Living Dead - EM HIATUS escrita por lolita


Capítulo 6
V - Surrender


Notas iniciais do capítulo

Surrender - Evanescence
Gente, quero dar uma notícia. Eu e alguns de meus irmãos Apolianos (sou filha de Apolo) estamos escrevendo uma fic sobre nós mesmos, inspirado no grupo que a gente frequenta lá no facebook. Somos seis, cada um escreve um capítulo. Quero pedir a vocês que acompanham Living Dead dar uma olhada lá, a fic ainda tá no início. Segue-se aqui o link da fic: http://fanfiction.com.br/historia/289166/Chale_De_Apolo/
Vejo vocês lá embaixo!



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Annabeth quase caiu do banco ao se deparar com Luke parado perto o suficiente para invadir seu espaço.

– Argh, Luke! - Ela exclamou. - O que você está fazendo aqui?

– Ora, eu vim falar com você Annabeth. - Ele deu um sorriso de canto. Ela não gostou do modo como ele disse seu nome, o olhou desconfiada.

– Uh... sobre o quê?

– Você dança bem. - Disse, sentando-se ao seu lado. Ela ficou mais desconfiada ainda.

– Obrigada, hum. - Ele a olhava de um jeito muito estranho. Tentou se afastar dele, mas o banco não era exatamente espaçoso. - É pra isso que teve o trabalho de vir até aqui? Elogiar minha dança? - Ela planejava ser paciente e doce o máximo que conseguisse nesta noite, mas com Luke ela definitivamente não tinha paciência. Ele soltou uam risadinha rouca.

– É bem direta, gostei... - Ela o olhou. O quê? - Por isso e por mais inúmeras qualidades que quis você.

– Como assim? - Ela perguntou.

– Eu quero dizer Annabeth, que eu escolhi você para ser minha futura esposa. - A mão direita de Luke desceu por sua perna, e o olhou assustada.

Não me toque. - Disse entre dentes. Luke estreitou os olhos.

– É mesmo uma pena eu não poder tocá-la, nem mais nada com você Annabeth. És bonita o suficiente para eu querer fazê-la minha todas as noites da minha vida.

Annabeth arquejou e levantou-se. - Vá para o inferno Castellan!

Ela não sabia o que ele queria dizer com "não poder fazer mais nada com ela" mas não iria ficar ali para ouvir tais grosserias. Começou a andar de volta para sua família, mas Luke puxou-a pelo braço.

– Ah não, você fica! - Ele rosnou.

– Me solta! - Tentou ouxar seu braço de volta, mas seu aperto era firme.

– Ou o quê?

– Ou eu grito. - Ela sussurrou o mais frio que pôde, mas o medo começava a infiltrar-se em seu corpo.

– Ah, não grita não. - A voz de Luke era baixa e ameaçadora. - Agora venha, eu não tenho muito tempo.

Ele a puxou para dentro da floresta, e ela teve que forçar seus pés a se mecherem. Caso contrário, ela cairia, e ela sabia que ele não iria parar de puxá-la mesmo se fosse arrastando-a. Depois de alguns minutos ela perguntou:

– Pra onde está me levando? - Sua voz não passava de um sussurro.

– Para o mais longe possível. - Luke respondeu com um sorriso malicioso.

Então um pensamento ocorreu à Annabeth, e de repente ela soube o que estava prestes a acontecer.

– Não! - Ela gritou. Como não percebera antes? Estava assustada demais com o que Luke falava para raciocinar direito, é claro! Esquivou-se das mãos dele, mas mal teve tempo de virar-se para correr antes que ele a pegasse e a jogasse no chão!

– Não, me solta! - Implorou, as lágrimas já começando a correr pelo rosto. - Por favor... - Sua voz ficou fraca. Luke agarrou seu pescoço.

– Sabe Annabeth, você chamou minha atenção desde o começo, mas depois que aquelas duas moças... não lembro o nome delas, mas falaram bem, muito bem de você, e... é, naquele momento tive certeza que você era a esposa ideal. Mas aí, seu querido paizinho, não permitiu que eu escolhesse você, acha que você é nova demais pra sair de casa... coitado, ainda não tem coragem pra dizer adeus a sua querida filhinha. Ele chegou até a ameaçar meu comércio só para não me casar com você... é mesmo uma pena. Mas o que ele não sabe, é que mesmo que me proíba de tê-la como noiva, isso não me impedirá de tê-la pra mim, de possuí-la. - Luke encostou em seu cabelo e inspirou fundo, então desceu seu nariz para o pescoço. - Tens um cheiro divino Annabeth, divino!

Annabeth não entendia como isso era possível. Porém, sabia de uma coisa: seja lá qual fora o motivo que levara Frederick a não deixar Luke escolhê-la, não era simplesmente por não querer que ela fosse embora. Ficou entorpecia demais para reagir ao que Luke dissera. A vida inteira fora ignorada por qualquer tipo de pessoa do sexo masculino - não que ela se importasse muito com namoros e afins-, e agora, a única vez que fora percebida e desejada por um homem, fora de uma forma nada agradável. Nunca passou pela sua mente que um dia passaria por isso, mas ainda não estava fraca o suficiente para não lutar.

Bateu, chorou, esperneou, implorou, se debateu, se arrastou, gritou... mas tudo que fazia só servia para deixá-la exausta, e em certo momento, Luke a batera de tal modo, que a deixara zonza.

– Renda-se Annabeth! Sabe que ninguém irá ouvi-la, isso só vai fazer com que adie mais o momento. - Luke rosnou enquanto rasgava seu belo vestido azul, seu coração foi à boca.

Annabeth já estava sem voz e sem fôlego de tanto gritar. Seu cabelo estava cheio de terra e folhas, seu rosto manchado, sujo e dolorio devido ao tapa de Luke. Ouviu um farfalhar de roupas, e de repente ela não sabia mais onde estava seu ar. Luke deitou-se sobre ela e a olhou nos olhos, Annabeth encontrou um fogo triunfante em seus olhos. Ele acariciou seu rosto, suas barriga, seus seios. A cada toque, Annabeth sentia-se mais infectada e suja. Ela já não tinha mais forças para tentar fugir, principalmente agora que estava com o peso de Luke sobre seu corpo.

– Ah, você é linda Annabeth, realmente maravilhosa. Por favor não chore, não gosto de ver estas lágrimas no meio de seu belo rosto. - Ele murmurou em seu ouvido. Como ele podia pedir uma coisa dessas? O que ele queria? Que ela sorrisse e pedisse por mais??? Como podia ele não querer vê-la amendrontada? Era demais para sua paciência! Respirou fundo.

– Que você morra nas profundezas do Tártaro Castellan! - A raiva era clara em sua voz. Uma fúria surgiu nos olhos de Luke e então ela soube que ele vencera.

Ela tentou se preparar para o que vinha a seguir, mas o que imaginou não chegou nem perto da dor que sentiu quando Luke invadiu sua carne. Um grito estridente escapou de seus lábios. E ele continuou se movimentando para fora e dentro dela, aumentando a dor agonizante que sentia. Gritou mais ainda, e em dado momento, sua garganta ficou dolorida e sua voz sumiu. Luke corria seus lábios por seus seios, pescoço e rosto. Nojo não foi o suficiente para descrever o que Annabeth sentiu quando o líquido quente dele jorrou dentro de si. Abriu os olhos, as lágrimas escorrendo. A expressão de Luke era de extremo prazer, enquanto ela se sentia da pior maneira possível: humilhada, invadida e violentada.

– Como eu disse Annabeth - Ele sussurrou friamente em seu ouvido. - Consigo tudo o que quero. - Então levantou-se e vestiu-se. Olhou para ela por um minuto e então, como se tivesse lembrado de algo aterrorizante, agarrou o pescoço dela.

– Lembre-se: se contar para alguém, qualquer pessoa, eu mato você, entendeu? Mato!

Então a soltou bruscamente. A visão de Annabeth ficou turva, mal vendo Luke ir embora e deixá-la ali sangrando, sozinha e aterrorizada. Seu corpo estava dolorido, mas o que sentia em meio as suas pernas era bem mais insuportável. Sabia que não poderia voltar para a festa, pois estava destruída; mas também não podia ficar ali para sempre. Tentou se levantar, mas quando se apoiou nos cotovelos, as árvores giraram e eles fraquejaram. Tentou respirar fundo, mas seu estômago estava embrulhado e sentia que ia vomitar.

Alguns minutos se passaram, e finalmente sentiu que o frio da noite começava a fazer algum efeito nela. Inspirou lentamente, deixando o ar infiltrar em seus pulmões, refrescar o suor de seu rosto. Tentou levantar novamente, agarrando-se a saia do vestido e aos pedaços destruídos da parte de cima para cobrir-se.

O que faria agora? Olhou a sua volta, percebendo que o pânico anterior não a deixara perceber que foram tão longes. Aquela parte da floresta não lhe era desconhecida, mas não conseguia se lembrar quando estivera ali. Deu alguns passos na direção oposta a praça e lentamente começou a caminhar. Seus pés descalços quebravam galhos finos no chão, agulhas de pinheiro roçavam em seu corpo e em suas mãos, mas nada disso parecia incomodá-la.

Não fazia ideia de onde estava indo, mas continuou. De vez em quando ouvia coisas estranhas e parava, mas não via nada. Então recomeçava, mas não conseguia se livrar da sensação de estar sendo observada, como se as ávores a enxergassem. Enquanto caminhava, elas pareciam se curvar em sua direção, ou então ouvia vozes sussurando em seu ouvido, uma sensação fria roçando em suas costas descobertas. Então parava novamente e tudo voltava ao normal.

Não sabia por quanto tempo andou. Minutos? Horas? Só sabia que caminhou lentamente, até que finalmente suas forças se esvaíram e desabou na grama. Era impressão sua ou a grama estava mais macia do que o normal? Virou-se, fitando as copas das árvores acima dela. Novamente, elas pareceram caírem acima dela, ouviu as vozes de novo, e ela viu formas se moverem acima de sua cabeça. Aquilo eram... ninfas? Estava delirando, ela pensou. Então Annabeth suspirou e fechou os olhos, deixando seus pensamentos caírem na inconsciência e permitindo-se conectar com sua amada floresta.




Por sorte, vestígios do que acabara de fazer não ficara em suas roupas. Ajeitou o colarinho e seus cabelos, certificando-se de que tudo estava em seu devido lugar antes de dirigir-se de volta à mesa de jantar. Por um momento, teve a sensação de que todos o olhavam diferente, e temeu que não a tivesse levado longe o suficiente para que seus gritos não fossem ouvidos. Mas, se a tivessem ouvido, alguém teria ido ajudá-la, certo? Afastou o pensamento de sua mente. Não, ninguém ouvira nada.

Novamente por sorte também, chegara pouco antes do jantar ser inciado. Todo já estavam em seu devido lugar - menos ele e Annabeth, é claro -, sua família conversando avidamente com Silena Beauregard e sua mãe. Por um breve momento, perguntaram-se onde estava Annabeth, mas então Frederick falou para que não se preocupassem, afirmando que não era a primeira vez que ela se atrasava em seus compromissos. Ele pareceu ficar aliviado com o fato de ela não comparecer, provavelmente achando melhor ela não ficar no mesmo ambiente que Luke. A ironia da situação deu a Luke vontade de gargalhar, mas conteve-se.

O banquete, estava perfeito é claro. E por um momento, tudo parecia dar certo. Luke percebeu que Silena não parava de lhe enviar olhares furtivas, cheios de interesse, enquando Rachel tentava não olhá-lo com tanta raiva. Tentou não pensar o pior sobre o motivo da antipatia da ruiva, obrigando-se a relaxar. Não era a primeira vez que fazia isso, e não era agora que seria descoberto.

Depois da sobremesa, Luke ficou circulando nos limites da praça, onde era iniciada a floresta, certificando-se de que Annabeth não iria aparecer. Depois de algum tempo relaxou, convicto de que ela definitivamente não voltaria. Então, avistou Rachel sentada em um banco afastado, solitária. Foi em sua direção.

– O que uma moça tão encantadora como você faz aqui sozinha a esta hora da noite? - Perguntou, usando seu charme em sua voz.

Ela apenas o ignorou, virando o rosto em outra direção.

– Olhe, se precisar de alguma compania... - Ele pegou delicadamente um cacho que escapava de seu penteado para colocá-lo atrás da orelha, mas Rachel afastou-se bruscamente, o olhando como se ele fosse louco.

– Qual o seu problema? - Ela perguntou, uma fúria gigante contida na frase. E então afastou-se, ignorando-o completamente.

Luke não gostava disso, não gostava de ser ignorado. Qual era o problema com as filhas do rei? Nunca em sua vida, fora recusado. As mulheres simplesmente caíam ao seus pés, e agora, ele teria que se esforçar para conquistar essas.

Ele faria isso. Sim, ele aceitava o desafio. Ele a olhava como se fossem os prêmios mais valiosos que poderia conquistar, uma já fora conquistada, e agora estava caída e fraca no chão da floresta. Sabia que fizera certo ao escolher Rachel, pois não via a hora de conquistar mais uma submissa, não via a hora de dominar mais uma garota rebelde e que se valorizava.




Silena não sabia aonde todos haviam ido. Annabeth já sumira à um bom tempo, e depois do jantar Rachel também sumira. Agora procurava Percy, quem ela vira brevemente conversando com os irmão Stoll. Porém, não conseguia encontrá-lo novamente. Então viu Rachel sentada ao lado de Luke em um banco.

Por um momento, ficou com raiva da irmã. Ela sabia de suas intenções, e principalmente: sabia que essa era a mesma intenção de seu pai. Então, o que ela fazia ali em sua companhia? Seus olhos se encontraram por um momento, e viu Luke estender a mão em direção à uma mecha de cabelo que escapara do penteado de Rachel. Então, como se de repente tivesse lembrado-se do que Silena queria, ela afastou-se bruscamente. Falou alguma coisa para ele e foi embora.

Luke pareceu desapontado, e por um momento ela quis consolá-lo. Em um total momento institivo, andou em sua direção e sentou-se ao seu lado. Pensou em algo para falar, então lembrou-se que normalmente ela não precisava se esforçar para falar com algum garoto. Por que ele a deixava assim, incapacitada?

– Hey - Falou suavemente. - Desculpe a minha irmã, ela é um tantinho... revoltada.

Ele arregalou os olhos e a olhou como se não tivesse se dado conta de sua presença.

– Estava nos observando? - Luke perguntou.

– Ahn, bem... eu estava procurando por ela, e quando a achei aqui conversando com você... não se preocupe, não ouvi nada do que conversaram.

– Humpf, se pelo menos tivéssemos falado algo! - Ele grunhiu baixo, parecendo irritado com a situação.

– Perdão? - Ela não entendia o que ele queria dizer, então perguntou-se o quanto eles haviam conversado. Duvidava que havia sido muito.

– Esqueça. - Ele balançou a cabeça em total desapontamento. Então seus olhos se suavizaram e ele exibiu um sorriso charmoso. - E o que você queria com Rachel?

– Hã? - Silena estava totalmente enfeitiçada, as palavras de Luke parecendo enevoadas em seu cérebro.

– Você não disse que a estava procurando? E então, não vai falar com ela?

– Ah! Não, isso pode esperar. - Ela deu seu melhor sorriso para ele.

Ele estreitou os olhos, e por um momento ele pareceu olhar dentro dela. Sua respiração ficou ofegante.

– Quer dar uma volta? - Ele perguntou, um sorriso malicioso nos lábios. Ela sorriu, dessa vez de verdade.

– É claro.

Alguns minutos depois, Luke e Silena encontravam-se encostados em uma árvore nos limites da praça. A árvore era escondida o suficiente para ninguém vê-los. Luke mantinha suas mãos firmes na cintura dela enquanto distribuía beijos pelo seu rosto, pescoço e busto. Silena ofegava, a cabeça pendida para trás, olhos fechados. Puxou os lábios de Luke de volta para os seus, e uma sensação extremamente boa lhe invadiu quando sentiu sua língua dentro de seu boco. Ela nunca se sentira assim ao beijar algum garoto, por que Luke a deixava assim? O que tinha de diferente nele?

Então por um breve momento, Luke ficou paralisado. Ela o olhou.

– O que foi? - Ele parecia assustado, ele a olhou.

– Nada, está tudo bem. - Ele deu um sorriso, mas este não a convenceu. Luke voltou a beijá-la, mas trocaram de lugar, de modo que agora ele encostava-se na árvore. Ela jogou seus braços ao redor de seu pescoço.

Ele beijou o pescoço de Silena, mas sua atenção estava na floresta atrás deles. Por um breve moemento, Luke vira um vulto se mexer perto deles. Silena percebera seu susto, mas ela não podia suspeitar que ele estava na verdade com medo do que poderia acontecer. Abriu os olhos a procura do que quer que fosse. Então, a encontrou, e seu coração quase parou diante da imagem que via.

Annabeth prostava-se diante dele, o olhando com uma fúria incontida. Ela estava horrível. Não horrível como acabei-de-ser-estuprada-e-estou-jogada-fora, mas sim horrível como se ela fosse algum tipo de fantasma ou morta-viva esperando para se vingar. Sua expressão era de um ódio mortal, como se não suportasse o fato de que ele acabara de violentá-la e agora estava quase fazendo amor com sua irmã em uma árvore.

A imagem durou apenas um segundo. Ele piscou e ela desapareceu. Afastou-se bruscamente de Silena. Ela franziu a testa, preocupada.

– Luke, você está bem?

– Eu... sim! Estou bem. Só acho que... não é melhor a gente voltar antes que sintam a nossa falta e venham atrás de nós?

Ela ponderou por um segundo, a tristeza clara em sua expressão.

– Olhe... me desculpe. Mas é que se nos pegarem aqui, estaríamos realmente encrencados. - Ele explicou.

– Claro, claro. Você está certo, deveríamos ir. - Ela respondou. Ele estendeu sua mão para pegá-la e juntos saíram de dentro da floresta.

Luke olhou para trás, com medo do que poderia encontrar. Annabeth não estava mais ali, mas de qualquer forma, ele não voltaria aquela floresta tão cedo.




A sensação de que o mundo estava girando rápido demais despertou Annabeth. Ela ainda estava caída no chão da floresta. Percebeu agora que estava aninhada na base de uma árvore enorme, e esta parecia lhe abraçar, como se a estivesse protegendo. Acima de sua cabeça, através das folhas, o cinza do céu era do mesmo tom de seus olhos. Percebeu que estava mais frio do que o normal e que os farrapos de seu vestido estavam molhados, o que significava que chovera durante a noite.

Lembrou-se do sonho que acabara de ter. Duas pessoas se beijavam avidamente em uma árvore. Através deles, Annabeth reconheceu a praça ainda em celebração na noite anterior. Com um susto, viu que as pessoas na árvore eram Luke e... Silena? Por que Silena estava beijando ele? E o pior era que ela parecia estar gostando. Sua expressão era de total felicidade e prazer, a cabeça pendida para trás para o melhor acesso dos lábios de Luke ao seu pescoço.

Uma fúria interminável lhe invadiu, e ela teve vontade de arrancá-lo dali e causar a ele todo o sofrimento que fosse possível. Ficou assustada com o que sentia, pois nunca fora do tipo vingativa. Luke parou por um segundo, trocou algumas palavras com Silena que não foi possível para ela ouvir. Eles voltaram a se beijar e mudaram de lugar, mas ele abriu os olhos, e quando Annabeth viu aqueles gélidos olhos azuis, sua raiva cresceu mais ainda, mesmo ela achando impossível isso acontecer.

Ela viu que ele estava assustado, em pânico. Por um momento achou que tinha algo atrás dela. Não. Ele estava mesmo olhando para ela, diretamente para ela. Não sabia como fora parar ali, nem como conseguia se aguentar em pé, só sabia que naquele momento ela queria mais do que tudo se vingar de Luke. Então as árvores saíram de seu lugar, e ela acordou.

Um pingo gelado caiu em sua face. Ela ergueu os olhos e suspirou. Era só o que me faltava! Annabeth queria ir embora, queria sua casa, sua cama quente e confortável; e ao mesmo tempo queria ficar ali, sozinha, longe de tudo e de todos. Porém, estava dolorida, com frio, faminta e imunda. Estava entorpecida demais para tomar alguma decisão, mas levantou-se mesmo sem saber o que fazer.

A verdade é que ela estava perdida. E não tinha forças o suficiente para ficar perambulando pela floresta procurando o caminho correto embaixo de chuva. Andou em qualquer direção, a sensação de terra molhada e fofa em seus pés lhe reconfortando. Então avistou algo a frente. Era um poço. Pequeno e tradicional como qualquer outro com uma grande pedra circular posta em cima, tapando a boca do poço. Parecia não ser usado há muito tempo.

Era algo completamente tradicional, comum nos vilarejos. Mas ao avistar aquela pequena construção, um sentimento ruim lhe invadiu. Queria se aproximar, mas só ao pensar nisso sentia a adrenalina percorrer em suas veias. Franziu a testa. O que tinha naquele lugar de tão estranho que a estava incomodando daquela forma?

Respirou fundo e ignorando a sensação de pavor, aproximou-se a tocou na borda da tampa. Estava completamente gelado. Um choque percorreu seu corpo e por um breve momento ela viu Frederick e Thalia em uma noite fria olhando diretamente para ela, um choro de bebê ecoando em seus ouvidos.

Afastou-se bruscamente, sua respiração ofegante e correu. Não sabia como conseguia, mas correu. Só parou quando viu um pequeno riacho correndo à alguns metros a sua frente. Ela conhecia aquele riacho! Rapidamente, dirigiu-se naquela direção, segurando desesperadamente seu vestido. Quase chorou quando chegou na margem e reconheceu o gramado das fronteiras do palácio. Nunca ficara apavorada dentro da floresta, mas também nunca ficara tão feliz ao ver o castelo de pedras cinzas.

Naquele momento, tudo o que queria era correr para dentro e enfiar-se em sua cama. Torcendo para que ainda fosse cedo e que todos estivessem dormindo, adentrou o palácio, deixando Luke, o poço e as terríveis lembranças desta noite para trás.


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Notas finais do capítulo

Estou triste, recebi só três reviews no último capítulo. Cadê aquele povo que comenta desde o início hein? #xatiada
Lembrando que eu fico esperando reviews pra postar o próximo capítulo. Só postei esse daqui hoje porque não quero que achem que eu abandonei, até porque esse capítulo aqui ficou pronto em instantes, mas como recebi pouco comentário, fiquei enrolando pra postar.
Então, deixem reviews e deem uma olhada lá na fic Chalé de Apolo ;D
http://fanfiction.com.br/historia/289166/Chale_De_Apolo/
Na história eu sou Anne, não Lolita, kk!



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