Gods World escrita por Giih


Capítulo 16
Onde estou?


Notas iniciais do capítulo

REVIEWSSSS



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Eu acordei muito tempo depois, e me sentia exausta. Isso era estranho, acordar cansada. Eu me sentia como se tivesse acabado de enfrentar um exército inteiro sozinha. Tentei abrir meus olhos, mas uma luz me cegou e voltei a fechá-los.

- Pode abrir os olhos agora, Jéss. – Eu conhecia aquela voz, mas não conseguia me lembrar de onde.

Abri os olhos novamente, e dessa vez consegui enxergar tudo. Sentado ao meu lado estava ele. A pessoa que me fazia duvidar dos meus sentimentos.

A pessoa sentada ao meu lado era Jake.

Cometi o erro de tentar me sentar rapidamente, e comecei a sentir vertigem. O meu corpo estava tão pesado que parecia chumbo. Eu caí para trás, de volta para a cama, e Jake me segurou para que a queda fosse mais lenta.

 - Ei, calma pequena. Assim você se machuca.

 - É uma cama, Jake. Não vou me machucar, seu idiota. – Eu resmunguei com uma voz áspera que nem parecia ser minha.

 - Nossa, são as primeiras palavras que você me diz esse ano e elas são grossas assim? Não quero nem ouvir a próxima frase.

 - Fique quieto, por favor. Minha cabeça está estourando.

 - Ninguém mandou você encher a cara, Jéssica! Ok, era seu aniversário de dezesseis anos e você queria comemorar e tal. Mas são DEZESSEIS, e não DEZOITO.

 - Pera ai, encher a cara? Do que você está falando?

 - Não se faça de desentendida. Você sabe o que fez... – Ele então parou e olhou para trás, observando a porta do quarto se abrir. Só ai eu olhei ao redor e reparei que eu não estava mais no hotel. Eu estava num quarto branco, que me lembrava muito um hospital. Eu gemi e alguém entrou correndo no quarto e foi para cima de mim.

 - Jessie, você está bem? Olha pra mim, tá tudo bem? – Era Leo.

 - Por favor, por favor, por favor, me diz que eu não estou em um hospital! – Eu disse, tentando me controlar.

 - Ok... Você não está em um hospital. – Ele me olhava preocupado.

 - Não minta para mim! Eu estou num hospital, não estou?

 - Mas você acabou de falar para dizer que você não estava num hospital!

 - Não importa o que eu disse. – As lágrimas escorriam pelo meu rosto involuntariamente.

 - Meus Deuses, o que é que está acontecendo aqui? – Ele perguntou.

 - Eu avisei você que ela ia ficar desesperada. – Jake disse. – A última vez não a deixou muito confiante.

 Assim que ele disse isso me lembrei daquela vez. Sangue por todo lado. A agulha do soro escapando do meu braço e mais sangue voando. A dor que eu senti, o medo, a aflição. Tinha sido tudo tão horrível!

 Eu comecei a balançar meus braços violentamente, tentando tirar qualquer agulha que estivesse neles. Então parei tão rápido quanto comecei. Se elas saíssem, voaria sangue. Eu comecei a respirar descontroladamente, sem saber o que fazer.

 - O que foi, Jessie? O que foi?

 - Sangue, sangue, sangue! – Eu gritei. – E agulhas nos meus braços!

 Leo segurou meus ombros com força e colocou a cabeça na minha frente.

 - Jessie, respira fundo. Isso, agora conta até dez comigo. Um, dois... – Ele me olhou e eu continuei contando. No final, estava bem mais calma. – Pronto, tá tudo bem. – Ele então pegou meus braços e tentou fazer com que eu olhasse para eles. – Viu? Sem agulhas, nada de sangue. Está tudo bem.

 Eu finalmente olhei, e vi que era verdade. Não tinha nenhuma agulha no meu braço. Nenhuma gotinha de sangue.

 - O que eu estou fazendo aqui?

 - Eu já disse. – Jake falou. – Você se embebedou. Não acredito que não se lembra.

 Eu franzi a testa. – Eu não...

 - Jake. – Leo interrompeu. – Você pode ir atrás de alguma enfermeira e dizer que Jessie acordou?

 Ele hesitou, mas depois fechou a cara e disse:

 - Claro. Vou dizer que a Jéss acordou. Não é mesmo, Jéss?

 Eu sorri. Ele estava com ciúmes, que fofo.

 - Sim, Jay. Vai lá.

 Ele saiu e Leo sorriu para mim.

 - Você quase me matou de susto, sabia?

 - Eu bebi mesmo? Não me lembro de ter bebido.

 Leo balançou a cabeça. – Não, mas precisávamos de uma história. Não podíamos dizer que você estava cansada por ter viajado pelo passado de alguém. Não sei no que Haylow estava pensando ao te levar. Você é uma simples mortal, não é forte como nós. Isso te desgastou muito.

 - Ah, então eu sou uma simples mortal? – Perguntei, ofendida. Eu já havia dirigido a mim mesma assim, mas saindo da boca dele me machucou.

 Ele parecia sem graça.

 - Não foi isso que eu quis dizer, desculpa. Você é uma... Uma grande mortal, Jessie!

 - Ah, sou uma grande mortal! Que título promissor! Muito obrigada!

 - Ei, calma ai. Não estou querendo ofender, só não sei como me dirigir a você!

 - Não se preocupe, eu te ajudo. Pode me chamar de fraca, frangote, idiota, besta... Qualquer um que preferir. – Eu cruzei os braços, emburrada.

 Ele pareceu fazer força para não rir.

 - Ok, frangote. Como eu dizia...

 - Ei! – Eu gritei. – Não acredito que você me chamou mesmo de frangote!

 - Mas você me mandou escolher o que eu preferisse! – Agora ele parecia fazer muita força para não rir.

 - Foi um modo de dizer, seu idiota! Não era para realmente me chamar assim!

 - Me desculpe então, rainha-do-modo-de-dizer. Não farei mais isso. – Ele disse ironicamente.

 Eu levantei correndo da cama e virei para pegar meu travesseiro e jogar nele, mas antes que conseguisse comecei a cair. Eu parecia cair tão lentamente que até consegui levantar as mãos para o alto em forma de alegria e dizer:

  - Estou caindo, yup! Minhas pernas estão horríveis! Duplo yup!

  E quando fui atingir o chão Leo me pegou no colo e me colocou de volta na cama.

  - Você é louca de levantar? E se eu não consigo te pegar?

  - Digamos apenas que eu estava contando com isso.

  Ele me fuzilou e se virou na direção da porta. – E onde está Jake, afinal? Parece até que foi fabricar a enfermeira.

  Eu dei um sorrisinho malicioso. Não consegui evitar. Leo retribui e Jake chegou com uma enfermeira atrás.

  - Então você acordou! Demorou bastante!

  - Quanto tempo faz?

  - Dois dias.

  Eu encarei Leo incrédula. – DOIS DIAS? EU PASSEI DOIS DIAS INTEIROS DORMINDO E VOCÊ NÃO ME CONTOU?

  - Calma, garota, calma. Você não pode ficar nervosa assim. Dá próxima vez é só não beber. Por você ser menor, ligamos para sua tia avisando o que você fez. Ela disse que está vindo te buscar. – A enfermeira disse.

  Eu afundei na cama e gemi novamente.

  - Ela está mesmo vindo me buscar?

  enfermeira assentiu e começou a medir minha pressão, checar meus batimentos cardíacos e por fim perguntou se eu estava com fome. Eu assenti e ela saiu do quarto, dizendo que logo a comida chegava e que eu poderia ir embora assim que minha tia chegasse.

   Eu encarei Jake e me lembrei de Haylow (não faço ideia do por que).

   - Haylow está aqui? – Leo assentiu. – Você podem chamá-la? Eu gostaria de falar com ela. – Quando vi que Jake iria ficar, continuei. – Preciso falar com ela à sós.

   Ele respirou fundo e saiu.

   Cinco minutos depois Haylow entrou no quarto, hesitante.

   - Nem precisa brigar comigo por ter te levado ao meu passado. Eu não sabia que isso aconteceria.

   - Não é sobre isso que quero falar. Eu quero que você me conte a última parte da frase de Apolo. Aquela que você não me deixou ouvir.  E nem tente voltar atrás ou me enrolar.

   Ela respirou fundo antes de falar.

   - Tudo bem, eu conto. Mas antes quero responder as suas perguntas.

   - Perguntas?

   - Sim. Eu tenho certeza que você tem um monte delas. Muitas partes ficaram em branco.

   Eu assenti.

   - Pode perguntar. Juro responder todas. 


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Notas finais do capítulo

REVIEWS???



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