Riot - Tumulto Em Vidas escrita por an0nymous


Capítulo 4
004.




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UM MÊS DEPOIS.


Eu não podia acreditar. Embora eu e Justin fôssemos MUITO amigos, ele sentava com a Elizabeth Maldita Yullin todo dia no almoço. Óbvio que eu estou morrendo e me corroendo inteira por dentro, mas não deixo escapar. Só às vezes. Ela fica alisando ele como se fosse um pedaço de carne! E ela está fazendo isso só pra me ver fora daqui, pois ela imagina que uma hora eu tente matá-la e vá expulsa do colégio. Não seria má ideia, eu faria o assassinato parecer um acidente sem muito trabalho. Mas vamos deixar essa ideia (brilhante) pra lá. 
Tocou e agora eu tenho química. Justin como sempre, me acompanha pelo corredor. 
– Você não falou comigo o dia todo. O que houve? 
– Por que você não pergunta pra sua amiguinha nova o motivo?
– O problema desse mês inteiro foi ela, minha pequena? 
– Primeiro: não sou sua. Segundo: ela sempre será o meu maior problema.
– Será que você poderia sair comigo amanhã? Eu vou pra uma casa de praia com minha família e queria que a senhorita ciúmes passasse o final de semana comigo. 
– Ah, como eu vou explicar pro meu pai?”Pai, sabe aquele meu amigo? Pois é ele quer me levar pra praia no final de semana.”. Ele vai deixar…
– Convença-o. Você tem o dom. 
– Tudo bem vou falar com ele. Que horas você viaja? 
– Umas oito. Da manhã.
– Vou ligar pra ele antes que comece a aula. - peguei o telefone, liguei. 
– Alô, pai? 
– Oi princesinha. 
– Pai, então, é que sabe aquele meu amigo? 
– O Liam? 
– Não, o Justin. 
– Tá, você fala dele todo dia. 
– Então, ele me convidou pra passar o final de semana em uma praia. Posso ir? 
– Não sei… Faz o seguinte, eu quero conversar com ele. Traz ele aqui em casa depois da escola e eu vou ver se você pode ir. 
– Tudo bem. Beijo, tenho que ir pra aula. 
– Beijo filha, boa aula, volte cedo pra casa, hoje saio mais cedo do trabalho. 
– Tchau. - desliguei e entrei na sala antes que a Sra. Steves pudesse me ver. Sentei ao lado de Justin. 
– O que ele falou? 
– Ele quer que eu te leve em casa, pra ele te conhecer. Quer conversar. Provavelmente por que quer ver se você é responsável suficiente. Então, acho que eu não vou. 
– Você não confia no meu senso de responsabilidade? 
– Não. - eu ri. A Sra. Steves chegou com uma prova surpresa que eu previ semana passada. Todos ficaram arrasados, menos eu. Eu pouco me importava. - Deixa isso da prova comigo. Vai ser fácil. - ri. Sempre que rolava coisas assim, eu tirava de letra (olá, previsão do futuro, leitora de mentes?). 
Depois que acabou a aula, eu fui deixar Liam em casa e Justin me seguiu até a minha. Quando chegamos, ele cumprimentou meu pai e uns cinco minutos depois eles já estavam rindo um com o outro. Subi pra me trocar e coloquei um short jeans e uma blusinha branca e acabei ficando descalça. Desci as escadas e Justin apenas parou. Parou de rir de conversar e de olhar pro meu pai. Ele pensava “a beleza dela é… Radiante. Que menina linda… Ela devia ir assim pra escola. Mas se bem que não, todos iam olhar pra ela e ela é minha, só minha.”. Eu sorri e senti minhas bochechas queimarem. 
– Qual o programa de humor vocês estavam assistindo? Só o que eu escutava eram risos. Quero rir também. - então eu sentei na poltrona entre o sofá (onde estava Justin) e a cadeira reclinável do papai. 
– Filha, Justin é um rapaz maravilhoso. Eu vou deixar você ir, mas com uma condição: não faça nada que eu possa lhe deserdar. 
– Tudo bem pai. Eu sei o que eu posso ou não fazer. 
– Eu sei. Mas você entendeu. - nas entrelinhas ele quis dizer: “não beba, não beije na boca desse menino nessa viagem, não perca a virgindade.”. 
– Entendi pai. Que horas você vem me pegar Justin? 
– Umas oito. Pode ser?
– Pode. Então, vou arrumar as malas. 
– Lá é uma praia, ok Cat? 
– Tudo bem. 
– Não leve moletons ou calças. 
– Até parece que você tá mesmo preocupado com o que eu vou colocar na mala. Eu sei o que colocar, ok? 
– Ok. A gente se vê amanhã então? 
– Sim. Tchau Justin. 
– Tchau pequena. - não é que ele tenha esquecido o “minha”, mas é que o papai tava lá. Eu o abracei e ele me deu um beijo na testa. Eu o levei até a porta e ele seguiu pra casa. Ia subir, mas o papai me chamou na cozinha. 
– Filha, eu sei que você gosta desse menino e esse menino gosta de você. - tudo bem que eu já sabia, mas eu queria saber como meu pai descobriu. 
– Como o senhor sabe pai?
– Vocês se olham como eu e sua mãe nos olhávamos. - ok, isso foi no mínimo especial. Eu sorri e caiu uma lágrima de meus olhos. Eu o abracei. 
– Minha menina se joga sem medo de ser feliz. 
– Um pai normal fala isso pra filha? 
– Não, mas eu nunca fui normal mesmo. Eu sei que você vai ser feliz com ele, enquanto durar. 
– Obrigada pai. Você é o melhor. - então, dei um beijo na bochecha dele e subi. Arrumei minhas malas (coloquei roupa de mulher nela, só vestido e shorts e blusas e uma sandalinha simples, de ficar em casa mesmo.) e fui assistir um jogo de basquete com o meu pai no ginásio. Jantamos lá mesmo e chegamos em casa exaustos. Assim que cheguei, tomei banho rápido e dormi.


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