Gotta Be You. escrita por prodigy


Capítulo 5
Capítulo 5 - Neve


Notas iniciais do capítulo

Olá! Queria pedir muitas desculpas por ter demorado tanto tempo pra postar. Foi culpa minha, sim. Mas muitas coisas aconteceram na minha vida por todos aqueles meses, e eu espero que vocês entendam. Obrigado por lerem a fic ainda, se é que vocês continuam acompanhando-a. Enfim, queria dedicar esse capítulo à minha melhor amiga, Isa, que me deu ênfase pra continuar a escrever, e pra praticamente tudo. Muito obrigado. Eu te amo. Também quero dedicar à Brubs, minha linda @FreddieMcCurdy ( sigam ela lá no Twitter gente ) que é meu môzin di pessoa ;* Te amo, flor. Sem mais delongas, aqui vai um próximo capítulo, escrito depois de muito tempo, demora, dor de cabeça e escassez de inspiração! Ha, eu dei o meu melhor, e espero que gostem. BOA LEITURA! ;)



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“ Quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração. ” – Legião Urbana.

A mochila de Freddie caiu no chão e ele segurou seu maxilar de leve. Seus lábios ainda estavam pressionados. Sam se afastou um pouco, delicadamente.

Estavam desconcertados e incrivelmente felizes.

– Ta eu calo a boca. – Freddie disse, por fim.



Sam não se mexia. Nem um músculo. Nada. Nem Freddie. Eles nem sabiam que estavam respirando mesmo. Freddie não sabia o que dizer. Ele nunca soube de nada que havia acontecido em seu passado, mas sabia que a loira não tinha seu coração inteiro. Ele podia ver isso em seus olhos. Toda vez que ele olhava pra ela. Quer dizer, após o dia em que ela acordou gritando. Ele podia ver mais clara e nitidamente que ela havia sido deixada e permanentemente machucada. Era horrível ver aquilo. Como seus olhos pareciam quebrados. Freddie detestava. Detestava saber que sentia algo por aquela psicopata. Que se importava e que ele tem gastado muito tempo a irritando. Ele sabia que em uma ocasião normal ela perderia o controle e arrancaria sua cabeça do corpo. Ele sabia que jamais tentaria irritar Samantha Puckett sem uma razão. Esse era o problema. Ele tinha uma razão. Uma razão que sua mente não gostava nada. Mas seu coração concordava plenamente. Sam olha pra baixo novamente e nada diz. Nada sai dos lábios selados da garota. Nem um pio. O sino tocou e eles tremeram. Rígidos. Freddie pegou sua mochila e olhou profundamente para os olhos de Samantha. Ela se arrepiou.

– A gente .. se ver. . e-então. Depois – ele gaguejou, com a voz rouca. Ele pigarreou. – Na saída. Eu vou lá. Lá na sua sala – ele recuperou o fôlego e gesticulou para a classe a qual Sam devia estar se juntando no momento.

Ele virou se lentamente enquanto Sam achava forças para andar. Tudo foi tão perfeito. No momento em que seus olhares se cruzaram e seus lábios se encontraram Sam se esqueceu de tudo. De Mason, de Carly, da Srta. Briggs, de suas razões, de sua mãe, do ódio, da culpa, da dor... Tudo. Ela nunca se sentiu tão aliviada. Era como se tudo sumisse. Se ela fosse normal. Aquilo seria certo pra ela. Se sua mãe não bebesse e realmente a amasse. Se seu pai fosse presente e ela nunca houvesse sido magoada de forma brutal no passado. Talvez isso funcionasse. Talvez ela se tornasse, um dia, uma garota digna de um amor. Do amor de Freddie Benson. Era como se seu coração estivesse entregue em suas mãos. Ela não tinha medo que ele deixasse seu coração escorregar e não tinha medo ou temia que ele se espatifasse. Isso mudaria alguns minutos depois, assim que suas mãos parassem de suar e seus olhos mudassem de foco. Ela agarrou sua mochila e largou o armário destrancado. Foi para a sua próxima aula. O professor falava e o som de sua voz irritava Samantha. Ela não aguentava mais. Pediu para ir ao banheiro e encontrou o portão da escola aberto. Samantha nem pensou duas vezes e correu para fora do colégio.


PDV – Carly

Graças a Deus. Eu voltava pra Seattle em questão de minutos. Era um alívio sem tamanho aquilo. Eu insisti tanto com o Spencer para voltar pra casa mais cedo que ele até inventou para os Dorfmans que nós tínhamos combinado de visitar nossos pais. Bobões. Eu estava acabado de arrumar a minha mala rosa para voltar voando para o estado de Washington. Arrumei todas as calças coloridas em pequenas pilhas, as neutras em outra e os pijamas em uma só fileira. Roupa íntima, cosméticos, blusas leves, moletons, jacketas... Não me esqueci de nada. Penteei meu cabelo e guardei a escova, após escovar meus dentes pela segunda vez. Recusei-me a chegar perto demais dos Dorfmans e me mandei. Eu não queria mais respirar aquele ar contaminado. Entrei dentro do ônibus casa novo do Meião, ( já que o último foi roubado pelo Pé Grande ) e me acomodei com meu travesseiro atrás olhei para a paisagem escutando músicas no meu PeraPod. Escutei uma música chamada “Try” da Pink e lembrei-me de ligar para o Freddie. Peguei meu celular e disquei os números. Chamou 5 vezes e caiu. Tentei de novo, e dessa vez ele atendeu no 3º toque.

– Alô – ele disse com a voz rouca

– Freddie? É a Carly. Ta tudo bem?

– Ah, ta sim. Espera só um minuto. – ele desligou

O que Freddie estaria escondendo? Alguma coisa não estava normal.

– Spencer, acelera! Eu não posso demorar.

PDV – Geral

Freddie estava agitado. Ele não parava de se mexer em sua cadeira. Os seus olhos percorriam a sala à procura da porta de cinco em cinco segundos. Ele não agüentava mais, só que a dúvida e incerteza o tragavam por dentro. Não queria esperar nem mais um segundo para falar com Sam. Ele tinha medos e inseguranças, mas tudo o que ele precisava era de ouvir a voz dela e saber como ela estava. Ele não sabia se sua reação ia machucá-lo, mas era pior se isso machucasse a ela. Freddie pediu para sair da sala pra falar com o Diretor Franklin e o professor o permitiu. Freddie caminhou assombrado pelos corredores com a mente a mil por hora. Ele respirou fundo e disse baixinho as palavras para reforçarem a sua mente.

– Sala da Sam. Calma – ele murmurou.


Ele caminhou até o fim do largo corredor e virou a esquerda. Vagou até a sala 204 e ficou olhando para a porta. Ele ergueu a mão esquerda em direção à mesma, encheu o peito de coragem e... Abaixou a mão. Ele estava tremendo quase. Mas se obrigou a ficar calmo. Isso é pela Sam. Por... ela.

Bateu na porta com força. Bateu de novo. O professor abre e pergunta

– Posso ajudá-lo, Benson ?

– Sim. Eu preciso falar com a Sam Puckett. – algo estranho aconteceu em seu estômago naquele momento.

– Sam Puckett... – o professor chamou alto na sala, em busca da aluna. Mas ele lembrou-se de ter permitido a Sam de ir no banheiro.

– Hm, eu lamento mas Sam foi no banheiro

Freddie ergueu as sobrancelhas.

– Sério ?

O professor acenou com a cabeça.

– Ah, então... eu volto depois. Obrigado – Freddie disse com muita dificuldade.

O professor chegou a porta e Freddie se perguntou o que devia fazer a seguir. Sua mente vagava sem coerência pelos corredores e nem mesmo ele sabia pra onde estava indo. Ele de repente sentiu muito calor, e precisou tirar sua jaqueta de frio. Até que viu os portões cinza-azulados da escola abertos, e sentiu o intuito de sair por ali.

PDV- Sam

Eu já estava na altura das montanhas. Caminhava lentamente, mesmo querendo andar rápido como um foguete. Eu estava completamente perdida. Era como se tudo que eu era fosse quebrado e destruído. Era como se eu pudesse começar tudo de novo, mas isso me assustava profundamente, pois o novo começo poderia ser tenebrosamente terrível. Eu não fazia idéia de quem era. Esquecera meus valores, minhas noções e minhas manias. Meus gostos, meus rostos e personalidades. Meus lados e tudo que me formava. Uma só coisa estava à espreita em minha mente, entrando em meus neurônios involuntariamente, de momento em momento. Como eu poderia evitar? Não, não era possível. Era querer demais pedir que meu cérebro simplesmente ignorasse tudo que acabara de acontecer, era demais. Aliás, algum tempo já deveria ter passado. Eu andara por muito tempo na montanha, exercendo uma força que minhas pernas não tinham. Minha mente estava terrivelmente confusa. O vento gelado e cortante embaralhava todas as minhas coordenadas. Percebi, depois de algum tempo, que a montanha nem devia ser tão alta assim. Eu andava incessavelmente sem perceber pra onde ia. Parei em um ponto em que o meu cérebro gritava ” Tudo bem, já pode parar por aqui.”, e andei até a parte mais alta de terra que vi, e me sentei por lá, afofando o chão. Afundei-me em pensamentos e em musgo. Peguei um punhado de terra seca na minha mão, o que me surpreendeu em uma região tão úmida. Joguei pra longe e vi a poeira se espalhar por alguns minutos. O vento congelava minha mente e meus braços, mas eu não me importava de me congelar do lado de fora, enquanto metade de meu coração se derretia por dentro. Permiti-me, depois de uma longa luta interior, a pensar nas minhas razões para estar naquele lugar. A única razão, na verdade. Deitei-me no chão e deixei a imagem de Freddie Benson preencher minha mente e inundar meu coração. Seus olhos, cor de chocolate... Era por uma razão. No dia em que eu tive aquele pesadelo na casa da Carly, ele foi lá para me ajudar. Me salvou. Mais uma vez. Eu o observara com cautela nos últimos dias. Eu sabia. Precisava me deixar pensar, pelo menos uma vez: eu estava me apaixonando por Freddie Benson. Eu queria me bater por isso. Mas não consegui. Era como se fosse pra ser assim. Eu nunca percebera por muitos anos. Mas não poderia ser fácil como foi, poderia? Eu, Samantha Puckett me apaixonando facilmente pela pessoa que eu mais costumava atormentar. É... não era fácil de se acostumar. Entendi minhas inseguranças por um longo minuto. Minha cabeça não era a mesma, e eu me sentia um pouco enfurecida por isso. Resolvi então, fazer o que nunca faria normalmente.

– Freddie! – gritei alto, ouvindo logo após o som da minha própria voz em retorno.

– FREDDIE! – berrei com muito mais força. Era estúpido, imoral, imprudente e totalmente idiota. Mas era isso que eu sentia. Vontade de gritar seu nome bem alto. O nome do garoto que eu beijara haviam poucos minutos. Horas, talvez. Mas eu nunca me esqueceria. Claro que eu lembrava da vez em que nós nos beijamos na saída de incêndio, mas foi muito diferente. Apesar de termos alguns poucos sentimentos, nós éramos muito imaturos, como crianças. Agora não éramos. Nós nos beijamos porque nós queríamos nos beijar. Bem, ou não. Eu o beijei, sim. Mas ele gostou? Ah, ele segurou meu rosto por alguns instantes... Talvez aquilo não significasse nada. Não pra ele. Mas pra mim... foi sim. Foi muito.

Começou a ficar mais frio. Será que era impressão minha?

PDV Geral

Freddie correu até o fim da rua, sem pensar em voltar para trás. Passou os olhos em uma moto pequena estacionada perto de um poste mal colocado na calçada. Sentiu uma sensação de urgência momentânea e se deixou levar por ela. Subiu na moto sem pensar em consequência alguma, e acelerou até virar duas ruas à direita. Depois subiu até uma área cercada, e viu muitas montanhas verdes cobertas por neve. Achou uma menor que as outras, ainda assim, alta. Resolveu escalá-la. Não sabia porquê. Só sabia que tinha de faze-lô. Reparou que estava mais frio, e poderia vir uma nevasca. Colocou sua jaqueta, pulou a cerca e prosseguiu.

Andou por uns 10 minutos e o frio se intensificara com rapidez. Uma pequena parte não insana de seu cérebro ainda gritava, e às vezes murmurava: “O que você está fazendo aqui? Corra pra baixo idiota.” Mas ele não conseguia parar. Era como se ele tivesse que continuar seguindo. Era importante. E muito, muito imprudente.

Então parou, pois sentiu que devia. Deu mais alguns passos e de repente viu a imagem de Sam deitada no chão, branca feito algodão. Seus cachos estavam quase enterrados na terra seca da montanha, e Freddie se encontrava desesperado. O que faria? O que acontecera com Sam ? Ele simplesmente não podia ficar parado observando o corpo da loira. Correu e agachou-se no chão, ao seu lado. Ouviu sua respiração, e ela ainda respirava. Não havia ferimento algum. Ele sacudiu seus ombros de muito leve e perguntou.

– Sam... Sam, você está me ouvindo? Sam! – ele já se encontrava desesperado. Quando percebeu seus olhos se abrindo um pouco, preguiçosos e azuis feito o céu. Alguns flocos de neve caiam sobre os braços gelados da pele alva de Sam. Freddie observou seus olhos focalizarem nos dela. Ele pegou sua mão, e Sam estava mais fria que gelo. Ele não pensou duas vezes e tirou sua jaqueta e envolveu-a nos ombros de Sam, esperando inutilmente que aquilo fizesse algum efeito. Ele pegou-a no colo rapidamente e pensou, reforçando o que aprendera todos esses anos com a mãe mais louca de todos os tempos: “ Hipotermia. Calor corporal. “ Juntou seu corpo muito forte com o corpo da Sam, e estabilizou-a em seus braços. Sua respiração estava muito irregular, tanto que ele pensou que não seria capaz de mexer nem mais um músculo se quer. Quis ficar preso ali com suas pernas congeladas com Sam nos braços até seus neurônios preguiçosos forçarem-no a fazer algo. Mas seu corpo todo estalou em um momento. Ele percebeu que Sam tentava sussurrar algo com o pouco de força que lhe restara, que parecia impossível de ainda estar naquele corpo. Um zumbido quase ininteligível saiu de sua boca, o que deixou Freddie desesperado de uma forma que ele nunca tinha sentido antes.

– Freddie... eu te preciso. – ela disse, fechando os olhos e amolecendo todo o corpo logo em seguida.



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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Mereço reviews? :D Mandem o que achou gente, é muito importante pra eu saber como ou se eu devo continuar a fic. (: Thank you so much guys! #PrayForSam u.u



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