Catch Me Before I Hit The Ground escrita por Danika


Capítulo 5
Irmãozinho


Notas iniciais do capítulo

i'm back, yay!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/253354/chapter/5

O rapaz a quem a minha mãe chamou de meu irmão era tudo menos o que eu imaginava. Aliás, era toda a gente menos quem eu imaginava ou poderia sequer imaginar. É isso mesmo, o meu irmão era o Eric.

– Paul, eu adoro-te mas não vou ficar nesta casa com ele. Vou sair, até logo. - Disse eu, subindo para o meu quarto.

Vesti-me e saí de casa, caminhando sem rumo. Quando dei por mim, estava em frente ao cemitério. Uau, a sério, Aria? A minha prima tinha vindo viver connosco pra Inglaterra e morrera no ano passado num acidente de viação. É, ela morava comigo e com a minha mãe desde que entrara na faculdade em Londres, ou seja, quando nós nos mudámos pra cá. Ela era linda... De olhos verdes, loira e com a pele branquinha... Era como uma barbie, entendem? E subitamente, ela foi-se. Ela ia a conduzir em direção à faculdade quando um camião passou o sinal vermelho e... acho que podem imaginar o resto... Entrei dentro do cemitério e procurei a sua campa tão minha conhecida. Ela fora a minha melhor amiga desde pequena, não nos largávamos, mesmo havendo uma diferença de 3 anos entre nós... A sua morte tinha sido dolorosa para mim e, sempre que eu estava mal, dava por mim a caminhar até à sua campa e a ficar lá por horas a pensar ou simplesmente a dormitar. imagino que seja esquisito pra quem lê isto pensar em dormir num cemitério mas... era a minha prima que jazia naquela campa.

– Tenho saudades tuas Alexys... - Murmurei, sentada na sua campa, para o ar soturno daquele cemitério.

Era impressionante como tudo mudara. As coisas estavam cada vez piores desde que ela morrera. A minha avó tinha tido cancro e faleceu há um mês, o Eric apareceu na minha vida e está a lixar-ma toda, o Ethan voltou e declarou-se a mim depois de 7 anos sem me falar... e agora descobria que o Eric era o tal rapaz que seria meu irmão o resto da minha vida. E agora? Eu não sei... mas eu estava completamente confusa com estes dois rapazes... O Ethan era a minha paixão de menina e o Eric... quer eu admitisse quer não, ele mexia comigo a níveis que o Ethan nunca seria capaz de mexer, e disso eu tinha a certeza. Então o que faria eu?

– Era nesta altura que tu estarias aqui para me aconselhar, Lexy... - Choraminguei.

– Ariadne... - Alguém chamou por cima de mim, sobressaltando-me.

Olhei para cima, assustada, e vi a minha mãe.

– Oi, mãe. - Dei um sorriso forçado.

Ela sentou-se ao meu lado, fora da campa. Só eu me sentava na campa. Quando comecei a vir para aqui, a minha mãe ficava preocupada ao ponto de ligar à polícia até que um dia, por obra do desespero, lembrou-se de me procurar no cemitério e lá estava eu. Quando ela se tentou sentar em cima da cama, eu praticamente gritei pra ela sair de cima da minha prima e que ela não tinha o direito de ali estar em cima. Mais tarde pedi-lhe desculpas pela minha atitude mas ela nunca mais se voltou a sentar na campa.

– Hey, filha... Que se passou? - Perguntou ela, fazendo-me festas no cabelo.

– O Ethan apareceu lá em casa e declarou-se a mim. - Desabafei metade do peso que carregava.

– O Ethan? O filho da Catherine que se foi embora de Portugal quando tinhas 10 anos? - Perguntou espantada.

– Esse mesmo.

– Mas a Cathy não me disse que ele nos faria uma visita!

– Mãe...

– Desculpa, querida... Que história é essa de ele se ter declarado?

– Ele disse que me amava... Que sempre me amara e que lhe custara sair do meu lado quando tinha 11 anos mas que não tinha tido hipótese e que me amava...

– E tu gostas dele?

– Sim... Eu gostava dele em pequena, aquela paixoneta de criança, e ao vê-lo percebi que ainda cá estava...

– Mas?

– Mas... há outro rapaz e ele mexe comigo. E de uma maneira muito diferente da que o Ethan mexe comigo. O Eric consegue meter-me a suspirar mesmo estando longe de mim e mesmo que eu não admita... Mas ele é um daqueles que só quer as miúdas mais porcas e bonitas como a Cassidy que te falei e... e eu não quero isso para mim...

– O Eric? Queres dizer....

– Sim... O filho do Paul...

Ela ficou boquiaberta a olhar para mim, como se não soubesse o que dizer. Provavelmente iria proibir-me de socializar com ele enquanto ele vivesse connosco, com medo que as coisas se desenvolvessem entre nós e, por mim, tudo bem. Talvez o esquecesse.

– Tens de decidir qual é o melhor para ti e a partir daí fazes a tua escolha... - Disse-me ela, surpreendendo-me. Estava à espera que ela se passasse. - Mas agora vamos para casa... Ele já não está lá. Só foi lá para ir sair com o Paul e esclarecer como seria dali para a frente. É seguro ires, prometo.

Assenti e levantei-me. Deixei uma flor na campa da minha prima e beijei ao de leve a sua foto presente na lápide. Saímos e fomos para casa. A minha mãe mostrou-se mais compreensiva do que eu esperava e ainda bem pois eu não iria aguentar se ela se passasse. Não agora que eu estava tão baralhada.

Ao chegar a casa, fui para o meu quarto e deitei-me no telhado como sempre fazia à noite. Desta vez estava a fazê-lo ao final da tarde quando todos me poderiam ver. Mas que importava? Eu só queria dormir durante as últimas horas do dia. Acabei por adormecer no telhado, debaixo do sol fraco de Londres, e, para meu desgosto, sonhei com aqueles dois rapazes que me faziam entrar em guerra comigo própria.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Estava sem muita imaginação e isto está a ficar muito foleiro mas pronto, vou tentar melhorar isto, prometo.
Até à proxima ♥