Living Dead - EM HIATUS escrita por lolita


Capítulo 5
IV - Psycho Killer


Notas iniciais do capítulo

Psycho Killer - Talking Heads



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Frederick queria entender qual era a jogada de Annabeth naquela noite, queria saber porque justo nesta noite ela decidiu fingir ser algum tipo encantadora de garota vaidosa.

Inferno, estava dando tudo errado! Ele podia muito bem ver o tédio e o desinteresse nos olhos de Luke Castellan. Estava conseguindo convencer os pais do garoto mas o próprio não se interessava por Silena. Será que estava falando demais? Seria este o problema? No momento, Frederick queria sair dali e nunca mais ser visto novamente pelos Castellan. Mas tinha que fazer alguma coisa.

Em certo momento, Rachel e Annabeth se retiraram, e ele quase suspirou de alívio. Seria melhor assim, e as duas não continuariam atraindo a atenção de Luke. Porém, algum tempo depois, este logo se retirou também. Frederick percebeu que ele tomou a mesma direção que as garotas tomaram. Foi aí que viu que todo o planejamento e suas expectativas haviam sido arruinadas. Precisava pensar em alguma coisa diferente e saiu dali o mais rapidamente possível.

Uma pequena área da praça fora reservada para a família real. Elizabeth encontrava-se em seu assento conversando com algumas pessoas que iriam acompanhar a família no jantar.

Precisava pensar em uma nova forma de chamar a atenção deles para Silena. Com certeza a atenção que Annabeth recebera fora depois de Sally e Thalia aparecerem de repente, falando que ela era " a garota mais inteligente de Bridgeport, e a aluna favorita de Dédalo". Diabos, da onde surgiram aquelas duas? Que direito elas pensaram ter para se intrometerem em sua conversa e começarem a dar opiniões? Sally... ele nunca gostara dela. Era mansinha demais, gentil demais... boazinha demais. E Thalia... ah Thalia, ela conhecia ele, sabia o quão ruim ele podia ser quando alguém se intrometia em seu caminho e em seus planos. Pior ainda... ela sabia de seu plano para casar Silena com Luke.

Traição foi a palavra que correu pela sua mente. Neste momento, estava odiando profundamente Thalia. Era a segunda pessoa que mais estava odiando nesta noite. Ele nunca deveria ter confiado em uma feiticeira. Pessoas como ela nunca são fiéis à ninguém a não ser elas mesmas. É claro que Frederick era igualmente assim. Não confiar em ninguém a não ser si próprio era seu mantra, mas decidiu deixar isso de lado e depositou suas esperanças em Thalia há alguns anos atrás. E como sempre acontecia quando confiava em alguém, acabava se arrependendo depois.

Foi arrancado de seu ódio mental por Luke que aproximou-se e fez um sinal indicando que precisavam conversar a sós. Depois que encontraram um lugar mais reservado, Frederick estreitou os olhos e perguntou:

– E então Castellan?

– Suas filhas são todas encantadoras, confesso que foi uma escolha difícil... - Luke hesitou. - Mas decidi.

– E então...? - Repetiu.

Luke o olhou com aqueles gélidos olhos azuis, e Frederick viu surgir um pequeno sorrisinho, quase como de deboche, como se pudesse ver sua ansiedade e medo.

– A mais nova, Annabeth Chase. - Luke contou, e Frederick faltou pouco gritar de ódio. Um minuto se passou, Frederick respirou fundo várias vezes e disse:

– Não. - Sua voz saiu baixa, mas sinistra o suficinte para causar um arrepio pela espinha de Luke.

– Como? - Perguntou incrédulo.

– Eu disse não. - Sua voz ainda saia sussurrante. - Escolha qualquer uma outra, menos Annabeth.

Frederick realmente não queria fazer aquilo, mas não via outra forma. Ele não ia deixar que Annabeth fosse retirada de seu palácio. Ele não entendia como alguém poderia preferir uma pirralha com apenas quase 15 anos quando poderia muito bem escolher uma garota madura, mais esbelta e mais confiante.

– Olhe, eu realmente vejo muitas vantagens ao es... - Luke ia dizendo mas Frederick o interrompeu.

– Escolha Annabeth, e você verá todo o rendimento de sua família indo abaixo. Escute rapaz, eu realmente não queria fazer isso, mas Annabeth ainda é uma criança e não vejo como alguém em sã consciência poderia escolhê-la. Não permito que ela retire-se de minha casa... por enquanto. Se insistir em casar com ela, acabo com seu comércio em um estalar de dedos, e então verá todo seu futuro e sua reputação dissipando como fumaça no ar. - A voz de Frederick era um sussuro furioso e cruel.

Luke ficou paralisado enquanto sua mente absorvia a ameaça. Não podia acreditar naquilo, porém, sua vida estava em jogo. Não via sentido em ficar com a garota se não teria modo de sobreviver e expandir sua família com ela, claro, porque isso ele teria que fazer. Pensou por um tempo, e então lembrou que estava em dúvida com ela afinal. Estreitou os olhos.

– Então, poderei escolher qualquer uma das outras duas? - Questionou.

Frederick ponderou por um momento, então suspirou e respondeu: - Sim, qualquer uma das duas. - As palavras pareciam ter um gosto amargo em sua boca. - Qualquer uma de minhas filhas, menos Annabeth, e deixarei seus negócio em paz.

– Tudo bem então. - Respondeu enquanto tomava rápido uma decisão. - Escolho a mais velha, Raquel.

Rachel. - Frederick corrigiu. Continuava com sua carranca, odiva quando seus planos davam errados.

– Isso. Ela é a segunda que mais me encantou. - Deu um ênfase na palavra segunda, o que deixou o rei mais irritado ainda.

– Tudo bem então, - Frederick grunhiu. - Junte-se a nós na mesa de jantar daqui a 30 minutos, darei a notícia a minha filha. - E então com um leve sorriso, ainda que não convincente, falou. - Não acho que seja sua melhor escolha Castellan, porém, foi inteligente ao desistir de Annabeth, espere para ver sua vida mudar para melhor. - E então deu as costas e retirou-se.

Luke não conseguia acreditar no que acabara de acontecer. Embora não tenha deixado transparecer, estava praticamente espumando de raiva. Frederick achara que saíra ganhando, mas o que ele não sabia, era que Luke conseguia tudo o que queria. Um plano começava a se formar em sua cabeça. Tinha pouco tempo para realizá-lo, mas era o suficiente.

Ele queria Annabeth e ia tê-la de qualquer forma, casando-se ou não com ela.



Annabeth mal se aguentava sentada em seu lugar na mesa de jantar. Estava com um mal pressentimento, e precisava gastar suas energias, precisava se acalmar. Faltava ainda meia hora para ser iniciada a refeição, era mais do que suficiente para se acalmar. Levantou-se e dirigiu-se para qualquer lugar.

À sua volta, uma música animada tocava e várias pessoas dançavam alegremente nos passos tradicionais da dança de Bridgeport. Parecia uma boa forma de colocar sua inquietação para fora, mas não sabia dançar. Conhecia os passos, é claro, mas nunca o dançara de fato. Então duas mãos a cutucuram com força na cintura, fazendo-a dar um pulo. Virou-se para trás e viu Percy com um sorriso de orelha a orelha, estava quase ofegante.

– Que tal? - Ele perguntou alto para sua voz ser ouvida acima da música, indicando com a cabeça alguém na multidão. Foi aí que percebeu Rachel, Silena e os irmãos Stoll - velhos amigos, os que sempre davam as ideias mais absurdas para aprontarem nos festivais - dançando e rindo que nem loucos. Connor dançava com Silena e Travis com Rachel, então giraram e Rachel foi passada para Connor e Silena para Travis. Pareciam super bobos, e a imagem a fez rir. Aproximou-se do ouvido de Percy.

– Eu adoraria, mas nunca dancei. - Respondeu.

– Ah, é fácil. É só deixar a música te levar. - Disse sorrindo enquanto a puxava para o meio do círculo. Suas irmãs e os Stollgritaram em comemoração quando a viram chegar.

A música foi recomeçada. Iniciou os passos, mas ainda estava hesitante.

– Percy... - Annabeth murmurou, o nervosismo em sua voz.

– Vamos, se solte Annie! - Ele falou ávido. Annie! Fazia anos que ele não a chamava assim. Era o nome de sua avó, uma pessoa que fora realmente especial para ela, mas por um curto período antes desta partir.

Fechou os olhos e deixou que a música despertasse a tradição no seu sangue. Agarrou a ponta do vestido e girou, então Travis a pegou nos braços. Viu Percy tomar alguma outra moça nos braços também e então a dança os levaram longe. Seus pares foram mudando até que ela foi parar na borda do círculo, esquivava o rosto tentando encontrar olhos verde mar.

A música continuava em um ritmo constante e rápido, aproximou-se novamente do centro da roda. Então avistou-o, ele também a procurava, ambos foram trocando de pares - nunca errando os passos - até chegarem um ao outro, e quando Annabeth finalmente voltou para os braços de Perseus, a música terminou.

Estavam ofegantes, nariz contra nariz, ambos com sorrisos enormes no rosto. Por um momento, ela perdeu o fio da meada. Então afastou-se bruscamente, suas bochechas pegando fogo.

– Er... foi divertido. - Ela gaguejou.

– Vê? Consegue dançar muito bem! - Ele disse com seu habitual sorriso malandro. Riu.

– É, acho que sim. Agora se me permite, preciso tomar um pouco de ar. - Virou-se em direção dos limites da praça, onde estava mais quieto e silencioso.

Procurou um banco para sentar-se e descansar. Fechou os olhos e respirou fundo, e quando os abriu, viu Luke parado na sua frente.



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Notas finais do capítulo

Pequeno né? Chatinho também, mas importante. Desculpe a demora, mas por favor, não me abandonem. ): E digam o que acharam nos reviews, ok? Me gusta reviews *-*
O próximo capítulo está muito, muito tenso.



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