Gotta Be You. escrita por prodigy


Capítulo 4
Capítulo 4 - Baunilha.


Notas iniciais do capítulo

OI gente. LEIAM E MORRAM



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Capítulo 4 – Baunilha.

PDV Carly.

Eu estava sentada no sofá nojento dos Dorfmans enquanto Spencer saia pra comprar a pomada de um dos nossos primos. Aquele da alergia do queixo que não sarou até hoje. E por incrível que pareça a senhora Catherine Dorfman ainda obriga o garoto a usar aquele cone no pescoço.

Essa casa é um nojo. Há biscoito de farinha nos cantos do sofá cheio de uma gosma que eu juro por tudo nessa vida que é baba nojenta. Derramaram suco de beterraba e couve ontem no sofá e ninguém limpou. Eu já estava ficando maluca.

Aposto que o Spencer só escolheu sair de casa pra não sentir aquele cheiro horrível de xixi de lagarto que está imortalizado naquela casa. Eu precisava ir pra casa. Achei que não fosse agüentar até domingo. Imagina que tipo de alimentação será cedida na casa dos Dofmans no domingo ? Aqui não se pode comer nem bacon. Ah, que saudade da minha amiga carnívora Sam, que não deixava presunto na geladeira pra mim. Acho que vou ligar pra ela. Peguei o telefone do meu bolso de trás da bermuda rosa clara que Catherine tinha me dado de natal. Era horripilante.

O telefone chamava. Chamava. E caia. Por mais ou menos 8 minutos inteiros. Nós últimos 5, eu ficava tão nervosa que nem esperava acabar de chamar. Eu mandei uma mensagem de voz para Sam dizendo “ Sam, você não atende minhas ligações. Eu preciso falar com você. A casa dos Dorfmans é pior do que a sala atrás da portaria em que Lewbert jaz com sua verruga. Como andam seus sonhos ? Me ligue assim que ouvir, ou então eu peço pra sua mãe te ligar, ouviu? Beijo, minha loira. “

Não mencionaria nada que pudesse fazer que ela entendesse que eu fiquei sabendo de algum sonho que ela teve. Se ela descobrisse que Freddie me contou que ela acordou gritando de manhã, ela com certeza esquartejaria nós dois juntos e venderia nossas partes congeladas a Venezuelanos contrabandistas.

Pensei que Sam pudesse estar em perigo. Estava muito nervosa. Porque ela não ouviria minhas ligações?

PDV Geral:

Apartamento dos Shay, estúdio do iCarly. Terça feira.

O barulho da guitarra era ensurdecedor. Sam estava ajoelhada no chão, fazendo seu solo enquanto Freddie aguardava sua vez.

Quando Sam acabou, levantou-se do chão de madeira toda suada e com seus cachos emaranhados no pescoço.

Entregou a guitarra para o Freddie e disse em tom desafiador.

- Tente vencer da mamãe.

Freddie agarrou a guitarra de suas mãos e apertou o start.

- Não subestime o seu nerd aqui. – ele disse em tom sedutor levantando-se do pufe amarelo de Carly. Assim que a música começou, Sam ficou boquiaberta. Não no sentido literal, mas estava pasma. Ele não errada UMA nota sequer. Realizava tudo perfeitamente. Sam pensou que seria melhor sair de fininho e comprar uma passagem de avião para o Havaí. Assim Freddie não faria nada com ela. Ou pensou em jogar refri no vídeo-game da Carly, só que isso lhe custaria muita paciência pra ouvir sua voz aguda  gritando e furando seus tímpanos, e muito dinheiro pra repor o aparelho.

Decidiu tomar o resto de sua vitamina de chocolate. Olhando para o chão. Fingindo ter conseguido alcançar mais pontos do que ele.

Quando a música acabou, Freddie viu seu score, no qual ele ficou 1000 anos luz na frente de Sam.

Ele se virou pra ela, e disse.

- Bem Puckett, acho que a decisão foi tomada bem aqui.

Sam fez beiço.

- Ta bem, Benson. O que é que eu vou ter que fazer ? – ela disse erguendo as mãos.

- Nós já combinamos. Nó próximo mês eu vou poder fazer piadinhas a seu respeito. E a respeito a mim também. – ele disse, provocando a loira carnívora.

- Nossa isso deve ser emocionante pra você né, Benson?

- Mais do que você imagina, Samatha. – ele disse, com zombaria.

Ela deu língua pra ele.

Eles desceram de elevador até a sala, e enquanto Freddie ligava a TV, Sam escapava pra cozinha para preparar uns tacos de macarrão. Spencer tinha lhe ensinado, depois de horas de insistência e um ticket pra patinação grátis no gelo por 3 meses.

Ela colocou o macarrão pra cozinhar e foi se sentar no sofá, onde Freddie também se encontrava atento ao programa de celebridades em baixo d’água. Sam acomodou-se nas almofadas enquanto tomava o resto do refrigerante da Carly.

Perguntou:

- Ta torcendo pra quem ?

- Para aquela mulher de biquíni roxo e amarelo. Ela ficou 2 minutos inteiros sem respirar na última rodada.

- Claro que você só gosta dela por causa das pernas grossas que ela tem.

- Ah Sam, cala a boca, a mulher é realmente boa. Ela conseguiu uma... – ele se interrompeu – peraí... parece que alguém está com ciúmes da Jennifer Gale. – ele disse com malícia.

Sam olhou dentro de seus olhos que estavam negros e disse:

- Cara, você tem tanta chance com aquela mulherzinha quanto a sua mãe tem com o Costela.

Freddie fez uma careta considerável. Sam levantou-se e foi olhar seu macarrão. Ainda não estava cozido. Ela voltou-se a sentar no sofá. O silêncio predominou. Ela olhou pro Freddie. Ele estava com os olhos vidrados na atriz na tela. Sam pareceu irritada. “ O que ela tem que eu não tenho ? “ Pensou, e logo após acrescentou: “ Por que eu me importo ? ? ? “

Ela batia com o pé na perna do sofá. Com raiva e olhando fixamente para o chão. Batia suavemente no início, depois a intensidade cresceu, e ela batia de forma tão brusca que fazia o sofá tremer.

- Sam. – Freddie disse.

- Sam – repetiu, com a voz mais alta. A loira continuava imóvel. Ele se irritou e gritou:

- SAM O SEU MACARRÃO ESTÁ PEGANDO FOGO !

Sam continuava parada. Ele levantou-se correndo e desligou a chama do fogão, e depois jogou um pano em cima do fogo.

Ele voltou e ficou na frente dela, com os braços cruzados. Esperou o suficiente para suas pernas preguiçosas doerem. Ele pigarreou.

- Perdeu alguma molécula na minha cara, Benson ? – ela disse com raiva. Ainda sem olhar em seus olhos.

- Sam, VOCÊ PODERIA TER INCENDIADO O APARTAMENTO!! – ele gritou com ela.

- Melhor. Assim nós morreríamos carbonizados – ela disse, fria.

- Egoísta. – ele disse

- Vá se ferrar, Benson. – ela disse, profundamente e silenciosamente magoada.

Ele fez uma cara de dúvida. Suspirou fundo e olhou pra ela.

- Sam, porque você está nervosa ?

- Eu não estou nervosa. – ela disse, voltando a chutar o pé do sofá.

- Foi porque eu gritei com você ?

- Desde quando eu me importo com o que você me diz e da maneira que diz Benson ?

- Aparentemente desde agora. – ele concluiu.

- Cala a boca. Aposto que se fosse com aquela mulherzinha da tela você agiria como um cavalheiro.

- Ah, Sam. Desde quando você se importa com como eu te trato ?

- Eu não me importo, Benson. – ela disse pela primeira vez olhando em seu rosto. Ainda sim evitando seus olhos. – mas eu sou uma menina, se você não percebeu.

- Você me trata como um cachorro Sam. Como quer que eu te trate bem ?

Ela pensou.

- Sei lá, bondade ?

- Ah Sam, deixa. Você está deixando fácil demais.

- O que ?

Ele sentou-se ao seu lado, desta vez um pouco mais perto.

- Como pode ser divertido fazer piada com você, se você entrega de cara o jogo, de bandeja ?

- A única coisa que será entregue na sua cara daqui a alguns minutos vai ser um soco no olho.

Ele sabia que ela estava irritada. Ele não sabia porque, mas sabia que estava, e sabia a causa. Sam estava enciumada por causa do nerd que ela mais odeia. Será possível ?

- Vou fazer outro macarrão. – ele disse, se levantando

Ela continuou paralisada. Digerindo tudo o que fez. Mas que burrice ela cometeu. Como ela deixou com que ele pensasse que ela realmente gosta dele. Epa. Sam pensou que gostava dele. O problema estava realmente sério.

Sam pegou seu celular, para avisar Carly que esse mês seria um dos mais difíceis de sua vida.

Leu “ 8 chamadas perdidas: Carly. “ Pensou : “ O bagulho ficou sério “

Ouviu a mensagem de texto da Carly. Seu cérebro foi paralisado. Como ela sabia do sonho ? Carly é sinistra. Sam ligou correndo para a amiga, com medo de que sua demora ocasionasse uma ligação completamente indesejada de sua mãe. Carly atendeu no primeiro toque.

- SAM !! – ela disse com a voz aguda.

- Ai Carly, meu ouvido. Oi.

- Por que DIABOS você não me atendeu ? ?

- Eu não ouvi.

- E não ouviu porque ?

- O som estava muito alto.

- Ah não, Sam. – Carly disse desesperada. – O que você está fazendo na minha casa ?

- Nada de mais, eu só estava jogando um guitar hero.

- Sozinha ? Eu pedi pro ...

- Com o Freddie.

- Uii, safada. Ta aproveitando bem o tempo aí com o Freddie.

- Carly, a minha situação está bem crítica pra mais uma pessoa enchendo meus ouvidos, se me dá licença eu comer um taco de macarrão. Adios.

- Tchau loira.

- Tchau morena.

Desligaram. Freddie chamou Sam para serviu seu taco de macarrão. Sam colocou uma grande quantidade e sentou-se no sofá, junto a Freddie. Timidamente, sentaram-se um pouco mais próximos um dos outros. Ela comeu seu macarrão. Achou muito gostoso.

- Wow. Fredbag, isso é muito bom. – disse ela com a boca cheia.

- Valeu Puckett.

Ela comeu até se cansar. Depois ele disse :

- Vou domir Puckett.

- Ah, - ela disse machucada. Pois sabia que teria de dormir sozinha e enfrentar outro pesadelo. Como todos depois do tal incidente. – ok. Boa noite Freddie.

Ele levantou-se e saiu pela porta. Ele, mesmo que não mostrasse, estava preocupado com o que Sam sonharia essa noite. Prestaria atenção em cada ruído à noite.

- Boa noite, princesa Puckett.

Seu coração palpitou e voltou batendo mais forte. Ela sentiu enorme vontade de abraçá-lo.

- Boa noite príncipe Benson.

“ O que foi que eu disse ? “ Ela pensou imediatamente. Algo que mudou um segundo depois. Depois de ver o sorriso de Freddie pra ela, algo estranho mudou em sua mente. Seu coração recebeu um banho fresco. Que sensação interessante.

Dormiu sorrindo. Nunca pensou que não houvesse uma noite em que sua mente não fosse afagada pelas memórias do dia em que Samantha quis morrer. Mas aquela noite foi diferente. Sam sonhou com Freddie. Freddie e gelo. E doce. Sonho lindo aquele.  

Sexta feira. Escola Ridgeway.

Sam andava pelo corredor vazio. Abriu seu armário criando coragem de ir para a outra aula. Freddie irritou-a pela semana INTEIRA. Ela estava quase enlouquecendo.

Chegou a quase quebrar o braço do Gibby por tanta raiva que aquele nerd fez nela. Não que ela não quisesse. Ela está a cada dia mais interessada em estar perto dele. Mesmo que ela não admita completamente. Só seu coração sabe. Sam bateu a porta do armário, irritada.

De repente, ele apareceu.

- É falar no diabo que o capeta aparece. – ela disse

- Ah. Eu acho que você anda falando muito em mim mesmo senhorita Puckett.

- Me deixa em paz e vai pro inferno.

-Ha ! Como se você quisesse.

- O meu chute vai te mostrar o quanto eu quero. – ela disse.

- Eu sei bem o que você quer, Sam.

- Aí Freddie, se você está tão desesperado em arrumar uma namorada vai paquerar aquela vaca da Malika. Ela está louca de paixão por você.

- Não é dela que eu gosto. – ele disse, baixo.

Pareceu que água gelada estava correndo em suas veias.

- E de quem que você gosta ? – ela perguntou ainda mais baixo

- Você sabe bem. Lá no fundo você sabe, Sam.

O fogo incendiou suas veias, agora afugentando o gelo. Que grande choque térmico no coração de Samantha. Se fosse Carly ele não falaria com tanta diversidade.

- Pra tanto auê pra falar da Carly, Freddie?

- Quem disse que é da Carly que eu estou falando. – ele disse provocando. Arrependeu-se no segundo seguinte, pois sabia que havia uma grande possibilidade da próxima coisa que ele visse ser a luz branca do hospital. – Também não disse quem é.

- Claro que é a Carly.

- Convencida.

- Só falando a verdade. – ela temia horrivelmente que ele concordasse.

- Gosto de alguém diferente. E gosto pelo que ela é.

Sam já estava morrendo. Por que ele tem que falar assim, com tanto suspense. Temia pelo seu coração. Estava se entregando rápido demais. Era perigoso.

- Hmm. E por que está me contando isso?

- Estava pensando em um jeito de fazer ela saber. Você é a melhor pessoa pra isso.

- Sei. Aposto que não quer o braço da menina que ama quebrado, né Benson ? É o único jeito de fazê-la aceitar.

- Ah, sei não. O que eu estou fazendo já está funcionando.

Sam ficou com o pé atrás.

- Ta bem. Se fosse assim ela já estaria caidinha por você.

- E está.

-Então cadê ela ?

- Bem perto. – ele sussurrou.

Sam olhou discretamente para o fim do corredor, onde garotinhas mimadas discutiam. Já Freddie nem olhou para outro lugar. Só para os olhos de Samantha, lendo suas emoções abaladas.

- Sério ? Lideres de torcida ? – ela perguntou erguendo as sobrancelhas

- Ai, claro que não Sam.

- Vai lá. Termina seu plano. – disse Sam com raiva, enfiando o livro no armário.

- Ah ta. Pode deixar - ele disse. - Parece que alguém está com ciuminho do Benson. – ele cantarolou.

- Cala a boca Fredward.

- Não Sam. Eu não posso ignorar isso.

- CALA A BOCA NERD. Eu vou te bater.

- Não Sam. Eu não posso ignorar os fatos de que você está com ciúmes, e que não quer que eu fique com a garota.

Sam estava com cara de muita raiva enquanto ele falava. Ele nem percebeu quando ela olhava seus lábios se mexendo e pronunciando palavras ininteligíveis para sua mente e coração frágil. Mal ela sabia. Ela estava quase hipnotizada. Ele continuava a falar. Sam não viu outra saída. Agarrou os ombros dele rapidamente e o beijou docemente nos lábios.

WOW. O que ela fez ? ? Seu cérebro gritava. Em todos os sentidos. 1: Porque ele estava retribuindo ? 2: PORQUE ELA O BEIJOU ? 3: Hmm, os lábios dele tinham gosto de baunilha. Sam adorou. A mochila de Freddie caiu no chão e ele segurou seu maxilar de leve. Seus lábios ainda estavam pressionados. Sam se afastou um pouco, delicadamente.

Estavam desconcertados e incrivelmente felizes.

- Ta eu calo a boca. – Freddie disse, por fim. 


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Notas finais do capítulo

EIEIEIE MORRI



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