Riot - Tumulto Em Vidas escrita por an0nymous
UM MÊS DEPOIS.
Eu não podia acreditar. Embora eu e Justin fôssemos MUITO amigos, ele sentava com a Elizabeth Maldita Yullin todo dia no almoço. Óbvio que eu estou morrendo e me corroendo inteira por dentro, mas não deixo escapar. Só às vezes. Ela fica alisando ele como se fosse um pedaço de carne! E ela está fazendo isso só pra me ver fora daqui, pois ela imagina que uma hora eu tente matá-la e vá expulsa do colégio. Não seria má ideia, eu faria o assassinato parecer um acidente sem muito trabalho. Mas vamos deixar essa ideia (brilhante) pra lá.
Tocou e agora eu tenho química. Justin como sempre, me acompanha pelo corredor.
– Você não falou comigo o dia todo. O que houve?
– Por que você não pergunta pra sua amiguinha nova o motivo?
– O problema desse mês inteiro foi ela, minha pequena?
– Primeiro: não sou sua. Segundo: ela sempre será o meu maior problema.
– Será que você poderia sair comigo amanhã? Eu vou pra uma casa de praia com minha família e queria que a senhorita ciúmes passasse o final de semana comigo.
– Ah, como eu vou explicar pro meu pai?”Pai, sabe aquele meu amigo? Pois é ele quer me levar pra praia no final de semana.”. Ele vai deixar…
– Convença-o. Você tem o dom.
– Tudo bem vou falar com ele. Que horas você viaja?
– Umas oito. Da manhã.
– Vou ligar pra ele antes que comece a aula. - peguei o telefone, liguei.
– Alô, pai?
– Oi princesinha.
– Pai, então, é que sabe aquele meu amigo?
– O Liam?
– Não, o Justin.
– Tá, você fala dele todo dia.
– Então, ele me convidou pra passar o final de semana em uma praia. Posso ir?
– Não sei… Faz o seguinte, eu quero conversar com ele. Traz ele aqui em casa depois da escola e eu vou ver se você pode ir.
– Tudo bem. Beijo, tenho que ir pra aula.
– Beijo filha, boa aula, volte cedo pra casa, hoje saio mais cedo do trabalho.
– Tchau. - desliguei e entrei na sala antes que a Sra. Steves pudesse me ver. Sentei ao lado de Justin.
– O que ele falou?
– Ele quer que eu te leve em casa, pra ele te conhecer. Quer conversar. Provavelmente por que quer ver se você é responsável suficiente. Então, acho que eu não vou.
– Você não confia no meu senso de responsabilidade?
– Não. - eu ri. A Sra. Steves chegou com uma prova surpresa que eu previ semana passada. Todos ficaram arrasados, menos eu. Eu pouco me importava. - Deixa isso da prova comigo. Vai ser fácil. - ri. Sempre que rolava coisas assim, eu tirava de letra (olá, previsão do futuro, leitora de mentes?).
Depois que acabou a aula, eu fui deixar Liam em casa e Justin me seguiu até a minha. Quando chegamos, ele cumprimentou meu pai e uns cinco minutos depois eles já estavam rindo um com o outro. Subi pra me trocar e coloquei um short jeans e uma blusinha branca e acabei ficando descalça. Desci as escadas e Justin apenas parou. Parou de rir de conversar e de olhar pro meu pai. Ele pensava “a beleza dela é… Radiante. Que menina linda… Ela devia ir assim pra escola. Mas se bem que não, todos iam olhar pra ela e ela é minha, só minha.”. Eu sorri e senti minhas bochechas queimarem.
– Qual o programa de humor vocês estavam assistindo? Só o que eu escutava eram risos. Quero rir também. - então eu sentei na poltrona entre o sofá (onde estava Justin) e a cadeira reclinável do papai.
– Filha, Justin é um rapaz maravilhoso. Eu vou deixar você ir, mas com uma condição: não faça nada que eu possa lhe deserdar.
– Tudo bem pai. Eu sei o que eu posso ou não fazer.
– Eu sei. Mas você entendeu. - nas entrelinhas ele quis dizer: “não beba, não beije na boca desse menino nessa viagem, não perca a virgindade.”.
– Entendi pai. Que horas você vem me pegar Justin?
– Umas oito. Pode ser?
– Pode. Então, vou arrumar as malas.
– Lá é uma praia, ok Cat?
– Tudo bem.
– Não leve moletons ou calças.
– Até parece que você tá mesmo preocupado com o que eu vou colocar na mala. Eu sei o que colocar, ok?
– Ok. A gente se vê amanhã então?
– Sim. Tchau Justin.
– Tchau pequena. - não é que ele tenha esquecido o “minha”, mas é que o papai tava lá. Eu o abracei e ele me deu um beijo na testa. Eu o levei até a porta e ele seguiu pra casa. Ia subir, mas o papai me chamou na cozinha.
– Filha, eu sei que você gosta desse menino e esse menino gosta de você. - tudo bem que eu já sabia, mas eu queria saber como meu pai descobriu.
– Como o senhor sabe pai?
– Vocês se olham como eu e sua mãe nos olhávamos. - ok, isso foi no mínimo especial. Eu sorri e caiu uma lágrima de meus olhos. Eu o abracei.
– Minha menina se joga sem medo de ser feliz.
– Um pai normal fala isso pra filha?
– Não, mas eu nunca fui normal mesmo. Eu sei que você vai ser feliz com ele, enquanto durar.
– Obrigada pai. Você é o melhor. - então, dei um beijo na bochecha dele e subi. Arrumei minhas malas (coloquei roupa de mulher nela, só vestido e shorts e blusas e uma sandalinha simples, de ficar em casa mesmo.) e fui assistir um jogo de basquete com o meu pai no ginásio. Jantamos lá mesmo e chegamos em casa exaustos. Assim que cheguei, tomei banho rápido e dormi.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!