Catch Me Before I Hit The Ground escrita por Danika


Capítulo 4
I don't know, man


Notas iniciais do capítulo

Oiii :) novo capítulo aqui :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/253354/chapter/4

- ETHAN?! - Disse eu, ao recuperar do choque.

O Ethan era tipo o meu melhor amigo de infância. Com o passar dos anos, as coisas entre nós foram mudando e, quando o meu pai morreu, ele desapareceu de Portugal sem me dizer nada. Tinha ido a correr para casa dele na esperança de encontrar algum conforto nos seus braços mas quando lá cheguei, a casa estava vazia e os vizinhos disseram-me que ele tinha voltado pra Inglaterra, pra sua terra natal. Na altura não compreendera o porquê dessa decisão e ganhara-lhe um ódio que ainda hoje não tinha desaparecido. Não queria vê-lo à minha frente nem pintado de ouro... mas o amor que eu sentia por ele - sim, eu tinha-me apaixonado pelo meu melhor amigo no passado - ainda estava lá e só agora, que o tinha ali à minha frente, me apercebia disso.

- Oi, olhos negros. Hey, espera lá, o que aconteceu aos teus olhos?! - Perguntou ele, chocado, ainda na entrada.

- Estão a mudar de cor, nem me lembres. O que fazes aqui? - Perguntei, irritada.

- Hey, calma, pequena. Que mau-humor é esse? Não estás contente por me ver? - Perguntou, incomodado.

- Paul, podes deixar-nos sozinhos, por favor? - Pedi gentilmente.

- Claro, querida. Se precisares de alguma coisa, chama. - Disse ele, saíndo e deixando-nos aos dois sozinhos.

O Ethan entrou e eu fechei a porta, encaminhando-o para o sofá. Sentámo-nos e eu olhei para ele com cara de poucos amigos. Como é que ele tinha a lata de aparecer à minha frente 7 anos depois sem me ter dado notícias nenhumas durante todo esse tempo?

- O que fazes aqui? Deixaste-me sozinha quando eu mais precisei de ti sem te dignares sequer a dizer-me adeus, sem sequer me avisares! Aliás, como raio é que descobriste onde eu moro?! - Perguntei, quase aos gritos.

- Posso explicar? - Perguntou, de sobrolho franzido.

- Estou à espera que o faças. - Respondi com maus modos.

- Há 7 anos atrás, tinhas tu 10 anos e eu 11... já agora, fiz anos ontem, obrigada pelos parabéns... Adiante, há 7 anos atrás, pouco antes de eu sair de Portugal, a minha mãe deu-me a notícia de que o meu pai estava doente com cancro e que tínhamos de voltar para Londres para o ajudarmos. Não deu tempo para te avisar, passámos aqueles dias todos a arrumar e empacotar tudo e fomos embora. Ele acabou por recuperar do cancro e ficámos aqui a viver mas não penses, nem por um segundo, que eu me esqueci de ti. Eras tudo aquilo em que eu pensava a cada segundo. Nunca me perdoei por te ter deixado, especialmente depois de a minha mãe me contar que o teu pai faleceu. Eu senti-me tão mal por te ter deixado sozinha em tal altura que implorei à minha mãe para voltarmos mas ela contou-me que tu tinhas dito à tua mãe que estavas muito chateada comigo e que não querias ser mais minha amiga... isso fez-me ficar triste mas pensei que te passava... As nossas mães mantiveram o contacto e foi assim que eu descobri que tinhas vindo pra cá mas só agora ganhei coragem para vir ter contigo. Eu peço imensas desculpas por te ter abandonado, a sério, mas não podia fazer nada para ficar. Desculpa... Passaram-se 7 anos, por favor, esquece... - Pediu e uma lágrima correu pelo seu rosto, derretendo a minha raiva.

- Não tiveste culpa. Desculpa por te ter odiado. Com 10 anos, eu era uma criança um pouco rancorosa... estes 7 anos foram difíceis sem ti... - Disse-lhe, abraçando-o fortemente.

- Digo o mesmo, olhos negros. Amo-te. - Sussurrou ele ao meu ouvido, fazendo-me paralisar à medida que um arrepio percorria o meu corpo.

- O quê? - Perguntei, afastando-me dele bruscamente.

- Eu amo-te, Aria... Desde os meus 11 anos que te amo, nunca saíste do meu coração ou da minha mente... Eu amo-te... - Disse ele, com um sorriso ternurento na cara. 

Puta merda, puta merda, puta merda, puta merda! Não, não , não , não!

- Ethan, eu... Tenho de ir para a escola... - Disse eu. Merda! Escola a um sábado, idiota?!

- Ariadne, é sábado... não há escola hoje... - Disse ele.

- Er... tenho de fazer uma pesquisa. - Menti. - Por favor, sai, preciso de me arranjar.

- Oh... Claro... então... eu depois passo aqui ou assim... não sei... hum... adeus. - Disse ele, atrapalhado, saíndo de minha casa.

MERDA, PUTA QUE PARIU! O Ethan era o meu amor de criança... Sim, esse amor ainda aqui estava apesar de já não ser muito forte, mas será que seria o suficiente para ele? O que é que eu estou aqui a dizer? Fora por causa dele que eu deixara de acreditar no amor! Fora por ele me ter deixado desamparada que eu não acreditava mais no amor... mas a culpa não fora dele... então... talvez, SÓ TALVEZ, pudesse valer a pena arriscar? Não sei. E depois havia o Eric... Que estava com a puta da Cassidy, portanto esquece-o, Ariadne. Só tens de pensar se vale a pena com o Ethan...

- ARIADNE, O TEU IRMÃO CHEGOU. - Anunciou a minha mãe.

Puta merda, não era suposto ele só vir daí a uma semana?!

LEIAM AS NOTAS FINAIS, POR FAVOR :)


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ok, não vou poder estar na net por uma semana, a começar amanhã. Vou para um campo de férias mas volto dia 19 e prometo que tentarei postar um novo capitulo mal chegar a casa.
Espero que tenham gostado deste capítulo ainda que eu não tenha gostado nada mas eu nunca gosto do que escrevo portanto deixo isso ao vosso critério.
Até daqui a uma semana :) xx Nikky