How Things Began... escrita por RitalinLove


Capítulo 10
Some good news, some Spaghetti and some love


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, boa leitura! :D



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Cumprimentamos os meninos pela metade:


– Tá, tá, "oi, oi, tudo bem? tudo". Maravilha! Vocês já se conhecem, então vamos deixar o papo de lado, sim? Estávamos só esperando as 'princesas' chegarem. O Patzão aqui, tem uma coisa importante pra falar! - Falou Pat (obviamente) e eu e David reviramos os olhos ao mesmo tempo.


– Tá bom, Pat, estamos todos aqui agora. - Disse Seb saindo da cozinha com um balde de salgadinhos. Oba! Eu estava morto de fome!


– Ok, ok… Preparados? - Disse Pat, deixando todos nervosos, especialmente David, que era a própria curiosidade em pessoa.


– Fala logo, Patrck! - David falou alterado, de braços cruzados. Oh céus, ele ficava tão maravilhoso assim… O que eu não daria para poder abraça-lo e fazer carinho até que se acalmasse de novo…


– Credo! Calminha, diva! - David soltou um suspiro irritado e eu escondi um risinho. É mesmo, David irritado realmente parecia uma diva… Haha - Estão mesmo preparados?


– Sim, Pat, que droga! Fala de uma vez! - Falei. Claro que eu também estava curioso, mas não tanto quanto meu pequeno. Queria mais era cessar seu nervosismo.


– Ok… Mas… Vocês tem certeza?


– SIM! - Gritamos todos juntos e com muita raiva. Chuck até mesmo se levantou e deu um soco no braço de Pat.


– Ai… Nossa, vou falar então, seus sem graça! - Pat fez uma cara sacana e… - É só que é muuuuito bombást…


Antes que ele pudesse concluir (ok, ele não ia concluir nada, só ia enrolar mais ainda…), pulamos em cima dele, deixando- o sem ar no chão: O primeiro do montinho foi Jeff, depois Chuck, então Seb, David e… Bem, eu. Sobre ele.


Certo, certo… Estava todo mundo sobre todo mundo… Mas pra eles isso não tinha nada demais… Eles não viam nada de malicioso nisso… Af, nem eu deveria estar vendo, droga! David podia ser meu… Bem, sei lá o que David e eu somos, pra falar a verdade… Enfim, o ponto é, David e eu até podemos ter "alguma coisa", mas ele também é meu amigo… E na frente dos nossos outros amigos, era apenas assim, como um amigo, que ele deveria ser tratado. Ok, porque eu tô falando isso? Eu não estava o tratando diferente nem algo do tipo… E eles não podiam ler minha mente, eu estava livre pra pensar nele o quanto eu quisesse, há! Se bem que… Ás vezes eu podia jurar que David podia sim, ler minha mente… Deve ser todo aquele lance de conexão e tudo mais. Yeah, muito bem, Desrosiers, por culpa sua, estou perdendo o foco de novo. Todo esse nervosismo porque, fiquei sobre você e… Algumas coisas se tocaram. Af, ok, eu sou ridículo.


David virou o rosto para mim e, como eu já suspeitava, ele sabia exatamente o que se passava pela minha cabeça. Só que… Ao invés de ficar completamente nervoso ou constrangido como eu, David apenas… Riu.


Ele então aproveitou que todos estavam ocupados demais amontoados uns nos outros e aproximou o rosto o máximo que conseguiu do meu e me deu um selinho silencioso. Logo eu relaxei. Não sei como, mas ele tem esse poder em mim. Mesmo quando é a causa da minha preocupação, ele consegue me fazer ficar bem e deixar a chateação de lado.


Ri todo bobo da sua atitude e antes que eu pudesse beijá-lo de novo, o montinho começou a se desfazer com um Pat todo vermlho, com falta de ar, se debatendo.


Nos levantamos rápido, enquanto Pat bufava tentando recuperar o ar:


– Vocês… São… LOUCOS??!!! - Pobre do Pat colocava a mão no peito assustado.


– Se eu fosse você, Langlois - Disse Jeff pausadamente -, contava a novidade de uma vez.


– Ok, já vi que a banda, que conseguiu um contrato com uma gravadora nos Estados Unidos, para finalmente gravar seu primeiro CD, não sabe brincar. - Pat falou bravo, logo em seguida abriu um sorriso… Eita, espera… O QUÊ?


– É, Pat, pois é, agora fala de uma v… ESPERA! 'QUÊ VOCÊ DISSE?? - Chuck falou pulando do sofá assim que se deu conta do que ele havia dito -aliás, todos nós lesamos pra poder entender-.


– É isso aí! Recebi uma ligação da LAVA RECORDS! - Ele ainda vibrava e, dessa vez, vibrávamos juntos - Eles AMARAM a demo que a gente mandou!


Ninguém sabia o que falar. Puta que pariu, era um sonho virando realidade! Como a gente poderia DIZER alguma coisa? Todos se abraçaram pulando, cada um com um sorriso maior que o outro.


– Nossa… Mas isso já faz meses… - Chuck contestou e Pat revirou os olhos pra ele.


– De que importa, Comeau? O que importa é que conseguimos! - Ele disse entusiasmado, mas de repente murchou - Quer dizer… Vocês conseguiram… - Ele sorriu de lado.


– Ei. - Coloquei a mão no ombro dele - Nós conseguimos, ok? - Pat levantou o rosto, sorrindo.


– É, Pat, você faz parte da banda, cara! - Falou Chuck.


David abraço-o e Jeff fez sinal pra que fizéssemos um montinho de novo sem eles perceberem. Pulamos em cima deles e eu fiquei morto de pena do David… Coitado, tão pequenininho, de baixo daquele bando de marmanjo. Até tentei pular primeiro pra apoiar o peso dos outros apenas em mim, mas Jeff e Chuck foram mais rápidos.


Depois de nos soltarmos mais uma vez, Pat nos explicou tudo direitnho.


– E quando a gente vai pra lá gravar? - Perguntou Seb.


– Nesse final de semana, já. A gente vai ficar em uma casa na Califórnia, que é junto do studio.


– Espera, nada de hotel? - Disse Jeff.


– Cara, foi o que deu pra conseguir. Eu sei que aprece meio desconfortável, mas hey, esse não é o sonho de você? - Indagou Pat e todos concordaram.


– Puxa… Isso é incrível! Depois de um ano batalhando, a gente chegou lá! - Falou Chuck com os olhos brilhando, falando mais para si do que para nós.


– Acho que devíamos sair pra comemorar! - David falou animado e batendo palmas.


– Ér… Eu não posso. Mas se divirtam! - Falei.


– Não pode porque? - Perguntou Seb.


– Tô meio que de castigo agora… - Falei de cabeça baixa.


– Avá, quando você não está de castigo, Bouvier? - Falou sarcástico Chuck.


– Quando não faço coisa errada. - Completei.


– Ou seja: está sempre de castigo. - Falou David… Porra! David? Muito obrigado.


– Jura, David, é o que você pensa? - Falei provocando ele e mais ninguém entendeu.


– Sim. - Ele falou mostrando a língua.


– Tem certeza? - Falei levantando a sobrancelha.


– Haha, porque? - Ele também levantou a dele.


– Nada… - Falei dando de ombros - É bom saber essas coisas… - Disse sorrindo desafiador para ele. Apenas eu e ele sabíamos do que se tratava, os outros continuavam confusos, nos achando malucos.


– Não tem que levar tudo para o lado pessoal… - Ele tentou concertar.


– Não, não! Tudo bem, não precisa tentar resolver, já entendi o que você falou. - Disse com cara de bravo.


David começou a rir e pulou em cima de mim "me batendo" - acho que ele estava tentando me machucar- e eu só conseguia rir.


– Caham… As mocinhas já acabaram? Ok, então… Qual é Pierre, isso é importante, cara! Que tal avisar seus pais que você já tem 20 anos e que 'tá tentando arrumar essa sua vida desajustada, trabalhando de verdade. Quem sabe, eles acreditem que você finalmente queira virar um adulto de verdade e tudo mais. - Falou Pat.


– Muito obrigado, Patrick. Você é um ótimo amigo. Adoro sinceridade. - Falei sarcástico. - Tá, vou falar com eles. Mas para isso, preciso ir pra casa agora. - Falei olhando o relógio: Já eram 11:54!


– Hunf. Você adora esse relógio…- Disse David emburrado, se referindo CLARAMENTE ao meu-"namorado"-chegando-de-viagem-hoje-de-manhã. Balancei a cabeça como em sinal para que ele disfarçasse melhor, rindo muito de leve.


– Enfim, tenho que ir. - Comecei a andar em direção de David, dessa vez eu que me esqueci, para dar-lhe um beijo de despedida. Dois passos antes de chegar nele, ELE balançou a cabeça pra mim, disfarçadamente, e eu dei meia volta. Ok, era oficial: Eu tinha problemas mentais para todo o resto da banda.


Sai de lá e dirigi até em casa, que não era tão longe, e em 15 minutos cheguei lá. Com sorte, eles ainda não estavam em casa para o almoço, apenas Jay, mas ele era meu irmão, certo? Não iria me entregar.


Comecei a arrumar a mesa e tirar a comida do forno. Queria tudo mais do que perfeito, para que assim, eles não pudessem dizer não para minha viagem. Não sabia exatamente porque estava tão nervoso… Eles sempre me apoiaram muito nisso. Desde que contei que queria seguir carreira na música, pra valer, eles não desacreditaram de mim e me deram forças para fazer isso. Meu pai já trabalhava com música, então pra ele era um grande orgulho. Chuck já não tinha essa mesma sorte, por exemplo… A gente sempre ensaiava no seu porão, mas mesmo assim, seu pais não botavam muita fé na gente. Eles ainda estavam inconformados porque Chuck havia largado a faculdade de direito para tocar bateria em uma banda… O caso era: Meus pais aceitariam numa boa a viagem, achariam o máximo o fato de eu ir pra outro canto da América do Norte, mas tinha a grande chance de sequer me deixarem sair de casa hoje pra comemorar esse fato. Sim, isso soava esquisito. Mas fazer o que? Eles eram diferente dos outros pais. Ás vezes tinham que fingir que eram linha-dura…


Eles chegaram e começamos a comer. No meio do almoço finalmente tive coragem pra falar:


– Então… Preciso falar uma coisa importante pra vocês. - Disse e assim que consegui a atenção de todos, prossegui - Como vocês sabem, eu tenho uma banda.


– Jura? Poxa, neeem sabia. - Fui cortado por um comentário sarcástico de Jay. "Oba"!


– Deixa seu irmão falar! - Disse mamãe. Poxa, mães sabem das coisas, dava pra ver pelo brilho do seus olhos que ela já sabia que era algo bom.


– Bom… - Engoli em seco e abri um sorriso - Vamos gravar nosso primeiro CD! Fechamos contrato com uma gravadora!


Assim que botei o ponto em minha frase, minha mãe se levantou, tremendo de alegria, me abraçando. Pai e Jay também foram em minha direção, sorrindo grande.


– Isso é maravilhoso! Oh, eu já sabia! Já sabia! - Disse minha mãe, quase chorando. Ó céus…


– Meus parabéns, filho! - Meu pa me abraçou mais forte - Estou muito orgulhoso de você. Aliás, de todos vocês!


– Isso aí, maninho! Sabia que conseguiria! - Jay deu um amarranhado em meu cabelo.


– Obrigado gente… - Tremi um pouco, agora vinha a segunda parte - Érr… É lá na Califórnia… Tenho que viajar sexta-feira.


Minha mãe murchou um pouco, não queria ficar longe de seu filho, lógico. Mas ela entendeu e abriu o sorriso de novo.


– Precisam ser levados? - Meu pai perguntou. Ele tinha uma van e uma ambulância médica em casa -inclusive no nosso primeiro show, fomos levados pela ambulância do meu pai, haha-.


– Não se preocupe, vamos de carro até o aeroporto. Eles pagaram nossas passagens! - Disse a última parte mais para mim do que para eles. Aquilo ainda me impressionava muito… Quer dizer, a poucos meses atrás éramos apenas uma banda pobre… Sendo levados de ambulâncias para shows e etc. - Mas, não se livre da sua van! Quando sairmos em turnê, você vai nos levar naquilo. - Falei abraçando meu pai, que sorriu de orelha-a-orelha por eu considerar aquilo tão importante.


– Guardarei a van, com certeza!


– Estou tão orgulhosa de você, meu Rockstar! - Falou minha mãe. Era possível ela estar mais feliz do que eu? Acho que sim…


– Ah, mamãe… Não sou um Rockstar… - Sorri de lado - Sou apenas um fracassado que deu sorte.


– E que sorte! - Disse Jay e eu concordei sorrindo grande. Até eu senti orgulho de mim mesmo. Senti orgulho dos meus amigos. Senti orgulho da banda.


– Fale o que quiser, ache o que achar… - Minha mãe me deu um beijo na testa - Você é meu Rockstar e ponto final.


Sorri agradecido. Sabia que não era verdade - o que tornava tudo ainda melhor -. Não nasci em berço de ouro. Tive que batalhar pra chegar onde cheguei. Mas não iria discutir com minha mãe.


Enquanto ela e meu pai recolhiam a mesa, lembrei-me da terceira parte… Sair hoje à noite…


– Érr… - Antes que eu pudesse pedir, meu pai olho pra mim e começou a falar:


– Não acha que isso pede uma comemoração, Pierre? - Sim, EU ACHO. - Porque não sai com seus amigos hoje à noite? - OBRIGADO PAI, VOCÊ É UM ANJO E NEM SABE!


Claro que eu não consigo ficar calado. Claro!


– Mas… Érr… Eu estou de castigo. - Boa, Pierre, sua jamanta!


– Tudo bem, filho! Acho que já está grandinho demais pra isso. Ainda mais depois de uma notícia dessas… - Minha mãe falou… A mesma coisa que Pat?! Que mundo louco!


– Sim, apenas avise aonde vai e quando volta! - Meu pai falou em controversa com o discurso da minha mãe… Haha, fazer o que, ele estava com razão anyway.


– Pode deixar. Obrigado por tudo, amo vocês! - Falei enquanto subia as escadas para meu quarto, antes que mudassem de ideia.


Liguei para Comeau avisando que iria, e ele me passou todas as informações necessárias. Chuck iria me buscar - era melhor do que sair com o carro dos meus pais de novo - às 21h. Dormi um cochilo e acordei às 15:04h. Eu ainda tinha muuuuito tempo pra pensar em meu arrumar, então continuei deitado na cama pensando em tudo que poderia acontecer daqui pra frente e, como sempre, meus pensamentos acabram em um só lugar: David. Comecei a pensar nele e em como ainda iria me "vingar" por dizer que faço tudo errado. Depois pensei em como ter "contado" meus sentimentos para ele, tinha sido uma das coisas mais certas que eu havia feito e aí…


Levantei em um susto:


"Hoje é como se fosse o nosso 'primeiro encontro oficial'?!!!" Arregalei meus olhos quando pensei nisso. Ok, os outros meninos estariam lá, mas eu ia sair de noite, para jantar e David estaria lá, provavelmente sentado do MEU lado… Isso pode ser considerado um encontro?! Comecei a suar frio e naquele mesmo segundo decidi começar a me arrumar. Sim, eu parecia uma mulherzinha, sei disso…


Corri para o banho e gastei uma hora lá dentro até ter certeza que eu estava cheiroso e irresistível o suficiente a ponto de fazer David me odiar por não poder me agarrar na frente de todo mundo. É, eu queria estar impecável para ele, mas era legal provocá-lo… Ainda mais quando se tratava desse tipo de provocação… Hêhê.


Eu até parecia David, ficava trocando de roupa o tempo inteiro. Isso me levou até as 19h, quando escolhi uma calça jeans, uma blusa preta do Role Model, munhequeiras pretas, um cinto e All Star preto. Fiquei mais uma hora passando gel no cabelo. Esperei até as nove quando ouvi a buzina do carro de Chuck. Me olhei no espelho mais uma vez - que patético - e dei duas borrifadas do perfume preferido de David, só pra garantir.


Me despedi dos meus pais, que fizeram questão de lembrar como estavam orgulhosos de mim e saíram junto comigo para falar o mesmo para Chuck… Só que não era apenas Comeau que estava lá. Assim que os vidros da janela se abaixaram, vi Chuck, Jeff e… David.


Eu morri de vergonha quando o vi lá, lindo, com seu topete loiro, com um moletom cinza, que parecia grande demais em seu corpo pequeno, calça jeans e, assim como eu, All Star preto.


Me envergonhei ainda mais porque meus pais começaram a desatar trezentos elogios para cada um dos três, minha mãe abraçou Chuck amavelmente, e ainda completou dizendo que "sabia que seríamos um sucesso". Entrei no carro super vermelho e me sentei ao lado de David no banco de trás.


– Me amarro nos seus pais, Bouvier. - Disse Chuck. Desde moleques, meus pais tratam Chuck como o quarto filho.


– Sei disso, Chuck. - Falei apertando seu ombro. Sabia que em sua casa seus pais não tinham reagido da mesma forma, então ouvir isso de outros adultos, outros pais, já o faziam se sentir um pouco melhor.


– Eles são maneiros. - Falou Jeff e eu agradeci com a cabeça.


– Eu gosto deles… - David cochichou me dando segurança, deu-me um sorriso adorável e apertou minha mão discretamente. Eles já se conheceram antes, mas agora era diferente, e David sabia que eu estava nervoso por eles terem vindo falar com ele.


– Que bom… - Cochichei de volta. - Era o que eu queria ouvir…


– Sei disso.


– Ei, as mocinhas poderiam falar mais alto? Estamos tendo dificuldades pra escutar a fofoca do dia! - Jeff zombou.


– Sem chance, Stinco! - David mostrou a língua em deboche e todos riram.


Chegamos no restaurante Italiano - CLARAMENTE escolhido por Jeff -, e vimos que Pat e Seb tinham acabado de chegar também.


– Ah… Preferia comida japonesa… - Resmungou David, fazendo bico - Amo sushi!


– Eu também amo sushi! - Falei sorrindo para ele. Eu não podia fazer nada: Adoro quando temos algo em comum, mesmo quando são coisas bobas como sushi.


– É, mas hoje vai amar Espaguete, Desrosiers! - Falou Jeff esfregando as mãos salivando ao ver o cardápio.


– Tudo bem, finjo que é Yakisoba. - Falou David dando de ombros.


– Adoro sua imaginação fértil! - Falei rindo e David me debochou.


Ele realmente havia sentado do meu lado, como eu imaginava. Pude aproveitar que a mesa tampava a visão dos outros, e dei-lhe a mão. Ele respondeu com um breve sorriso, o suficiente para apenas eu entender que ele gostava disso.


Certo… Estávamos em um encontro.


Pedimos a comida e papeamos enquanto ela não chegava. Falamos sobre o nosso futuro como banda e brincamos de "isso ou aquilo".


– David, prefere que a banda acabe ou… Que nunca tenha a chance de ver uma Zebra? - Perguntou Jeff.


– Ai gente… Escolhe uma coisa mas fácil! Não tem como responder isso! - Falou David fazendo todo mundo rir da sua criancice.


A comida chegou e no meio do jantar, David pegou um daqueles pães sírios para colocar molho e acompanhar o macarrão, e colocou no nariz:


– Hey, caras! Caras, eu pareço com Jeff?! - Ele perguntou fazendo palhaçada.


Todos riram, até Jeff, que jogou um tomate na cara do David.


Saímos do restaurante, praticamente sendo expulsos - Já estava na hora de fechar -.


Seb foi com Pat, e eu, Jeff e David fomos no carro de Chuck, como na ida. Só que dessa vez, tive que ir na frente, já que Jeff bebeu tanto que queria dormir no banco de trás. Ah, claro - arghhh - , foi deitado no colo de David. Do MEU David. Abaixei o quebra-sol para que ele visse minha cara de desgosto pelo espelho e ele começou a rir. Tudo bem, não estava com ciúmes de verdade, já havíamos falado sobre isso, e eu sabia que podia confiar nele. Sem falar que… Estamos falando do Jeff aqui, certo? Haha.


Chegamos na minha casa, me despedi e sai do carro. Assim que fechei a porta, David levantou a cabeça de Jeff, para que saísse também:


– Pierre, posso tomar uma água? Estou morto de sede.


– Hã… Claro que sim.


– Beleza. - Ele se virou para Chuck - Vou ali tomar uma água e já venho, ok? - Chuck balançou a cabeça que "sim" e David veio todo serelepe até mim.


Entramos em casa e, como eu já esperava, todos já estavam dormindo. Me dirigi até a cozinha:


– Gelada ou natural? - Perguntei a David que estava atrás de mim.


– Como assim?


– A água, ué. Não está com sede? - Perguntei confuso.


David riu e me colou na porta da geladeira ficando na minha frente.


– Estou com sede de você, seu bobo. - Ahh… Eu era muito lerdo, cruzes.


David me beijou quente, enquanto me prensava na geladeira. Eu ainda não tinha conhecido esse lado dele: Dominador. Bom… Eu gostei de conhecer.


Ele finalizou o beijo com um selinho doce, pra quebrar aquele momento inusitado.


– Senti sua falta hoje. - Ele sussurrou no meu ouvido.


– Eu também… Muito. - Falei beijando sua orelha, fazendo-o estremecer.


– Você está lindo. - Me senti bem ao ouvir isso, afinal, me arrumei a tarde INTEIRA apenas para estar bem para ele.


– Você que está… Mas isso é sempre. - David corou e me beijou de novo, em despedida.


O levei até a porta com a maior cara de bobo apaixonado do mundo.


– Ah! Obrigado pelo nosso encontro. Eu realmente adorei. - Ele disse. Puxa, ele pensava igualzinho a mim. - Mas da próxima vez, vamos dar um jeito de irmos apenas nós dois, sozinhos. - Ele bateu com o dedo indicador no meu nariz e eu sorri concordando.


Fiquei com a porta meio aberta, olhando-o, até que o carro desaparecesse na paisagem.


– Hora de descansar, Pierre! - Falei para mim mesmo com o mesmo sorriso bobo no rosto - Você vai fazer a viagem que mudará sua vida daqui a dois dias!


Apaguei a luz da casa e fui pra cama, pensando na gravadora, nas nossas músicas, na ida até os Estados Unidos, no nosso CD… E como já era de se esperar, meus pensamentos acabaram no anjo loiro de piercings. Meu anjo.



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Notas finais do capítulo

Obrigada ♥



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