo, em 1885, o FBI era a união que combatia as infrações. Mas com o passar do tempo, muitos deles eram mortos. Então, o conselho resolveu formar uma elite de mil famílias em todos os cinquenta estados para se tornar espiões, as famílias eram treinadas secretamente pelos melhores professores do mundo, assim elas passavam por pessoas comuns e ninguém desconfiaria que pudessem ser “policiais da lei disfarçados”. Minha família descende dessa elite e cada ano tem um sucessor que se forma, e para a equipe do FBI saber se você quer entrar nesse emprego, você deve apenas passar na prova de Harvard, a faculdade que apoia esse serviço. Então, todos podem conhecer o FBI e ver homens com uniformes com a sigla bem grande, mas ninguém (além das mil famílias) conhece os espiões de pequenas e grandes causas. Somos a equipe mais importante do FBI, e meus pais são o que se chama se “celebridade” no trabalho, pois nunca tiveram falha em todas as milhares de missões que tiveram. No começo eles não eram uma dupla, mas quando se casaram e o FBI previu que eles seriam um sucesso para a empresa, e o pedido dos dois foi aceito e até hoje eles trabalham juntos.

Se você não aceita continuar o trabalho da sua família, eles apagam sua memória, mas não apagam todo o conhecimento que você foi designado a aprender antes mesmo de nascer.

— Chegamos. — Disse meu pai entrando numa garagem subterrânea.

Quando ele estacionou o seu carro, todos saímos e ele passou seu braço em volta da minha cintura enquanto seguíamos até o elevador.

— Não fique nervosa, são apenas três provas de rapidez, inteligência e força. Você é boa nesses três quesitos.

— Obrigada. — Disse sorrindo e me sentindo mais confiante.

Esse ano, soube que seria vinte quatro adolescentes para fazer o teste, então seria doze duplas e as chances de o meu nome ser selecionado com o do Lucas eram imensas, pois moramos perto um do outro e nossos nomes tem as iniciais próximas L e M, fora o nosso jeito de pensar, agir e todas essas coisas que eles consideram.

O elevador se abriu e estávamos num lugar bem abaixo da garagem, onde apenas as mil famílias eram autorizadas a ir, além dos funcionários que cuidam do oxigênio do local, dos computadores e etc.

— Estou ansiosa. — Disse enquanto meu pai me guiava pelo corredor.

Muitos dos funcionários presentes, olhavam para os meus pais com admiração. Alguns diziam Oi e outros sorriam. Eles retribuíam cada aceno, para eles era divertido ser famoso de um jeito diferente, pois eles não apareciam em mídias e nada disso, eles apenas eram o casal mais famoso das mil famílias. Na verdade, hoje em dia são mais de mil famílias, mas todas descende das primeiras que trabalhavam para o FBI, só pra não confundi a minha cabeça eu insisto em dizer mil famílias.

— Também fiquei assim no dia da minha seleção. — Disse meu pai apertando mais seu braço ao meu redor.

Passamos por quase dez corredores, até chegar em uma sala. Quando a porta de abriu automaticamente, vi vários adolescentes conversando com os seus pais na plataforma e olhando para baixo através das grades de proteção. Fiz o mesmo que eles. Lá em baixo, onde apenas nós os selecionados ficaríamos, enquanto nossos pais nos assistiriam daqui de cima.

— Nossa, é imenso. — Disse.

— Está vendo aquelas cadeiras ali no canto? — Perguntou meu pai apontando.

— Sim, por que?

— Eles vão fazer uma simulação de um sequestro, essa vai ser a parte da inteligência. E aquela faixa amarela em volta da arena é onde será o teste de rapidez, vão fazer cada um de vocês correrem por ela enquanto eles cronometram tudo. E aquele tapete azul grande, será aonde você lutará com um dos adolescentes da seleção, esse será o seu teste de força.

Lutará com um dos adolescentes da seleção. Isso ficou ecoando na minha cabeça. Olhei para todos que iam fazer o teste, pareciam ser fortes e muito inteligentes. Eu já ganhei do Lucas nas lutas, mas eu desconfio que ele tenha me deixado ganhar, nunca bati em outro garoto porque eu não podia chamar atenção. Só que agora, eu podia levar uma surra de um garoto, ou pior... De uma garota.

— Kurt, você está deixando-a nervosa. — Disse minha mãe passando a mão em meu ombro. — Você vai conseguir, está no sangue.

Sorri para ela, até que uma mulher morena do cabelo curto, aparece na plataforma de frente a nossa, e com um pequeno microfone preso em sua blusa preta, ela começou a falar:

— Bem vindos futuros agentes. É com grande honra que eu direciono a seleção desse ano.

— O nome dela é Maya. — Sussurrou meu pai. — Ela já foi parceira do Jeremy McCann.

— Aquele cara que você não suporta? — Perguntei.

— É, ele mesmo. E ele quase se casou com Patricia Mallette.

— A mulher que humilhou minha mãe no ensino médio? — Perguntei surpresa.

— Essa mesmo. Mas os dois não deu certo. Soube que tiveram um filho. Deve ter se tornado uma pessoa nada legal, já que os pais não são... Você sabe, insuportáveis. Os dois eram tão insuportáveis, que nenhum conseguiu aguentar o outro até o casamento.

— Soube que Jeremy era um ótimo agente. — Comentei enquanto fingia escutar o discurso de Maya.

— Era, pois ele parou pra cuidar da sua nova família, ele se casou com uma mulher que não pertence à linhagem das mil famílias. E soube que a Patricia parou para cuidar do filho que o Jeremy deixou.

— Nossa. — Disse e então voltei a olhar para Maya.

Eu sabia quem era o Jeremy McCann e quem era Patricia Mallette, eu sabia até demais. Sou do tipo que gosta de procurar sobre as pessoas relacionadas a minha família e eles dois foram os principais. Pois é muita coincidência o homem que meu pai mais odeia e a mulher que minha mãe mais odeia terem tido um caso, mesmo que foi rápido. É claro que os dois se uniram para superar os meus pais, só que não conseguiram. Mas Jeremy chegou perto, sendo o segundo agente mais prestigiado do FBI. Eu o reconheceria de longe, assim como os meus pais. Mas não conseguia ver além das cinco famílias que estava ao meu lado.

— Agora, futuros agentes, podem entrar no elevador do lado direito da plataforma para começarmos com os testes. Peço o silêncio das famílias durante todo o momento da seleção.

— Chegou a hora. — Falou meu pai me abraçando. — Boa sorte, Madeline. Detona.

— Obrigada. — Disse rindo.

— Boa sorte, filha. — Minha mãe disse me abraçando logo em seguida.

Me despedi dos dois sorrindo e segui os adolescentes que andavam até o grande elevador com o interior banhado de ouro. Quando os vinte quatro pré-agentes estavam dentro do elevador, automaticamente as portas se fecharam e todos olharam para frente. Ninguém ousou olhar para o lado, a não ser eu que dava algumas olhadelas disfarçadas para ver se achava o Lucas entre as pessoas que estavam ao meu lado. Assim que as portas se abriram, aos poucos fomos saindo.

Olhei ao meu redor e fiquei impressionada com o tamanho da arena. Lá em cima ela não parecia ser tão grande assim. Imagine correr em volta?

E olhando para a faixa amarela, eu percebi obstáculos que não tinha visto lá em cima. Pedras, de todos os tamanhos. Além de ter que correr rápido, ia ter que desviar das pedras.

— O primeiro teste é o da rapidez. — Disse Maya. — A grande tela a frente de vocês vai mostrar o tempo nessa primeira fase. — Disse se referindo a um monitor gigante prensado na parede oposta de onde saímos do elevador. — Vou chamar os nomes em ordem alfabética.

E assim eu assisti o primeiro da lista. Alexander. Ele era bem rápido e desviou das pedras facilmente.

Senti um ombro tocar no meu e quando olhei, vi o Lucas sorrindo para mim, sorri de volta e voltei a assistir a prova. Não poderíamos fazer algum gesto carinhoso, ou até mesmo conversar, isso era proibido durante a seleção.

E então, depois de dez adolescentes passarem pelo teste da rapidez, chegou a vez do Lucas. Ele correu muito bem e conseguiu o melhor tempo até agora. Depois que ele terminou, chegou a minha vez.

— Madeline. — Maya estava chamando apenas o primeiro nome, por não haver ninguém com o mesmo nome. Isso mantinha mais segurança, mesmo que não fosse necessário.

Andei até a linha branca que indicava a partida. Quando ouvi o apito grave ecoar pela arena, comecei a correr. Corri o mais rápido que pude, desviei das pedras e até pulei algumas, que me fez ganhar mais impulso. Quando vi a linha braça novamente, corri mais rápido para acabar logo com aquilo, pois parecia que nunca acabaria. E quando parei cansada, depois de ficar três segundos apoiada sobre o meu joelho, me ergui e olhei meu tempo na tela. 36 segundos e 5 milésimos. Com diferença de três milésimos, consegui ser melhor que o Lucas.

Voltei para o meu lugar, enquanto Maya voltou a chamar os nomes. Quando todos terminaram, eu quase perdi o melhor tempo para um garoto chamado Jason que conseguiu 36 segundos e 6 milésimos, ele tinha ido antes de mim, mas eu só tinha reparado no tempo do Lucas. O próximo passo era o da inteligência. Todos nos sentamos em uma cadeira e apareceram vinte quatro agentes com o rosto coberto com uma máscara. Eles amarraram nossas mãos e nossos pés.

— Nessa fase, vocês terão que pensar em uma maneira de sair da cadeira sem nenhum dispositivo em menos de dez minutos. — Disse Maya.

Então com todos estavam amarrados na cadeira, cada agente com máscara ficou na nossa frente, como se fossem criminosos que acabaram de nos sequestrar. O apito soou e todos começaram a tentar se soltar. Só que o problema, foi que quando os agentes mascarados percebia que estávamos tentando fugir, apertava o nó da corda cada vez mais forte. E o tempo estava passando. Percebi que de vez em quando eles olhavam para o telão, para ver o tempo, contei os segundos dessas olhadas e tinha um intervalo de vinte segundos. Então, se a cada segundo que o agente que está me vigiando olhar para a tela e eu tirar um nó rápido, vou me soltar em dois minutos e ainda faltarão três minutos para acabar o tempo.

Fazendo isso, eu estava a um nó para me soltar, quando percebi que alguém já tinha se soltado primeiro e agora lutava com o agente para tirar a corda do pé. Quando o agente que me vigava olhou novamente para a tela, eu consegui me soltar, e quando ele percebeu isso, eu levantei um braço dando um soco nele, enquanto tentava soltar o nó dos meus pés com o outro braço. Ele avançou novamente, e num movimento rápido eu me ergui com a cadeira e o atingi com as pernas da mesma. O agente caiu e eu finalmente consegui soltar o nó dos meus pés, concluindo o segundo teste.

Lucas foi o quarto a se soltar, e eu não consegui saber quem foi o primeiro. Na verdade, eu não estava olhando muito para os outros, apenas para o Lucas.

— Parabéns para aqueles que conseguiram concluir o segundo teste com sucesso dentro do tempo determinado. — Disse Maya depois de oito pessoas conseguirem se soltar antes dos dez minutos e o resto ser liberado pelos agentes presentes. — Agora, para começar o terceiro teste, o agente Phill vai entregar um papel com um número para cada um de vocês.

Phill me entregou um papel com o número seis. Depois que ele terminou de entregar os papeis, Maya continuou falando:

— De acordo com os números que vocês receberam, irão na ordem até o tapete azul e quando o apito soar, a luta poderá começar. A primeira luta será entre o número um e o número dois, e assim por diante. Os dois agentes que estiver com os números já podem ficar em seus lugares.

Duas garotas foram em direção ao tapete azul e ficaram uma de frente para a outra. As duas se preparam e então o apito soou. As duas lutavam bem, e a cada pancada no chão eu podia sentir como se fosse eu que estivesse no lugar delas. Esse era o pior teste. Eles nos obrigam a lutar um com os outros. Isso é pior do que lutar com bandido. Depois dessa luta, teve mais outra entre dois garotos. E então quando eles terminaram, chegou a minha vez. Eu lutaria com o numero cinco.

Aproximei-me do tapete azul e vi um garoto se aproximar na direção oposto.

Eu sei quem ele é. Minha mãe me ensinou a reconhecer pessoas que nunca através de pessoas conhecidas, caso sejam parentes. E eu não tinha dúvidas.

McCann. Ele é o filho do Jeremy McCann e da Pattie Mallette. Os lábios, os olhos, o jeito superior e galanteador. Não consegui o reconhecer antes, mas agora que nos encarávamos esperando o apito soar, eu realmente soube que era ele.

É ironia do destino, justo ele ser a pessoa que vou lutar agora, neste exato momento.

Jason’s POV

Desde que cheguei no prédio, fiquei preocupado. Minha mãe percebeu isso e toda hora dizia pra ficar confiante. Ela sabia que eu não estava assim por causa da seleção, e sim porque meu pai ainda não tinha aparecido. Quando chegou a minha hora de começar o primeiro teste. Eu olhei para cima, e eu o vi. Por poucos segundos, mas eu vi ele sorrindo para mim. Ele veio, ele está aqui para me ver. Isso foi o bastante para me fazer ficar com o segundo melhor tempo, por diferença de milésimos da primeira classificada.

Então, no próximo teste, o de inteligência. Eu consegui ser o melhor, consegui me soltar primeiro faltando bastante tempo para completar os dez minutos.

E agora, vinha o teste de força. Eu fiquei com o número cinco, e depois de duas lutas, foi a minha vez. Me posicionei no tapete e dei uma olhada para cima para ter certeza de que ele ainda estava lá. Então encarei o meu oponente. Na verdade, minha oponente.

Cabelo castanho, olhos claros, cara de ingênua. Eu sabia quem era aquela garota.

McPherson, só podia ser. Eu sabia da grande fama dos pais dela e do quanto eles se sentiam superiores. Mas se meu pai não tivesse parado, com certeza já teria passado esse tal de Kurt McPherson.

Fui treinado para não hesitar quando for para bater em mulheres que sejam criminosas, e mesmo que ela não seja uma criminosa, ela chega bem perto. É hora de mostrar que os McCann podem ser melhores que os McPherson.

A garota deu um sorriso cínico e eu sabia que ela me reconheceu também. E ela não ia hesitar, isso estava escrito nos olhos dela.

Então o apitou soou.

Avancei em sua direção e sem dó, puxei seu braço contra o meu corpo. Ela deu uma volta e conseguiu se soltar, tentando me dar uma rasteira, mas eu pulei antes que seu pé pudesse encostar-se ao meu tornozelo. Tentei acertar seu rosto, mas ela desviou rapidamente e eu percebi que ela era mais rápida do que a minha mãe que me treinou. É claro que ela não ia acertar as minhas pernas, seria golpe sujo, assim como eu não ia puxar o seu cabelo ou mirar em seus seios. Essa seria uma ótima luta.

Avancei novamente em sua direção e consegui segurar seus braços enquanto prendia seu pescoço com o meu braço. Num gesto rápido, me aproximei do seu ouvido e sussurrei:

— É um prazer conhecer a filha dos McPherson.

— Pena eu não poder dizer o mesmo sobre você, McCann. — Falou ela dando um chute em minha canela e se soltando dos meus braços. Estávamos ofegantes e eu não sabia a quanto tempo essa luta está durando e nem chegamos perto de descobrir quem será o possível vencedor.

Ela avançou novamente e se preparou para me dar um soco, mas eu desviei, só que não vi a sua perna se erguendo num gesto rápido e acertando a minha cabeça. Cai no tapete com o impacto e o chão começou a rodar a minha volta. Com muito esforço eu consegui me levantar e avançar em sua direção conseguindo acertar o seu ombro direito. Era pra ter acertado seu rosto, mas como ela foi muito rápida eu só consegui acertar seu ombro. Ela estava em vantagem agora, pois minha cabeça começou a latejar e eu não sabia por quanto tempo eu aguentaria continuar lutando.

— Cansado? — Perguntou ela com um sorriso sarcástico no rosto.

— Nem um pouco. E você? — Disse mentindo.

— Também não.

Na verdade, ela também estava cansada. Mas nem eu e nem ela queria admitir isso.

Fui em sua direção tentando de todos os jeitos acertar seu rosto, mas ela desviava de todos os meus socos, até que eu me abaixei e dei uma rasteira nela que caiu no tapete com tudo. Ela não esperava por isso, pois estava concentrada demais desviando dos meus socos. Só rapidamente ela se levantou, e sem os braços. Ela fez um impulso com as pernas e num pulo ela já estava de pé.

Nossa! Essa garota não existe. Ela é como aquele filme: Duro de matar. Ela é pior que qualquer garoto.

Ela sorriu para mim e eu sorri de volta. Dessa vez ela veio em minha direção e conseguiu me segurar pelas costas quando eu tentei prendê-la e me ergueu fazendo todo o meu corpo bater com força no tapete azul, que eu descobri que não tinha muita diferença do chão duro. Esse foi o meu fim. Não consegui me levantar direito e ela me acertou na barriga. Eu perdi. Eu sabia assim que a vi olhar para cima em direção aos seus pais e sorrir. Médicos que estavam ali perto me ajudaram a levantar e começaram a me examinar para saber se eu não tinha quebrado alguma parte do meu corpo. Ela também foi examinada, e pelo que eu vi, causei um belo estrago em seu ombro.

Fiquei assistindo as outras lutas e as vezes dava algum algumas olhadas na direção dos meus pais. Minha mãe sorria toda vez que via que eu estava olhando e meu pai apenas fez um sinal com o dedo de que eu tinha ido bem. Só que na verdade, eu sabia que ele não estava tão contente, ele queria que eu ganhasse. E eu queria ter ganhado, para mostrar a ele que eu era bom e que poderia ser melhor do que ele foi, mas eu o decepcionei. E o pior de tudo é saber que eu perdi para uma garota e para piorar, ela é uma McPherson.

Então, todos já haviam lutado. E essa era a hora que todos os pais tanto esperaram. E que eu tanto aguardava.

Eu e o os vinte três adolescentes ficamos mais próximos da grande tela na parede vendo nossas fotos passar uma por uma nos dois quadrados, um do lado do outro. Onde mostraria você e seu parceiro, escolhido de acordo com os testes feitos e mais outros conceitos que eu não parei para prestar atenção, já que não seriam validos comigo.

— A primeira dupla é... — Disse a agente responsável pela seleção e na tela parou a foto de duas garotas. — Lilan Summers e Gabrielle Aindan.

E mais outras duplas foram formadas e eu só ficava repetindo em minha mente.

McPherson, não. McPherson, não. McPherson, não.

Olhei para a tela e vi minha foto parar e logo em seguida a foto de uma garota.

NÃO.

— Décima dupla é: Jason Drew McCann e Madeline McPherson.


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Notas finais do capítulo

Caso o link do uniforme da Madeline não der certo, aqui está:
http://www.polyvore.com/uniform/set?id=55124380