- É você quem me faz... Ah - ouvi o gemido de Paul em meu ouvido e ri baixinho. Olhei-o com um sorriso no rosto e logo tirei minhas mãos da calça dele.

Paul ficou realmente decepcionado e apertou seu corpo contra o meu, beijando meu pescoço com um fogo desconhecido por mim.

- Calma, Paul... Temos todo o tempo do mundo - disse, me afastando, usando o mesmo tom que ele usara mais cedo.

Beijei seus lábios rosados e os mordi carinhosamente, enquanto minhas mãos arranhavam a sua nuca.

- Não me provoque, mocinha... - ele sorriu durante o beijo e desceu suas mãos para a minha cintura.

- Senão...

- Senão você vira minha refém - Paul me apertou contra ele, fazendo-me sentir a protuberância no meio de suas pernas de novo.

Me desvenciliei dele e o empurrei para o banheiro, que estava ao nosso lado:

- Vai lá, dê um jeito nisso! - fechei a porta em sua cara antes que ele pudesse dizer alguma coisa.

Mordi os lábios e revirei os olhos. Ele me deixava louca.

Caminhei até onde os outros meninos estavam e fiquei lá até Paul voltar da sua ida "casual" ao banheiro. A cara de meu irmão não era nada boa, mas assim que lhe dei um beijo na bochecha e fiquei abraçada com ele, esboçou um pequeno sorriso. Me senti um pouco culpada por isso, mas o sentimento passou assim que lembrei que meu irmão fazia coisas muito piores com as suas "namoradas".

Por falar em namoradas, Cyn estava lá também. Ela era linda: tinha olhos verdes e cabelos castanhos, quase loiros.

Soltei-me de John, dei um abraço em Cyn e voltei a ficar do lado de meu irmão. dessa vez com Paul do meu outro lado.

todos na mesa estavam rindo e fazendo piadas, até John parecia ter esquecido o porquê de estar alí.

O dono do pub subiu ao palco de repente e apresentou os, naquela época, Silver Beatles.

dei um beijo na bochecha de meu irmão, um no canto da boca de Paul e um abraço no George, outro em Stu e por último em Pete.

Os meninos subiram ao palco e começaram a se arrumar para tocar.

Pela segunda vez no dia todas as meninas do recinto olharam com uma mistura de raiva e inveja.

- Tudo bem, Vall? - Cyn perguntou para mim, rindo.

- Aham... Por que?

- Você está vermelha... Quer me contar?

Contei tudo à minha melhor amiga, sem detalhes, é claro. Contei dos meus sentimentos em relação à Paul, em como ele me fazia sentir bonita e amada...

Cyn ouviu tudo, pacientemente, depois soltou um "awn" e me abraçou, logo antes de os meninos começarem à tocar.

A primeira música era Besame Mucho, uma das minhas preferidas, e Paul tocou-a olhando para mim, com um olhar um tanto malicioso. Sorri e olhei para baixo, corando assustadoramente.

Depois dessa, vieram Twist and Shout (onde eu e Cyn começamos a dançar loucamente), Hello Little Girl )Lennon-McCartney), In Spite of All The Danger (que John fez para mim quando a mamãe morreu) e muitas outras.

Entre as músicas, os meninos faziam piadas, conversavam com a platéia e bebiam um ou outro copo de wiskey com coca-cola.

Os meninos já haviam dito que aquela seria a última música, então, inesperadamente, Paul pegou o microfone inesperadamente e falou:

- Esta música eu escrevi há algum tempo atrás e... Bem... É pra você, Vallie! Ela se chama Like Dreamers Do e... Ah, eu te amo.

Nessa parte, todos olharam para mim e, mais uma vez, olhei para baixo, sorrindo e corada. Quando olhei para cima novamente, Paul ainda estava olhando para mim, então assoprei-lhe um beijo, que ele pegou e colou em sua boca.