Gods World escrita por Giih
Notas iniciais do capítulo
REVIEWSSSS
Eu acordei muito tempo depois, e me sentia exausta. Isso era estranho, acordar cansada. Eu me sentia como se tivesse acabado de enfrentar um exército inteiro sozinha. Tentei abrir meus olhos, mas uma luz me cegou e voltei a fechá-los.
- Pode abrir os olhos agora, Jéss. – Eu conhecia aquela voz, mas não conseguia me lembrar de onde.
Abri os olhos novamente, e dessa vez consegui enxergar tudo. Sentado ao meu lado estava ele. A pessoa que me fazia duvidar dos meus sentimentos.
A pessoa sentada ao meu lado era Jake.
Cometi o erro de tentar me sentar rapidamente, e comecei a sentir vertigem. O meu corpo estava tão pesado que parecia chumbo. Eu caí para trás, de volta para a cama, e Jake me segurou para que a queda fosse mais lenta.
- Ei, calma pequena. Assim você se machuca.
- É uma cama, Jake. Não vou me machucar, seu idiota. – Eu resmunguei com uma voz áspera que nem parecia ser minha.
- Nossa, são as primeiras palavras que você me diz esse ano e elas são grossas assim? Não quero nem ouvir a próxima frase.
- Fique quieto, por favor. Minha cabeça está estourando.
- Ninguém mandou você encher a cara, Jéssica! Ok, era seu aniversário de dezesseis anos e você queria comemorar e tal. Mas são DEZESSEIS, e não DEZOITO.
- Pera ai, encher a cara? Do que você está falando?
- Não se faça de desentendida. Você sabe o que fez... – Ele então parou e olhou para trás, observando a porta do quarto se abrir. Só ai eu olhei ao redor e reparei que eu não estava mais no hotel. Eu estava num quarto branco, que me lembrava muito um hospital. Eu gemi e alguém entrou correndo no quarto e foi para cima de mim.
- Jessie, você está bem? Olha pra mim, tá tudo bem? – Era Leo.
- Por favor, por favor, por favor, me diz que eu não estou em um hospital! – Eu disse, tentando me controlar.
- Ok... Você não está em um hospital. – Ele me olhava preocupado.
- Não minta para mim! Eu estou num hospital, não estou?
- Mas você acabou de falar para dizer que você não estava num hospital!
- Não importa o que eu disse. – As lágrimas escorriam pelo meu rosto involuntariamente.
- Meus Deuses, o que é que está acontecendo aqui? – Ele perguntou.
- Eu avisei você que ela ia ficar desesperada. – Jake disse. – A última vez não a deixou muito confiante.
Assim que ele disse isso me lembrei daquela vez. Sangue por todo lado. A agulha do soro escapando do meu braço e mais sangue voando. A dor que eu senti, o medo, a aflição. Tinha sido tudo tão horrível!
Eu comecei a balançar meus braços violentamente, tentando tirar qualquer agulha que estivesse neles. Então parei tão rápido quanto comecei. Se elas saíssem, voaria sangue. Eu comecei a respirar descontroladamente, sem saber o que fazer.
- O que foi, Jessie? O que foi?
- Sangue, sangue, sangue! – Eu gritei. – E agulhas nos meus braços!
Leo segurou meus ombros com força e colocou a cabeça na minha frente.
- Jessie, respira fundo. Isso, agora conta até dez comigo. Um, dois... – Ele me olhou e eu continuei contando. No final, estava bem mais calma. – Pronto, tá tudo bem. – Ele então pegou meus braços e tentou fazer com que eu olhasse para eles. – Viu? Sem agulhas, nada de sangue. Está tudo bem.
Eu finalmente olhei, e vi que era verdade. Não tinha nenhuma agulha no meu braço. Nenhuma gotinha de sangue.
- O que eu estou fazendo aqui?
- Eu já disse. – Jake falou. – Você se embebedou. Não acredito que não se lembra.
Eu franzi a testa. – Eu não...
- Jake. – Leo interrompeu. – Você pode ir atrás de alguma enfermeira e dizer que Jessie acordou?
Ele hesitou, mas depois fechou a cara e disse:
- Claro. Vou dizer que a Jéss acordou. Não é mesmo, Jéss?
Eu sorri. Ele estava com ciúmes, que fofo.
- Sim, Jay. Vai lá.
Ele saiu e Leo sorriu para mim.
- Você quase me matou de susto, sabia?
- Eu bebi mesmo? Não me lembro de ter bebido.
Leo balançou a cabeça. – Não, mas precisávamos de uma história. Não podíamos dizer que você estava cansada por ter viajado pelo passado de alguém. Não sei no que Haylow estava pensando ao te levar. Você é uma simples mortal, não é forte como nós. Isso te desgastou muito.
- Ah, então eu sou uma simples mortal? – Perguntei, ofendida. Eu já havia dirigido a mim mesma assim, mas saindo da boca dele me machucou.
Ele parecia sem graça.
- Não foi isso que eu quis dizer, desculpa. Você é uma... Uma grande mortal, Jessie!
- Ah, sou uma grande mortal! Que título promissor! Muito obrigada!
- Ei, calma ai. Não estou querendo ofender, só não sei como me dirigir a você!
- Não se preocupe, eu te ajudo. Pode me chamar de fraca, frangote, idiota, besta... Qualquer um que preferir. – Eu cruzei os braços, emburrada.
Ele pareceu fazer força para não rir.
- Ok, frangote. Como eu dizia...
- Ei! – Eu gritei. – Não acredito que você me chamou mesmo de frangote!
- Mas você me mandou escolher o que eu preferisse! – Agora ele parecia fazer muita força para não rir.
- Foi um modo de dizer, seu idiota! Não era para realmente me chamar assim!
- Me desculpe então, rainha-do-modo-de-dizer. Não farei mais isso. – Ele disse ironicamente.
Eu levantei correndo da cama e virei para pegar meu travesseiro e jogar nele, mas antes que conseguisse comecei a cair. Eu parecia cair tão lentamente que até consegui levantar as mãos para o alto em forma de alegria e dizer:
- Estou caindo, yup! Minhas pernas estão horríveis! Duplo yup!
E quando fui atingir o chão Leo me pegou no colo e me colocou de volta na cama.
- Você é louca de levantar? E se eu não consigo te pegar?
- Digamos apenas que eu estava contando com isso.
Ele me fuzilou e se virou na direção da porta. – E onde está Jake, afinal? Parece até que foi fabricar a enfermeira.
Eu dei um sorrisinho malicioso. Não consegui evitar. Leo retribui e Jake chegou com uma enfermeira atrás.
- Então você acordou! Demorou bastante!
- Quanto tempo faz?
- Dois dias.
Eu encarei Leo incrédula. – DOIS DIAS? EU PASSEI DOIS DIAS INTEIROS DORMINDO E VOCÊ NÃO ME CONTOU?
- Calma, garota, calma. Você não pode ficar nervosa assim. Dá próxima vez é só não beber. Por você ser menor, ligamos para sua tia avisando o que você fez. Ela disse que está vindo te buscar. – A enfermeira disse.
Eu afundei na cama e gemi novamente.
- Ela está mesmo vindo me buscar?
enfermeira assentiu e começou a medir minha pressão, checar meus batimentos cardíacos e por fim perguntou se eu estava com fome. Eu assenti e ela saiu do quarto, dizendo que logo a comida chegava e que eu poderia ir embora assim que minha tia chegasse.
Eu encarei Jake e me lembrei de Haylow (não faço ideia do por que).
- Haylow está aqui? – Leo assentiu. – Você podem chamá-la? Eu gostaria de falar com ela. – Quando vi que Jake iria ficar, continuei. – Preciso falar com ela à sós.
Ele respirou fundo e saiu.
Cinco minutos depois Haylow entrou no quarto, hesitante.
- Nem precisa brigar comigo por ter te levado ao meu passado. Eu não sabia que isso aconteceria.
- Não é sobre isso que quero falar. Eu quero que você me conte a última parte da frase de Apolo. Aquela que você não me deixou ouvir. E nem tente voltar atrás ou me enrolar.
Ela respirou fundo antes de falar.
- Tudo bem, eu conto. Mas antes quero responder as suas perguntas.
- Perguntas?
- Sim. Eu tenho certeza que você tem um monte delas. Muitas partes ficaram em branco.
Eu assenti.
- Pode perguntar. Juro responder todas.
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