Porque Nada é tão Fácil escrita por CuteMari


Capítulo 7
Coincidências




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/25350/chapter/7

Líliam não demorou muito para chegar. Pegamos os sorvetes e nos sentamos na praça. Ela já tinha partido para suas costumeira besteiras. Contava piadas e ria sozinha no começo, mas logo conseguiu seu objetivo. Afastou meu péssimo humor e agora eu já ria como ela. E foi no fim de uma de suas piadas, enquando eu ria descontroladamente que eu me surpreendi bastante com a minha visão.

Lá estavam Luís e Jonny andando lado a lado. Um breve e inconsciente sorriso se abriu em meus lábios. E meus olhos provavelmente brilharam ao se encontrar com os dele. Ele estava vindo em nossa direção e eu já estava histérica no banco. Mas a expressão de Lih não era tão boa, ela me cochichou pelo canto da boca:

- Já conseguiu prestar atenção em quem está vindo com eles?

Imediatamente desviei os olhos e foi o suficiente para minha animação escorrer levemente para o esquecimento.

Júlia!!!

Sim, Júlia e suas queridas amiguinhas. Marina seguia ela de perto e Ana vinha um pouco mais frente na sua frequente condição de admiradora mór do Jonny.

Marina e Ana eram duas irmãs que nunca se desgrudavam. Era um pouco parecidas fisicamente, olhos escuros, cabelos castanho claro, mas tinham uma leve semelhança no formato dos rostos. Pequenas diferenças como cabelo liso e enrolado, gorda ou mais magrinha, que não influenciavam na personalidade. Nessa questão eram idênticas: arrogantes, fútils, metidas, burras e com uma forte tendência a me odiar. Resumindo, a pior companhia que Júlia podia arrumar.

Mas pobre elas que não sabiam que a Júlia nãe era a melhor amiguinha delas, e sim usava-as. Aliás, a Júlia não tinha amigas. Foi perdendo todas aos poucos. Ela era até bonita, tirando o cabelo de "salsicha" que estragava tudo. Mas seu real problema era sua ganância e o fato de ser tõ oferecida aos garotas. De tempos em tempos todos começaram a considerá-la uma má companhia e ela passou a tentar acabar com a vida de todo mundo, principalmente a minha.

Mas ela ainda tinha a coragem de se achar a gostosona do pedaço pois agora avançava rebolando para o nosso lado como se tudo estivesse bem. Ouvi um som parecido com um rosnado que vinha de mim mesmo e então lembrei de tentar me segurar e voltar a sorrir.

Luís já estava do meu lado e nos cumprimentou animado:

- Garotas, vocês por aqui? Jenn.. - disse se aproximando de mim e partindo para um abraço. Ah! O perfume de seu pescoço me fez delirar e aguçar todos os outros sentidos. Meu braço chegou a se arrepiar.

À Lih ele dirigiu somente um aceno. Júlia se aproximou junto e fez o favor de ignorar nós duas e parar na frente de Luís e se recostar nele como se fosse dona ou coisa assim. Mas ele simplesmente se desvencilhou-se e continuo voltado para mim.

- Podemos acompanhá-las no sorvetinho?

Minha ficha ainda não tinha caído que ele estava saindo junto com a Júlia mesmo depois da briga. Apesar de várias pessoas estarem junto com eles ex-namorados não fariam isso numa situação normal.

- Erm, claro! - Tentei sorrir.

Mas para minha sorte Jú e sua turma não nos acompanharam. As três se afastaram com cara de quem não gostou. E claro, em minha mente naum pude deixar de comemorar.

A tarde foi ótima, e quase consegui esquecer os problemas que enfrentava em casa. Jonny fazia várias palhaçadas deixando eu e Liliam até cansadas de rir. Ela olhava para ele com um certo brilho nos olhos. Será que rolava um clima? Já Luis não tirava os olhos de mim, sempre tentava puxar assunto e tinha atenção toda nas minhas ações, e é claro que eu estava adorando isso!

Até que certa hora ele me supreendeu com um pedido, aliás, um convite:

- Jenn, vem comigo comprar uma água? - E logo depois se inclinou sobre mim para sussurrar em meus ouvidos. Sua proximidade fez meu coração dar pulos. - Acho que a Lih e o Jonny devia ficar um pouco sozinhos.

Realmente os dois estavam agoras ocupados com uma conversa baixa e, sentados perto um do outro, se olhavam nos olhos com alguma ternura. Mas meu lado super-otimista me dizia que aquilo era uma tentantiva de deixar nós dois sozinhos, e não eles. Minha vontade de sorrir e sair pulando de comemoração era bem forte, mas me controlei. Sentia meu lado estrovertido e animado se sobrepor levemente à minha maturidade. E isso era raro.

Saímos junto sem ser notados, e, um pouco mais para frente, minhas suspeitas se confirmaram. Ele parou de andar e segurou levemente meu braço. Olhou para os lados furtivamente e me puxou para mais perto. Deu um sorriso sedutor e me disse:

- Jenn, eu realmente queria que ficássemos juntos. - Afagou uma mecha de meus cabelos e me olhou nos olhos. Sua pele bronzeada reluzia no Sol e seu sorriso, agora mais tímido me deixava em transe.

Então eu notei que Júlia nos observava de longe, sentada na sorveteria com suas amigas. Pude sim notar uma ponta de raiva em seus olhos e aquilo chegou a me animar. Afinal, quem não gostaria de humilhar sua maior "inimiga".

Voltei minha atençõ para ele e me aproximei. Ele passou as mãos pela minha cintura. Passou a mão pelo meu rosto e tirou uns fios de cabelo enxeridos que estvam na frente de meu olho. Me olhou penetrantemente. Eu estava um pouco trêmula, era meu sonho se realizando.

Então ele encostou seus lábios nos meus e lentamente me beijou. Não foi um beijo quente, foi um beijo lento e terno, comprido e carinhoso. Entrelacei minhas mãos no seu pescoço e acariciei sua nuca. Agora eu estava mais calma e aproveitei a sensação toda. Seus lábios quentes nos meus, sua mão que agora estava nas minhas costas, seu abraço. O mundo ao meu redor desapareceu. Éramos só eu e ele. Nada mais importava para mim.

Até que nos separamos. Eu poderia ficar muito mais tempo naquele transe, mas ele tinha uma expressão estranha. Olhou para onde se encontrava Júlia. O gesto foi estranho mais eu ignorei, peguei uma de suas mãos e quando ele olhou para mim de novo deu outro leve sorriso. E me conduziu de volta para onde estavam Liliam e Jonny. Eu fui ingênua e perguntei:

- E a sua água?

Ele me olhou rindo e disse passionamente:

- Bobinha.

Então me deu um inesperado selinho que me deixou sem palavras. Voltamos juntos para o banco e de repente todas as sensações tinham abandonado meu corpo. Eu só podia sentir ele e as portas do meu paraíso pessoal que se abriam à minha frente.

 

---------------------------

*--* Primeira cena romântica da história... Jenn e Luís! s2 Espero que gostem, tentei passar a maior quantidade de sentimentos que pude... :DD


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!