Not Like The Rest escrita por BrunaBarenco


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Eu não lembro se tinha comentada, mas acho que disse que terça ou quarta conseguiria colocar o capítulo novo. E eu consegui! Bem, na verdade devia estar fazendo um texto sobre minha arte conceitual para a aula de artes amanhã, mas isso eu faço rapidinho e ainda são quatro da tarde.
Ninguém quer saber sobre meu projeto da aula de artes que só vai dar certo porque é em dupla, então... ENJOY IT!



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Duas semanas depois, é quase o dia dos testes para o time de quadribol. Michele ainda acha que eu devia desistir:

–É sério, não vai ser legal- ela diz, na sexta-feira, enquanto saímos da aula de Aritmancia e seguimos para Estudo dos Trouxas- Ainda dá tempo de desistir.

–Que desistir, Michele. Eu vou fazer esse teste e vou passar. Ainda não entendo o que vê de tão errado nisso.

Ela não responde, apenas suspira. A próxima sala de aula não é longe, mas Pirraça insistiu em aparecer no nosso caminho, e acabamos chegando atrasadas. O Professor Thompson já está no meio de um discurso quando abrimos a porta:

–E então, nesse primeiro momento, vamos fazer um trabalho prático sobre... Senhoritas Weasley e Bauer, estão atrasadas.

–Hã, desculpe. Foi- paro para respirar- Pirraça.

Prof. Thompson assente:

–Então, sentem-se. Perderam o começo da aula.

Os únicos lugares vazios são ao lado de Makayla (para onde eu vou) e ao lado de um garoto estranho da Lufa-Lufa. Nada contra as pessoas dessa casa, mas esse menino é bem... estranho.

–Como eu ia dizendo- o Prof. continua- Nós passaremos para uma fase mais elevada do estudo do modo de vida dos trouxas, aproveitando que agora espero que tenham idade e maturidade para levar esse trabalho à sério. Em duplas, irão simular a vida normal de um casal trouxa, criando um planejamento financeiro- ela parecia realmente animado. Makayla me passou um bilhete, já que esse professor prestava atenção demais nos alunos para que conversássemos.

“Acho que isso não vai dar certo”.

Faço que sim e respondo:

“Não vai mesmo, somos piores que crianças.”

“Vai fazer com quem?”, ela devolve e escondo debaixo da mesa antes que ele veja.

“Sei lá”. Não conseguimos continuar.

–E agora, vou deixar que escolham as duplas. Se por acaso não der certo, eu vou fazer um sorteio, e vai ser pior para vocês. Jason para em frente a mesa que divido com Makayla:

–Então, você... quer fazer o trabalho comigo?

Sorrio e ela faz sinal positivo com o polegar e uma dancinha muito estranha enquanto aceita fazer o trabalho com Brandon Bloom. Antes que eu pudesse responder, alguém faz isso por mim:

–Ah, ela já tem uma dupla para o trabalho.

Me viro para encontrar James.

–Tenho?- ergo a sobrancelha e jogo o cabelo- Acho que não. Eu a...

–Vai deixar o seu amigo de infância, Dominique?- ele pergunta, elevando o tom de voz de propósito.

–Sem confusão- o professor grita lá da frente.

–Ah, que droga. Desculpe, Jason.

–Tudo bem- ele diz e se senta com Michele, que revira os olhos.

Respiro fundo antes de me virar de novo e encarar os olhos castanho-esverdeados de James Potter:

–Pode me explicar o que foi isso?

Ele pega minha mochila e coloca na cadeira de trás, ao lado dele:

–Isso fui eu protegendo a minha prima mais nova.

–Um mês mais nova, James.- respondo, entre os dentes.

–Viu, é mais nova.

Reviro os olhos:

–Espero que leve esse trabalho à sério.

Ele se recosta na cadeira e olha pela janela:

–Ah, eu estou levando a sério. Quando eu brinco com uma coisa dessas, Dominique?

–Sempre?- ele se limita a sorrir e eu volto a prestar atenção no Prof., que escreveu o nome das duplas num pergaminho e agora está se preparando para um sorteio.

–Vou sortear as suas profissões trouxas, salários e onde vão morar, além de outras características. Isso tudo é importante para o orçamento. Vocês tem uma semana para completar esta tabela- pergaminhos aparecem em todas as mesas, divididos em tabela é claro. Alimentação, Roupas, Contas e etc. Não sei como os trouxas aguentam isso, o dinheiro deles é confuso demais- Lembrem-se de trabalhar com libras. Depois que essa parte do trabalho estiver pronta, daremos continuidade, em outra etapa.

A aula acaba poucos minutos depois.

–Vai tentar o teste para artilheira?- ele pergunta, checando o horário- Tenho uma hora livre antes do almoço.

–Não sei, James. Eu queria mas...

–Mas o que? Você é boa, Domi.- ele sorriu, mas não do seu jeito de sempre, de quem está aprontando. Foi um sorriso diferente.

–É o que vocês dizem. Tenho um horário livre agora também.

Ele para de repente e eu tropeço:

–Quer treinar?

–Hã?- abaixo para pegar os livros e ele ri, revirando os olhos- Ei, esse hábito é meu!

Ignorando a última parte, ele responde:

–Fred e eu costumávamos treinar no tempo livre, ano passado, mas ele entrou na aula de Adivinhação esse ano, por causa de uma garota aí- eu reviro os olhos, mas não interrompo- Então eu ia ficar aqui, sem fazer absolutamente nada e você quer entrar para o time... Não tem nenhum problema.

Num gesto muito anti-James, ele estende a mão. Eu estou meio que imóvel, e tentando não pensar no quão descabelada devo estar por causa do vento e em como seria um desperdício passar esse atípico dia ensolarado (e provavelmente um dos últimos até a chegada da próxima primavera) dentro do castelo e... Sorrio:

–Então... tá.- é claro que parte do meu cérebro registou o quanto essa frase foi ridícula, eu poderia ter dito algo melhor, mas a outra e maior parte ainda estava em choque.

Saímos do castelo, e em alguns minutos pegamos as vassouras. Felizmente, eu tenho uma, meio antiga, mas que é minha.

–Não tem outra?

–Não, James. “A vassoura não faz o jogador de quadribol”.

Ele riu enquanto nós entrávamos no campo:

–Você mudou o ditado, não é? Vamos lá. Última chance de treinar, e com o melhor artilheiro que Hogwarts já teve.

–Convencido... Não vai ser assim por muito tempo.

No fim, foi bem divertido usar o tempo livre para “treinar”. Acabamos mais brincando, relembrando o tempo de crianças quando todos os primos brigavam para andarem nas Firebolts velhas, os jogos emocionantes que fomos com Tia Gina (a parte boa de ter uma tia jogadora profissional) e um monte coisas assim. Fazia algum tempo, mais ou menos desde que viramos adolescentes que não conversámos muito normalmente. As situações começaram a ficar estranhas, e isso inclui outros primos meus também, mas isso é outra história.

A parte ruim foi o quanto fiquei horrivelmente descabelada:

–Por que venta tanto nessa época do ano?- reclamei, enquanto tentava arrumar o cabelo no corredor- Não podia ventar um pouquinho menos?

James ria da minha cara, como sempre. Ele sempre ri de tudo:

–Seu cabelo está ótimo, Domi.- quando começo a achar que meu cabelo está apresentável, ele resolve que seria ainda mais divertido me abraçar por trás e bagunçar tudo de novo.

–James!

–Domi!

–Por que você só me chama de “Domi”?- pergunto, desistindo e lançando um feitiço básico para diminuir o frizz (também tenho que agradecer Victorie por essa).

Ele pensa um pouco antes de responder, quando estamos quase entrando no Salão Principal:

–Sei lá... Dominique é um nome muito grande.

Ótimo motivo. Nossa interessante conversa sobre meu nome é interrompida antes que eu pergunte outra coisa e ele termine o raciocínio:

–Meu Merlin, Dominique, onde você estava?- Makayla praticamente grita- Eu fiquei sozinha esse tempo todo, eu acabei adiantando os deveres de casa... Tem noção de como foi tedioso? Oi, James.

Ela já estava sentada, se servindo de macarrão. Sentei ao seu lado e comecei a me servir também:

–Hã, estava por aí.

–Sozinha?- ela ergue uma sobrancelha- Não acho que estava “por aí” sozinha.

–Como você é chata, Makayla- tento, uma última vez, desviar do assunto.

–Obrigada- ela responde com um sorrisinho- Onde você estava, garota?

–Treinando. Quadribol. Com, hum, James.

Ela parece um pouco surpresa e engasga, mas felizmente tem o bom senso de não falar nada. Até porque, não foi nada de mais, só jogamos um pouco. Não é?

–Entendi- é tudo que diz, voltando a prestar atenção na comida. Abaixando o tom de voz, completa- Vai me contar isso direito mais tarde.

Assinto e continuo a comer. As meninas chegam logo depois. Minhas primas incluídas, mas elas não perguntam sobre onde eu estive, apenas tagarelam sobre um garoto qualquer aí. Como sempre.

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Esperamos a Sala Comunal ficar quase vazia para conversar. Conto, por insistência de Makayla, o que aconteceu.

–Não aconteceu nada.

Ela quase cai da poltrona:

–Como assim? Aconteceu muita coisa, se quer saber minha opinião. Para começar...

–Eu tenho que ir dormir, Makayla. Os testes são amanhã.

Ela se levanta e começa e ri:

–Podia ter dito que não queria falar sobre isso agora. Deve estar meio nervosa, mas qualquer dia desses, você não me escapa, ouviu Dominique?

Como essa seria a melhor proposta que eu teria, e não adiantava discutir, deixei de lado a carta que comecei a escrever para mamãe e dormi tão rápido que nem lembro como cheguei ao quarto.



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Notas finais do capítulo

Não gosto desse capítulo, acho que fiz ele só pra encher linguiça. Nossa, que expressão velha e feia, essas fanfics absolutamente doidas dos (sempre eles) Marotos devem estar me afetando. Whatever.
Tenho que avisar, estou com um trabalho mais que gigante sobre a teoria atômica e tabela periódica, a festinha da irmã de uma amiga e mil coisas para fazer, não posso garantir que vai dar tempo de colocar um capítulo novo. Triste, eu sei.
DEIXEM REVIEWS, povo! Sério, eu respondo e se alguém perguntar posso dar até um spoiler. Mas DEIXEM REVIEWS, como assim seis leitores e só uns dois reviews? Isso não é legal gente, não tenham medo de mim. DEIXE UM REVIEW.
Luv u all (adoro falar/escrever isso),
Bruna