P.O.V Austin

Estava com os olhos arregalados, pareciam que eles iam saltar das órbitas, encarei a fumaça com um pouco de suor descendo por minha testa, logo depois encarando o garoto de olhos verdes.

– Onde fica sua casa? – Perguntou ele.

– Eer.. Há uns 12 quarteirões daqui – Disse confirmando com a cabeça, sem nem ao menos saber por que estava fazendo aquilo.

Meu pulso estava um pouco dolorido, acho que tinha machucado ele quando cai no chão ou algo parecido, os segui até a saída do museu, ele entrou em uma espécie de vã, logo entrei junto com eles. Eles perguntavam onde era o caminho de minha casa, eu simplesmente dizia, já que era o garoto que tinha uma caneta que virava uma espada, acho que não tinha muito que questionar.

**

– Percy Jackson, meu nome é Percy Jackson – Disse ele seguindo direto, atravessando a rua para ir para minha casa.

– Austin Gryffindor – Disse.

Chegamos em frente há minha casa. Logo minha mãe abriu a porta, e Percy já foi adentrando na minha casa, eu o segui. Estava com uma face preocupada, minha mãe não sabia o que estava acontecendo.

– O Austin, ele precisa partir agora – Disse Percy.

– Eu fui atacado, por uma mulher-águia – Disse tentando montar peças do que realmente tinha acontecido, ou seja: Estava tentando arrumar uma teoria lógica para o que realmente tinha acontecido.

– Era uma Harpia! – Diz Percy.

Logo depois disso minha mãe arregalou os olhos, deixando o copo que ela segurava em suas mãos cair no chão, ela ficou com as mãos visivelmente tremulas.

– Ele tem que ir agora! – Disse Percy mais uma vez.

Minha mãe assentiu com a cabeça, arqueei a sobrancelha tentando entende-los, ela entrou no meu quarto junto há Percy, ela abriu as gavetas do meu armário apenas jogando a roupas dentro de uma sacola-mochila.

Ela jogava as roupas em aleatórios, nem ao menos vendo o que estava fazendo. Ela entregou aquela mochila nas mãos de Percy, ele retornou há sala e lançou a mochila em meu colo.

– Vamos! – Disse ele.

Sai, desesperado, junto a Percy. Entramos na vã em quanto ficava encolhido bem no canto. Apertei minha mochila fortemente, senti algo duro dentro de uma caixa. Abri rapidamente a caixa, ela tinha algumas ‘’chamas’’ entalhadas na caixa. Rapidamente vi o que parecia ser um pequeno cordão, não era bem um cordão, era um pequeno vidro com algo no centro que ficava girando. Amarrado em um pedaço de barbante. Segurei aquele vidro em meus dedos e observei o que ficava girando no centro, não consegui localizar o que era. O jovem pálido de cabelos na altura do ombro observou aquele cordão, como se já tivesse visto na sua vida, Ethan conversava algo com Percy. Eles pareciam preocupados.

Coloquei aquele cordão em volta do meu pulso, depois de varias e varias voltas, Ainda não tinha entendido para que servisse aquilo, ou ao menos por que aquilo estava na minha bolsa.

A vã estava na estrada, observava as vacas no outro lado da estrada. A vã acelerava um pouco, paramos na frente de uma trilha de areia, algumas plantas estavam no caminho, não pareciam ter nascido ali, parecia mais que estava ali apenas para disfarça a trilha, todos saímos dali, seguimos pela trilha desviando dos arbustos que tinham no caminho, até chegarmos há um portão enorme, passamos por dentro dele. O lugar era lindo, tinham campos, uma praia e vários outros adolescentes como eu, todos usavam uma camisa laranja, ou apenas alguns. Estava escrito: Acampamento Meio-Sangue. O lugar tinha um cheiro forte de mar.

– Bem vindo ao acampamento. – Disse o jovem pálido batendo em meu ombro.

Percy fez um gesto com sua mão algo como: Venha Comigo. Segui-o até uma espécie de tenda, não bem uma tenda, não sabia como explica, era feito de madeira, tinha algumas camas, onde tinham algumas pessoas nela, aquilo parecia ser uma enfermaria, Percy olhou para meu pulso. Logo entendi porque ele me levou ali.

Percy conversava comigo, em quanto isso uma garota de cabelos castanhos com uma trança, enfaixava meu pulso com um pedaço de tala, logo que ela terminou Percy agradeceu.

– Obrigado, Piper – Disse ele em quanto ela saia daquele lugar.

Observava as pessoas que entravam ali com cortes por seus corpos, desde apenas superficiais há profundos, tinha uma garota com os braços cruzados, que estava sentada no chão por ali ela olhava para os lados. Ela levanta logo depois de ver Percy.

– Quer mesmo que eu acredite que sou filha de Ares? – Perguntou a garota.

– Bom ver você também Mirely – Diz Percy revirando os olhos.

– Sem brincadeiras, eu vou te socar se não me deixar sair daqui – Diz Mirely.

– Ei, não precisa tratar ele assim, se você está aqui é por que algo te atacou – Interrompi.

– Não se meta seu idiota – Disse ela me encarando.

– E se eu quiser me meter? – Perguntei.

– Quebro seu outro pulso! – Responde ela.

– Eu não tenho medo de você, o metida a valentona – Deixei bem claro pra ela.

– Ah não vou perder meu tempo com você, vou ir dá um volta – Diz ela dando de ombro e saindo.

– A porta é ali! – Disse somente para irritá-la.

Ela saiu logo após me acerta um chute na canela, essa menina é bastante esquentada. Bem acima do padrão das garotas normais, tinha uma garota deitada em uma das camas ainda inconsciente. Sentei há beira da cama observando-a.

Ela tinha uma aparência angelical, tinha a pele branca e cabelos loiros. Ela parecia está inconsciente há um bom tempo, pelo estado de suas roupas.

– O que aconteceu com ela? – Perguntei.

– Ela foi atacada por uma Fúria – Disse Percy.

– Ela foi trazida para cá há algum tempo, ela está desacordada desde então – Completou Percy, depois de alguns minutos de silencio.

Ele sentou na beira da cama logo há minha frente, estava frente a frente com ele. O silencio tomou conta do lugar novamente.

– O que ela quis dizer com ser filha de Ares? – Perguntei, relembrando da garota enfezada de minutos atrás.

– Você conheceu seu pai? Ou melhor... Seu verdadeiro pai? – Perguntou Percy.

– Não, mas acho eu não tenho vontade de conhecer, que tipo de pessoa descente larga seu filho antes de nascer? Deve ser um filho da puta. – Digo olhando os campistas que corriam de um lado para o outro.

– Não é bem assim! – Disse Percy rindo.

– É? Então eu penso errado? – Perguntei começando a rir junto com ele.

– Se lembra do garoto pálido na vã? O nome dele é Nico. – Diz Percy.

– Mas o que isso tem a ver? – Perguntei.

– Assim que falar com o Sr. D você vai entender – Diz Percy levantando da cama, ele falou para espera-lo até voltar. Então fiquei sentado ali na cama, esperando ele.

O garoto pálido entrou ao certo ele não me viu. Ele me olhou de canto como se estivesse com alguma duvida.

– Oi – Disse, puxando conversa.

– Oi, já foi proclamado? – Pergunta ele erguendo a sobrancelha.

– O que? – Perguntei.

– Depois falo com você – Disse ele saindo novamente.

Esperei 15 minutos, estava quase me deitando em uma das camas. Percy entrou na sala dizendo que eu precisava falar com um tal de Sr. D, ele me levou até uma casa enorme onde tinha uma querubim me esperando. Sr.D estava em uma sala, quase desmaie com o cheiro de álcool daquele lugar, reconheci pelo hálito dele que ele tinha tomando umas.

– Justin Grin Door – Repetia ele anotando na documentação do acampamento.

– Sr.D, vou repetir mais uma vez, é Austin Gryffindor – Disse revirando os olhos.

– Está bem, Justin Grytdor – Disse ele.

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Fiquei 3 horas ali dentro para no final sair cheirando há álcool e com um papel roxo escrito, Hades Chalé 13, tinha que falar com Percy. O que aquilo significava?