Hermes parou de visitá-la. As coisas no olimpo não iam bem, de acordo com Jay. A guerra estava a um passo de eclodir.

Cuidar de Jay era diferente de cuidar de qualquer outro herói que viera até ela, pois ele não tinha braços quebrados, traumatismos cranianos ou cortes. Ela nem ao menos sabia o que ele tinha.

Eles conversavam muito, e ela podia sentir que estava cada vez mais perto de descobrir o transformara.

Um dia, enquanto ela jardinava, ele suspirou alto. Dramático.

— Ahh, você quer me ajudar?

— Não sei nada sobre jardinagem. Minha mãe não me ensinou. Deve ser por isso que vim parar aqui.

— Jay. Esse definitivamente não é seu problema. Se você quiser, posso te ensinar.

Ele deu um sorriso torto.

— Por que não?

— Erga as mangas e venha aqui. — ela disse, sorrindo.

Ele se ajoelhou ao lado dela.

— E agora?

— Agora você vai pegar uma dessas mudas e colocar em um dos buracos que eu estou cavando.

— Só isso?

— Só isso.

...

— Jardinagem cansa.— ele reclamou durante o jantar.

— Jardinagem é para os fortes. — ela retrucou.

— Na verdade, pregar peças é para os fortes. — ele pontuou.

— Qualquer um pode jogar farinha em uma cadeira ou tingir os cabelos de um desavisado qualquer.

— Ah, é?

— Sim.

— Até mesmo você?

Ela engasgou com a Pepsi.

— Claro que sim!

— Eu duvido.

— Quer apostar?

— Quero sim. Se eu conseguir ajeitar seu jardim inteiro, adubar, plantar e regar, em menos de uma semana, você vai mandar uma mensagem de íris para... HERA. Perguntando se é do açougue.

— Ãnh?

— É que tipo... Você vai falar com uma vaca.

Ela riu.

— Trocadilho péssimo. Mas... Se eu conseguir te pregar uma peça antes que você termine com o jardim... Você vai mandar uma mensagem de íris. Mas, para... Uh, como é o nome daquela filha de Afrodite maldosa de qual você me falou?

— Drew?

— Essa mesma. E dizer a mesma coisa.

— Feito.