Gotta Be You. escrita por prodigy


Capítulo 2
Capítulo 2 -- Castanho-Chocolate


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, eu quero dedicar esse capítulo à linda da Bìah Naccimento, que me mandou um Review adorável . :D Beijos linda. ;D Boa leitura hein, gente!



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Sam acordou no sofá de Carly. Com tanto sono que pensou que não seria capaz nem de falar.

- Sam ..  - Carly chamou e cutucou a perna da loira. - Sam, vai pra casa. Está tarde. Acorda Sam. 

Sam continuou imóvel. 

- Ah, não. Sam o Spencer está comendo a última coxa do Frango Frito. Oh não, ele comeu todo o seu Bolo Gordo também... – Carly falou um pouco mais alto.

Não se foi 5 segundos e Sam levantou-se procurando Spencer pra ver se lhe tacava a banana que dormiu em sua mão, pressionada no seu corpo. 

- Cadê ?? - esbravejou Sam

- Shhh, vai acordar o Spencer .- Carly sussurrou

- Anh ? Mas ele não estava ... 

- Não, mas eu precisava te acordar, e o único jeito de fazer isso é te ameaçando de ficar sem comer frango ou outro tipo de carne.

- Ah, que droga. - Sam abaixou a cabeça, e imediatamente sua coluna estalou. Lembrou-se de como o sofá estava quente e aconchegante naquela noite fria de Seattle.

- Ai, então eu vou dormir. - Disse Sam, sentando-se no sofá

- Não, não, não, você tem que ir pra casa.

- Eu não ! A chance de eu sair desse sofá macio da sala dos Shay praquela noite gelada até chegar na minha casa futricada é a mesma de você convidar o Nevel pra sair.

- Sam, sua mãe deve estar preocupada ...

- Cara, a minha mãe está no Novo México tentando fazer aquele advogado largar da mulher bêbada pra casar com ela em Las Vegas.

Carly fez uma cara confusa.

- E ele é quem deve pagar pelo casamento em Vegas.

Carly fez de quem não quis saber mais.

- Por favor, por favor, por favor, deixa eu dormir aqui ? Eu não quero dormir sozinha naquela joça que minha mãe chama de casa. Eu vou estar lá sozinha.

- Sam, desde quando você tem medo de dormir sozinha ? - Carly perguntou, erguendo as sobrancelhas

Sam pensou novamente e pegou nas mãos finas de Shay, a dirigindo um olhar azul e suplicante, com metade do olho direito já fechado.

- Não tem comida lá.

- Eu te dou dinheiro e você compra Bolo Gordo no caminho. - Carly respondeu imediatamente.

- Ah não. Lá na frente tem um cara esquisitão que usa uns piercings de baixo do braço.

A cara de Carly imaginou a cena e fez uma cara memorável de nojo e imaginação. Sam riu por dentro, com o pouco de energia que lhe restara.

- Ew Sam, o Costela deve ter alguma coisa de carne super gordurosa que te apeteça. - Carly disparou.

- Carlinha, por favor. Só hoje. - A loira fez bico

Carly ficou procurando razões para argumentar, mas sabia que não teria saída, a não ser carregar Sam e deixar ela na cama do apartamento de Pam Puckett.

- Tá beem, mas você tem que sair de manhã de manhã, porque os meus primos horripilantes vão chegar. 

- Ui, os Dorfmans ? 

- É sim.

- Ah, é por isso que tinha um bolinho recheado com uma gororoba nojenta dentro?

- Ah não Sam, você comeu o bolinho ?

- Comi um pedaço, infelizmente. O resto está em cima da bancada. Quer dizer, o que eu não cuspi fora e joguei lixo, porque, sem ofensas Carly, aquela ...

- Ah não Sam !!

- O que ?

- OS DORFMANS !

- O que que tem os ...

- Eles vão chegar e vai faltar um bolinho, porque eu fiz um pra cada um e a minha farinha sem glúten acabou !

- Farinha sem glúten ? Existe isso ?

- Ai, Sam, você comeu meu bolinho e agora eu vou ter que lavar o meu sofá! – Carly olhou com raiva para a mancha que a banana tinha feito na almofada do sofá da sala.

Sam fez careta. Colocou em seus planos sair de lá o mais cedo possível, pra evitar a possibilidade de Carly exigir que ela lavasse o sofá de no outro dia de manhã.

- Ai Sam, agora o que eu faço ?

- Cobre o bolinho e finge que nada aconteceu.

- Ai meu Deus, que nojo !

- Haha, sabia que ia fazer essa cara ...

- Levanta Sam. – apressou-se Carly

- O que ?

- Cadê a balinha de confeitar ?

- Hmm, acho que está no banheiro do Spencer.

- Ah, cara !

- Mas o Chantilly ta na geladeira.

Carly correu e pegou o Chantilly . Entregou pra Sam.

- Anda, vai colocando em cima enquanto eu procuro alguma coisa pra enfeitar.

Carly virou para o armário e revirou tudo. Achou uma calda de chocolate e algumas balinhas que sobraram do pacote. Ao virar-se, se deparou com Sam namorando a lata de Chantilly e lambendo a ponta do spray.

- SAM ! – gritou Carly

- Ah, o que foi ?

- É pra decorar o bolinho, não a mesa e o chão da minha cozinha. – Carly reclamou – Eca, a tampinha está toda babada. Ai Sam, vai lavar isso enquanto eu coloco calda nesse bolinho. Sam empoleirou-se nas costas de Carly e disse com voz de bebê.

- Não fica bravinha com a mamãe.

Carly a olhou com o canto do olho esquerdo, furiosamente. Sam olhou pra ela, paralisada, e virou-se para a pia pra lavar a baba de cima do spray.

Após a operação da cirurgia de transfusão e redecoração do cupcake, Sam e Carly foram dormir, sem nem vestir os pijamas. Carly já se encontrava de pantufas de zebra, enquanto seus pés rastejavam pra cima da escada em busca do quarto quentinho de uma Shay. Sam adormeceu no sofá, com um pé de tênis e um de meia.

PDV Samantha Puckett.

Estava tão escuro que eu não conseguia respirar. Acho que também estava quente . E abafado. Eu estava sufocando. Por um momento rápido, eu vi seu rosto. Iluminado por um só feixe de luz que entrava nas vidraças quebradas daquela casa abandonada que só Deus sabia onde ficava. Seus antigos olhos verdes de certo modo eram verdes, só que opacos. Não tinham a luz que eu via. Não tinha mais aquela luminosidade de felicidade que eu costumava ver. Parecia um homem diferente. Seus cabelos negros estavam molhados. Ele me segurava pelo pescoço na parede. Um fundo oco da minha cabeça fazia perguntas irrelevantes para o que eu estava sofrendo naquele momento. Mas que fariam todo o sentido num mundo em que as coisas funcionassem de outro jeito. Do jeito que devia ser. Do jeito que era, e que sempre foi. De um jeito que nunca ouve razão pra mudar. Era tudo tão simples e claro pra mim, que eu não conseguia pensar em razão alguma para aquele tipo de força que ele estava usando. O que foi que aconteceu? Eu tomei um mínimo fôlego. De repente, eu só vi o preto. Não havia nenhum feixe de luz, ou dos olhos de Mason. Havia apenas eu. Perdida  num lugar quente, em que eu não me encontrava, pela tamanha escuridão. Como era escuro. Era difícil acreditar que eu estava lá. Tinha a consciência de que estava em um tipo de situação em que se assiste a cena, e não se tem a chance de reverter ou mudar alguma coisa. Era como um flashback de um filme que você viu semana passada. Senti doer. Bem no meu peito. Em cheio. Depois nas costelas. Devo ter quebrado. Foi uma dor diferente da que eu senti originalmente. A dor me sugava pro mais escuro. Não simplesmente me cortava e dilacerada a ponto de eu não conseguir pensar em nada. Era a dor de saber o que estava acontecendo. Saber quem era, e não saber o porquê. Isso era o que mais me afligia. Passado algum tempo indeterminado, eu o vi. De novo. Tirando as luvas e o pedaço de madeira das mãos. As luvas, ele colocou numa sacola preta que amarrou e preparou para levá-la consigo. O toco de madeira, cheio de sangue, ele largou no chão. Produzindo um barulho que fez minha cabeça latejar. Eu abri os olhos, e só dessa vez pude o sentir que eles estavam com lágrimas.

- Amor, o que ...  - comecei a dizer, enxergando poucos pontos claros em minha visão.

Ouvi silêncio, e depois, o barulho de outra pancada nas costas. Como doía. Como o meu coração ardia.

Outra dor na costela. Olhei seus olhos clara e nitidamente pela primeira vez.

Estavam preenchidos por ódio e amargura. Tamanho desprezo. Numa outra ocasião, eu levantaria hipóteses do que eu fiz de errado. Mas seus olhos me pegaram desprevenida. Não eram os meus olhos que estavam refletidos nos olhos dele. Eram outros olhos. Olhos maus. Olhos animalescos. Temi pela minha própria vida pela primeira vez.

- Acho que quer mais algumas. – ouvi a voz cortante, fria e dura me cortar primeiramente por dentro, e depois, antes que ela me cortasse por fora, eu vi o que mais me intrigou.

Seus olhos ficaram negros. Quanto ódio taciturno. Nunca senti tanto pavor em minha vida. Nem quando minha mãe me queimou com cigarro. Nem quando eu fui chutada por assaltantes na rua. Eu nunca vi tanto ódio em uma só pessoa. O terror se tornou muito real. Gritei bruscamente. Algo que me assustou, porque naquela situação eu nunca faria aquilo. Eu só conseguia gritar. Acordei com algo me sacudindo pelos ombros. De modo forte e tímido. Encolhi os ombros, pois temia que o sonho se tornasse realidade. Ouvi uma voz diferente e conhecida. Algo que não combinava com a cena que eu acabara de ver. Uma voz doce e preocupada. Cheia de preocupação.

- Sam – Ele disse. – Puckett acorda por favor. – sacudiu-me mais uma vez seguida – O que foi que aconteceu Sam ?

Abri os olhos e a primeira coisa que vi foi os olhos castanho-chocolates de Freddie. Não acreditava que era o olhos dele. Tão nítidos e claros. Só acreditei quando vi as bochechas que eram brancas feito neve levemente coradas em pêssego. Saltadas maças do rosto me fizeram reconhecer o nerd idiota que estava do meu lado no sofá, com a respiração colada na minha, me observando com olhos curiosos e cheios de ansiedade. Eu me vi. Vi meu reflexo nos olhos dele. Me observei pelas suas pálpebras minha própria imagem, e não imaginei que pudesse ver tanta beleza naquele manezão. Respirei alto. Ele ainda com as mãos nos meus ombros disse, bem perto do meu rosto, de modo que pude sentir seu hálito soprar nos meus lábios:

- O que foi que aconteceu ?


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Notas finais do capítulo

WOOOOW le suspense no que que a Sam vai fazer no próximo capítulo. Será que eles se beijam ? Ou será que se afastam ? Ou a Sam dá um peteleco nele ? Haha, vamos descobrir sexta ou sábado hein manolos . :D Se gostaram ou não, me mandeu reviews, que não mata, não engorda e nem faz mal. ;) kk bjbjss meus leitores lindos. :D



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