Gods World escrita por Giih


Capítulo 15
A Maldição


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora.
Eu provavelmente vou acabar reescrevendo esse capitulo, pois não gostei de como ficou, mas vou ver a opinião de vocês primeiro. Aceito dicas, criticas e tudo o mais, ok?



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Depois que Haylow se controlou e parou de chorar, estendeu a mão para mim. Eu hesitei. Não sabia se queria saber mais do passado de Haylow.

- Não se preocupe, é a última parte. Vou mostrar como fui amaldiçoada... Foi o primeiro verão depois que fui para o Acampamento. Eu estava na casa da minha tia.

Eu peguei a mão dela e esperei o branco passar. Quando passou, eu estava parada em um deck, e um lago enorme e azul se estendia em volta dele. Sentados na ponta, com as pernas dentro da água, estavam Haylow e um menino moreno que parecia ser Petrick.

- Aquele é Petrick?! Como você o conhecia?

- Sim, é Petrick. – Ela sorriu. – Ele era um grande amigo. E vizinho da minha tia.

Um pouco afastado dos dois estavam às outras duas dracnaes, mas em forma humana. Elas os olhavam com raiva.

- Esse teria sido o melhor dia da minha vida se ele não tivesse ido. – Ela disse, depois de um tempo.

- Por que?

- Eu o amava. Ainda amo. E nesse dia... Bem, ouça.

Aproximei-me deles e me concentrei na conversa.

-... Te dizer uma coisa. – Petrick dizia. – É importante para mim que você saiba. Já faz um tempo que me sinto assim... – Ele hesitou e Haylow apertou sua mão. Ele sorriu e continuou. – Eu te amo, Haylow. Muito. De verdade.

Haylow deu um sorriso enorme, que o deixou encabulado.      

- O que foi? – Ele perguntou.

- Eu te amo, Petrick. Muito. De verdade.

 Ele sorriu e se aproximou.

 - Muito?

 Haylow assentiu, gargalhando.

 - De verdade?

 Ela assentiu novamente e gargalhou mais. Ele, então, a puxou para mais perto e colocou a mão em seu cabelo. Seus lábios estavam a uns cinco centímetros de distância, mas antes que pudessem se beijar, Haylow foi lançada uns sete metros no ar. Ela foi parar perto das duas meninas, que agora estavam na sua forma de monstro.

 Petrick levantou num pulo e correu para Haylow. – Você está bem?

   As dracnaes, então, encararam Petrick com raiva, mas ele não percebeu isso e tão pouco sabia que elas eram monstros, e continuou avançando. Haylow também não parecia ter notado que elas iam atacá-lo, e continuou deitada no chão. Ela só percebeu quando Petrick estava a uns dois metros dela. Haylow levantou e se colocou entre eles.

    - Não. – Ela disse, com uma voz firme. – Ele não tem nada a ver com isso. Eu tenho.

     Elas desviaram o olhar dele e começaram a ir em direção à Haylow, que andava para cada vez mais longe de Petrick. As dracnaes e a Haylow começaram a lutar, mas os golpes eram tão rápidos que não conseguia ver o que estava realmente acontecendo. Após algum tempo lutando, Haylow gritou de dor e caiu no chão. O braço dela estava com um corte desde o ombro até o cotovelo. Não parecia ser muito fundo, mas mesmo assim sangrava bastante.

     - Agora podemossss levaaaaa-la. – Uma das dracnaes disse.

     - Vocês não vão leva-la a lugar nenhum! – Petrick gritou, entrando na frente de Haylow.

     As dracnaes deram risada e Haylow tentava empurrar Petrick de sua frente. Sem sucesso.

     - Petrick, sai daqui agora!

     - Não vou sair, Haylow! Elas não vão pegar você sem antes passar por mim.

     - Oh! – A outra dracnae disse. – Nóssss vamossss realmente adoraaaar fazzzer issssso, meu queriiiido.

     E então foi para cima de Petrick.

     E Haylow não tentou fazer absolutamente nada para impedir.

     A dracnae segurou Petrick e eles desapareceram, deixando para trás a outra dracnae e Haylow, que parecia estar em choque.

     A dracnae não conseguia para de dar risada.

     - Eu não conssssigo acreditaaar que vocccê deixou sssseu namoradoooo ssse sssacrificar por vocccê.

     É claro que ela estava exagerando. Petrick não tinha realmente se sacrificado por ela.

     Haylow não respondeu, então ela continuou.

     - Como consssequêncccia disssso, vou entregar-lhe um pressssente. Vocccê, de agora em diante, sssserá como eu e minha irmã. Sssserá um monssstro. Uma dracnae.

     - NÃO! – Haylow gritou, enquanto suas pernas mudavam para os troncos de cobras. – Por favor! Não! O que eu tenho que fazer para que você não faça isso?

     A dracnae riu mais ainda.

     - Não há nada que você possa fazer. Será assim para sempre. Nós somos monstros, sim. Lutamos contra pessoas. Mas nunca deixaríamos outro morrer por nós. Ainda mais um amigo.

     - Mas ele não está morto!

     - Por ora, não. O grande deus saberá o que fazer com ele. – E então ela também desapareceu.

     Haylow não se mexeu por um longo tempo, o que me fez pensar que tinha acabado, mas a Haylow-monstro não se mexeu, e continuou encarando a cena. Muitos minutos depois um adolescente apareceu.

     Ele era tão lindo que eu fiquei sem ar. Por mais que soubesse que ele não pudia me ver, eu precisava me segurar para não tentar me arrumar, para ficar mais apresentável. Eu sentia vontade de fazer qualquer coisa para impressioná-lo. Ele era fantástico.

     - Haylow. – Ele disse.

     Haylow se virou lentamente para o adolescente.

     - Pai? – Ela perguntou, mas então corou. – Quer dizer, Deus Apolo?

     - Sim, Haylow. Sou eu. – Eu não conseguia vê-lo como um pai. Ele não parecia ter mais que dezessete anos. -  Eu vi o que aconteceu aqui. – O seu tom era desaprovador.

     - Me desculpe, pai. Eu não sabia o que fazer para impedir...

     - Não peça desculpas, Haylow. – Ele a interrompeu. – Você fez o que fez e nada vai mudar isso. Eu não vim para repreendê-la, mas sim para dizer que posso fazer algo em relação a... Bem, isso. – Ele apontou para as pernas dela.

     - O que?

     - Não posso fazer com que elas simplesmente sumam, mas posso colocar uma brecha. Um dia, cinco pessoas aparecerão em seu caminho. Elas vão te ajudar a salvar Petrick. A escolha de ajuda-los ou não será sua. Se você escolher ajuda-los, a maldição irá se desfazer.

     Haylow assentiu loucamente. – Eu ajudarei, eu ajudarei!

     Apolo assentiu também. – Mas por ora, você ficará com as duas dracnaes que estavam aqui.

     - O que? Por que preciso ficar com elas?

     - Porque elas a ajudaram a sobreviver, Haylow. É o único jeito.

     Haylow parecia à beira das lágrimas, mas se recompôs e concordou. – Tudo bem então. Eu fico com elas.

     - Antes de ir, tenho mais um recado. Uma das cinco pessoas será uma mortal, e ela será muito importante para você.

     A Haylow ao meu lado começou a me cutucar sem parar, e a imagem a nossa volta congelou.

     - Que foi? – Perguntei.

     - Vamos. Já chega. Já viu o suficiente. – Ela parecia desesperada.

     - Não! Isso é sobre mim! Eu quero ouvir o que ele vai dizer.

     Ela hesitou. – Tem certeza?

     - Tenho.

     Ela estalou os dedos e a imagem descongelou.

     - Mas peço que tome cuidado. – Apolo continuou. – Ela vai fazer algo parecido com o que Petrick fez para salvá-la, e também peço que não deixe. Ela não pode morrer, Haylow. É muito importante para nosso mundo.

     Haylow ia dizer algo, mas ele continuou.

     - Não estou pedindo que morra, só que não a deixe morrer. E quero que você de um recado a ela. Não assim que a conhecer. Quero que você o diga na hora certa.

     - Como vou saber qual é a hora certa?

     - Você vai saber.

     - Qual é o recado?

     - Diga que...

     Mas antes que eu pudesse acabar de ouvir, Haylow agarrou minha mão e eu fui puxada para a imensidão branca.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Eu reescrevo ou não?



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