Porque Nada é tão Fácil escrita por CuteMari


Capítulo 6
Confronto




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Não, eu não estava passando por uma semana fácil. Os pesadelos com meu pai ainda me assombravam e o ânimo de minha mãe não tinha melhorado. Muito menos nossa relação tinha mudado alguma coisa. E cada vez mais o pensamento de que não aguentaria a rotina familiar tensa a que eu era submetida crescia.

- Jennifer! - Foi o berro proveniente da sala que me acordou de meus pensamentos.

Eu teria que encarar minha mãe. E seria agora!

Por milagre ela estava em casa no meio da tarde, e isso não era um bom sinal. Pelo contrário, isso queria dizer que houveram problemas no trabalho, o que é equivalente a Stress no maior estágio possível. Coragem garota!!!

Atravessei lentamente o corredor, preparei minha cara de indiferença e abri a porta para a sala de estar. E lá estava ela. Sentada imponentemente na cadeira dirigindo a mim um olhar altivo.

- Jenn, o que eu faço de errado para você? - Ela foi direto ao ponto, não ia ter como fugir.

- Bom, o trabalho escravo, a falta de carinho e atenção, e a indiferença sobre minhas qualidades parece não ser alguma coisa errada pra você, né? - Sim, usei toda a minha ironia.

- Você sabe muito bem que não é assim! - Ela estava começando a ficar brava mas eu estava pior, e praticamente repliquei gritando:

- É claro que é assim! Eu to cansada de morar aqui de favor. Eu to cansada de te ver me ignorar. Te dar toda atenção para o Rodrigo como se namorados fossem mais importantes que filhas. Eu não devia ser um peso para você sabia? - Algumas lágrimas começaram a aparecer nos meus olhos. Eu realmente queria poder me aguentar.

- Você acha que só porque é minha filha pode morar nisso tudo no bem bom? Eu só achei que as vezes a senhorita aqui pudesse ajudar em alguma coisa! Ou você acha que todo o trabalho que eu tenho para te dar tudo de bom e do melhor não me custa nada?

Droga, ela estava certa. De novo. Eu não tinha argumentos, minha raiva aumento muito me fazendo chorar ainda mais. Virei meu rosto, não queria mais encará-la.

Então Luciana, minha irmãzinha de dois anos entrou na sala. Minha mãe logo virou sua atenção para ela. Sorriu como quem quer dizer que está tudo bem. Mas ela parecia saber que tinha alguma coisa errada, me olhou com seu s puros olhos azuis e fez um pequeno biquinho. Eu sorri para aquela expressão inocente, mas logo de cara amarrada sai da sala.

Passei pela sala troquei de roupa e sai pela porta de trás para não ter de olhar para minha mãe. Jah na rua peguei o celular na mão, eu precisa desabafar e me divertir e só conhecia uma pessoa perfeita para isso:

- Lih? Que tal um sorvetinho?


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