Perdida Em Seu Olhar - (Finalizada) escrita por Eu-Pamy


Capítulo 5
Capítulo Quatro - Nem uma única lágrima.


Notas iniciais do capítulo

Nossa, eu posto um capítulo todo dia e é assim que vocês me retribuem? Poxa, está tão ruim assim? Porque ninguém comenta?



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Capítulo quatro – Nem uma única lágrima.

- Gostaria que a minha mãe tivesse te visto antes do acidente.

- O que você quer dizer com isso? – Questionei.

- Bom, imaginei que ela tinha te avisado...

- Me avisado? Lucas, eu não falo com a sua mãe já faz anos... – Ele deveria estar confundindo.

- Sim, eu sei, ela me disse.

Ele estava completamente tranqüilo.

- Ela falou de mim para você?

- Claro, ela estava sempre falando de você... E da saudade que sentia.

Fiquei pasma.

- Então porque ela nunca me ligou? Ela tinha o meu telefone.

Ele pensou por um momento.

- Não sei. Ela nunca falou sobre isso.

Respirei fundo.

- O que mais ela falou sobre mim?

- Muitas coisas. Minha mãe estava sempre comparando as vizinhas da minha rua com você e nenhuma nunca chegou aos seus pés, segundo ela. E sempre que tinha uma festa ou evento beneficente ela dizia que gostaria que você estivesse lá. Eu cresci escutando ela falar sobre as coisas legais que vocês faziam juntas. Na verdade, quando eu era pequeno, achava que ela estava inventando tudo aquilo e que você não era real, porque como podia existir alguém com tantas qualidades? Mas agora vejo que era verdade. 

Corei.

- Sua mãe sempre foi uma doçura de pessoa, nunca ligou para os defeitos de ninguém. Ela era como uma irmã para mim. Eu jamais a esquecerei.

- E ela também gostava muito de você, por isso ela estava indo para a sua casa na segunda de madrugada. E se ela não te contou, acho que era porque queria fazer uma surpresa.

- Para a minha casa? Mas eu me mudei há pouco tempo, como ela poderia saber onde eu moro?

- Ela comentou algo sobre um amigo ter passado o endereço.

- Por acaso ela disse o que iria me dizer?

- Não. Como eu estava aqui no Rio, falei com ela por telefone e os créditos dela estavam acabando. Não deu para perguntar.

Meus olhos se encheram lágrimas.

- Acho que nunca saberei.

Houve um tempo de silêncio e então escutei algumas batidas na porta. Enxuguei os olhos.

- Pode entrar. – Falei, me levantando. 

- Com licença... – Disse Emanuel. Ele olhou para mim e então para o Lucas, parecendo ter percebido as minhas lágrimas. – Bom, Susan, eu não queria atrapalhar, mas é que a senhora sua mãe voltou aqui. Ela está na recepção, procurando por você. Eu não queria interromper, mas ela insistiu muito.

- Ah! – Tinha me esquecido que eles estavam me esperando no carro. – E-eu... – Olhei para o Lucas, ele continuava calmo. – Eu vou ter que ir agora. – Suspirei. – Eu não queria te deixar aqui sozinho... Prometo que irei fazer tudo o que tiver ao meu alcance para te ajudar... – Olhei para o advogado. – O senhor mandará alguém levá-lo no funeral ou eu poderei fazer isso?

- Me desculpe, não estou autorizado a deixá-lo com você... Mas, sim, eu mandarei alguém levá-lo até lá, não se preocupe.

- Se é assim, então tudo bem... – Sussurrei. Olhei para o garoto sentado no sofá. – Então eu te vejo mais tarde. – Dei dois passou a frente, me abaixei e então dei um beijo na sua testa. Sorri para ele. – Até logo. - Respirei fundo e andei até a porta, mas não consegui dar mais nenhum passo depois disso. Olhei para trás. Eu não queria ir embora. Não queria deixá-lo sozinho. Quando eu desse aquele último passo, ele estaria sozinho novamente. E eu mais do que ninguém sei como é ruim se sentir sozinha... Ele olhava nos meus olhos, como se tentasse conversar comigo.

- Susan... Está tudo bem? – Disse o advogado, me tirando dos meus pensamentos. Foi então que percebi que eu estava parada feito uma doida.

- Sim, estou sim. Foi só uma tontura, já passou. – Menti.

Dei um último sorriso para ele e então sai.

- Lucas, eu irei acompanhar a senhorita Cllaus até a recepção, incomodasse de esperar aqui até eu voltar? – Ele não respondeu, pois já havia se concentrado novamente em observar o céu. Emanuel ficou nervoso. – Vou interpretar isso como um não. – Falou e então fechou a porta. – Crianças... – Resmungou. Olhei para ele com desagrado, mas ele fingiu não perceber. – Esse rapazinho é bastante ‘distraído’, não é mesmo? Desde que o conheci não o escutei dizer nem uma única palavra; confesso que no começo pensei que se tratava de uma criança com deficiência auditiva. – Dizia enquanto caminhávamos.

- Então é só com você, porque comigo ele conversou normalmente.

- É, talvez o problema seja comigo mesmo... – Ele riu. Continuei com a cara fechada.

Estávamos perto, eu sabia por que já conseguia escutar a voz de minha mãe.

- Será que ele foi buscar ela lá no Japão? Se eu soubesse iria perguntar se ele não queria o meu carro emprestado! Essa menina sabe que eu estou esperando e demora só para provocar! Ah, então ai está você!

Suspirei. Ia começar tudo outra vez.

- Mãe, por favor, vamos embora...

- Ah, então agora você está com pressa?

Eu vou ignorar.

- Olha Senhor Emanuel, muito obrigado por tudo. – Apertei a mão dele. – Você tem o endereço do cemitério?

- Sim, seu pai passou para mim.

PA. DRAS. TO.

- Ótimo. Você tem um cartão com o seu telefone para me dar? – Perguntei. A secretária pegou um cartão de uma gaveta e me entregou. – Obrigado. – Disse para ela. – A cerimônia será às cinco horas. Por favor, se precisar de alguma coisa me ligue, o senhor tem o meu telefone, não tem?

- Tenho o seu celular, mas não o da sua casa.

- Bom... – peguei o cartão da minha bolsa – O fixo é o primeiro e o celular é o segundo número. Mas de qualquer maneira, ligue para o meu celular, pois eu não estarei em casa.

- Tudo bem. – Falou.

- Bom, então é isso. Obrigado novamente. – Sorri. – Tchau. – Virei e fui embora. Minha mãe me seguiu com a cara amarrada. Descemos as escadas do escritório em silêncio, mas só foi eu botar o pé na rua que ela começou.

- Uma filha que não respeita a mãe, é só o que faltava! – Bufou. – Eu deveria te dar umas boas cintadas por isso.

Revirei os olhos. Ela estava delirando?

- Mãe, desculpe te decepcionar, mas não sou mais uma criança.

Matheus espera no carro, que estava estacionado do outro lado da avenida.

- Não é porque você está crescidinha que deixa de ser a minha filha! Eu sou sua mãe, eu que te criei,  e posso fazer o que bem entender com você!

Atravessei a avenida.

- Se eu bem me lembro, foram as empregadas que me criaram e não você.

- Mas eu é que pagava o salário delas! – Retrucou.

- Como se isso fosse suficiente... – Sussurrei.

Abri a porta do carro e então entrei.

- Demoraram. – Comentou Matheus. – Estava quase indo atrás de vocês...

- A culpa é dessa desmiolada!

- Silvia, para sua informação, eu estava tratando de um assunto muito importante. – Ela me olhou com um olhar mortal. Odiava quando eu a chamava pelo nome.

- Que assunto importante? – Perguntou Matheus, enquanto ligava o carro.

- Eu fui conhecer o filho da Anabela.

Ele desligou o carro.

- O que? – Perguntou minha mãe.

- Ele está aqui? – Completou Matheus.

Como se eles tivessem me dado tempo para responder.

- Porque você não nos chamou? Eu iria querer conhecê-lo também! Você é mesmo uma desmiolada!

- Tenho que concordar com a sua mãe, Susan. Também gostaríamos de conhecê-lo.

- Sim, Matheus, mas a verdade é que essa menina só se importa com ela mesma! Nunca pensa no que os outros podem...

- Silvia! Pelo amor de Deus! Você saiu de lá  descontrolada! Eu não queria que você assustasse o menino! Ele já está traumatizado o suficiente, não precisava passar por isso também! Além disso, ele estará no funeral da mãe, vocês iram conhecê-lo de um jeito ou de outro! Poxa vida, ele não é um pedaço de carne para vocês ficarem competindo desse jeito, ele é uma criança! – Explodi.

Eles ficaram em silêncio por um tempo.

- Aonde é o cemitério? – Perguntou Matheus por fim. Abri a minha bolsa e retirei um pedaço de papel.

- É esse ai.

Ele ligou o carro e começou a dirigir. Eu sabia que não iria escutar mais a voz da minha mãe até o final do dia, e estava feliz com isso.

Chegamos ao cemitério às quatro horas e trinta minutos. Quando entramos, encontramos alguns conhecidos.       

- Oh, querida, como você está? – Perguntou minha tia Carmem, abraçando a minha mãe. Matheus foi cumprimentar os meus tios.

- Olá Susan. – Disse minha prima Karina, de vinte anos.

- Oi... – Murmurei.

- Sinto muito pela perda da sua amiga. Minha mãe disse que vocês eram muito próximas. – Disse.

- Obrigado por estar aqui. – Falei, mesmo sabendo que ela havia sido obrigada.

- Tudo bem. Esse é o Ricardo, meu namorado. – Falou, apontando para o rapaz magro do lado dela.

- Oi... – Disse, apertando a minha mão.

- Oi. – Falei. “Ela havia trocado de namorado outra vez?”

Eles se afastaram.

Escutei o som de alguém chorando perto de mim, olhei e vi que era a minha antiga vizinha, Juliana. Fazia muito tempo que eu não à via.

- Oi Susan... – Murmurou, enquanto me abraçava. Ela sempre fora muito emotiva.

- Olá Juliana, há quanto tempo não?

- É, faz muito tempo mesmo. – Ela soluçou. – Eu nem acredito... Ela era tão nova...

- Sim, era mesmo.

- Você a viu? – Perguntou. Assenti. Ela começou a chorar compulsivamente outra vez. Rapidamente, me afastei.

- Oi Débora, cadê a sua filha? – Perguntei para uma velha conhecida.

- Oi Susan. Eu e David achamos melhor deixar ela com uma amiga, esse tipo de lugar não é para crianças. – Falou.

- É verdade, você fez bem. E cadê o David? – Perguntei, não tinha o visto em lugar nenhum.

- Ele foi numa floricultura aqui perto, comprar umas flores. Acho que a Anabela merece isso.

- Sim, é verdade.

- Susan, posso te fazer uma pergunta?

- Claro.

- Eu escutei a sua mãe falar, mas não tenho certeza se entendi certo. – Ela não precisava nem continuar.

- Sim, Débora, Anabela tem um filho. Ele se chama Lucas.

- Quantos anos ele tem? – Perguntou, parecendo preocupada.

- Nove.

- Oh, me Deus... – Ela colocou a mão na frente da boca.

- É, eu sei.

- Coitadinho. E com quem ele vai ficar?

- Estamos resolvendo ainda. – Falei com desconforto. Não queria falar sobre aquilo agora.

- Onde ele está? – Perguntou ela, olhando para os lados.

- Ele ainda não chegou.

- Mas ele vai vir, né?

- Claro.          

Senti alguém segurar o meu braço. Olhei e vi que era Carmem, minha tia.

- Oi Susan, oi Débora. – Disse ela, com a voz triste. – Como vocês estão?

- Oi Carmem... Bom, se eu disser que estou bem, estarei mentindo. – Disse Débora.

Suspirei.

- Não estou nada bem, tia.

Ela nos olhou com compaixão.

- Eu sei que é difícil, mas não há nada que possamos fazer além de rezar pela alma dela. – Ela nos entregou dois terços.

- Obrigado. – Dissemos juntas.

- Agora eu vou consolar a sua mãe, está bem Susan?

Assenti e ela se afastou.

- Eu vou lá fora, preciso respirar um pouco de ar limpo. – Disse Débora. – Odeio cemitérios. Você quer vir junto?

- Não, se a minha mãe me procurar e não me encontrar vai fazer um escândalo. – Respondi.

- Tudo bem.

Andei até a capela, onde iríamos fazer a cerimônia, antes de enterrá-la. O caixão já estava lá. Havia muitas pessoas ao redor dele, todos eram rostos conhecidos. “Oi Susan. Oi Susan” diziam enquanto eu chegava mais perto do caixão, eles abriram caminho para eu vê-lo de perto. De todos ali, eu era a mais próxima à Anabela. O caixão que eu escolhi era negro como os seus olhos. Ela estava vestida toda de branco, a roupa escondia seus ferimentos e a maquiagem disfarçava às do rosto. Ela estava formidável.

Segurei com força o terço que minha tia havia me dado e então comecei a rezar.

Depois de alguns minutos, escutei um murmurinho ao meu redor que me desconcentrou. Olhei para o lado e vi a causa. Todo de preto, na porta da capela, estava o pobre garoto, Lucas. Ele estava calmo e olhava para o caixão como uma criança que abre o seu presente e vê que acabara de ganhar um lindo cachorrinho. Ele estava acompanhado de uma mulher muito mais velha, que eu jamais tinha visto. Ele andou na minha direção e então parou do meu lado, mas ele não olhava para mim. Senti meu coração falhar uma batida.

Muito calmo, o vi retirar algo do bolso e então colocá-lo dentro do caixão. Era uma corrente, mas não uma corrente comum. Meus olhos se encheram de lágrimas. Eu me lembrava de ter dado aquela corrente para ela, no seu aniversário de doze anos, há muitos anos atrás. Ela havia guardado esse tempo todo.

- Como você conseguiu isso? – Perguntei.

- Minha mãe me deu quando eu vim para o Rio, disse que me daria sorte. – Falou, colocando a corrente na mão dela.

- Eu que dei isso para ela.

- Eu sei. Ela me disse. – Falou, sem tirar os olhos do rosto da mãe.

Refleti por um momento.

- Lucas, se ela te deu, era porque queria que ficasse com você.

Ele olhou para mim. Uma lágrima caiu dos meus olhos. Ele ficou cabisbaixo. Respirei fundo, peguei a corrente de dentro do caixão. Eu mal pensava no que estava fazendo.

- Ela ficará feliz se souber que você guardou com você essa corrente.  E se ela te disse que te dará sorte, é porque te dará. Sua mãe nunca mentiria para você. – Falei, entregando a corrente novamente para ele. Ele olhou para mim e suspirou.

- Acho que você está certa. – e colocou a corrente novamente no bolso. – Obrigado. – Falou.

- Não me agradeça, agradeça a sua mãe, foi ela quem guardou essa corrente durante todo esse tempo.

Ele olhou para ela, eu também olhei.

- Ela está sempre sorrindo. – Falou. Olhei para a boca dela, seus lábios estavam puxados levemente para cima, dando a impressão que ela estava sorrindo. Eu também sorri.

Ficamos em silêncio por algum tempo. Algumas pessoas vieram dar os pêsames para o menino. Percebi que ele não trocou nem uma palavra com ninguém, apenas às vezes assentia por educação. Até com a minha mãe ele não tinha falado nada.

Com a ajuda de algumas pessoas, o caixão foi levado para o lugar onde seria enterrado. E depois que algumas pessoas falaram longos e melosos discursos sobre Anabela, o caixão foi enterrado. Muitas pessoas choraram, minha mãe quase desmaiou e outras simplesmente ficaram em silêncio. Depois de meia hora, algumas pessoas vieram se despedir.

- Tchau, querida. – Disse minha tia Carmem.

- Vá me visitar qualquer dia desses. – Falou Débora.

- Só avise antes para eu providenciar a carne do churrasco, ta bom? – Falou David.

- Ela... era tão jovem! – Chorou Juliana.

- Me ligue mais vezes, estou com saudade de você! – Disse meu tio Marcos.

- Tchau Susan. – Falou meu primo Charlie.

- Eu tenho que ir, Susan. Tchau. – Falou Pablo, um antigo amigo.

- Fiquei sabendo que você e o Rogério estão se separando... É uma pena, ele era um bom rapaz. Ligue-me para nós conversarmos sobre isso, ta bom? – Disse uma amiga da minha mãe.

Muitas pessoas também se despediram de Lucas, mas ele mal deu atenção. Depois de um tempo, quase todos já haviam ido embora.

- Bom, eu e o Matheus estamos pensando em ir para casa daqui. – Disse minha mãe.

- Você se incomoda de pegar um ônibus? – Perguntou Matheus.

- Não, tudo bem. Mas vocês não acham melhor pegar a estrada só amanhã?

- Não, amanhã tenho muita coisa para fazer. – Disse Matheus.

- Sabe, filha, nós trabalhamos... – Ela tinha que provocar.

Lucas veio para perto de mim.

- Oh, querido, foi um prazer conhecer você! Você é adorável. Pode deixar que a ‘vovó’ vai resolver toda essa situação! Agora você faz parte da nossa família e como você percebeu, nós somos muitos! Vamos todos te ajudar, não se preocupe. Você não está só! – Falou minha mãe, apertando a bochecha dele. – Mas agora a ‘vovó’ vai ter que ir, mas eu vou voltar!

Matheus Apertou a mão dele.

- Você é um pelo rapaz! Não se preocupe, eu vou contratar o melhor advogado da cidade! Tudo vai ficar bem, é só uma questão de tempo!

Lucas não respondeu.     

- Tchau, querido. Fica com Deus! – Disse Silvia. – Ah, e tchau para você também... - Falou para mim.

- Tchau Susan, eu vou te ligar amanhã para saber se está tudo bem. – Falou Matheus.

- Ta bom. Tenham uma boa viajem.

- Obrigado.

Minha mãe apertou outra vez a bochecha de Lucas e então foi embora. “Até que enfim”.

Olhei para ele.

- Você está bem? – Perguntei.

- Vou ficar.

Suspirei.

- Eu realmente gostaria de poder fazer alguma coisa... Imagino que você saiba o que vai acontecer com você.

Ele não demonstrou emoção.

- Sim, já me explicaram.

- Lucas, você não conhece ninguém mesmo que pode ficar com você? Algum parente?

- Não, sempre fomos só eu e a minha mãe.

Ele estava encarando aquilo muito melhor do que eu. A mulher que ô estava acompanhando se aproximou.

- Oi, eu sou Patrícia, estou responsável por trazer e devolver o garoto Lucas, infelizmente, temos um horário para ser comprido. – Falou.

- Oi, Patrícia. – Suspirei. – É, eu sei. Mas antes você poderia me dizer para qual orfanato ele será levado?

- Me desculpa, mas eu não tenho permissão de passar essa informação.  

- Tudo bem, depois eu pergunto para o advogado.  – Olhei para ele. – O que a minha mãe disse é verdade, vamos cuidar de você. Você não está sozinho. Tá bom? - Ele assentiu. Acariciei os seus cabelos. – Você é um menino corajoso. Sua mãe deve ter muito orgulho de você. – Sorri. Ele não respondeu, apenas me olhou com gratidão. Ele nunca falava na frente de outras pessoas.

Patrícia o levou para dentro de um carro preto. Depois de alguns segundos eu estava sozinha. Olhei para a sepultura da minha amiga.

- Espero que você esteja certa... Espero que aquela corrente realmente de sorte, porque ele está precisando muito disso.


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Notas finais do capítulo

Se tiver alguém ai (o que eu duvido muito) pode comentar?



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