Not Like The Rest escrita por BrunaBarenco


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, devia esperar para postar amanhã, mas acho que minha última oportunidade de postar com calma vai ser hoje. Só tive um review, mas isso já significa muito, e estou escrevendo essa fic num ritmo inacreditável (nesse momento meu Word está aberto no capítulo 6).
Enfim, aqui está. ENJOY IT!



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Acordo com minha mãe me sacudindo de leve.

-Vamos, Dominique, já está na hora.

Ela segura a gaiola de Viollet, minha coruja que tem impressionantes olhos violetas, daí o nome. Sim, sou muito criativa.

-Seu pai e irmão ainda estão dormindo, são iguaizinhos... Mas tarde vou acorda-los.

-Tudo bem mãe- sento na cama, enquanto ela, com um aceno da varinha, abre a cortina.- E Victorie?

Mamãe bufa:

-Acredita que ela aparatou ontem à noite e foi para casa do Teddy? Pobre Andrômeda... Não, acho que ele estava na casa do Harry. Aquela desmiolada! Quase me matou de susto! Vai nos encontrar na Plataforma Nove e Meia, não se preocupe.

Ela me passa a roupa que separou, e que incrivelmente incluí um tênis, não meu preferido de cano longo, mas quando chegar ao trem eu troco. Quando desço, já tem chocolate quente em cima da mesa.

E o chocolate quente da minha mãe consegue ser melhor do que o dos elfos domésticos de Hogwarts. Ela fica de pé, mexendo no meu cabelo. Já disse que todo mundo tem um fraco pelo meu cabelo?  Você devia esperar que meu irmão, sendo o único menino, fosse por quem minha mãe babasse, mas acho que ela vê muito da família francesa em mim. Sou quase a sua cópia e de Tia Gabrielle, baixinha como meu avô...

-Você sente falta deles, mãe? Do vovô, da vovó, da Tia Gabrielle...

Ela se senta e joga os cabelos, igualzinho à mim:

-É, ainda sinto falta deles- responde, colocando mais chocolate quente- Você me lembre muito Gabrielle. Queria que fosse para Beauxbatons, mas Gui não deixou... Disse que iria preferir Hogwarts. Com seus primos é tudo mais.

-É, eu gosto de Hogwarts- respondo, também baixinho. Mamãe sorri e continua a mexer no meu cabelo.

-Eu sei que gosta, querida.

Ficamos assim até Louis aparecer na cozinha, com seu mau humor matinal:

-Deixaram uma luz. Podiam ter apagado, era só soprar e...

-Você e seu pai já deviam estar de pé mesmo- reclamou mamãe, a Fleur estressada de volta.- Vou acorda-lo agora mesmo.

Ele se senta e boceja:

-Queria que fosse minha vez de ir para Hogwarts.

-Esse dia vai chegar, Lou.

-Vai demorar- ele reclama enquanto eu já levanto da mesa. Ainda nem amanheceu direito, e Viollet pia no meu quarto. Ela detesta a gaiola, mas o que eu posso fazer? Ela também sempre dorme durante a viagem.

Demoro o máximo que posso, até não conseguir conter a ansiedade. É Hogwarts, estava (e ainda estou) morrendo de saudade da escola. Pode parecer um absurdo para os trouxas, mas para mim não é.

-Só Hogwarts que faz essa garota se arrumar rápido- meu pai riu, me deixando irritada logo de manhã.

-Papai!

Ele subiu as escadas, ainda rindo:

-Queria ver se arrumar rápido assim para ir almoçar na Toca. E por que tão arrumada para a escola?

- Você está apaixonada?- Louis se intromete, fazendo minha família rir mais ainda e me deixando completamente corada.

-Claro que não!- devolvo, igualmente irritada e batendo o pé- Podemos ir, por favor?

Mas não, meu irmãozinho tinha que continuar aquela cena ridícula. Por que, por que isso tem que acontecer comigo? Eu não podia ter apenas uma irmã mais velha que na maior parte do tempo é bem legal? Então, ele continuou enquanto meu pai trazia o malão:

-Victorie disse que ela se apaixonou com quatorze anos, e é a sua idade. E ela disse que você está sempre querendo se arrumar pros almoços porque...- pulo e coloco a mão na boca dele, impedindo-o de falar. Onde diabos esse menino foi ouvir esse absurdo? Eu não estou apaixonada, muito menos por James! E já citei motivos (além ele ser meu primo) para me empenhar em vencer a quedinha que eu tenho por ele. Ainda mato Molly e Roxy por ficarem conversando essas coisas, aquelas duas vão mesmo me pagar dessa vez...

-Cala a boca, por favor. Por favor. Eu te dou vinte galeões.

Ele se soltou e sorriu:

-Vinte galeões?

-Vinte galeões.

-Feito. Vamos, pai, Dominique não quer se atrasar.

Meu pai estava parado, estático e olhando de mim para Louis. E para mamãe também, mas ela parecia se segurar para não rir da cena.

-Não, continue essa história, Louis.

Engoli seco e encarei Louis. Ele estava sorrindo, mas não reconheci esse tipo de sorriso. Isso era muito ruim, e se demorasse um pouco mais estaríamos atrasados...

-Não- meu irmão respondeu- Pague mais que ela.

-Não vou ser chantageado pelo próprio filho! – ele gritou, mas graças, minha mãe o impediu de continuar. Sabe como é, mesmo depois de anos, o charme de veela ainda funciona.

Em pouco tempo, estamos em King Cross. Papai arrastando meu malão e reclamando que ainda vai descobrir do que estávamos falando, mamãe tagarelando comigo em um francês muito rápido e Louis chutando qualquer pedaço de lixo que via no caminho. Tudo absolutamente normal.

Na Plataforma Nove e 3/4, encontramos a família inteira. E mais uma dose de abraços, até que vejo um cabelo super discreto, e claro, encontro Makayla. O cabelo dela não é discreto por ser castanho escuro, mas sim por causa das pontas roxas que ela tanto ama. Mamãe acha horrível, mas gosta muito de Makayla então releva seus cabelos coloridos.

Dou adeus para a família inteira, e mando o Louis ficar de boca calada. Ele ri e diz que vai tentar. Não tenho escolha a não ser confiar no meu irmão, e isso nem sempre dá certo. Corro até a direção da minha amiga:

-Hey, você!

Ela se vira e sorri. Sua mãe acena para mim.

-Hey!- Makayla me abraça e quase quebra minhas costelas- Como foram as férias?

Faço uma careta e devolvo a pergunta, apenas modificando um pouco:

-Como foi à Itália?

Somos interrompidas pela mãe dela, Maria.

-Makayla, querida, se não se importar, eu preciso voltar para o serviço. Sabe, aquele banquete que ainda tenho que preparar... Boa volta às aulas para vocês duas!- ela abraçou a filha e sumiu no vapor. Makayla me empurrou (as pessoas adoram me empurrar ou estão ficando sem nenhuma educação).

-Vamos logo arranjar uma cabine e colocar o papo em dia.- com uma das mãos ela segura a gaiola de Annabeth, sua corujinha minúscula e muito fofa- Onde está Viollet?

-Está com a minha mãe, esqueci por lá... Vamos, ela vai ficar feliz em ver você.

-Ela ainda detesta meu cabelo?- pergunta, rindo, e eu nem preciso responder.

Minha grande família (sem trocadilhos) continua parada no mesmo lugar, as crianças ansiosas.

-Olá, família da Dominique- Makayla cumprimenta, com um sorriso. Sempre vou detestar esse jeito tão simpático dela. Mas acho que passar metade da vida viajando ajuda a ser assim.

-Hum, essa é a Makayla, gente.- apresento, um pouco tímida.

Minha mãe e Victorie sorriem, dizendo coisas completamente diferentes:

-Olá!

-Adorei seu cabelo!- mamãe encara Victorie, que dá de ombros e se apoia no ombro de Teddy, que está sorrindo.

-Ora, ora- ouço uma voz bastante conhecida- Quem está aqui?

James e Fred estão chegando, aparentemente já conseguiram uma cabine, e eu sei do que ele está falando. Ano passado, numa noite de tédio, nós resolvemos jogar baralho (N/A: não sei se bruxos jogam baralho, mas aqui eles jogam, usando o mesmo dos trouxas) e os dois apostaram. Makayla ganhou várias vezes e por vários dias, e não só dele. Ela é a rainha do baralho. Mas o ponto é que James ficou se sentindo humilhado.

Ela sorriu:

-Acho que essa é uma oportunidade propícia para cobrar meu galeões...

Tio Harry quase teve um infarto:

-James Sirius Potter, você anda apostando?

Makayla interrompe:

-Cinco galeões e dez nuques, apenas. Não é nada de mais, só que ficou tudo acumulado e...

-Apenas- murmurou James, tirando o dinheiro e entregando à ela- Vai ter volta.

Eu me limito a sorrir sem graça, mas ninguém parece ligar muito e nós entramos no trem. Os outros  já estão rindo de uma piada que Fred fez, menos eu.

-O que foi?- James pergunta. Ah, sempre ele.

-Sei lá. Fiquei com vergonha por causa da Makayla.- respondo, sorrindo e me sentindo nervosa de repente.

-Ei, não precisa. Meu pai não vai ligar- ele dá de ombros- Pare de se incomodar com isso, você devia ser mais assim.

-Assim o que?

-Espontânea. Fica muito mais divertida.- ele sorri de um jeito diferente- E mais bonita também.

Provavelmente estou vermelha. Fred é quem interrompe nossa conversa, o que por um lado é bom, porque não sabia o que responder.

-James, você tem que ver o que o Malfoy trouxe, ele é um idiota mas aquilo é realmente legal e... Ah, oi Dominique.

-Oi- respondo e Molly aparece atrás de Fred.

-Fred! Eu disse para você não... Oi.- ela sorri, também sem graça.

Makayla entra no vagão:

-Não tem mais nenhuma vazia, vai ter que nos aturar Potter. Mas eu deixei o baralho no malão...

Os dois sorriem, e está mais do que claro que isso já virou uma brincadeira. Fred faz uma reverência exagerada:

-Sua Majestade.

Makayla ri e dá um empurrão nele. James responde:

-Se é assim, McKinnon, você e Dominique podem ir entrando aí- ele abriu uma das cabines, que já está cheia de doces.- Daqui a pouco voltamos. Deixem a cabine de pé, por favor.

-Olha quem fala- grito, e os dois (Fred e James) apenas sorriem, já saindo para outro vagão.

Começamos a conversar sobre a viagem de Makayla, e em alguns minutos os meninos voltaram. Molly sai da cabine para encontrar Roxy, e Rose acaba aparecendo depois, irritada.

-O que foi, Rosinha?- James pergunta enquanto ela pega um sapo de chocolate.

-Seu irmão. E o Malfoy.- ela suspirou.

-Então, você não devia deixa-los te irritar. É exatamente isso que eles querem.- eu digo, e Rose concorda

- Pegue outro sapo de chocolate.- oferece Makayla e ela pega

-É, acho que é isso. Vou voltar pra lá, Lilly está um pouco nervosa. O que andou dizendo para ela, James?

-Eu? Nada, Por que sempre colocam a culpa em mim?

-Porque você é sempre o culpado- respondo. Ele finge sentir dor, e começa um drama bastante exagerado.

-Até você, Dominique!

-Não fique assim, cara- Fred interrompe, também entrando no drama.

-Vocês têm problemas.- Rose revira os olhos- Vão ficar aí mesmo?- ela pergunta para mim e Makayla.

Minha amiga dá de ombros:

-É, acho que vamos ficar aqui sim.

Rose olha para mim:

-Como se já não bastasse aguentar isso todo domingo...

Eu rio:

-Nem me fale, é ainda pior na sala de aula.

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-Finalmente, em Hogwarts!- Makayla verifica se a trança continua direita- Senti tanta falta desse castelo.

Concordo, a seguindo para entrar no Salão Principal. Hoje o céu está um pouco nublado, mas com algumas estrelas aqui e ali. E antes que se pergunte, eu não li Hogwarts: Uma História, nem o volume I nem o II. Mas tem coisas que simplesmente ouvimos nas histórias que nossos pais e tios contam, geralmente quando bebem e ficam nostálgicos. Procuro um lugar para sentar enquanto acontece a seleção. Quando alguém é escolhido para Grifinória e a mesa toda explode em vivas, como de costume.

-Oi, Dominique- Jason Monroe me cumprimenta quando eu sento do seu lado na mesa da Grifinória.

-Hum, oi- respondo, e Makayla finalmente chega.

-Ah, nossa, a Bauer não queria me deixar sair de lá de jeito nenhum- ela aponta discretamente para uma menina de cabelos pretos na outra ponta da mesa, Michele Bauer, que está no nosso ano- Ela queria saber sobre a Itália. Como esse povo sabe que eu fui para lá?

Jason ri e dá espaço para ela se sentar:

-Bem, saiu no Profeta Diário, Makayla.

-Sério?- ela arregala os olhos e os dois começam uma conversa um tanto longa. Infelizmente para mim, Makayla é bastante popular.

Olha as outras mesas. Meu primo Albus está na Sonserina, e é o único da família a não ser da Grifinória. Eu mesma não gosto muito da ideia, mas o máximo que posso fazer é entrar para o time de quadribol da Grifinória e ganhar dos sonserinos esse ano. Ano passado, por culpa (sempre dele) do James, nosso apanhador acabou machucado e não pudemos jogar. Teve algo a ver com a explosão de um banheiro, mas eu não preciso saber mesmo.

-E aí, priminha?- Fred interrompe meus pensamentos, sentando numa cadeira à minha frente. Molly chega e se senta do meu lado.

-E aí, Fred?

Ele ri, mas não consegue me responder. James chega tumultuando a mesa toda.

-Okay, okay, gente- ele sussurra e todos se juntam para ouvir- Já coloquei a bomba de bosta no lugar de um dos pratos que serão servidos na mesa da Sonserina.

Não posso deixar de rir:

-Em qual deles?

-Isso não se faz! E já está ficando velho, você fez isso...- Rose começa a brigar, como a boa certinha que é.

-No ano retrasado, Rose- interrompo- E então?

-Uau, parece que eu tenho uma nova defensora.- James sorri para mim.

-Fala sério, eu não faço parte do seu batalhão de fãs, garoto.- respondo e ele desvia o olhar- Não fuja do assunto. Em que prato?

-Isso, James, em que prato?- Fred repete a pergunta, quase pulando a cadeira.

-No frango.

A mesa toda explode em risadinhas. McGonnal começa o discurso de sempre, mas é claro que tem um ponto que todos nós adoramos.

-Devo lembrar à alguns Weasley- seu olhar passa por mim e pelos meus primos- e Potters de que algumas regras precisam ser seguidas. Bom jantar!

O jantar é servido, e os elfos realmente capricham. Mas o ponto alto do banquete foi o frango explodindo em cima do monitor da Sonserina e nossa diretora gritando:

-POTTER! WEASLEY! O QUE VOCÊS FIZERAM?

Algum tempo depois, ainda esperamos os dois na sala comunal:

-O que vai acontecer com meu irmão?- Lilly pergunta, sentada na poltrona ao lado da minha.

-Ele vai ganhar uma detenção, provavelmente, uma dessas bem horríveis- respondo e ela me olha assustada.

-Isso não é legal, Dominique.

-Detenções não são tão ruins, Lilly.

-Como ousa dizer isso à uma criança?- Rose se intromete, fechando o livro. Sim, as aulas nem começaram e ela está lendo. Minha prima é uma aberração.

Lilly grita que não é mais criança e Rose se desculpa, um pouco encabulada. Makayla boceja ao meu lado:

-Minha nossa, são quase onze horas. Ela deve mesmo estar irritada com isso.

De repente a porta se abre, e os dois entram, triunfantes:

-O que aconteceu?- Roxy pergunta, levantando da poltrona em que quase cochilava e acorda Molly.

Fred sorri:

-Uma detenção.

-Bem feito- Rose diz, como sempre, se levantando- Agora eu vou dormir, não adianta falar com vocês mesmo. Espero que Tio Harry fique sabendo disso.

James dá de ombros:

-Provavelmente a coruja que ela mandou está chegando agora.

Depois de vários “Boa noite”, finalmente chegamos ao nosso dormitório, onde colocamos a conversa em dia com Michele, Tracy e minhas primas. Não faço ideia de quando fomos dormir, mas deve ter sido bem tarde.


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Notas finais do capítulo

Reviews? Está muito ruim? Sério, deixem reviews, eu leio e respondo todos e como já disse, não vou desistir dessa fic, até porque eu não desisto até conseguir o que eu quero. E eu quero reviews. Okay, isso foi estranho. Estou aberta à sugestões, e por favor, deixem um review dando opinião. Pode ter só uma palavra, pode dizer que é a pior fanfic que já leu e que estou estragando a história... Mas deixe um review!
E, só para avisar, vou tentar postar pelo menos duas vezes por semana, mas tem semanas que vai ficar difícil, eu preciso estudar mais.
Reviews, please.
Bruna